domingo, novembro 18, 2012
sexta-feira, novembro 16, 2012
Jatene torra dinheiro público no carnaval carioca
No Facebook do Ricardo Teixeira.
O Pará é o tema do samba enredo da escola Imperatriz Leopoldinense em 2013. Os preparativos já começaram e estão sendo feitos pela presidente da Paratur, Socorro Costa, com a diretoria da escola fluminense. Em entrevista ao site MERCADO&EVENTOS, a dirigente explicou como será participação do Pará no Carnaval do Rio de Janeiro do ano que vem. “A diretoria da escola já desejava contar a história do Pará há três anos. Amadurecemos a ideia e o governador do Pará, Simão Jatene, assinou a parceria”, disse Socorro Costa.
Toda a preparação do desfile da Imperatriz será disponibilizada através de ferramentas de marketing e nas mídias eletrônicas. A escola de samba, segundo Socorro, irá bloquear 420 espaços para participantes paraenses. “Será uma forma de incentivar o turismo no Pará”, comentou a presidente.
Mais uma farra com dinheiro público do estado. Isso pode Arnaldo?
O Pará é o tema do samba enredo da escola Imperatriz Leopoldinense em 2013. Os preparativos já começaram e estão sendo feitos pela presidente da Paratur, Socorro Costa, com a diretoria da escola fluminense. Em entrevista ao site MERCADO&EVENTOS, a dirigente explicou como será participação do Pará no Carnaval do Rio de Janeiro do ano que vem. “A diretoria da escola já desejava contar a história do Pará há três anos. Amadurecemos a ideia e o governador do Pará, Simão Jatene, assinou a parceria”, disse Socorro Costa.
Toda a preparação do desfile da Imperatriz será disponibilizada através de ferramentas de marketing e nas mídias eletrônicas. A escola de samba, segundo Socorro, irá bloquear 420 espaços para participantes paraenses. “Será uma forma de incentivar o turismo no Pará”, comentou a presidente.
Mais uma farra com dinheiro público do estado. Isso pode Arnaldo?
quarta-feira, novembro 14, 2012
Simão Jatene: Dois anos de brincadeiras
Na metade do seu 2º mandato, Jatene não tem nenhuma obra pra chamar de sua em Belém, imagina no restante do Pará! |
Promessa da 1ª campanha eleitoral do governador tucano, em 2004, o Terminal Hidroviário de Passageiros de Belém só foi sair do papel no governo de Ana Júlia (PT), que o deixou
praticamente pronto, faltando alguns ajustes e agora está abandonado por seu sucessor, o governador Simão Jatene, que foi notificado pelo MPF, ainda em Maio deste ano, para colocá-lo em funcionamento e assim não comprometer o investimento feito com recursos dos cofres públicos estaduais.
Com uma gestão desorganizada e sem um plano de desenvolvimento para a região metropolitana, Simão Jatene deixou para no fim do prazo - estipulado em 06 meses (novembro), responder a notificação judicial e surge com o estranho
interesse de mudar o local do Terminal Hidroviário, agora previsto para ocupar o Galpão nº 09 da CDP, notoriamente um local inoportuno e descabido, que só irá ajudar a atrapalhar ainda mais o embarque/desembarque de cargas e passageiros de outros municípios, que alí já é feito.
Isso sem contar que a idéia de jerico fará com que o trânsito da Castilho França - já limitado pelas duas vias estreitas, se transformará num verdadeiro inferno!
Imagine quando os passageiros desembarcarem dos barcos e forem embarcar nos ônibus!
A falta de coerência é tanta, que ao invés de buscar soluções, Jatene mandou seu secretário de
comunicação, quem se proclama no twitter como ilusionista, lançar uma desculpa esfarrapada e mentir ao dizer que um navio estava lá quando a Marinha do Brasil autorizou o uso do local, tendo inclusive contado com todas as licensas ambientais para o início das obras.
