quinta-feira, novembro 17, 2011

CUT-PA realiza Oficina de Comunicação nos dias 23 e 24/11

Evento consolida conformação da rede sindical cutista e potencializa instrumentos para a disputa de hegemonia

No Portal da CUT.

 

A CUT-Pará realiza sua Oficina de Comunicação nos próximos dias 23 e 24 de novembro (quarta e quinta-feiras), em Belém, para consolidar a conformação da rede sindical cutista e potencializar os seus instrumentos para a disputa de hegemonia na sociedade, fazendo o necessário contraponto às manipulações e mentiras patrocinadas pela “grande” mídia.

Na oportunidade, a secretária nacional de Comunicação da CUT e membro do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), Rosane Bertotti, discorrerá sobre a estratégia cutista no enfrentamento aos oligopólios de mídia, os avanços apontados pela Conferência Nacional de Comunicação (Confecom), e a plataforma para construir um novo marco regulatório para o setor, enfatizando o papel das redes e da articulação com os movimentos sociais.

Na avaliação de Valneide Ventura, secretária estadual de Comunicação da CUT-PA, a implementação de um projeto articulado nacionalmente será decisiva para consolidar uma rede de informação que dê visibilidade às lutas, campanhas, propostas, valores, formulações, avanços e conquistas da classe trabalhadora.

Para a presidenta da CUT-Pará, Miriam Andrade, a oficina vai fortalecer o intercâmbio entre os Sindicatos rurais e urbanos, ampliando o diálogo entre lideranças e militantes, o que contribuirá para uma intervenção ainda mais qualificada da Central junto às bases.

A mesa de abertura contará com as presenças da coordenadora geral do Sindicato dos Professores do Estado do Pará (Sinpro), Rosa Maria Fares dos Santos, e do presidente da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura do Estado do Pará (Fetagri-PA), Carlos Augusto Santos Silva. O assessor da Secretaria Nacional de Comunicação da CUT e membro do Centro de Estudos de Mídia Barão de Itararé, Leonardo Wexel Severo, participa da mesa sobre as mídias sociais e o sindicalismo.

O evento acontecerá no Laboratório de Informática do SINPRO-PA, rua travessa Barão do Triunfo, 2129 – entre Marques e Visconde.

A carta do ex-mininistro Orlando Silva

 
 
Vivi um tsunami político, mas continuei observando o comportamento de instituições e personalidades. Alguns se distinguiram com a coragem de não aderir pura e simplesmente a uma onda. Encontrar solidariedade em quem me conhece seria natural, o que surpreendeu foram posições de alguns intelectuais, artistas, atletas, gente simples do povo e até de parlamentares de oposição. Entre jornalistas não foi diferente. Houve quem sugerisse apurar fatos, valorizar o contraditório e não tratar denuncia como prova.

Passados alguns dias, tenho foras para escrever essa carta. Vi que ficou um pouco longa, mas foi o jeito que encontrei para expressar minha visão sobre o que vivi. Vou tentar fazê-la chegar a outras pessoas. Ela é dirigida a vocês e será a outros também.

Como disse, nas últimas semanas, vivi um pesadelo. Tudo começou com a reportagem numa revista semanal que eu imaginava ser apenas mais um ataque político, o que, infelizmente, é rotina em nosso País. Eu estava a caminho de Guadalajara, México, para representar o governo na abertura dos Jogos Panamericanos, onde o Brasil tinha a maior delegação da história numa competição internacional e que contou com grande o apoio do Ministério do Esporte.

Fiquei perplexo com a informação de que a tal revista iria publicar uma acusação de que eu teria recebido dinheiro indevidamente. Era sexta-feira à noite e a publicação sairia no sábado.

Estou acostumado com luta política, com crítica, divergência ideológica, ataques à gestão, antipatia pessoal, insatisfação com estilo...tudo isso eu sempre compreendi. Mas, mentir!? Inventar uma história para atacar a honra de uma pessoa e de um Partido!? Imaginava que luta política tivesse limites, afinal, até na guerra há limites. Estava enganado. A partir de uma farsa, foi organizada uma verdadeira campanha para me derrubar.

Observem: uma revista fez uma reportagem, com direito a chamada na capa, com base em fatos que simplesmente não existiram. Ultrapassamos o limite do absurdo!

E quem eram os porta-vozes das mentiras? Dois personagens da crônica policial de Brasília. Gente que está sendo processada por iniciativas do Ministério que eu dirigia, e de quem exigimos a devolução de dinheiro publico desviado.

Insisto, veja o absur do: um sujeito foi flagrado desviando dinheiro público...eu determino que seja feita uma investigação...ao final determino que o dinheiro público seja devolvido...o ladrão inventa uma história...uma revista publica a farsa, sem existir nenhuma prova...  os meios de comunicação reproduzem a história sem provas e pronto! A mentira ganha ares de "verdade". E começa a campanha "derruba-ministro".

