terça-feira, junho 26, 2012

Mensalão e a confissão de Álvaro Dias

Álvaro Dias, o líder do PSDB no Senado, está excitado com o julgamento do chamado “mensalão do PT”, previsto pelo Superior Tribunal Federal (STF) para ter início em 1º de agosto. Ele nem sequer esconde as razões eleitoreiras da sua euforia. Em matéria publicada ontem pela Agência Estado, o senador tucano prevê que o julgamento terá forte impacto no pleito municipal de outubro.

“A influência não ocorrerá em municípios menores, onde se discutem os programas locais. Mas essa é uma eleição nacionalizada pela sua importância. Pela presença aqui [em São Paulo] do ex-presidente, que está no epicentro do mensalão, não há como não verificar a hipótese de influência eleitoral”, afirmou o senador durante a convenção que oficializou a candidatura de José Serra à prefeitura paulistana.

Fuzilamento por razões eleitoreiras

A confissão de Álvaro Dias confirma o que os menos ingênuos já sabiam. A oposição demotucana e a sua mídia forçaram o início do julgamento por razões puramente eleitoreiras. A forte pressão sobre o STF nunca visou um processo justo, técnico, com base nos autos da acusação. A razão sempre foi política, eleitoreira. Daí o empenho para garantir que o julgamento ocorresse na véspera das eleições municipais.

Os demotucanos contam com a inestimável ajuda da mídia para amplificar ao máximo as imagens do circo montado no STF. Capas e capas de jornais e revistas serão produzidas nos meses de agosto e setembro. Os “calunistas” amestrados da rádio e televisão não falarão em outra coisa. Será um autêntico fuzilamento – e não um julgamento – com interesses puramente eleitorais.

Bruna Lorrane: Desabafo de uma transexual tucana


Conheci Bruna Lorrane nas fileiras da juventude petista e numa entrevista que nunca publiquei (desleixo de minha parte) reconheci nesta estudante de direito, uma enorme capacidade retórica e a defesa intransigente do respeito à diversidade sexual que ela tanto luta em conjunto com militantes das mais variadas colorações partidárias.

Hoje, Bruna filiou-se ao PSDB e recentemente postou em seu blog um desabafo contra um vereador de seu partido, o pastor Paulo Queiroz (PSDB), o qual fez um discurso na Camara Municipal de Belém contra o beijaço promovido na sessão especia de iniciativa da vereadora Milene Lauande (PT) na última sexta-feira (22), para debater a homofobia e que causou uma grande repercussão na casa.

O Paulinho beija de olhos abertos? Isso sim é motivo de indignação e polêmica!

Leia o desabafo da militante LGTB:

Nesta direção teórica, faço valer minha voz nesta nota de repúdio por acreditar que toda forma de autoritarismo, dominação e violação de direitos humanos deve ser denunciada e repudiada publicamente, tal como fez a grande parte dos militantes atuantes do nosso MOVIMENTO LGBT DO PARÁ. Pauto minha análise e reflexão por ter visto o discurso na Câmara Municipal, do VEARADOR PASTOR PAULO QUEIROZ, falando de Moralidade na “Sua casa” a Câmara Municipal!

Acredita-se que a Câmara Municipal seja o ambiente adequado para o debate das diversidades existentes. Assuntos que influenciam no cotidiano de todos cidadãos de Belém. Quando uma Instituição limita o diálogo pela arbitrariedade usando como palavra de ordem a “ética”, significa que está é solícita com tudo que lutamos contra o imoral.

Disse Paulo Queiroz não ser contra a qualquer manifestação de grupos sejam homossexuais ou não, assim como defende o direito de qualquer cidadão fazer o que bem entende porém, não pode aceitar que a ética, a moralidade e o respeito sejam esquecidos dentro de um Poder Legislativo.

MORALIDADE? RESPEITO? 

Moralidade ou hipocresia Vereador? Porque não foi isso que o senhor falou no seu discurso na mesma Câmara Municipal quando ocorreu o seminário do PSDB, meses atrás, quando o DIVERSIDADE TUCANA cobrava ao Senhor e ao Vereador Nemias, uma postura Laica de direito, cobrando uma Belém de Direitos Iguais. Quer dizer que o seu discurso muda de acordo com o publico? Depende de quem esta escultando? E isso é moralidade e respeito?

Essa casa VEREADOR não é sua propriedade, essa casa é do povo! Povo que é formado por DIVERSIDADE. Um beijo lgbt, hetero, trans, é simplesmente um beijo, sinal de amor, de afeto, carinho. AMOR, este que JESUS defendeu em todo o Novo Testamento, AMOR AO PROXIMO.

Não faça mal uso da palavra DEMOCACIA, para aleijar meu povo, com mais preconceito!

Não faço parte desse “sub- partido” que tentas criar dentro do PSDB, antes mesmo de ser PSDB, SOU TRANSEXUAL . Cheia de orgulho e de amor, contribuindo para inserir no DNA do Partido da Social Democracia Brasileira a ideologia politica de igualdade para todos, a diversidade sexual como uma dinâmica social natural que necessita de politicas publicas direcionadas como todos os seguimentos, auxiliando nosso Governador e demais gestores públicos a promoção social para a comunidade LGBT.

Cuidado pra não pagar mico ao fazer a campanha eleitoral na internet




Não será esse o tão esperado ano da internet em campanhas políticas, novamente a maior parte dos candidatos deixou para montar seus times digitais na última hora e poucos contam com assessoria profissional.

