terça-feira, novembro 04, 2014

PT sinaliza avançar em novos rumos




Passadas as eleições, chega o momento do PT avaliar seu desempenho, repensar sua atuação como governo, e principalmente, como partido de vanguarda para enfrentar o que estão chamando de 3º turno das eleições e propor as mudanças que tanto escutou e defendeu durante este mandato de Dilma.

Sendo o partido que desde 1989 polariza as eleições presidenciais, tendo perdido 3 e vencido 4 eleições consecutivas das 7 que houveram desde a redemocratização do Brasil, onde o povo elegeu de forma direta o seu presidente, o PT precisa agora avançar nas reformas estruturantes é o que aponta o documento elaborado na reunião da direção da Executiva Nacional do PT, realizada nesta segunda-feira (03) em Brasília, onde aprovou-se a resolução política, apresentada ao fim do encontro. 

Além disso, a direção partidária definiu a constituição de uma comissão para reunir textos e opiniões de lideranças do partido sobre as eleições de 2014.

Segundo o presidente do PT, Rui Falcão, a ideia é consolidar em um documento várias análises a serem apresentadas na reunião do Diretório Nacional, entre 28 e 29 de novembro, em Fortaleza.

Rui Falcão anunciou a criação de uma comissão para organizar o partido e a participação popular para a posse da presidenta Dilma. “Queremos que seja uma grande festa popular, semelhante ao que foi a posse do presidente Lula em 2003”, explicou o presidente do PT.

Segundo ele, a vitória de Dilma foi conquistada com a ajuda dos movimentos sociais, da juventude, das mulheres, dos negros e dos partidos de esquerda. “Eles podiam não concordar com todas as nossas propostas, mas entenderam que o que estava em jogo era avançar ou retroceder”, falou.

Outro ponto importante do documento diz respeito à movimentação do campo democrático-popular, à batalha da cultura e à atuação da mídia e das redes sociais.

Destaquei alguns trechos da resolução política que considero importantes serem logo lidos pelos leitores deste blog:

Executiva Nacional do PT, reunida em Brasília: segundo Rui Falcão (centro), é hora de entender o processo eleitoral de 2014 e propor novos rumos.

Cabe ao Diretório Nacional do PT, convocado para os dias 28 e 29 de novembro de 2014, aprovar uma agenda congressual que preveja debates abertos a toda a militância que se engajou em defesa da candidatura Dilma, bem como um momento final que possibilite a síntese e o salto de qualidade tão necessários para que o Partido seja capaz de, tanto quanto superar seus problemas atuais, contribuir para que o segundo mandato de Dilma seja superior ao primeiro.

Porém, certas medidas, impostas pela realidade internacional e nacional, mas principalmente pela atitude de reação permanente da oposição, precisam ser tomadas imediatamente.

Por isso, propomos: 

Cabe ao Diretório Nacional do PT, convocado para os dias 28 e 29 de novembro de 2014, aprovar uma agenda congressual que preveja debates abertos a toda a militância que se engajou em defesa da candidatura Dilma, bem como um momento final que possibilite a síntese e o salto de qualidade tão necessários para que o Partido seja capaz de, tanto quanto superar seus problemas atuais, contribuir para que o segundo mandato de Dilma seja superior ao primeiro.

Conclamar a militância a participar dos atos em defesa da democracia e da reforma política, previstos para a semana de 9 a 15 de novembro;

Adotar iniciativas para dar organicidade ao grande movimento político-social que venceu o segundo turno das eleições presidenciais. Compor uma ampla frente onde movimentos sociais, partidos e setores de partidos, intelectuais, juventudes, sindicalistas possam debater e articular ações comuns, seja em defesa da democracia, seja em defesa de reformas democrático-populares.

Priorizar ações de comunicação, fortalecendo nossa agência de notícias, articulando-a com mídias digitais, com ação permanente nas redes sociais. Integrar nossas ações de comunicação com o rico movimento cultural em curso no País.

Relançar a campanha pela reforma política e pela mídia democrática, contribuindo para que o governo possa tomar medidas avançadas nestas áreas e para sustentar a batalha que travaremos a respeito no Congresso Nacional.