Neguei a acusação, com veemência. Desde o primeiro momento, afirmei não haver provas, porque simplesmente se tratava de uma mentira. Nunca ocorreu o fato relatado pelos bandidos. Os dias passavam, eu reafirmava que se tratava de uma farsa, e, pasmo, acompanhava a maioria dos meios de comunicação endossando a versão dos bandidos, como se fosse dispensável provar o absurdo que diziam. Bastava acusar.
Passado praticamente um mês eu reafirmo minha primeira manifestação: não houve, não há e não haverá provas, porque a denuncia contra mim não passa de fantasia.
A trama montada serviu para atrair o interesse da população, que olha a política com desconfiança. Mas seria necessário outro passo. Seria necessária "uma prova" para desestabilizar minha liderança no Ministério do Esporte. Uma cruzada foi estabelecida por jornalistas que estavam em busca da tal "prova" ou, como alguns gostam de dizer, da "bala de prata" para derrubar o Ministro.

Eu poderia comentar cada uma das centenas de matérias publicadas nas ultimas semanas. Todos os contratos e convênios do Ministério foram revirados. Tudo foi investigado. Diariamente, dezenas de perguntas chegavam das redações da imprensa e nossa assessoria tinha prazos mínimos para responder. E o que é pior, pouco interessavam as nossas respostas, elas eram ignoradas. As matérias já estavam prontas.

Na gestão pública, assim como na gestão de qualquer instituição ou mesmo na vida privada, erros podem ser cometidos. Ninguém está imune a eles. O desafio é identificá-los e corrigi-los. Se observarmos minha trajetória e a de minha equipe à frente do Ministério do Esporte, por cinco anos, veremos muitas conquistas. Mas houve erros e atuamos para saná-los. Cumprimos sempre nossa obrigação.

O foco da trama se voltou para convênios com Organizações Não-Governamentais, as chamadas ONG's. Vale dizer que existem ONG's e ONG's, assim como existem governos e governos. Alguns são mais competentes, outros trabalham de forma mais correta. Quem tem má intenção, nunca chega anunciando: "olha...estou mal intencionado...meus objetivos são sórdidos!" Daí a necessidade de acompanhar, fiscalizar o cumprimento do que foi estabelecido. É o que fazíamos.

Quem se baseou apenas no noticiário, deve imaginar, por exemplo, que o programa Segundo Tempo ocorre apenas em parceria com ONG's. Mas, pasmem, no dia que sai do governo, mais de 90% do Segundo Tempo era fruto de parceria com entes públicos. E quem puder ler os relatórios das auditorias feitas, constatará a evolução ano a ano deste Programa.

Outra coisa inacreditável. As reportagens omitiam algo fundamental: o Ministério do Esporte aumentou a fiscalização, o que permitiu identificar erros e tomar as devidas providências administrativas. Deram ares de escândalo ao trabalho de acompanhamento e fiscalização que realizávamos. Isso serviu para criar instabilidade política e atacar meu trabalho na Pasta.

Nenhuma prova demonstra benefício ao PCdoB por meio dessas entidades. Mas a acusação tem objetivo político, atacar um Partido que tem 90 anos de história e é limpo. Insisto: divergências políticas e ideológicas fazem parte do jogo, mas acusações falsas...ameaçam a democracia.

Na ausência de provas, o que fazer? A saída foi inventar algo que parecesse razoável: a filiação partidária de alguns gestores públicos. De repente, ser filiado a um partido, no caso ao PCdoB, virou "prova de crime". Se o Ministro é do PCdoB, não se pode admitir que um secretário da área seja também. O mesmo vale para entidades. Não se admite que qualquer filiado ao Partido participe de entidade. Isso não é democrático. Os partidos políticos são livres e as pessoas têm direito de se organizar como lhes convier. Quem nomeia secretario é prefeito e governador legitimamente eleito.

Os principais meios de comunicação e muitos jornalistas se comportaram como uma manada. É como ataque especulativo na bolsa de valores. O objetivo: desestabilizar e derrubar o Ministro. E isso foi conseguido. A receita é assim. Primeiro, cria-se um ambiente de escândalo, para comover a opinião pública. Segundo, ataca-se a gestão – de que forma? Ignorando tudo de positivo feito, apontando qualquer erro e superdimensionando -o para desmoralizar o trabalho realizado. Terceiro, pressiona-se o governo, utilizando todas as ferramentas da política, inclusive contradições internas, para alcançar o objetivo.

E se ainda não for o bastante para atingir o que se pretende, lança-se mão de uma reserva no arsenal de guerra contra a honra alheia: ataques à família.

Aqui tivemos um capítulo à parte. Comprar um terreno de R$370 mil, único bem que possuo, com cheque registrado em escritura e construir uma casa de 110 metros quadrados,  virou escândalo. Não interessa que numa família as pessoas tenham suas atividades profissionais e suas relações. No afã de alcançar seus objetivos, para alguns vale tudo, até golpes baixos. Poderia dar outros exemplos, mas fico por aqui. O que eles queriam era me desestabilizar emocionalmente e me fazer jogar a toalha.

Durante todo o processo procurei manter a serenidade, não perder a r azão, apesar de ataques tão baixos.

Ofereci a abertura de minha vida: sigilos fiscal, bancário, telefônico e de correspondência. Desmontei a farsa contra mim na Câmara dos Deputados e no Senado Federal. Propus a apuração dos fatos publicados pela Comissão de Ética Publica, pelo Ministério Publico e pela Polícia Federal. Foi minha a iniciativa e tentaram inverter a ordem, como se eu tentasse encobrir algo.