Como de costume no meio político, existe uma diferença muito grande no discurso sobre a importância do uso da internet com os investimentos planejados para a área digital.

Orçamentos pequenos diante do potencial
O orçamento de uma campanha completa com foco na prefeitura de São Paulo varia entre R$ 15 e R$ 30 milhões. Posso estar errado, mas a julgar pelo que já vivi nesse meio, calculo que a maior campanha digital não tenha recursos na casa de R$ 1 milhão.

Quando levamos em consideração que São Paulo tem uma das maiores taxas de conectividade do 
Brasil, o dado fica ainda mais alarmante. Dos quase 12 milhões de habitantes, pelo menos 6 milhões tem habito regular de uso de ferramentas digitais. Imagine isso no resto do país.
A maior parte dos investimentos ficará com a televisão e com a mobilização de rua, que privilegiam a comunicação em massa, não segmentada.

Estratégias desconexas e contratações equivocadas

A falta de entendimento dos políticos com o meio digital só não é maior do que a falta de habilidade na hora de fazer as contratações das equipes, geralmente os nomes são indicações dos marqueteiros tradicionais com intuito de ter controle sobre o que acontece no digital.

Na última campanha presidencial, o grupo de José Serra conseguiu um feito inédito e até então impensado: contratar um guru indiano, com residência nos Estados Unidos, para fazer campanha no Brasil.

O guro ficou um mês aportado em terras brasileiras, e o pior, mesmo tendo apenas 60 conexões no LinkedIn e cerca de mil seguidores no Twitter (a maioria deles são perfis que seguem seus seguidores de volta), conseguiu colocar um mínimo de metodologia naquilo que encontrou.

segunda-feira, junho 25, 2012

O papel da Monsanto na morte dos camponeses e no golpe contra Lugo



Por Idilio Méndez Grimaldi.
Na Carta Maior.

Quem está por trás desta trama tão sinistra? Os impulsionadores de uma ideologia que promove o lucro máximo a qualquer preço e quanto mais, melhor, agora e no futuro. No dia 15 de junho de 2012, um grupo de policiais que ia cumprir uma ordem de despejo no departamento de Canindeyú, na fronteira com o Brasil, foi emboscado por franco-atiradores, misturados com camponeses que pediam terras para sobreviver.
A ordem de despejo foi dada por um juiz e uma promotora para proteger um latifundiário. Resultado da ação: 17 mortos, 6 policiais e 11 camponeses, além de dezenas de feridos graves. As consequências: o governo frouxo e tímido de Fernando Lugo caiu com debilidade ascendente e extrema, cada vez mais à direita, a ponto de ser levado a julgamento político por um Congresso dominado pela direita.

Trata-se de um duro revés para a esquerda e para as organizações sociais e campesinas, acusadas pela oligarquia latifundiária de instigar os camponeses. Representa ainda um avanço do agronegócio extrativista nas mãos de multinacionais como a Monsanto, mediante a perseguição dos camponeses e a tomada de suas terras. Finalmente, implica a instalação de um cômodo palco para as oligarquias e os partidos de direita para seu retorno triunfal nas eleições de 2013 ao poder Executivo.

No dia 21 de outubro de 2011, o Ministério da Agricultura e Pecuária, dirigido pelo liberal Enzo Cardozo, liberou ilegalmente a semente de algodão transgênico Bollgard BT, da companhia norteamericana de biotecnologia Monsanto, para seu plantio comercial no Paraguai. Os protestos de organizações camponesas e ambientalistas foram imediatos. O gene deste algodão está misturado com o gene do Bacillus thurigensis, uma bactéria tóxica que mata algumas pragas do algodão, como as larvas do bicudo, um coleóptero que deposita seus ovos no botão da flor do algodão.

O Serviço Nacional de Qualidade e Saúde Vegetal e de Sementes (Senave), instituição do Estado paraguaio dirigida por Miguel Lovera, não inscreveu essa semente nos registros de cultivares pela falta de parecer do Ministério da Saúde e da Secretaria do Ambiente, como exige a legislação.

Campanha midiática

Nos meses posteriores, a Monsanto, por meio da União de Grêmios de Produção (UGP), estreitamente ligada ao grupo Zuccolillo, que publica o jornal ABC Color, lançou uma campanha contra o Senave e seu presidente por não liberar o uso comercial em todo o país da semente de algodão transgênico da Monsanto. A contagem regressiva decisiva parece ter iniciado com uma nova denúncia por parte de uma pseudosindicalista do Senave, chamada Silvia Martínez, que, no dia 7 de junho, acusou Lovera de corrupção e nepotismo na instituição que dirige, nas páginas do ABC Color. Martínez é esposa de Roberto Cáceres, representante técnico de várias empresas agrícolas, entre elas a Agrosan, recentemente adquirida por 120 milhões de dólares pela Syngenta, outra transnacional, todas sócias da UGP.

quinta-feira, junho 21, 2012

A história continua: Sem-terras são baleados no Pará


Ao menos 16 manifestantes foram alvejados a balas, na manhã desta quinta (21), por seguranças da fazenda Cedro, pertencente à Agropecuária Santa Bárbara Xinguara, empresa que tem como acionista o banqueiro Daniel Dantas, em Eldorado dos Carajás, Sudeste do Pará.