Como se vê, o despreparo é grande e a , desprovida de qualquer justificativa provável, tal como mostra a imagem abaixo:
Como se vê, o despreparo é grande e a , desprovida de qualquer justificativa provável, tal como mostra a imagem abaixo:
Sabendo que a especialidade do PSDB é privatizar e alugar prédios - geralmente
de amigos e parentes de aliados - para usar como repartição pública e tem por hábito além de não admitir seus erros, colocá-los na conta de seus opositores, a ex-governadora Ana Júlia matou a mentira à pau em seu blog, com o artigo "Terminal Hidroviário: documento revela farsa de Jatene".
Espera-se agora que a imprensa quebre o silêncio capacho e cobre soluções do governador, afim de não ser cúmplice pelo aumento do caos no trânsito de nossa cidade e busque um profissional para substituir o garoto brincalhão, que hoje toma conta da Comunicação Institucional do Estado do Pará.
terça-feira, novembro 13, 2012
O PT tem a obrigação moral de reagir ao STF
Em artigo exclusivo para o 247, Breno Altman argumenta que as "forças
conservadoras" usam as cortes com a "mesma desfaçatez de quando
recorriam aos quartéis". Ele afirma ainda que José Dirceu e José Genoino
não foram sentenciados como indivíduos, mas porque "expressavam a
fórmula para colocar o PT e o presidente Lula no banco dos réus". O
silêncio, portanto, não é uma opção.
Por Breno Altman*, especial para o 247
O ministro Joaquim Barbosa, relator da Ação Penal 470,
praticamente concluiu sua tarefa como relator, às vésperas de assumir a
presidência do STF, com um burlesco golpe de mão. Aparentemente para
permitir que Ayres Britto pudesse votar na dosimetria dos dirigentes
petistas, subverteu a ordem do dia e antecipou decisão sobre José
Dirceu, José Genoíno e Delúbio Soares. Apenas a voz de Ricardo
Lewandovski se fez ouvir, em protesto à enésima manobra de um julgamento
marcado por arbitrariedades e atropelos.
Talvez em nenhum outro momento de nossa história, ao menos
em períodos democráticos, o país se viu enredado em tamanha fraude
jurídica. Do começo ao fim do processo, o que se viu foi uma sucessão de
atos que violaram direitos constitucionais e a própria jurisprudência
do tribunal. A maioria dos ministros, por opção ideológica ou mera
covardia, rendeu-se à sentença prescrita pelo baronato midiático desde
que veio à tona o chamado “mensalão”.
Os arroubos de Roberto Jefferson, logo abraçados pela
imprensa tradicional e parte do sistema judiciário, serviram de pretexto
para ofensiva contra o governo Lula, o Partido dos Trabalhadores e a
esquerda. José Dirceu e seus companheiros não foram julgados por seus
eventuais malfeitos, mas porque representam a geração histórica da
resistência à ditadura, da ascensão política dos pobres e da conquista
do governo pelo campo progressista.
Derrotadas nas urnas, mas ainda mantendo sob seu controle
os poderes fáticos da república, as elites transitaram da disputa
político-eleitoral para a criminalização do projeto liderado pelos
petistas. Com a mesma desfaçatez de quando procuravam os quartéis, dessa
vez recorreram às cortes. Agora, como antes, articuladas por um enorme
aparato de comunicação cujo monopólio é exercido por umas poucas
famílias.
O STF, nessas circunstâncias, resolveu trilhar o caminho
de suas piores tradições. Seus integrantes, majoritariamente,
alinharam-se aos exemplos fornecidos pela extradição de Olga Benário
para a Alemanha nazista, pela cassação do registro comunista em 1945 e
pelo reconhecimento do golpe militar de 1964. Como nesses outros casos,
rasgaram a Constituição para servir ao ódio de classe contra forças que,
mesmo timidamente, ameaçam o jugo secular das oligarquias pátrias.
Garantias internacionais, como a possibilidade do duplo
grau de jurisdição, foram desconsideradas desde o primeiro instante.
Provas e testemunhos a favor dos réus terminaram desprezados em
abundância e sem pudor, enquanto simples indícios ou ilações eram
tratados como inapeláveis elementos comprobatórios. Uma teoria presidiu o
julgamento, a do domínio funcional dos fatos, aplicada ao gosto do
objetivo inquisitorial. Através dessa doutrina, réus poderiam ser
condenados pelo papel que exerciam, sem que estivesse cabalmente
demonstrados ação ou mando.