Hoje, inauguramos no Brasil uma Inquisição moderna, não interessa a análise racional de processos. O editorial de um jornalão paulista foi ao âmago da questão: "não importam as provas, não importa o processo, a acusação basta". É uma versão atual da famosa frase "às favas com os escrúpulos". O mau jornalismo pode instituir verdadeiros tribunais de exceção, que realizam julgamentos sumários.

Houve tempo em que nossos companheiros eram perseguidos, presos, torturados e até assassinados. Hoje, o método utilizado é a execração pública, o linchamento político, o apedrejamento moral sem que se dê direito de defesa. E, depois, a mídia age como se nada tivesse acontecido, e passa a buscar uma nova presa. Nesses dias, não saiu do meu pensamento episódios como o de Ibsen Pinheiro e da Escola Base.

Ao fim do processo, depois de uma conversa com a Presidenta da Republica, saí do governo.

Percebi interesses contrariados operando nas sombras. Triste, percebi gente de comunicação ser instrumentalizada e dar pouca relevância a fatos e informações. Não se pretendia esclarecer nada, apenas disputar como numa gincana, quem chega ao objetivo primeiro. A quem seria atribuída a queda de um ministro. Como na canção "Faroeste Caboclo", a "via-crucis virou circo e eu estava ali".

Talvez eu tenha incomodado interesses políticos e econômicos. Fui pedra no sapato de alguns. Fui vítima da luta política.

A realidade é que saí do gov erno de cabeça erguida. Pela porta da frente, apesar do massacre vivido. Em minha ultima manifestação, no Palácio do Planalto, disse, olhando nos olhos da Presidenta da República: sou inocente!

Num tempo de inversão de valores, tenho eu que provar minha inocência. E assim o farei.

Serei sempre grato ao carinho e a confiança que recebi de milhares de pessoas, algumas bem próximas, outras que sequer conhecia. É incrível a quantidade de pessoas que se aproximam de mim e diz: acredito em você! A todos, reafirmo: não traí e nunca trairei a confiança de cada um de vocês.

Serei sempre grato ao carinho e dedicação de minha equipe no Ministério do Esporte e de meus companheiros de governo.

Sigo lutando pelos meus ideais. Acredito no Brasil. Volto para São Paulo, para a mesma casa que meus amigos conhecem. Volto para a militância política por um País cada dia mais justo e democrático. Isso é o que me dá felicidade. E é muito bom estar mais perto dos amigos e dos companheiros. E de lá retomo minha trajetória política. A verdade vencerá!

Brasilia, Novembro de 2011

Orlando Silva

As perigosas ligações de Jatene com Ophir Cavalcante

 

Pela jornalista Ana Célia, em seu blog A Perereca da Vizinha.


São complicadíssimas as acusações contra o presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante Junior, na ação popular ajuizada por dois advogados paraenses (leia a íntegra aqui: http://diganaoaintervencao.com/oabpa/wp-content/uploads/2011/11/A%C3%A7%C3%A3o-Popular-contra-Ophir.pdf), na qual se pede que devolva aos cofres públicos R$ 1,5 milhão que teria recebido irregularmente através de licenças remuneradas do cargo de procurador do Estado, que já duram 13 anos e que seriam ilegais. 

Ainda mais grave que esse suposto afastamento irregular do trabalho, para se dedicar à OAB – uma questão que ganhou manchetes nacionais - é a acusação de que o escritório de Ophir mantém contratos com empresas públicas do mesmíssimo Estado do Pará, para o qual trabalha ou deveria trabalhar. 

E o fato, por incrível que pareça, é, sim, verdadeiro.

O escritório de Ophir, que tem hoje o nome de “Cavalcante, Pereira e Advogados Associados”, firmou dois contratos, neste ano, com a Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa), um organismo da administração indireta. 


Leia a postagem na íntegra no próprio blog da Perereca da Vizinha. 


quarta-feira, novembro 16, 2011

STF nega recurso de frente suprapartidária “O Pará por Inteiro”

No site do STF

Divisão do Pará é polêmica e gera guerra na justiça

O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) manteve decisão do ministro Dias Toffoli, que negou seguimento à Ação Cautelar (AC 2961) ajuizada na Corte pela Frente Suprapartidária “O Pará por Inteiro”. Na AC, a frente pretendia que fossem analisados dispositivos da Resolução TSE 23.347/2011, norma regulamentadora do Plebiscito no Estado do Pará.

O Plebiscito, marcado para o próximo dia 11 de dezembro, vai revelar a opinião dos paraenses acerca da divisão do estado para a criação de dois entes federados: Carajás e Tapajós.

De acordo com o ministro, a frente ajuizou a Ação Cautelar inominada incidental à Ação Direta de Inconstitucionalidade 2650, por meio da qual se discutiu qual a população que deve ser ouvida no caso de plebiscito para criação ou divisão de entes federados.

Ao negar seguimento à AC, o ministro Dias Toffoli frisou que é inviável o ajuizamento de ação cautelar atrelada a ação direta de inconstitucionalidade. Além disso, salientou o relator, faltaria identidade entre a ação cautelar em questão e a ADI 2650, bem como estaria ausente o caráter de incidentalidade entre elas. Por fim, o ministro apontou a ilegitimidade da autora para propor a ação.