José Batista Afonso, da coordenação nacional da Comissão Pastoral da Terra em Marabá, afirma que os feridos estavam se reunindo na porteira da fazenda para um ato contra a grilagem de terras, o trabalho escravo e o uso excessivo de agrotóxicos, como parte das ações paralelas à Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. Nesse momento, os seguranças atiraram contra eles. Segundo Batista, 12 pessoas até o momento deram entrada no Hospital de Eldorado dos Carajás, entre elas uma criança.

Procurada, a empresa afirmou que encaminharia uma nota com o seu posicionamento sobre o ocorrido.

Alfredo Costa, o único pré-candidato escolhido democraticamente

O PT-Belém inaugurou o processo de prévias para a escolha do candidato que disputará a prefeitura de Belém. 

O que isso significa para a sociedade?

Que o Partido dos Trabalhadores exerce  democracia em todas as instâncias e instituições que se relaciona, seja internamente ou nas administrações públicas e sindicais. Alfredo Costa entra em campo de forma diferenciada e busca agora a principal aliança política para Belém: O povo!

quarta-feira, junho 20, 2012

imperdível: O Estado Maior da Mídia

O que ele disse


"O Serra agradece a tendência autofágica da esquerda, que se esquece dele e decarrega toda sua bronca pra cima do Lula." 

Emir Sader.

Luiza Erundina: tudo por uma foto



 
Tenho um carinho histórico por Luiza Erundina.

Quando foi alvo de uma tentativa de golpe por parte do Tribunal de Contas do Município (TCM) devo ter sido o único jornalista a sair em sua defesa. Tinha o programa Dinheiro Vivo, na TV Gazeta, de público majoritariamente empresarial. Externei minha indignação que teve ter tido algum peso na decisão do presidente da FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) Mário Amato, de visitá-la com uma comitiva de empresários, hipotecando-lhe solidariedade.

Defendia-a também quando operadores do PT criaram o caso Lubeca. E, recentemente, o Blog conduziu uma campanha de arrecadação de fundos, para ajudar Erundina a pagar uma condenação injusta dos tempos em que foi prefeita.

Sempre admirei sua luta pelos movimentos sociais, das quais sou periodicamente informado por irmãs lutadoras.

Por tudo isso, digo sem pestanejar: ao pedir demissão da candidatura de vice-prefeita de Fernando Haddad, Erundina errou, pensou só em si, não nas suas bandeiras políticas nem nos seus movimentos sociais. Foi terrivelmente individualista.

À luz das entrevistas que concedeu ontem, constata-se que os motivos foram fúteis. Estava informada da aliança do PT com Paulo Maluf; chocou-se com a foto  de Lula e Haddad com ele. Foi a foto, não a aliança, que a chocou.

A foto tem uma simbologia negativa, de fato. Aqui mesmo critiquei o lance. Mas apenas simbologia. Não se tenha dúvida de que, eleito Haddad, Erundina seria a vice-prefeita plena para a periferia, seria os movimentos sociais assumindo uma função relevante na administração municipal.

No entanto, Erundina abdicou dessa missão, abriu mão de suas responsabilidades em relação aos movimentos sociais, devido ao simbolismo de uma foto. Ela sabia que, eleito Haddad, seria mínima a participação do malufismo na gestão da prefeitura; seria máxima a intervenção de Erundina nas políticas sociais.

Poderia ter dado uma entrevista distinguindo essas posições, externando sua repulsa do malufismo, mas ressaltando a diferença de poder entre ambos.

Mas Erundina se sentiu preterida, não por Haddad, mas por Lula, que deixou-se fotografar com Maluf e não com Erundina.

Seu gesto foi para punir Lula, pouco importando o quanto prejudicaria seus próprios seguidores, os movimentos sociais. Ela abriu mão de um cargo que não era seu, mas de seus representados, para punir Lula.

E quem ela procura para a retaliação? Justamente os órgãos de imprensa que mais criminalizam os movimentos sociais, que tratam questão social como caso de polícia. Coloca a bala no revólver e o entrega à revista Veja. A quem ela fortaleceu? Ao herdeiro direto do malufismo na repulsa aos movimentos sociais: Serra.

Saiu bem na foto da mídia, melhor do que Lula com Maluf, mas a um preço muito superior. E quem vai pagar a conta são os movimentos sociais, pelo fato de sua líder ter abdicado de um cargo que a eles pertencia.

SINTEPP: Eleição será estratégica para futuras eleições

O Diário do Pará sacou o poder e a interferência que um sindicato com o porte e intervenção do SINTEPP tem no cenário político, mas infelizmente, muitos ainda não perceberam isso, e quase nada, fizeram para ajudar a campanha da chapa 04, ligada à CUT-PA, que recentemente passou por uma eleição interna, elegendo uma nova direção e planeja reverter o atual quadro político, já que vem perdendo base sindical para outras centrais.

Informes do 1º dia das eleições, dizem que ouve uma baixíssima presença de eleitores, reflexo da baixa credibilidade que o Sindicato dos Educadores Paraenses goza, depois de tanta contradição, frente à forma de como se comporta como sindicato perante os governos.