O que interessava, afinal, era forjar a narrativa de que o
PT e o governo construíram maioria parlamentar através da compra de
votos e do desvio de dinheiro público, sob a responsabilidade direta de
seus mais graduados líderes. As contra-provas que rechaçam supostos
fatos criminosos e sua autoria, fartamente apresentadas pela defesa,
simplesmente foram ignoradas em um julgamento por encomenda.
Enganam-se aqueles que apostam em qualificar este processo
como um problema de militantes petistas, quem sabe, injustamente
condenados. José Dirceu e seus pares não foram sentenciados como
indivíduos, mas porque expressavam a fórmula para colocar o PT e o
presidente Lula no banco dos réus. Os discursos dos ministros Marco
Aurélio de Mello, Ayres Britto e Celso de Melo não deixam dúvida disso.
Não hesitaram em pisar na própria Constituição para cumprir seu
objetivo.
Mesmo que eleitoralmente o procedimento venha se revelando
relativamente frágil frente ao apoio popular às mudanças iniciadas em
2003, não podem ser subestimados seus efeitos. As forças conservadoras
fizeram, dessa ação penal, plataforma estratégica para desgastar a
autoridade do PT, fortalecer o poder judiciário perante as instituições
conformadas pela soberania popular e relegitimar a função da velha mídia
como procuradora moral da nação.
O silêncio diante desta agressão facilitaria as intenções
de seus operadores, que se movimentam para manter sob sua hegemonia
casamatas fundamentais do Estado e da sociedade. Reagir à decisão da
corte suprema, porém, não é apenas ou principalmente questão de
solidariedade a réus apenados de maneira injusta. A capacidade e a
disposição de enfrentar essa pantomima jurídica poderão ser essenciais
para o PT e a esquerda avançarem em seu projeto histórico.
*Breno Altman é diretor do site Opera Mundi e da revista Samuel.
A esquerda (derrotada) do jeito que a direita gosta
No twitter da ex-jovem estudante de Porto Alegre (RS), que um dia fez parte
do PT e hoje pretende ser candidata à Presidência da República pelo PSOL – junto
com Babá (ex-deputado paraense) que foi pro Rio de Janeiro e lá há mais de 10 anos não consegue se eleger nem como
síndico predial, representam uma das correntes internas do Partido que leva o socialismo e a liberdade em seu nome, que guarda um rancor visceral contra José Dirceu, capaz de reproduzirem como ventrílocos, todos os jargões da mídia escravocrata de nosso país.
Coitados! No ápice de sua arrogância, não conseguem enxergar que se o
povo não os quis nem como vereadores de seus respectivos colégios eleitorais, durante as ultimas eleições, quiça
os elegerão governantes do Brasil nas eleições de 2014!
Pensam que os holofotes do Partido da Imprensa - os quais só criticam, quando lhes interessam criticar - darão-lhes o palanque eletrônico necessário para o tão sonhado sonho de ainda serem alguém nessa vida, mesmo que para isso precisem mirar na cabeça de quem conviveram e lutaram em por diversos anos e hoje..
Ah, como dizia o candidato eleito pelo PSDB em Belém, deixa prá lá!
Mário Couto e Ophir Cavalcante: O Pará em destaque nacional (Que vergonha!)
Nesta segunda-feira (12), o blog "A Perereca da Vizinha", da jornalista Ana Célia Pinheiro, trouxe três importantes matérias que merecem nossa atenção.
Não só de nós, paraenses, mas de todos os brasileiros que se dizem interessados em informação e no combate à corrupção, assim como é, quando o tema é o "mensalão", que iniciou com o PSDB e acabou sobrando só pro PT.
Paixões ou rancores à parte, vamos ao que interessa!
Clique nos link abaixo e deliciem-se com os honrados homens públicos de nosso Estado, sendo pouco à pouco revelados em sua pilhagem. Um deles é famoso por gritar em Brasília - com dedo em riste - contra a tão falada corrupção!