Na sessão desta quarta-feira (16), o ministro votou no sentido de negar provimento ao agravo regimental e manter sua decisão inicial, com base nos mesmos fundamentos. Todos os ministros presentes à sessão acompanharam o relator.

Belo Monte: É a Gota D' Água +10

A luta pela proteção do rio Xingu e de seus povos ganhou um reforço de peso nesta terça, 15: 19 atrizes e atores lançaram no Rio de Janeiro o vídeo “Gota d’Água+10”, em que questionam a construção da hidrelétrica de Belo Monte no Pará. Com direção de Marcos Prado (diretor de “Estamira”, “Ônibus 174” e “Os Carvoeiros”, e produtor de “Tropa de Elite”), o vídeo apresenta Ary Fontoura, Bruno Mazzeo, Carol Castro, Ingrid Guimarães, Isis Valverde, Juliana Paes, Cissa Guimarães, Claudia Ohana, Dira Paes, Letícia Sabatella, Maitê Proença, Elisangela Vergueiro, Eriberto leão, Guilhermina Guinle, Marcos Palmeira, Murilo Benício e Nathalia Dill, além de Sergio Marone, idealizador do projeto.

O tema central do vídeo é o questionamento da polêmica construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, marcada por ilegalidades e graves violações de direitos humanos. Neste trabalho, o grupo de artistas reforça, de forma clara e didática, os argumentos já apresentados por diversos setores da sociedade, como ambientalistas, pesquisadores, cientistas, organizações de defesa dos direitos humanos e o Ministério Público Federal.

A iniciativa deu início ao Movimento Gota d’Água (www.movimentogotadagua.com.br), liderado pelo ator Sérgio Marone e pela jornalista Maria Paula Fernandes. Em sua primeira campanha, o movimento quer envolver a sociedade brasileira na discussão sobre o planejamento energético do Brasil pela análise do que acontece em Belo Monte.

“Nosso movimento surgiu da necessidade de transformar indignação em ação. Queremos mostrar que fazer o bem é um bom negócio, e envolver a sociedade brasileiras na discussão das causas que afetam nosso país”, disse Marone.

Para se engajar na luta pela proteção do Xingu, os artistas criaram uma petição pedindo à presidente Dilma Rousseff a interrupção imediata das obras de Belo Monte e o incentivo a políticas alternativas de geração de energia genuinamente limpas e justas para toda a população brasileira. E fazem um apelo público: passe o link para 10 amigos!

Participe – assine a petição aqui:

No Datafolha, Jatene recebe nota "vermelha" dos eleitores paraenses

No blog do Colares.


Na pesquisa Datafolha encomendada pela TV LIberal para aferir a preferência do eleitor em relação ao plebiscito sobre a criação de Carajás e Tapajós, alguns números chamam a atenção. E não devem ter agradado nada a Simão Jatene (ao lado). Ele tirou "nota vermelha" na opinião dos paraenses.
 
A gestão da presidente Dilma (PT), por exemplo, é avaliada como ótima ou boa por 47% dos eleitores paraenses. Outros 42% dizem que seu governo é regular, E 9% o consideram ruim ou péssimo. No grupo de eleitores com ensino fundamental, a aprovação de Dilma é maior do que entre aqueles com nível médio de ensino (51% a 44%). Entre os que apoiam a criação de Carajás, o índice dos que consideram a administração da petista ótima ou boa é maior (53%) do que entre os contrários a este novo Estado (44%). A nota atribuída pelos paraenses ao governo da presidente é 7,1. Dilma, portanto, apesar dos pesares, tirou "nota azul".

Já quando o eleitor paraense avalia os primeiros meses de Jatene à frente do Governo do Pará as coisas ficam bem piores.

Simão Jatene (PSDB) tem sua gestão avaliada como ótima ou boa por apenas 35% dos eleitores paraenses, índice parecido ao dos que o avaliam como regular (39%). A surpresa é constatar que a fatia dos que consideram o governo do tucano ruim ou péssimo é de 20%, e outros 5% não souberam responder à questão. Entre os eleitores com nível superior de ensino, 48% avaliam o governo de Jatene como regular. No grupo de eleitores favoráveis ao desmembramento do Pará e a criação do Estado de Carajás, o índice de ruim ou péssimo da gestão do tucano chega a 28%. Entre aqueles favoráveis à divisão e à criação de Tapajós, 30% consideram a administração de Jatene ruim ou péssima. Os eleitores paraenses que tem no PMDB seu partido preferido avaliam a gestão de Jatene com índices de ótimo ou bom acima da média: 45%, similar ao dos simpatizantes do PSDB (46%) e acima dos que preferem o PT (31%). A nota média atribuída ao governo do tucano pelos eleitores é 4.

Fica claro que nem mesmo a distribuição de "espelhinhos" e "miçangas" que marcam o tal "governo itinerante" de Jatene está sendo capaz de melhorar a imagem do governo tucano.

Entrevista: Almir Gabriel prefeito de Belém?

No blog da Perereca: Almir Gabriel garante que é pré-candidato e que vai ganhar a disputa pela Prefeitura de Belém. 

Almir Gabriel e sua ficha de desfiliação do PSDB-PA.