Explico: O Governo Jatene humilhou a categoria durante a última greve e hoje tem a tranquilidade de saber que o grupo que o dirige por décadas, aceitou de forma ridícula a imposição tucana de não pagar o piso unificado e assistiu pacíficamente a junção de diversas bonificações, tudo com o intuíto de enganar a categoria e a opinião pública, encerrando uma greve legítima, com a anuência da política do corpo mole que o PSOL definiu para este governo.

Para quem viu a oposição sistemática e contundente do SINTEPP durante o governo petista, estranhou a forma quase que harmônica com que dirigentes do sindicato negociaram durante o 1º ano de governo tucano. O resultado? 

Uma SEDUC cheia de material de propaganda de apenas uma chapa: A Chapa 01, a chapa da direção que há 30 controla o sindicato e faz dele a correia de transmissão  dos interesses do partido que disputa preferencialmente a base política do PT e do PCdoB, ambos com chapas de abrangência minoritária, que estão suando a camisa para enfrentar o uso da máquina institucional nestas eleições.

Pra quem quer conhecer a chapa o4 é só acessar o blog http://sinteppchapa04.blogspot.com.br/ e se quiser conhecer as demais acesse o Grupo de Debates sobre as Eleições do SINTEPP no Facebook.

terça-feira, junho 19, 2012

Mais de 6 mil políticos com cargo no serviço público estão inelegíveis, diz TCU

No Sul21



No Mais de 6 mil políticos que ocupam algum cargo de gestão no serviço público já estão inelegíveis por oito anos a contar das eleições municipais de outubro. Essas pessoas tiveram suas contas julgadas irregulares pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e, por isso, serão atingidos pela Lei da Ficha Limpa.

A informação é do presidente do TCU, Benjamim Zymler, que hoje entrega a lista completa dos gestores, às 17 horas, à presidenta do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Cármen Lúcia. “Este é um momento muito importante porque dá consequência concreta ao julgamento das contas irregulares do TCU”, destacou o presidente do tribunal.

Zymler acrescentou que além da punição por multas e quitação dos débitos pendentes por causa de má gestão de recursos públicos, essas pessoas estarão inelegíveis. O ministro lembrou que todos os gestores tiveram suas contas julgadas em caráter definitivo, prerrogativa para que uma pessoa seja enquadrada na Lei da Ficha Limpa.

“Realmente essa é uma consequência importante, e muito bem-vinda a possibilidade de tornar inelegíveis aqueles que não souberam lidar com o dinheiro público de forma adequada”, ressaltou Benjamim Zymler. O presidente do TCU lembrou que esses gestores tiveram direito, até a última instância, à ampla defesa.

O presidente do TCU entregou hoje (19) ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), o relatório de análise das contas do governo federal. As ações da presidenta Dilma Rousseff em seu primeiro ano de gestão foram aprovadas com 25 ressalvas e 40 recomendações, já encaminhadas ao Executivo. O relator, ministro José Múcio Monteiro, destacou que todas as ressalvas estão relacionadas a aspectos de conformidade da receita pública, da dívida pública, da execução do orçamento e das demonstrações contábeis.

Com informações da Agência Brasil

Prefeito do Recife ganha na Justiça direito de disputar a reeleição

No Blog do Noblat



Francisco Julião de Oliveira Sobrinho, juiz da 3a Vara Civil do Recife,  mandou o Diretório Municipal do PT homologar a candidatura à reeleição do prefeito João da Costa.

O juiz entendeu que foi válida a prévia realizada pelo partido em 20 de maio último onde João da Costa derrotou por quase 600 votos de diferença o deputado federal Maurício Rands.

A Executiva Nacional do PT anulou a prévia que ela mesma patrocinara. Alegou que haviam votado militantes que não estavam aptos. E marcou data para uma nova prévia.

Rands desistiu de enfrentar João da Costa pela segunda vez às vésperas da nova prévia.

A Executiva Nacional do PT então decidiu que o candidato a prefeito seria o senador Humberto Costa.

A candidatura de Humberto foi homologada pelo Diretório Municipal.

O juiz considerou indevida a interferência da Executiva Nacional. A prévia, segundo ele, "cumpriu todas as normas do regulamento de prévias do PT".

Cabe recurso da decisão do juiz. O PT poderá entrar com ação nesse sentido junto ao Tribunal de Justiça do Estado.

quinta-feira, junho 14, 2012

Jatene discursa na Rio+20 e diz que Desmatamento zero na Amazônia é possível até 2020



No site SUL21.

Desmatamento zero na Amazônia é possível até 2020, disse nesta quinta-feira (14) o governador do Pará, Simão Jatene (PSDB), durante um debate sobre políticas públicas de combate ao desmatamento da Amazônia, no Forte de Copacabana, zona sul da capital fluminense.

“Já assinamos a redução do desmatamento em 80% até 2020, mas acho que podemos, sim, assumir desmatamento zero líquido. É possível intensificar a utilização das áreas abertas e modernizar pelo menos metade da pecuária em um curto espaço de tempo sem grandes custos.”

De acordo com o governador, existem hoje cerca de 33 milhões de hectares de áreas abertas (desmatadas) da Floresta Amazônica no estado. Desse total, cerca 1,5 milhão de hectares são usados para a produção agrícola. Cerca de 31 milhões estariam, segundo ele, ocupados pela agropecuária, abandonados ou subutilizados.

“O uso dessa área já aberta é muito baixo e podemos elevar a produtividade, mas precisaremos experimentar o que chamo de tripla revolução, que é pelo conhecimento, pela produção e por novas formas de gestão e governança e alguns municípios estão provando que isso é possível.”