Não só de nós, paraenses, mas de todos os brasileiros que se dizem interessados em informação e no combate à corrupção, assim como é, quando o tema é o "mensalão", que iniciou com o PSDB e acabou sobrando só pro PT.
Paixões ou rancores à parte, vamos ao que interessa!
Clique nos link abaixo e deliciem-se com os honrados homens públicos de nosso Estado, sendo pouco à pouco revelados em sua pilhagem. Um deles é famoso por gritar em Brasília - com dedo em riste - contra a tão falada corrupção!
Justiça bloqueia bens do senador Mário Couto e de outros cinco acusados de fraudes na Alepa. Acusação é de um rombo superior a R$ 13 milhões.
Ligações perigosas: escritório de Ophir Cavalcante é contratado pelo consórcio construtor de Belo Monte 15 dias depois de audiência pública da OAB que questionou a hidrelétrica.
Fraudes na Alepa podem ter lesado os cofres públicos em mais de R$ 200 milhões, estima o promotor de Justiça Nelson Medrado. É dinheiro suficiente para construir e equipar três hospitais como o Metropolitano.
Jurista alemão aprende a lição de Tribunal Brasileiro
No blog do Professor Hariosvaldo.
Sem autoridade para falar em Teoria do Domínio Funcional do Fato, Claus Roxin tomou uma aula dos juízes da corte maior.
Os grandes tribunos brasileiros, magnânimos e impolutos, se inscreveram no rol da genialidade mundial edificando seus legados para o mundo jurídico internacionalmente ao corrigir a falha da teoria do insignificante jurista alemão Claus Roxin, superando-o não só com uma nova teoria, mas também com uma condenação perfeita, no que tange a aplicabilidade punitiva para réus sem nenhuma prova comprobatória.
Mil anos passarão e a coragem, bravura e correção da constelação jurídica maior que atualmente toma assento em Brasília será lembrada como exemplo raro de isenção, imparcialidade, e tecnicidade na condenação dos elementos oriundos da claque bolchevista que usurpou o poder e afrontou os homens de bem da nação.
Muitos ainda se lembrarão da bela flor que desabrochou na Corte Maior, que ao afirmar com firmeza, embasamento, segurança e precisão “vou condenar Dirceu sem provas, mas a literatura jurídica me autoriza fazer isso” estava usando a teoria do sr. Roxin não só como ele a escreveu, mas como ele a deveria ter escrito para a literatura jurídica internacional. E nós, jubilosos, dizemos em uníssono: Alvíssaras!
________________________________
Nota do Blog: Um comentário de um leitor do Blog do Nassif, já havia cantado a pedra do Vexame Teórico cometido pelo STF na aplicação da penas dos condenados pelo "Mensalão", ou pra mim, do Vexame do Século da Justiça Brasileira.
Mas se a podridão que veste toga no Brasil não precisa respeitar as leis, quiça as teorias!
Zé Dirceu: "Vou lutar mesmo cumprindo pena"
O jovem Zé Dirceu que foi preso durante a ditadura militar, hoje foi condenado à prisão pelo STF. |
Dediquei minha vida ao Brasil, à luta pela democracia e ao PT. Na
ditadura, quando nos opusemos colocando em risco a própria vida, fui
preso e condenado. Banido do país, tive minha nacionalidade cassada, mas
continuei lutando e voltei ao país clandestinamente para manter nossa
luta. Reconquistada a democracia, nunca fui investigado ou processado.
Entrei e saí do governo sem patrimônio. Nunca pratiquei nenhum ato
ilícito ou ilegal como dirigente do PT, parlamentar ou ministro de
Estado. Fui cassado pela Câmara dos Deputados e, agora, condenado pelo
Supremo Tribunal Federal sem provas porque sou inocente.
A pena de 10 anos e 10 meses que a suprema corte me impôs só agrava a infâmia e a ignomínia de todo esse processo, que recorreu a recursos jurídicos que violam abertamente nossa Constituição e o Estado Democrático de Direito, como a teoria do domínio do fato, a condenação sem ato de ofício, o desprezo à presunção de inocência e o abandono de jurisprudência que beneficia os réus.