Organizar caravanas a Brasília para realizar uma grande festa popular no dia da segunda posse da presidenta Dilma Rousseff.


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segunda-feira, novembro 03, 2014

NÃO ESTÁ NA HORA DO PT REAGIR?


Algo notável é que todos estes movimentos ocorreram, até o momento, sem maior contraposição do governo ou do PT. A esquerda parece estar na manhã da quarta-feira de cinzas, enquanto o conservadorismo pegou no batente como se a semana santa tivesse ficado para trás.
Por Breno Altman, diretor editorial do site Opera Mundi.

Há apenas oito dias a presidente Dilma Rousseff foi reeleita. Mas a sensação é que semanas ou meses se passaram.

A oposição de direita resolveu não dar um segundo de trégua. Passou a semana dedicando-se – no Parlamento, nas ruas e através dos meios de comunicação – a manter ofensiva sobre o governo, apesar da derrota eleitoral.

São fortes os indícios de ser essa a estratégia já definida pelo bloco conservador: ataque permanente para emparedar e sabotar o quarto mandato petista. Se possível, encurtando seu tempo constitucional. No mínimo, minando a estrada que poderá, em 2018, levar Lula de volta ao Planalto.

Setores majoritários da imprensa, cavalgando a tese da divisão nacional, pressionam a presidente para que componentes do programa liberal sejam mantidos ou incorporados à política econômica. Também fabricam candidatos a ministro da Fazenda organicamente vinculados ao capital financeiro.

A chantagem é clara. Ou Dilma baila a música dos derrotados ou dança. Ou o ajuste fiscal é produzido com juros em alta e gastos públicos em baixa ou será o caos. Ou o petismo constrói pontes que o leve à margem do rio onde residem os interesses do mercado ou seu caminho será bloqueado.

A intenção nada oculta: solapar o resultado das eleições presidenciais e seu sentido político. A presidente está sendo constrangida para acatar, total ou parcialmente, a agenda que foi rechaçada pelas urnas.

Ledo engano, no entanto, o de quem interpretar, nesse movimento, possibilidade de acordo. Qualquer concessão expressiva será aproveitada para confundir e dividir a base eleitoral da vitória, fragilizando o governo e desmoralizando o PT.

A primeira semana posterior ao pleito foi marcada por fatos que evidenciam tanto a orientação seguida pelas forças de direita quanto seu fôlego e apetite para reverter a situação defensiva provocada pelo insucesso eleitoral.

O deslizamento de parte robusta do PMDB para a frente antigoverno, em caráter provisório ou definitivo, estocou por quatro vezes o coração valente.

A derrubada do decreto da participação social nas instituições governamentais, o pronunciamento contra o plebiscito da reforma política e a chancela para a eleição de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) à presidência da Câmara são sintomas do perigo real e imediato de que venha a se conformar uma maioria de centro-direita no parlamento.

A quarta facada foi o andamento da PEC 352, que aprofunda as piores características do sistema eleitoral e violenta a principal mensagem da presidente em seu discurso de triunfo. O bloco conservador, em poucos dias, revelou condição de ir além da resistência, impondo itens de sua própria agenda.

O próximo passo desta coalizão está anunciado: a elevação de 70 para 75 anos da idade limite para aposentadoria nos tribunais. Aprovada pelo Senado em 2005, a qualquer momento pode ser pautada na Câmara. Apelidada de PEC da Bengala, surrupiaria de Dilma a possibilidade de indicar cinco novos membros do STF em seu segundo mandato.

A entrevista do ministro Gilmar Mendes, na Folha de S.Paulo desta segunda-feira, escancara articulação entre a direita parlamentar e setores do poder judiciário, da qual a modificação etária é comprovatória. Seus violentos ataques a Lula e ao PT, apresentando-se como porta-voz da luta contra o “bolivarianismo”, simbolizam com esmero a simbiose entre judicialização da política e politização da justiça.