O pesquisador da Fundação Imazon Adalberto Veríssimo acredita que o desmatamento zero no Pará é possível e, se for concretizado, vai gerar mais renda e emprego para a região. “Conseguimos reduzir, em três anos, 50% do desmatamento e, hoje, a sociedade está cada vez mais consciente de que não é preciso desmatar mais para crescer. É possível manter a floresta e aproveitar bem todas as áreas que já foram desmatadas, que são muitas.”

O Programa Municípios Verdes (PMV) implantado pelos governos estadual e federal há pouco mais de um ano foi abordado pelos palestrantes como ferramenta fundamental para a redução do desmatamento ao auxiliar os municípios do estado a promover uma economia de baixo carbono e alto valor agregado, com incentivos para negócios rentáveis e ambientalmente sustentáveis e criação de pactos entre a iniciativa privada, a população e o terceiro setor.

“O protagonismo local é o diferencial desse programa. Temos ambientalistas e pecuaristas participando, pessoas ligadas ao setor madeireiro florestal, Ministério Público, instituições do estado e município e a sociedade local. É fundamental que o desenvolvimento sustentável saia do papel e entre no cotidiano das pessoas”, completou o governador.

O procurador do Ministério Público, Daniel Azeredo, elogiou o Cadastro Ambiental Rural que ganhou força com o Programa Municípios Verdes. “O cadastro realiza o zoneamento das propriedades no Pará e o controle ambiental da Amazônia tem ajudado como uma ferramenta de gestão da Amazônia”, comentou o procurador. Ele acrescentou que, por meio de benefícios aos produtores, o número de propriedades cadastradas subiu de cerca de 600 em 2009 para 54 mil propriedades em 2012.

“O acesso ao crédito rural só é dado para aqueles que estão no cadastro, além disso, o produtor ganha segurança jurídica, regularização fundiária e com os Municípios Verdes houve uma adesão maciça.”

“Temos condições de devolver para a floresta de 20% a 30% das áreas hoje abertas que têm baixa produtividade para a agropecuária e que foram abertas equivocadamente”, comentou o presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Paragominas, Mauro Lucio, município paraense que esteve, até 2010, no primeiro lugar da lista negra de desmatamento do governo federal e hoje é o que mais faz reflorestamento no estado. O município também tem apresentado os melhores resultados na queda do desmatamento da Amazônia. “Mas isso só foi possível porque investimos em tecnologia e melhoria de vida. Sem melhorar a qualidade de vida das pessoas da região, falar em sustentabilidade é conversa fiada. Crédito sem conhecimento é jogar dinheiro fora, por isso, investir em conhecimento é o que vai mudar os padrões de vida.”

quarta-feira, junho 13, 2012

SERPRO Cidadão: 10 anos de Responsabilidade Social e Inclusão Digital


Jaqueline é monitora do Programa que atende gratuitamente cerca de 800 pessoas por ano.
  
Com apenas 17 anos, Jaqueline Barrozo já concluiu o ensino médio e sonha cursar a faculdade de Odontologia ou Fisioterapia, mas por enquanto é monitora do Programa SERPRO de Inclusão Digital, onde há 04 meses trabalha 04 dias por semana, 04 horas por dia e um dia por semana participa tem aulas em cursos profissionalizantes do Programa Jovem Aprendiz do Governo Federal, que lhe concede uma bolsa-salário de R$ 250,00 em dinheiro, mais R$ 220,00 em Ticket Alimentação e R$ 80,00 em vale-transporte digital.

Segundo a adolescente, a remuneração garante uma boa ajuda à renda familiar, já que é órfã do pai e mora com a avó (pensionista), a mãe e a tia (desempregadas) e um irmão menor de idade, em uma pequena casa no bairro da Terra-firme, apontado com um dos bolsões de miséria mais violentos e populosos de Belém.

Servidores de outras empresas participam de cursos de qualificação profissional.
O Programa SERPRO de Inclusão Digital - da qual a adolescente Jaqueline Barrozo é monitora, junto com mais outros quatro adolescentes, indicados por entidades comunitárias do bairro da Terra-firme - atende cerca de 800 pessoas por ano, nos três projetos que desenvolve: Espaço Cidadão, Oficina de Inclusão Social e Telecentros Comunitário e nesta quinta-feira (14), comemora 10 anos de existência, com uma série de atividades voltadas à comunidade e entidades parceiras, tais como Palestras, Oficinas na área da informática e uma atraente programação cultural, que contará com a participação especial de Alan Carvalho e Ronaldo Silva (Arraial do Pavulagem), seguida de um coquetel que será oferecido ao público presente.

Sede do SERPO Cidadão, acesso gratuíto à internet e cursos de informática à comunidade.


O representante regional do programa, José Ricardo de Carvalho, conclui: “Com a ajuda de parceiros com entidades comunitárias, ONGs e o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) do Bairro da Terra Firme, conseguimos capacitar e oferecer serviços através do Espaço SERPRO Cidadão para milhares de pessoas que nos procuram, sem cobrar nada e oferecendo conforto, bons equipamentos e assistência profissional para a Inclusão Social e Digital da comunidade, que conta inclusive com cursos de Educação à Distância”.

Serviço:

Comemoração dos 10 anos do Espaço SERPRO Cidadão.