Um julgamento realizado sob a pressão da mídia e marcado para coincidir com o período eleitoral na vã esperança de derrotar o PT e seus candidatos. Um julgamento que ainda não acabou. Não só porque temos o direito aos recursos previstos na legislação, mas também porque temos o direito sagrado de provar nossa inocência.
Não me calarei e não me conformo com a injusta sentença que me foi imposta. Vou lutar mesmo cumprindo pena. Devo isso a todos os que acreditaram e ao meu lado lutaram nos últimos 45 anos, me apoiaram e foram solidários nesses últimos duros anos na certeza de minha inocência e na comunhão dos mesmos ideais e sonhos.
José Dirceu, em seu blog, sob o título "Injusta Sentença", publicado em 12/11/2012.
A pena de 10 anos e 10 meses que a suprema corte me impôs só agrava a infâmia e a ignomínia de todo esse processo, que recorreu a recursos jurídicos que violam abertamente nossa Constituição e o Estado Democrático de Direito, como a teoria do domínio do fato, a condenação sem ato de ofício, o desprezo à presunção de inocência e o abandono de jurisprudência que beneficia os réus.
Um julgamento realizado sob a pressão da mídia e marcado para coincidir com o período eleitoral na vã esperança de derrotar o PT e seus candidatos. Um julgamento que ainda não acabou. Não só porque temos o direito aos recursos previstos na legislação, mas também porque temos o direito sagrado de provar nossa inocência.
Não me calarei e não me conformo com a injusta sentença que me foi imposta. Vou lutar mesmo cumprindo pena. Devo isso a todos os que acreditaram e ao meu lado lutaram nos últimos 45 anos, me apoiaram e foram solidários nesses últimos duros anos na certeza de minha inocência e na comunhão dos mesmos ideais e sonhos.
José Dirceu, em seu blog, sob o título "Injusta Sentença", publicado em 12/11/2012.
domingo, novembro 11, 2012
PSOL enfrenta 'choque de realidade' na capital do Amapá
No Estadão
É uma tarefa um tanto árdua encontrar a melhor
frase já dita pelos integrantes do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) que
resuma o que almeja a sigla. Plínio de Arruda Sampaio, candidato derrotado na
eleição presidencial de 2010, é um dos favoritos. "Nossa candidatura vai
ser a mosca na sopa da burguesia", disse ele. "PT ladrão/rouba do
povo pra botar no cuecão", cantou o então deputado federal João Batista de
Araújo, o Babá. O sociólogo Chico de Oliveira, por sua vez, afirmou que o papel
do partido era mais criticar do que governar. Menção honrosa também para Chico
Alencar, deputado federal. "Temos que questionar todo sistema
produtivista, seja do socialismo real, seja do consumismo exacerbado, como
sentido de vida, do produtivismo capitalista, que tem nos Estados Unidos seu
maior símbolo."
Difícil mesmo é prever como essas frases podem
virar realidade em Macapá, cidade com 398 mil moradores, o quinto pior IDH
entre as capitais brasileiras e com um orçamento de R$ 500 milhões que mal dá conta
de resolver um sem-número de problemas estruturais. Para se ter ideia, apenas
quatro de cada 100 domicílios têm acesso à rede de esgoto. E apenas um
pronto-socorro funciona 24 horas. É justamente nesse cenário que, oito anos
após sua fundação, o PSOL tem a difícil tarefa de governar a sua primeira
capital e tentar aliar a retórica radical dos primeiros anos com alianças antes
injustificáveis; promessas difíceis de cumprir e obras necessárias; bravatas e
responsabilidades; expectativas e possíveis desencantos.
O PSOL, fundado por dissidentes do PT, é um
partido de dois mundos. O primeiro é o do radicalismo, uma resposta às recentes
denúncias de corrupção no PT. O outro é o da política real, que no País
necessita de acordos até outro dia impensáveis para os socialistas. O embate
entre esses dois mundos já criou a primeira lavação de roupa suja no PSOL. O
estopim do debate que hoje divide o partido foi a costura de apoios e alianças
no 2.º turno de Macapá.
Persona non grata
"Se alguém trai você uma vez, a culpa é dele. Se trai duas vezes, a culpa é sua". Eleanor Roosevelt.