Os momentos mais radicalizados desta ofensiva, no entanto, foram protagonizados pelo PSDB, ao demandar auditoria das eleições presidenciais. Apesar de atitude desastrada, rapidamente questionada por juízes do Tribunal Superior Eleitoral, cultiva narrativa golpista que anima pedaços de sua base eleitoral.

As manifestações pelo impeachment da presidente, realizadas no último sábado, se inscrevem neste roteiro de deslegitimação do governo, apesar de seu resultado pífio. Os tucanos tentam se desvincular da criatura canhestra que geraram, mas esses atos constituem capítulo importante no enredo para ocupação de espaços e mobilização contra o petismo.

Algo notável é que todos estes movimentos ocorreram, até o momento, sem maior contraposição do governo ou do PT. A esquerda parece estar na manhã da quarta-feira de cinzas, enquanto o conservadorismo pegou no batente como se a semana santa tivesse ficado para trás.

Talvez ainda não tenha sido processado integralmente que a atual situação pós-eleitoral difere das vitórias anteriores.

Naqueles momentos estabeleceu-se, encerrada a apuração, um certo cessar-fogo, com a oposição preferindo acumular forças para batalhas eleitorais futuras. Havia mais espaço, portanto, para composições institucionais que garantissem a governabilidade, além de tempo para arrumar a casa com alguma tranquilidade política.

Ainda que possa ser criticada por danos de médio e longo prazo, tinha amparo na realidade a distensão politico-ideológica adotada pelo PT no início de seus três primeiros governos. A mesma opção, nos dias que correm, poderia ser gravemente ineficaz, pois o inimigo está em outra.

No passado, fez-se a paz porque a guerra poderia ser evitada ou adiada. Mas não parece ser factível, hoje, que se possa pacificar o país sem vencer a guerra estabelecida pela direita ou sem demonstrar inquestionável capacidade de fazê-lo.

A boa notícia é que o PT tem forças suficientes para mudar de tática e romper a paralisia.

Além da legitimidade eleitoral, que a direita tenta borrar do imaginário popular, a presidente e seu partido possuem uma enorme reserva de contingentes que pode ser imediatamente mobilizada.

O discurso da direita, de caráter fortemente antidemocrático, aguça e amplia a disposição de resposta à onda conservadora. Mas cabe ao PT tomar a dianteira.

O elemento novo seria recombinar a atuação dentro das instituições com a pressão das ruas sobre o Parlamento e em apoio à agenda vitoriosa nas urnas, a começar pelo plebiscito constituinte da reforma política.

Somada à reorganização das alianças e a retificação profunda da política de comunicação do governo, a mobilização social tem potencial para ser a principal alavanca de retomada da ofensiva.

A má notícia é que não há tempo a perder. Cada dia de avanço conservador sobre o Estado e a sociedade fortalece a ameaça às reformas e à democracia.

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@JimmyNight

LOBÃOTOMIA: A sociopatia dos midiotas


Por Lelê Teles.

Os sociopatas têm transtornos mentais? Não resta dúvida. No entanto, o demofóbico, por ser uma espécie de sociopata seletivo tem, também, desvio de caráter.

Façamos de uma vez por todas como o fez o grande Erasmo de Rotterdam, tratemos da loucura.

Há vários métodos utilizados para identificar a insanidade mental de um indivíduo, ou de um grupo deles, e há igualmente diversas formas de profilaxia.

Ou seja, dos loucos cada um trata à sua maneira - Doutor Pinel que nos diga - tratemos à nossa, portanto.

Sabemos que a inesquecível Nise da Silveira lutava contra a desumanização dos que sofriam de algum tipo de transtorno mental e preferia enxergar neles o que ninguém via, sua genialidade, suas vocações, suas ilimitadas potencialidades cognitivas.

Foi por ela que o sergipano Arthur Bispo do Rosário deixou de ser um mero alucinado para se converter em um dos artistas brasileiros mais geniais.

Já para Simão Bacamarte, o boticário de Itaguaí, louco é louco e deve ser encerrado em local em que ele não contamine os que ainda se encontram são, ou os que louco ainda não são.

Machado de Assis criou a Casa Verde e lá permitiu que Bacamarte internasse os que demonstravam sinais evidentes de loucura.