Programação:

08 às 12h - Oficinas de Stop Motion, Manutenção de Micros/Tablets e Internet.

16: 30 - Programação Cultural com Coquetel e shows com artistas da terra. Participação especial de Alan Carvalho e Ronaldo Silva (Arraial do Pavulagem).

Local: SERPRO – Serviço Federal de Processamento de Dados - Av. Perimetral da Ciência, nº 2010, bairro da Terra Firme.

Informações: Ricardo Carvalho - 9207-7393.

segunda-feira, junho 11, 2012

A história viva: 25 anos do assassinato de Paulo Fonteles



 Enviado por Paulo Fonteles Filho.

11 de Junho, vigésimo-quinto aniversário do assassinato do advogado de posseiros do Sul do Pará, Paulo Fonteles

No transcurso do vigésimo-quinto aniversário do assassinato do ex-deputado e advogado de posseiros do Sul do Pará, Paulo Fonteles, ocorrido em 11 de Junho de 1987 é, mais do que nunca necessário avaliar suas ideias e legado para atual fase da luta pela terra no Brasil. E isso num momento de franca expansão do Agronegócio, particularmente na Amazônia e a odiosa tentativa de criminalização dos movimentos sociais brasileiros, praticadas pela grande mídia e reacionários de todas as espécies.

A vida de combates de Paulo Fonteles atravessou mais de três décadas de profundo compromisso com questões concernentes aos temas mais urgentes da nação brasileira como a democracia, as liberdades políticas, a reforma agrária e o socialismo.

A saga daquele que seria uma das mais contundentes vozes da luta contra o latifúndio iniciou a atividade política quando o Brasil estava encarcerado pela quartelada de 31 de Março de 1964 que submeteu o país a infame ditadura e a submissão aos interesses externos, notadamente estadunidenses.

Como muitos jovens de sua geração iniciou sua militância no ambiente da igreja católica quando a juventude do Brasil e do mundo davam passos insurgentes naqueles longínquos anos de 68 na qual Zuenir Ventura ensina-nos que jamais acabou porque fora um marco, verdadeiro divisor de águas e, ainda é referência tanto na cultura, no comportamento e na política pelo que introduziu na vida brasileira. Eram os generosos anos das figuras heroicas de Che Guevara, da passeata dos 100 mil a enfrentar a dura ditadura hasteando o sangue paraense do estudante Edson Luís assassinado pela repressão no restaurante Calabouço, como uma emergência para mudar os destinos nacionais através de um poderoso movimento de massas.

Eram tempos da rebelião juvenil francesa e da primavera de Praga, de mudanças tecnológicas e da incerteza da guerra fria, da guerra do Vietña, da estreia na Broadway do musical "Hair", do lançamento do "Álbum Branco" dos Beatles, do acirramento da luta pelos direitos civis nos Estados Unidos e também do assassinato de Martin Luther King e do engendramento do Apartheid na África do Sul. As mulheres, historicamente, proibidas de atuar na vida pública queimaram sutiãs e a juventude passou a ter, na sociedade uma presença social autônoma. No Brasil de 68 Chico Buarque estreia "Roda-Viva" e logo os artistas da peça sofrem atentado patrocinado pelo Comando de Caça aos Comunistas (CCC), Caetano Veloso e Gilberto Gil lançam o manifesto onde apresentam a "Tropicália", do contundente discurso do jornalista Márcio Moreira Alves contra a ditadura, estopim para o Ato Institucional 5 (AI-5). É por essa época que o General Costa e Silva promove torpe censura contra o cinema e o teatro e é criado o Conselho Superior de Censura.

O jovem Paulo Fonteles tomou parte nas manifestações que eclodiram naquele período na qual a cidade de Belém, que por ser terra de legado cabano não poderia ficar de fora, tendo como referência a necessidade de derrubar os direitistas de fardas instalados no poder na qual a juventude brasileira ganhou pessoa e postura.

quinta-feira, junho 07, 2012

Lúcio Flávio Pinto chuta o balde - VEJA: O suicídio pela palavra



Publicado em Cartas da Amazônia por Lúcio Flávio Pinto no portal Yahoo!
 
"Veja", uma das cinco revistas semanais de informações mais importantes do mundo, levou 2.272 edições, em 44 anos de circulação, para cometer o maior "nariz de cera" da sua história, do jornalismo brasileiro em muitos anos e talvez da imprensa mundial. Sua matéria de capa do último número, do dia 6, abre com 98 linhas da mais medíocre "encheção de linguiça", como se diz "no popular".

Se tivessem mesmo que sair, esses quatro enormes parágrafos, numa matéria de apenas oito períodos, tirando boxes e penduricalhos outros para descansar a vista (e relaxar a cabeça), caberiam na Carta ao Leitor, espaço reservado à opinião do dono. Mas lá já estava o devido editorial da "casa", repleto de adjetivações e subjetividades, conforme o estilo.

A tarefa do repórter Daniel Pereira não era competir em fúria acusatória com a voz do dono, mas dar-lhe — se fosse o caso — suporte informativo. Sua matéria devia conter fatos, que constituem a arma de combate do repórter, infalível diante de qualquer assunto sob sua investigação.

Ao invés disso, metade da sua falsa reportagem, com presunção de trazer novidades e gravidades suficientes para merecer a capa da edição, é um rosário de imprecações opiniáticas, no mais grosseiro e primário estilo, num desabamento de qualidade em relação à Carta ao Leitor.