Quando se ouve ele falar, a primeira coisa que vem à cabeça é aquela marchinha de 1950 que embalou a  eleição de Getúlio Vargas, e que dizia mais ou menos assim: “Bota o retrato do velho outra vez/Bota no mesmo lugar”.

Aos 79 anos, ex-prefeito de Belém, ex-senador Constituinte e duas vezes governador do Pará, Almir Gabriel garante que é pré-candidato na eleição municipal do ano que vem e que ganhará, sim, a disputa pela Prefeitura de Belém:

“Vamos à vitória: eu, o povo e o PTB”.

Numa longa entrevista à Perereca – por vezes, um bate-papo; por vezes, uma troca de farpas – o “velho”, o eterno tucanão, deu a impressão de estar tinindo para a batalha que se avizinha.

Tem a resposta na ponta da língua, mesmo quando cutucado acerca das mazelas de seu principal apoiador, o atual prefeito de Belém, Duciomar Costa.

Diploma falso de médico do Dudu? “Tem prova disso? Eu não vi! Ele é acusado. E a imprensa entra – como você – e já condena antes”.

Administração desastrada do prefeito pela situação em que se encontra a cidade? “Não. Ele está fazendo um dos melhores governos que esta cidade já teve”.

Processos movidos pelo Ministério Público? “E quem disse que o Ministério Público sempre acerta?”

O “velho” também garante que tem projetos para Belém e que a sua pré-candidatura não é simplesmente mais um capítulo da sua rusga – ou seria malinagem? – com  o governador Simão Jatene, seu ex-melhor amigo.

Radicalmente contrário à divisão do Pará; a favor da posse de Jader Barbalho no Senado; incapaz de admitir qualquer responsabilidade pela cisão do PSDB que culminou na sua saída do partido que ajudou a fundar; ranzinza, turrão e, por vezes, de um esnobismo insuportável, mas muito, muito inteligente e bem disposto, Almir Gabriel foi nesta entrevista mais do que nunca Almir Gabriel.

E é ela que você confere a seguir:


Perereca: Doeu muito deixar o PSDB?
Almir Gabriel: Claro! Foi um partido que eu ajudei a fundar no nível nacional e no Pará. No nível nacional, nós procuramos o Ulisses Guimarães (o nós que digo é Fernando Henrique, Covas, Scalco e outros companheiros), para dizer pra ele que, na nossa análise, o PMDB havia esgotado a sua missão histórica, no sentido de reconquistar a liberdade do Brasil – a Democracia, melhor dizendo. Ou a Democracia possível naquele tempo. O Ulisses ficou enrolando a gente não sei quanto tempo. E aí nós decidimos montar o PSDB, sendo que aqui no Pará achei conveniente fundá-lo algum tempo depois da fundação do nacional. E... claro que dói quando a gente sai de um lugar onde a gente tem amigos muito bons, mas que acabaram seguindo a trilha antiga da política. 

Escandalômetro na Câmara de Belém

No Blog da Franssinete.
 
 
 
O vale-alimentação dos vereadores de Belém vai aumentar de R$14 mil para R$20 mil, ainda neste ano. Para os servidores, que imploram por aumento no vale há mais de dois anos, vai ter cala-boca, digo, aumento de R$400 para R$600. Com isso, no orçamento da Câmara, que atualmente compromete R$689 mil só com vales (R$525 mil para os vereadores e R$164 mil para os servidores) passarão a pesar R$700 mil mensais com 35 vereadores e  R$246 mil com 410 servidores. Como ficará a posição do Ministério Público, que já analisa a questão do escandaloso vale auto-concedido pelos operosos edis municipais, diante de mais essa audaciosa garfada no dinheiro público?

E por falar em orçamento, corre forte o rumor, engrossado por brigas entre membros da comissão encarregada de elaborar o Plano de Cargos e Salários da Câmara Municipal de Belém e o diretor financeiro da Casa, de que dificilmente o sonhado PCCS será implementado, porque “não vai ter dinheiro para isso”. Isto apesar do aumento de 34% no acintoso vale-alimentação dos vereadores e da confirmação da prefeitura de que o orçamento anual da Casa terá um significativo aumento para o exercício de 2012, passando de R$47 milhões para R$52 milhões. Faz sentido. Em ano eleitoral, não há dinheiro que chegue.

quarta-feira, novembro 09, 2011

Ana Júlia diz que Jatene tem dinheiro e não paga o piso porque não quer

"..Em 2007, quando assumi o governo, os recursos alocados para pagamento de pessoal não eram suficientes. Foi preciso suplementar a folha em mais de 200 milhões de reais para garantir o reajuste salarial de 10% que demos para todos os servidores...

"...Como a arrecadação este ano aumentou 18,64%, Jatene pode sim destinar mais recursos para o pagamento do Piso. Nada impede Jatene de pagar o piso salarial aos professores. Seu único empecilho é sua própria vontade. Então, Governador, ouça um conselho: se você não quer pagar o piso salarial e acabar com a greve, arrume outra desculpa. Mas não venha tentar me culpar por sua política irresponsável, pois quem está sendo mais prejudicado com a greve são os estudantes da rede estadual de ensino."