Quando eu era criança, era comum aos loucos se passarem por Napoleão. Hoje ninguém mais fala no velho Napô.

E quem os loucos querem ser hoje em dia? Bom, há loucos e loucos.

Lobão, por exemplo, meteu uma barba a lá Edir Macedo e anda a pregar messianicamente pelo deserto de ideias, como um Jim Jones tupiniquim.

Há pouco, lançou um livro intitulado Manifesto do Nada na Terra do Nunca, o que já seria suficiente para lançá-lo na Casa Verde.

Lobão é o mais perfeito midiota, porque é o fruto acabado de um processo midiático que se especializou em idiotizar os seus leitores.

Batizemos, portanto, essa lavagem cerebral como uma Lobãotomia, porque parece que o nosso Lobo é o produto final dessa engenharia cognitiva.



É o nosso freak Frankenstein.

O método utilizado nesse processo de lobãotomizar a sociedade é a maquinação do que Mccombs chamou de agendamento, a introdução dos temas quentes a serem debatidos nos botequins.

Agendar é a forma de incutir nos corações e mentes da Opinião Pública (Walter Lippmann) os temas e as opiniões publicadas na mídia familiar.

Para vocalizar o discurso do patrão, ou as aspirações conservadoras das famílias bilionárias que controlam a mídia brasileira, para fazer os tais temas serem diluídos nas mais diversas editorias, entram em cena as colunas dos ventríloquos: cineastas, filósofos, psicólogos, geógrafos e até jornalista imortalizado.

Daí sai uma profusão de ideias rasteiras e lugares comuns que serão repetidos nas ruas por um batalhão de midiotas descerebrados, os papagaios de ventríloquos.

E não é que no final de semana passado esses bípedes estavam todos na rua, fagueiros, lépidos e vociferantes.

Parecia que alguém havia destrancado o cadeado da Casa Verde de Itaguaí e os loucos estavam libertos.

Cartazes, dos mais diversos, denunciavam a oligofrenia da turba e a confusão metal criada por anos de leitura de publicações estragadas.

Lugares comuns, frases sem sentido, paradoxos e oxímoros dançavam nas mãos dos mani - festantes.

Um pedia a desmilitarização da PM, outro pedia a militarização do país, ambos iam de mãos dadas e com a camiseta da seleção brasileira.

A maioria bradava contra uma delirante ditadura implantada pelo PT. E contra a ditadura do PT pediam a volta da ditadura militar.

De mãos dadas e com a camisa da seleção.

Vai vendo.

Lá na frente, puxando o bloco demofóbico, estava o nosso indefectível Lobão, barba encanecida e longa como a de Edir.



O Templo de Lobão é a Paulista ou o Largo da Batata (Potato's Square), ali ele e o filho de Bolsonaro, com uma visível pistola na cinta, pediam a recontagem dos votos, o impeachment da Dilma, a prisão de Lula, a volta dos homens de farda e passagens mais baratas para Miami.

Outro, herdeiro do Estadão, xingava a Venezuela, como se a Venezuela fosse um cara ou uma garota.

A turma dos formadores de opinião, os nossos ventríloquos, ficaram em casa ou no ar condicionado da emissora, "fazendo a cobertura".

De lá eles não saem, têm pavor das ruas.

Agora encontraram um lunático para representá-los em palanques e carros de som: barbudo, encanecido e alucinado.

Pronto para entrar ao vivo a qualquer momento.

Lobão, o mais perfeito midiota.

Palavra da salvação.


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@JimmyNight

quarta-feira, outubro 29, 2014

Colunista de Oliberal e o ódio nas redes sociais

Yáskara Cavalcante, colunista social de OLiberal, protagoniza ódio sem noção nas redes sociais.

Quem lembra do filme "300", dirigido por Zack Snyder e que imortalizou a Batalha de Termópilas, ambientalizado na Grécia - ano 480 AC - onde o rei Leônidas e seus 300 guerreiros de Esparta lutam bravamente contra o numeroso exército do rei Xerxes, estrelado pelo brasileiro Rodrigo Santoro?