Em tom professoral digno de um sábio de almanaque Capivarol, o editor da sucursal de Brasília, distinto e ilustre desconhecido (ainda, claro), faz gracejo insosso com o fracasso da estratégia de Lula de usar a "CPI do Cachoeira" como manobra diversionista para tirar o foco do julgamento dos integrantes da "quadrilha do mensalão".

Tentando reparar o efeito inverso gerado pela iniciativa, Lula procurou o ministro Gilmar Mendes, do STF, para um acerto, "movimento tão indecoroso que, ao contrário do imaginado pela falconaria petista, se voltou contra o partido", sentencia o jornalista.

Não sou petista. Nunca fui. Também não sou nem nunca serei filado a qualquer partido político, enquanto minha profissão me conceder um espaço para opinar e interpretar. É onde faço política: tentando armar o meu leitor para ter sua agenda atualizada aos grandes temas ao alcance da sua vontade.

Votei uma única vez em Lula para presidente da República, na primeira tentativa dele, contra Collor, em 1989. Ninguém encontrará um artigo de louvor a ele no meu Jornal Pessoal. Como não moro em Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro ou Belo Horizonte, mas em Belém do Pará, distante dois mil quilômetros da capital federal, não me atrevo a escrever reportagens a respeito dele.

Para isso, precisaria estar em contato com pessoas do centro do poder, testemunhar acontecimentos, criar fontes com acesso às informações diretas. Mas minhas análises, feitas à distância, não ultrapassam o limite da possibilidade de demonstrar com fatos o que digo. E só digo o que os fatos me autorizam.

Ao autorizar um repórter, encarregado de produzir uma reportagem, que requer tudo que está fora do meu alcance, justamente porque não disponho dos recursos ao alcance de Daniel Pereira, "Veja" mostra que não respeita a si, aos seus jornalistas e ao leitor. Desrespeita a própria história, que a fez ocupar um lugar tão destacado na imprensa mundial e ter-se estabilizado há muitos anos em 1,2 milhão de exemplares de tiragem.

O respeito e a admiração que as pessoas tem hoje pelos jornalistas da TV Globo era o mesmo, com outra substância, do início dos anos 1970, quando "Veja" se consolidou como a mais importante novidade na imprensa brasileira. Antes de passar a trabalhar na revista, via-me diante de humilhação partilhada por repórteres das outras publicações, como as minhas. Depois de dar entrevista coletiva, o personagem da reunião se desculpava e atendia à parte o representante de "Veja", que costumava assistir calado ao pingue-pongue de perguntas e respostas entre os colegas e o entrevistado.

Mas não ficávamos furiosos ou nos revoltávamos pelo privilégio dado ao concorrente. Veríamos, quando a revista circulasse, que o tratamento diferenciado tinha uma motivação fundamentada na qualidade do trabalho da revista. Por opção editorial, as matérias não eram assinadas. Mas tanto os profissionais que iam às ruas atrás das notícias eram bons como ótimos eram aqueles que reescreviam tudo na redação, estabelecendo uma homogeneidade de alto nível em todos os textos, do primeiro ao último.

Essa boa novidade levou ao exagero da padronização, logo corrigido pela liberação dos freios da centralização: cada jornalista pode desenvolver seu estilo e as matérias começaram a sair assinadas.
Muitas das matérias que forniram as páginas da revista eram do melhor jornalismo, vizinho dos textos de autores da melhor literatura. Tanto pelo domínio do vernáculo como pela consciência de que jornalismo é a vida pulsando todos os dias em sua materialização factual, sempre sujeita ao humano, demasiado humano (o que serviu de halo para o "novo jornalismo" americano).

Com a sucessão de textos do tipo que agride a essência do jornalismo já há bastante tempo, "Veja" está prestando um grave desserviço ao Brasil, a pretexto de brecar o avanço do "lulismo" tirânico e irresponsável. Está fazendo o país retroceder a um jornalismo praticado até seis décadas atrás, quando o Diário Carioca introduziu o lide no manual de redação jornalística. Sucederam-se a partir daí os aperfeiçoamentos que "Veja" consolidou.

A começar pelo curso de formação que deu aos seus futuros integrantes antes de começar a circular, uma revolução em matéria de recrutamento de quadros. E pelo elevado padrão de profissionalismo que estabeleceu, tornando-se uma meta para todos aqueles que queriam avançar no seu ofício e ter uma vida digna, decente e confortável — conquistas das quais só a última era frequente, à custa da venda da alma ao diabo; até "Veja" demonstrar que jornalista também pode ganhar bem sem se prostituir.

É profundamente lamentável que essa mesma revista esteja agora, num paroxismo editorial difícil de explicar e mais difícil ainda de entender, renunciando a todas essas conquistas para se entregar a uma voragem de apoplexia palavrosa, se a tipologia cabe nessa forma surpreendente de patologia. Lula pode sobreviver a esse tipo de vírus. O jornalismo, não.

Querendo ser a coveira de um líder político esquivo e ambíguo, "Veja" está, na verdade, cometendo um haraquiri patético, capaz de arrastar consigo muito mais gente do que a que sucumbiu sob outro desses líderes em transe: Jim Jones.