Acostumado a levar panfletos e
funcionárias uniformizadas com a logomarca de sua empresa (ISKRA), para distribuí-los
em eventos petistas, dessa vez Stefani Henrique foi tido como persona
non grata na reunião do Diretório Estadual do PT-PA, realizado durante este sábado (10), no Hotel Beira Rio, em Belém do Pará.
Com a presença de diversos
prefeitos do partido, que estiveram avaliando o resultado eleitoral deste ano,
o segurança que tornou-se empresário e hoje é membro do Diretório Estadual do
PT, passou alguns minutos na entrada do hotel e saiu pelas portas dos fundos em
sua pick-up, sem fazer o que sempre
fazia: Oferecer os serviços de sua empresa na área de Planejamento, Gestão e
Comunicação para os prefeitos petistas.
A decisão de não participar da
reunião e sair subitamente do hotel, foi tomada assim que fora informado de que
sua presença no resinto havia causado um imenso mal estar entre petistas de
todas as tendências internas, inclusive a que faz parte - a MS (Militância
Socialista) - da qual membros da coordenação estadual - ainda no 1º turno das
eleições em Belém - ingressaram com um documento no Diretório Estadual pedindo
a abertura de processo na Comissão de Ética e solicitando o afastamento de
Stefani da direção do PT-PA, o que ainda não aconteceu.
Os motivos alegados para esta
tomada de decisão, baseiam-se, principalmente, pelo fato deste ter “rasgado” o
Estatuto e a Resolução Eleitoral do PT, ao participar intensamente da
coordenação da campanha do candidato do PSOL, nas eleições municipais de Belém,
desde muito antes do 1º turno, depois de ter sido vencido da idéia de fazer o
PT ser vice de Edmilson Rodrigues, durante o Encontro Municipal do Partido
realizado no início de 2011, quando o partido decidiu ter candidato próprio à
prefeitura.
Mesmo sem ter êxito em sua
investida, Stefani não desistiu de tentar levar o PT para a campanha de seu
ex-patrão - Edmilson Rodrigues - do qual foi uma espécie de capanga, e recentemente,
empoderado pela cúpula do PSOL-PA, cooptou diversos militantes petistas, com
promessas de cargos, na dita futura gestão, e com remuneração semanal que
variavam de acordo com o grau de importância de cada um, desde as famosas
formiguinhas à balançar bandeiras, até lideranças distritais, iludidas de que
Edmilson seria consagrado prefeito de Belém, ainda no 1º turno.
Além de coordenadores de sua
própria tendência pedirem providencias em âmbito local, membros da coordenação
Nacional da MS, Renato Simões e Maristela Matos, foram notificados da atitude
nada fiel do petista e estão sendo cobrados para tomarem medidas que façam o
mesmo ser afastado da coordenação estadual da tendência.
Para entender melhor a trama, leia:
A fé do PT e a má fé do PSOL - II
A fé do PT contra a má-fé do PSOL
"Ainda que a traição agrade, o traidor é sempre odiado."
Miguel de Cervantes.No twitter, o blogger atende por @JimmyNight
sexta-feira, novembro 09, 2012
O Partido da Imprensa
Davis Sena Filho, no site Brasil247.com
Há 30 anos lido com o jornalismo — a partir de 1981. Formei-me na
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em meados da década de
1980. Naquele tempo eu via a imprensa, a chamada “grande” imprensa como
um instrumento de proteção da sociedade, além de considerá-la, apesar de
pertencer à iniciativa privada e comercial, entidade democrática
disposta a defender as liberdades de pensamento, de expressão, com o
propósito de, por exemplo, apoiar ações que efetivassem a distribuição
de renda, de terras, enfim, das riquezas produzidas pelos trabalhadores e
acumuladas pelos empresários deste imenso País injusto. Eu era jovem,
inexperiente e, além disso, no País não existia liberdade democrática,
havia a censura, as pessoas não falavam de política no dia a dia, o que
dificultava ainda mais perceber os reais interesses da imprensa
empresarial. Como me formei na metade da década de 1980, cujo presidente
da República era o general João Figueiredo, via a imprensa como um
segmento que lutava em favor de uma sociedade que se tornasse justa,
democrática e livre, processo este que somente acontece por intermédio
da implementação constante de justiça social, por meio de políticas
públicas desenvolvimentistas e distributivistas.