No filme, cenas sangrentas e extremamente violentas das várias batalhas travadas entre gregos e persas durante as chamadas Guerras Médicas, onde o exército persa comandado pelo rei Xerxes usa monstros e criaturas grotescas contra o seu inimigo, afim de conquistar seu território.

É justamente essa "guerra" que temos presenciados nas redes sociais, desde o anúncio do resultado eleitoral que consagrou a reeleição da presidenta Dilma. Manifestações xenófobas, preconceituosas e discriminatórias que já eram destiladas nas redes sociais, intensificaram-se e tornaram-se polêmicas, onde pobres, nordestinos, gays e vários outros segmentos sociais foram acusados pela derrota de Aécio, o candidato oposicionista que reuniu a nata odiosa do Brasil, tal como Xerxes agrupou e preparou seu exército de monstros sedentos por sangue ao ataque desmensurado.



A demostração de até que ponto uma dessas criaturas pode chegar, foi registrada no blog do jornalista Hiroshi Bogéa que você pode ler abaixo, mas antes tirem as crianças da frente da tela do computador, tablet ou smartphone, pois as cenas e palavras que partiram de uma jornalista do grupo ORM - que controla rádios, jornais e a TV Liberal - empresa afiliada da rede Globo no Estado do Pará - são fortes.

Colunista social de Belém destila ódio contra pobres.



Ainda repercute nas redes sociais  post da colunista social do jornal O Liberal, Yáskara Cavalcante,  desejando aos  eleitores que reelegeram a presidente Dilma Rousseff (PT)  “tudo de ruim pra essa gente pobre e ignorante”.

Em outro parágrafo da nota, a “colunista”  se diz aliviada pelo fato “da minha filha mais velha estará deixando esse país de ratos e porcos em alguns meses”, e que a “mais nova vai em alguns anos”.

A moçoila-mãe deveria aproveitar  o embalo para ir juntas, se possível, carregando, também, a tiracolo, o cantor Lobão.

Esse tipo de “jornalista”, o Brasil abre mão, porque  só contribuiu com mazelas  ao atiçar  o fofoquismo das madames em  beira de piscinas.

Na eleição que reelegeu Dilma, houve violência para todos os gostos.

Os gays foram achincalhados porque… são gays.

Mulheres sofreram  violência porque… são mulheres.

Nordestinos  chamados de paraíbas quase como um elogio carinhoso, ou como símbolos de sinais preocupantes de perda de seiva de um partido.

Agora, a colunista de O Liberal escancarou o ódio aos pobres – porque a maioria do povo brasileiro reconduziu o PT para mais um mandato presidencial.

Se a direção do jornal O Liberal não compartilha   com esse tipo de intolerância e preconceito,  registrado no texto da moça nas redes sociais,  o demitiria na hora.

Um veículo de comunicação de massa não pode ter entre seus quadros a extensão do reacionarismo demonstrada por essa mulher.

Na tese da cordialidade do brasileiro (eternizada pelo historiador Sérgio Buarque de Hollanda nos anos 1930), seríamos o país da generosidade, da civilidade, da hospitalidade gratuita – a terra do coração. Negando a violência, a capacidade de manifestar nosso ódio, nosso racismo, nosso ressentimento social, agiríamos pelo coração, passionalmente. Inclusive quando odiamos.

Sérgio Buarque, lá de cima, deve estar bastante decepcionado com as mudanças ocorridas no país, nos últimos doze anos – depois que seguidos governos dos trabalhadores  tiraram cerca de 40 milhões de gente da miséria absoluta, formando nova Classe C.

Aqueles que continuam a ganhar muito – ou se exibem como assim o fossem, não sendo capaz – ao fundo – de honrar nem o aluguel do prédio onde moram –  não suportam ver tanta gente feliz, protegidos por governos populares.

Yáskara faz parte dessa elite desapontada com o riso largo no rosto da empregada doméstica, depois de ter conquistado  seus direitos trabalhistas, patrocinados pelo governo que ela tanto odeia.

O  desconforto é tanto, no lar desses almofadinhas de quinta categoria que eles nem mais conseguem ocultar passagens memoráveis do ódio, do preconceito e de seus  ressentimentos sociais.