(Saio da bitola amazônica nesta carta jornalística pela necessidade de desabafar, que partilho com meus leitores. Quase meio século de jornalismo autorização a quebra da bitola, I presume.)

quarta-feira, maio 30, 2012

Puta Dei


Encontro Internacional traz Leonardo Boff à Belém

Caro Diógenes,

A Fundação Escola Bosque Professor Eidorfe Moreira está organizando um evento internacional que contará com a presença de importantes personalidades da museologia social e que terá como conferencista o
teólogo, filósofo, escritor, professor e ecologista Leonardo Boff.

O IV Encontro Internacional de Ecomuseus e Museus Comunitários acontecerá na sede da Funbosque, em Outeiro, de 12 a 16 de junho.

Contamos com sua presença no café da manhã que apresentará o evento para a imprensa, no próximo dia 5, Dia do Meio Ambiente. Convite anexo.



Lucirene Gomes
821 - DRT/PA
Cel: 9161 5472
Ascom Funbosque


Paulo Henrique Amorim fala sobre Militância Virtual no Encontro Nacional de Blogueiros "Sujos"

terça-feira, maio 29, 2012

O veto parcial de Dilma sobre o Código Florestal

 

O governo publicou nesta segunda-feira (28) a medida provisória para preencher lacunas do Código Florestal, após os vetos presidenciais. O texto da MP estabelece o foco da legislação “na proteção e uso sustentável” de florestas, na produção agrícola sustentável e no “atendimento à questão social sem prejudicar o meio ambiente”, segundo publicação no Diário Oficial da União, que trouxe ainda detalhamento dos 12 vetos à lei aprovada no Congresso.

O veto ao novo código foi intensamente debatido pela presidenta Dilma com o conjunto do governo. 

O novo texto deixa bem claro que o Planalto não se curvou à pressão ruralista pela anistia aos desmatadores, mas também levou em consideração a situação dos pequenos produtores rurais, em oposição ao “ambientalismo elitista”, que defende o conservacionismo sem levar em consideração a questão social. 

Agricultura Familiar

Durante o anúncio do veto, na última sexta, o ministro do Desenvolvimento Agrário Pepe Vargas destacou que as alterações promovidas preservam o meio ambiente para as atuais e futuras gerações, garantem a produção de alimentos saudáveis para a segurança alimentar do povo brasileiro e para as exportações. Além disso, Vargas ressaltou que o governo está garantindo, deste modo, a inclusão produtiva e social para mais de quatro milhões de agricultores familiares.

“Estamos aqui estabelecendo princípios de justiça. Não vai haver anistia para ninguém, mas quem tem menos área de terra, vai recompor menos; quem tem mais vai recompor mais”, disse. Ele acrescentou ainda que ao mesmo tempo em que o governo está preservando o meio ambiente, aplica um princípio de inclusão social e produtiva para o povo brasileiro. 

Para o deputado Elvino Bohn Gass (PT/RS), a proposta é corajosa e tecnicamente mais bem elaborada do que qualquer outra das que vinham sendo debatidas. O parlamentar salienta que foram considerados de forma mais detalhada a estrutura fundiária brasileira e as medidas propostas são dirigidas prioritariamente para os agricultores familiares que possuem até quatro módulos fiscais, que representam 90% dos imóveis rurais e 24% da área agrícola do país:

“O governo considerou, além da estrutura fundiária, o tamanho dos módulos fiscais em todos os municípios do país e adotou maiores critérios ambientais e sociais para a sua formulação. Isto dá sensatez às medidas. Aí está demonstrada a coerência de um governo que tem compromisso com a agricultura familiar”, disse. 

Papel do país na Rio + 20

Já o secretário nacional de Meio Ambiente e Desenvolvimento do PT, Júlio Barbosa, considerou que o veto presidencial superou as expectativas e considerou a opção pelo veto parcial mais acertada do que o veto total, defendido por alguns movimentos ambientalistas. Para ele a presidenta foi coerente em vetar os artigos que colocariam o país em uma situação extremamente delicada na relação internacional sobre as questões ambientais:

“Hoje, o país lidera o ranking internacional nesse debate sobre a sustentabilidade e vai sediar uma Conferência importante como é a Rio+ 20. De maneira alguma o Brasil podia estar na Rio+ 20 com essa tamanha responsabilidade que era aceitar uma proposta feita apenas na visão do agronégocio brasileiro, que não respeita de maneira alguma a sustentabilidade ambiental e nem o direito da população como um todo, e que apenas visa o grande lucro a partir da produção e da destruição dos recursos naturais”, afirmou ao Portal do PT.

Ao ser encaminhada ao Congresso, a medida provisória deve primeiro ser submetida à análise de uma Comissão Mista, formada por senadores e deputados. Depois, segue ao plenário da Câmara. Uma vez votada, é encaminhada ao Senado, mas se for modificada deve voltar aos deputados, que darão a palavra final sobre a matéria.

Com relação aos vetos da presidenta, os parlamentares podem derrubá-los, mas para isso é necessário que o presidente do Congresso coloque o texto em votação em uma sessão mista e que a maioria absoluta dos deputados (257 votos) e dos senadores (41 votos) se posicione contra o veto. 

Crise: Edmilson Rodrigues perde seu braço esquerdo no PSOL

Luiz Araújo deixou o PT para fundar o PSOL, onde viveu até então organizando a corrente interna "Primavera Socialista" e supostame...