Trechos da postagem do blog da ex-governadora do Pará, Ana Júlia Carepa que resolveu botar os pingos nos ís, confrontando assim as versões e justificativas apresentadas pelo governador Simão Jatene que enfrenta mais uma greve do funcionalismo público no Estado do Pará.  

Leia aqui a postagem completa.

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Jatene filma manifestação e Nilson Pinto ameaça educadores

Não basta a Secretaria de Comunicação do Governo do Pará pagar altos salários para seus  DAS´s passarem o dia tuitando e disputando corações e mentes nas redes sociais. Hoje o governador Simão Jatene autorizou o envio de cinegrafistas para registrar os atos de protestos, onde dos educadores que tentavam entrar nas dependências da SEDUC e da Casa Civil, hoje de manhã, afim de negociarem o fim da greve da educação, que segue em seu 43º dia.
Nas imagens é possível ver repórteres, cinegrafistas e fotógrafos entre manifestantes e Policiais Militares, escalados para impedirem a entrada dos mesmos nos orgãos públicos, onde segundo a imprensa, não estava presente nenhum dirigente do alto escalão do governo. 

Por outro lado, a imprensa local segue criminalizando o movimento grevista, acusando-o de ter fins partidários e de descumprir a determinação da justiça paraense que determinou a volta às salas de aula, no entanto, isenta o governador que não cumpre a decisão da alta corte do Brasil que determinou o Estado à pagar o piso nacional dos educadores.

Nilson Pinto eleito com o voto de muitos educadores. Foto: Manoel Neto
Mesmo com a ameaça do Secretário de Educação, Nilson Pinto - Eleito Deputado Federal pelo PSDB-PA - que chegou a dizer na imprensa que caso não voltem ao trabalho, além de descontar os dias parados irá demitir diretores, e exonerar professores e técnicos que porventura estejam em estágio probatório.

No entanto, a forma de lidar com as greves estão levando os tucanos à beira de um ataque de nervos e não tem funcionado, e por outro lado, a palavra de ordem no Pará continua sendo: A greve continua, Jatene a culpa é tua! 

A matéria do jornal Diário do Pará  leva o mesmo título do vídeo produzido pela Agência Pará, braço da Secretaria de Comunicação do Estado que tem o comando de Ney Messias, o ex-presidente da FUNTELPA que "emprestou" as antenas da emissora pública de televisão para o grupo OLiberal, durante o 1º governo de Simão Jatene.

Qualquer semelhança com o que acontece na Itália de Berlusconi, será mera coincidência ou os veículos de Jader Barbalho, se transformaram em sucurssal dos tucanos?

terça-feira, novembro 08, 2011

Polícia ou Política pra Educação?


Seja em São Paulo, em Minas Gerais ou no Pará, os Estados governados pelo PSDB enfrentam sérios problemas em tratar reinvindicações de educadores e/ou estudantes. No Pará, a greve dos trabalhadores da educação penaliza os estudantes da rede pública de ensino e ameaça a criar um problema maior, pelo fato de estarmos no período da aplicação da Prova Brasil, que avalia o índice de desempenho da educação pública e a média do desempenho nessa avaliação ajuda a subsidiar o cálculo do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) e por consequência, interfere diretamente no volume de recursos federais que serão aplicados pelo governo federal no Estado, nos próximos anos.

Como se não bastasse o fato dos estudantes da rede pública do Estado, principalmente aqueles que estão cursando o último ano do ensino médio, já estarem em grande desvantagem para a disputa por vagas nas univerdades, por conta do  prejuízio ocasionado pela falta de aulas que os prejudicarão nos processos seletivos (vestibulares) que se avisinham, a ausência de muitas turmas que deveriam estar participando da Prova Brasil no Pará e não estão por conta da greve, pode trazer prejuízos aos cofres públicos do Pará, já tão dependente dos recursos federais.

Como resposta do poder público do Estado, que tem à frente o governador tucano Simão Jatene, além de pagar a "espaços" na imprensa local, utiliza-se de servidores com cargos comissionados (DAS-s) que passam o dia nas redes sociais atacando a categoria dos docentes e a direção do sindicato, além de responsabilizar o governo federal pela situação. Culpam todos e justificam que não possuem recursos para o pagamento integral do piso salarial e consiguiram na justiça, o prazo de efetivação do PCCR até Janeiro de 2013, algo inacreditável, haja vista que a gestão anterior o deixou pronto para entrar em vigor.

A charge que ilustra a postagem faz um sátira da ocupação pela PM de São Paulo que reprimou um protestos dos estudantes do campus universitário da USP, mas para quem já viu a execução de 19 sem terras, a morte de Dorothy Stang e de vários ambientalistas e líderes sindicais do campo, além do uso da força policial nos sucessivos governos do PSDB, sabe que a partir do momento que a justiça paraense decretou a abusividade da greve e determinou o retorno dos educadores para sala de aula e hoje a prisão dos dirigentes do SINTEPP - estes alegando estarem lutando pelos seus direitos e ao lado da lei que estipulou o teto salaria reinvindicado - não nos surpreenderá nem o poder de resistência da categoria, historicamente aguerrida em suas bandeiras de luta, nem dos modus operandi dos tucanos em por fim em mais uma greve da educação do Estado do Pará.