Naquele tempo, vivíamos em um regime de força, que teve seu
auge nos idos de 1967 a 1977, a imprensa, recém-saída da censura, que
“terminou”, definitivamente, em 1978, era vista por mim, jovem
jornalista, como um instrumento de resistência aos que transformaram a
República brasileira em uma ditadura militar, com a aquiescência e o
apoio financeiro e logístico de influentes segmentos econômicos da
sociedade civil, que viram na ascensão dos militares ao poder uma forma
também de aumentar seus lucros, sem, no entanto, serem alvos de
quaisquer questionamentos, já que havia a censura e a oposição
partidária à ditadura se encontrava em um momento de perseguição
política e sem voz ativa para ser ouvida, inclusive pela grande imprensa
que, por ser comercial, bem como o braço ideológico das elites
econômicas brasileiras, aliou-se aos novos donos do poder.
O jornalista minimamente alfabetizado, experiente e informado,
independente de sua formação cultural, política e ideológica,
independente de sua influência profissional e de seu contracheque, sabe
(ou finge não saber) que os proprietários da imprensa privada são
megaempresários, inquilinos do pico da pirâmide social mundial e
pontas-de-lança dos interesses do capital. A imprensa burguesa censura a
si mesma, quando considera que os interesses empresariais estão a ser
contrariados. O faz de forma rotineira, ordinária, e expurga de seus
quadros aqueles que não se unem ao pensamento único do Partido da
Imprensa, que é o de disseminar, ou seja, propagar, aos quatro cantos,
que não há salvação fora do mercado de ações, dos jogos bancários, da
especulação imobiliária e da pasteurização das idéias, geralmente
difundidas pelos doutores, mestres e professores das universidades e dos
órgãos de supremacia e de espoliação internacional, como o BID, o Bird,
o FED, a ONU, a OEA, a OTAN, o FMI, a OMC e a OMS.
PT-PA: Avaliações de 2012 e Conjecturas para 2014.
João Batista considera a Unidade na Estratégia Petista fundamental para a vitória em 2014. |
Convicto do dever cumprido, o presidente do PT-PA, João Batista reunirá o Diretório Estadual do partido neste sábado (10), para junto com os 14 prefeitos eleitos e os 09 reeleitos, avaliar o processo eleitoral 2012 e dar início na formulação da estratégia eleitoral de 2014.
Logo após as eleições deste ano, o site do PT-PA publicou o seguinte balanço: "Com 23 prefeitos eleitos, o PT foi o terceiro partido que mais teve votos nas chapas majoritárias que disputou no Pará. Ao
todo, foram 517.665 votos registrados para candidatos a prefeito(a) em
todo o estado. Em relação ao número de votos para vereadores(a), o
Partido ocupou o mesmo lugar no ranking e com 360.675 votos, foi a
terceira legenda que mais elegeu parlamentares no Pará. “Esses números
mostram o quanto o nosso Partido continua forte. Mesmo estando na
oposição do governo estadual e não tendo toda a estrutura dos partidos
aliados do governo, conseguimos elevar o número de votos, eleger
candidatos em cidades estratégicas, e nos manter como uma das principais
forças políticas do estado”, afirmou João Batista".
Wagner Souza, Secretário de Organização do Partido complementa os dados: "Em relação ao quadro de parlamentares, o PT ampliou a bancada de
vereadores(a) nessa eleição. O Partido teve o saldo de 183 candidatos(a)
eleitos em diversos municípios, espalhados por todas as regiões do
estado", concluindo que o balanço dessas eleições é muito positivo, pois o partido continuará como uma das três maiores forças políticas no Pará.