Veja  prints das postagens de Yáskara Cavalcante, tanto no Facebook quanto no Instagram.





terça-feira, outubro 28, 2014

'Sem internet, Aécio teria vencido eleição', diz cientista político

Para Sérgio Amadeu, PSDB adota 'estratégia do cinismo'. Ele considera inaceitável que a bandeira de combate à corrupção seja conduzida por 'forças da corrupção'

Na Rede Brasil Atual.

Carro-chefe da editora Abril, a revista Veja lançada na última sexta-feira (24) divulgou como matéria de capa uma acusação de que a presidenta reeleita Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ambos do PT, tinham conhecimento de um esquema de corrupção na Petrobras. Sem apresentar qualquer prova, o conteúdo da reportagem era baseado em suposto depoimento do doleiro Alberto Youssef à Polícia Federal, que foi desmentido por seu advogado logo após a publicação.

Considerada a última “bala de prata” da oposição para tentar impedir uma nova vitória petista sobre os tucanos, a reportagem foi contestada duramente pela presidenta durante seu último programa eleitoral na TV na mesma sexta-feira. Ainda naquele dia, a Justiça considerou a publicidade da revista como “propaganda eleitoral” e também concedeu direito de resposta ao PT no site da revista.

Ainda assim, o estrago já estava feito. A campanha e simpatizantes do PSDB distribuíram panfletos com a capa impressa da revista da Abril em várias cidades do Brasil. Já na madrugada de sábado (25) para domingo (26), circulavam boatos de que Alberto Youssef havia sido envenenado, algo que teve de ser desmentido com rapidez pela Polícia Federal.

“Essa operação da Veja mostra que ela não é um órgão de comunicação, o que ela mostrou claramente é que ela é uma sala do comitê político do PSDB no Brasil. A revista operou de maneira a desinformar. Ela desinformou”, disse o sociólogo Sérgio Amadeu, doutor em Ciência Política pela USP. Comparando o caso à ação midiática que ajudou a decidir o pleito presidencial de 1989, com a eleição de Fernando Collor de Mello, Amadeu acredita que o plano da editora Abril só não se concretizou nas urnas pela existência da internet. “Existe hoje a internet, que não tinha naquela época. Então, se não houvesse a internet, certamente o candidato Aécio Neves tinha ganho a eleição.”

Para o cientista político, as redes sociais apontaram um acirramento muito grande e deixaram claro que “a linha política e o conteúdo discursivo das forças comandadas pelo PSDB” é baseada na “estratégia do cinismo”. Amadeu também defendeu uma reforma política para se alcançar uma legislação mais democrática dos meios de comunicação.

Qual foi a influência da capa da revista Veja às vésperas do segundo turno presidencial entre Dilma e Aécio?

A capa da Veja foi feita justamente para influenciar o resultado eleitoral. Ela normalmente está nas bancas no sábado, mas saiu na sexta-feira. E era uma capa para, inclusive, ser impressa, tanto é que a campanha do candidato Aécio Neves (PSDB) imprimiu essa capa justamente para manter aquele clima que eles criaram no Brasil de demonização do outro. O grupo Abril, em particular a revista Veja, já há muito tempo é organização que defende interesses econômicos a partir da gestão da política. Não há como dizer agora o quanto impactou, mas eles influíram claramente na votação de domingo, porque o Aécio conseguiu, a partir desse tipo de ação, crescer e encostar na candidata Dilma Rousseff no segundo turno das eleições.

Como o sr. avalia o papel da internet nessas eleições?

Uma coisa que chama atenção nesse processo é que essa operação já tinha sido feito nas eleições de 1989, com sucesso, mas não teve desta vez. E por quê? Porque desta vez – além das pessoas já conhecerem a manobra de grupos de comunicação misturadas à elite política econômica no caso da vitória do Collor – também existe hoje a internet, que não tinha naquela época. Então, se não houvesse a internet, certamente, o candidato Aécio Neves tinha ganho a eleição, porque era o candidato preferido pelos grupos econômicos, pelos banqueiros, pelo mercado de capitais. Inclusive oscilava a Bolsa e, se você for ver, é muito curioso, quando as pesquisas davam a Dilma crescendo, a Bolsa caía, o que mostra o humor desses especuladores financeiros. A internet foi decisiva para a garantia de um debate que não existiria se fossem apenas os meios de comunicação de massa atuando nessas eleições. Isso é bastante nítido no processo eleitoral que ocorreu em 2014.