Dirigentes do PT falam ao vivo na internet sobre MAV’s


Programação ao vivo está marcada para às 20h00 de quarta, quinta e sexta-feira.


Esta semana será movimentada para os petistas internautas. Na quarta, quinta e sexta-feira desta semana o presidente do PT, Rui Falcão; o Secretário nacional de comunicação do PT, André Vargas; e o secretário nacional de movimentos populares, Renato Simões; estarão ao vivo na internet para debater sobre a criação dos Núcleos de Militantes Petistas em Ambientes Virtuais (MAVs).

As transmissões ao vivo estão marcadas para às 20h00, com o seguintes temas:

Quarta-feira – Marco Civil na internet. (André Vargas)
 
Quinta-feira – Redes Sociais e eleições 2012. (Rui Falcão)
 
Sexta-feira – Implantação e regulamentação dos MAVs. (Renato Simões)

A ideia é que os militantes internautas participem interagindo ao vivo com os dirigentes, via chat. O canal da transmissão estará disponível na capa do Portal do PT.

(Ricardo Weg – Portal do PT).

segunda-feira, novembro 07, 2011

Calado por 40 dias, Jatene ofende educadores e a greve continua


"...O que quero conversar com vocês hoje, pode até paracer fora de tempo...

...Qual é o meu interesse, em sendo possível pagar um salário melhor, não fazê-lo?

Porque que eu faria isso?

Ora, me perdoem mas eu creio que só a falta de informação, a ignorância ou o que é pior, a má fé pode fazer alguém crêr diferente disso..."

Governador Simão Jatene falando de forma jocosa sobre a greve dos servidores públicos da educação do Estado e tentando ironicamente isentar-se da culpa de não querer pagar o Piso Nacional determinando pela Justiça Brasileira e a imprensa local ainda acusa os trabalhadores da educação de estarem enfrentando a decisão da justiça paraense que determinou a volta imediata dos professores para as salas de aula, o que não aconteceu e a greve continua no Pará.

'Não há motivo para acatar a decisão judicial porque ela ainda não foi publicada no Diário Oficial. Enquanto isso não acontecer, não há porque a categoria voltar ao trabalho', disse o Advogado do SINTEPP, hoje pela manhã quando estava reunido com cerca de 500 educadores no Centro Social de Nazaré, na Assembléia Geral convocada pela direção do Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Estado do Pará.

Fotos: Bruno Magno (Portal ORM)

A Assembléia do Sintepp decretou a continuidade da greve por tempo indeterminado e o comando prepara novas estratégias para pressionar o governo tucano à pagar o piso e implantar o PCCR, deixado pelo governo anterior para ser executudado pelo governador eleito, que não fez durante estes 11 meses de governo e ganhou de presente o prazo para fazê-lo até Janeiro de 2014 e o pagamento do piso em 12 vezes, o que é rechaçado pela categoria.

Clique aqui ou no link acima para escutar a fala de Jatene que depois de mais de 40 dias da greve dos educadores do Pará, não diz nada com nada, nem tão pouco sinaliza disposição para atender e cumprir o que a Justiça Brasileira determinou. 

Eis aí o Pacto pelo Pará em ação!

Enquanto isso, salários de professores foram descontados e estudantes da rede pública interessados em prestar o vestibular no final do ano, cada dia que passa ficam mais distantes deste possibilidade e a culpa é de quem?

domingo, novembro 06, 2011

Separatismo de estados esconde debate sobre desenvolvimento

Na Carta Capital


Criação de estados é caminho fácil para resolver problemas particulares de elites políticas e econômicas paroquiais sem atacar problemas estruturais. Mesa redonda em Belém mostra como proposta de repartir Pará em três seria exemplo perfeito de aliançaem proveito próprio e de ameaça às causas populares.
 

BELÉM - Treze projetos de redivisão do país tramitam hoje no Congresso. Caso fossem aprovados, o Brasil teria dez estados novos e despesa extra de R$ 13 bilhões por ano. Para os participantes da mesa redonda “Divisão do Pará: o que está em jogo?”, promovida pelo Museu Paraense Emílio Goeldi, em Belém (PA), na última sexta-feira (4), este tipo de discussão contribui para esconder debate realmente necessário, sobre modelo de desenvolvimento.

“Se a população aprovar os desmembramentos do Pará, Carajás já nascerá como o estado mais violento do país e Tapajós será o mais pobre”, afirmou o economista Gilberto Marques, na Universidade Federal do Pará (UFPA), que participou do debate.

Segundo ele, 53% dos homicídios do Pará ocorrem na região de Marabá, enquanto a região de Santarém, apesar de possuir 58% das terras paraenses, concentra apenas 11% do Produto Interno Bruto (PIB) do estado.

A divisão também poderia levar ao surgimento de lideranças locais sem compromisso com causas populares. Um exemplo disso seria o desmembramento de Tocantins a partir de Goiás, o que criou para o aparecimento de lideranças como a senadora Kátia Abreu (PSD), presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

“O controle político que as elites locais constroem a partir dos novos municípios e estados têm significado retrocesso para o povo”, exemplificou o antropólogo e pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (INPE), Roberto Araújo.