Por conta disso, uma das maiores tendências
internas do PT no Estado, a Unidade na Luta, da qual fazem parte o Deputado Federal Miriquinho Batista, o Deputado
Estadual Alfredo Costa (candidato derrotado nas eleições de Belém) e os vereadores Adalberto Aguiar e Otávio Pinheiro - que não conseguiram a reeleição – reúne seu Conselho Político Estadual, nesta
sexta-feira (09), na sede da CNBB-Norte, para avaliar o processo eleitoral
2012, planejar suas ações para 2014 e debater o futuro político do ex-deputado
federal Paulo Rocha, inocentado pelo STF no processo do “Mensalão”.
presidente de Honra do PT, Paulo Rocha diz estar revigorado com sua vitória no STF. |
Na oportunidade, os 07 prefeitos
eleitos pelo grupo estarão presentes participando do balanço eleitoral que
avaliará o desempenho das cidades que o PT elegeu ou reelegeu prefeitos.
No quadro abaixo, o resultado
eleitoral do PT-PA por forças políticas internas:
Tendência
|
Candidatos
|
Prefeitos
Eleitos
|
Unidade na Luta
|
12
|
07
|
PT pra Valer
|
11
|
08
|
Democracia Socialista
|
05
|
04
|
Articulação Socialista
|
12
|
04
|
Na tabela abaixo os prefeitos
petistas eleitos/reeleitos e seus respectivos municípios por forças políticas internas:
Articulação Unidade na Luta
Município
|
Prefeito Eleito
|
Situação
|
Baião
|
Saci
|
Reeleito
|
Bom Jesus do Tocantins
|
Dr. Sidney
|
Reeleito
|
Cametá
|
Irácio
|
Eleito
|
Monte Alegre*
|
Dr. Sérgio
|
Eleito
|
Soure
|
João Luís
|
Reeleito
|
Santa Cruz do Arari
|
Marcelo Pamplona
|
Reeleito
|
São Sebastião da Boa Vista
|
Getúlio Brabo
|
Reeleito
|
O grupo perdeu a prefeitura de Igarapé-Miri (Pina) e Santarém
(Lucineide), uma das mais importantes do Estado, onde governava há 08 anos com
a prefeitura Maria do Carmo que já foi candidata à governadora do Estado em
2002, indo pro 2º turno, quando ficou muito próxima de ter sido eleita (se não fosse os famosos 05
centavos!).
Articulação
Socialista
Município
|
Candidato
|
Situação
|
Bujarú
|
Lúcio Bessa
|
Reeleito |
Curralinho
|
Léo Arruda
|
Eleito |
Mãe do Rio
|
Badel
|
Eleito |
São João da Ponta
|
Nelsão
|
Reeleito |
PT pra Valer
Município
|
Candidato
|
Situação
|
Água Azul do
Norte
|
Deusmir
|
Eleito |
Almerim
|
José Botelho
|
Reeleito |
Belterra
|
Dilma Serrão
|
Eleito |
Gurupá
|
Raimundo Nogueira
|
Eleito |
Itupiranga
|
Bejamim Tasca
|
Reeleito |
Jacareacanga
|
Raulien Queiroz
|
Reeleito |
Medicilândia
|
Nilson Daniel
|
Eleito |
Democracia Socialista
Município
|
Prefeito
Eleito
|
Situação
|
Augusto
Correa
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Terceiro turno judicial
"Em pelo menos cinco municípios do Pará ainda é possível que prefeitos
eleitos no domingo percam o cargo para seus concorrentes que, apesar de
terem tido mais votos, estão sendo julgados pelo Tribunal Superior
Eleitoral (TSE). Em Santa Bárbara do Pará, Água Azul do Norte, Marituba,
São João da Ponta e Monte Alegre os nomes divulgados como novos
prefeitos no domingo, 7 de outubro, ainda poderão ser alterados", noticiou No blog ContraPonto.
Uma das cinco cidades que aguardava decisão judicial do TSE para saber quem a governará é Monte Alegre que tem como prefeito Jardel Vasconcelos,
irmão do presidente da OAB-PA, Jarbas Vasconcelos e marido da Deputada Estadual
Josefina (PMDB), quem ficou inelegível por conta das denúncias apresentadas pelo Tribunal de Contas da União que lhe acusavam de não prestar contas de R$ 378.126,24 reais, oriundos do Fundo Nacional de Saúde.
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