O professor da Faculdade de Economia da Universidade Federal do Pará (UFPA) Aloísio Nunes lembra que novos estados demandam novas lideranças políticas. “E quem elege os políticos não é o povo, mas as empresas que financiam as campanhas deles. São essas forças econômicas que decidem, inclusive, quem pode ou não se candidatar”, disse.

Fator Vale do Rio Doce

No pretenso estado de Carajás, é fácil avaliar quem associará poder político e econômico. Apesar da forte presença do agronegócio na região, quem domina o poder econômico é a Companhia Vale do Rio Doce, ex-estatal brasileira privatizada durante o governo Fernando Henrique Cardoso. A empresa, que tem cerca de 40% de capital estrangeiro, é que dita o ritmo do desenvolvimento da região.

Na pauta da exportação, os produtos básicos são presença majoritária, o que põe em xeque o discurso de industrialização do Pará. Até 2005, o volume exportado de produtos básicos e industrializados se equiparava. “Hoje, os básicos já somam três vezes mais”, denuncia o professor do Gilberto Marques.

A indústria mineral representa 66% das exportações do Pará. O maior volume (73%) proveniente da região de Carajás, seguida pela região de Belém (22%) e, na lanterna, Tapajós (11%). Mais da metade das exportações é ferro extraído pela Vale, que é a responsável por 59,26% do total das exportações paraenses.

“A criação do estado de Carajás é a materialização do agronegócio e do império da mineração, tendo a Vale como carro-chefe”, acrescentou o sociólogo Raimundo Gomes, ligado ao Centro de Educação, Pesquisa e Assessoria Sindical e Popular (Cepasp) de Marabá.

Segundo ele, a companhia já domina a maior parte do território: controla o subsolo, parte do solo, ocupa terras públicas e avança na desterritorialização dos camponeses, gerando violência e miséria para a população.

*A repórter viajou a Belém a convite do Museu Paraense Emílio Goeldi, que pagou as despesas com transporte e hospedagem.

Leia Mais: A um mês de plebiscito inédito, divisão do Pará gera controvérsias.

quinta-feira, novembro 03, 2011

O PT-Belém e as eleições 2012 – Parte II


O Encontro Municipal do PT realizado em Maio deste ano, aprovou resoluções que sinalizaram a força e a vontade do partido em retomar o comando da capital, trabalhando para a reconquista do poder popular e assim poder reeditar importantes programas sociais e políticas públicas inclusivas, as quais a gestão de Duciomar Costa fez questão de sepultar.

O presidente do PT-Belém, Apolônio Brasileiro, defendeu durante a última reunião da executiva do partido, uma agenda que prevê a realização do Encontro Municipal para Fevereiro e caso não haja consenso no nome para a candidatura à prefeitura, as prévias ficariam para o mês de Março. A proposta foi rechaçada veementemente por Flávio Lauande, secretário municipal de formação política, ligado à DS e manteve-se a indefinição de datas e métodos para a escolha do nome do candidato petista para as eleições de 2012. 

Uma coisa é certa: O PT vem tendo dificuldades em fechar o nome que unificará o partido para fazer frente às pré-candidaturas de partidos adversários, como a do ex-prefeito e hoje deputado estadual Edmilson Rodrigues (PSOL), Zenaldo Coutinho (PSDB), o federal Arnaldo Jordy (PPS) e até mesmo o ex-governador Almir Gabriel, que se filiou no PTB e também está se enxerindo para assumir a prefeitura de Belém.

Enquanto isso, o PSOL avança pra cima dos filiados do PT, visitando e ligando para casas de militantes históricos do partido, conclamando o espírito de luta dos mesmos para o projeto da “verdadeira representação da esquerda nacional”, tal como se vangloriam os ex-petistas que fundaram o “Partido do Socialismo e Liberdade”.

Mesmo assim, várias lideranças do PT dizem que é melhor ter calma e fazer o dever de casa como se deve, isso significa dizer que a unidade partidária necessária para o embate que se avizinha requer de mais tempo e maturação interna. 

Iran Moraes ingressa no PT ungido por Beto Faro e Carlos Bordalo
Desde o final do governo até o a data limite imposta pela justiça eleitoral para os pretensos candidatos poderem troca de partidos, o PT recebeu 211 pedidos de desfiliação e conquistou outros 350, fechando o processo até o dia 07/10 com um saldo positivo de 139 novos filiados, entre eles o vereador Iran Moraes que deixou o PSB e filiou-se ao PT, ligando-se à tendência do deputado estadual Carlos Bordalo e do Federal Beto Faro, ambos mirando a Câmara Federal e o Senado, respectivamente (Caso Bordalo não seja candidato e/ou eleito prefeito de Belém).
 
Pelo raciocínio, Iran Moraes que já foi candidato será candidato à Deputado Estadual e abrirá a possibilidade do grupo, que vem crescendo vertiginosamente no interior do Estado e conquistando importantes cargos no governo federal e instâncias partidárias, ter finalmente um vereador da base do movimento popular, que pode ser o professor Eliezer - que já foi candidato a vereador em 2008 - ou Altair Vieira, presidente do Sindicato dos Rodoviários de Belém.  

Crise: Edmilson Rodrigues perde seu braço esquerdo no PSOL

Luiz Araújo deixou o PT para fundar o PSOL, onde viveu até então organizando a corrente interna "Primavera Socialista" e supostame...