E as redes sociais?

As redes sociais, em particular, tiveram um papel grande e mostraram, na verdade, um acirramento muito grande. Deixou claro, e é importante que tudo fica registrado, qual é a linha política e o conteúdo discursivo das forças comandadas pelo PSDB, que é baseada em preconceito, em mentira e numa estratégia que podemos chamar de “estratégia do cinismo”. Eles chegam a afirmar que nenhum corrupto ligado ao PSDB está preso ou foi julgado por incompetência do PT, o que é uma coisa completamente cínica. Esse tipo de ação, as pessoas não têm clareza de como vão lidar com isso. Agora, minha opinião é bastante clara: é preciso mostrar concretamente o que é o PSDB do ponto de vista da corrupção. É inaceitável que a bandeira da corrupção seja tomada por forças da corrupção. É inaceitável.

Não tenho nenhuma dúvida do aparelhamento que (governador de São Paulo) Geraldo Alckmin faz na Sabesp. Isso ficou nítido nas gravações mostrando que eles são capazes de ganhar a eleição, inclusive se for para deixar uma cidade em situação de calamidade. Nós temos que mostrar que eles são uma junção de descompromisso com a democracia, de má gestão de recursos públicos e de corrupção em larga escala, como foi feito em São Paulo. Réus confessos entregaram as provas e o Ministério Público não faz nada. Então, temos que ir para cima disso.

Temos que ir para cima do crime eleitoral cometido pela revista Veja, temos que exigir o julgamento do mensalão mineiro antes que ele prescreva e temos que mostrar toda a ligação que o PSDB tem com crime, com práticas absurdas. Não podemos aceitar. E não vai ser falando “pessoal, o clima de ódio é ruim”. Não. O clima de ódio só vai ser reduzido com argumentos verdadeiros e racionais. Não é pedindo paz e amor, não, mas colocando claramente para as pessoas, insistentemente, as falácias do discurso que eles reproduzem para o Brasil. A gente tem que ser muito claro com isso, porque disso depende a democracia, né?

O sr. acredita que o novo governo possa mudar artigos que dizem respeito à comunicação?

Eu acho que um dos principais pontos da reforma política para o Brasil é a reforma da comunicação. Essa operação da Veja mostra que ela não é um órgão de comunicação, o que ela mostrou claramente é que é uma sala do comitê político do PSDB no Brasil. A revista operou de maneira a desinformar. Ela desinformou. Ela já havia feito isso se ligando a um criminoso chamado Carlos Cachoeira e não aconteceu nada. O cara continua lá na sucursal de Brasília, não foi preso, não foi condenado. Nós precisamos mexer nessas estruturas de concentração econômica de poder, fazer uma reforma da comunicação, uma lei de meios, como a da Argentina. E nós precisamos também de uma reforma política que retire o poder do capital, que retire o financiamento privado de campanha, mas que permita também à gente avançar em questões cruciais da sociedade brasileira. Com uma Constituinte que não possa ser com estes deputados, que tenha que ser exclusiva. O deputado que quiser fazer essa Constituinte só poderá se candidatar para isso, para discutir as ideias e o futuro do país, e não para vir com esquemas que a gente sabe que eles articulam, de grandes corporações, de forças que bancam campanhas milionárias. Precisamos de uma reforma política com uma Constituinte exclusiva e, nesse contexto, uma reforma das comunicações.

Por que os partidos têm tido certa dificuldade em atingir os jovens na internet?

A internet não é contraposta aos partidos, mas é que a velocidade das comunicações e as relações intensas que existem na internet geram muitas dificuldades para os partidos, principalmente para legendas partidárias que são estruturas mais orgânicas. Por exemplo, o PSDB adotou e atuou como estratégia na internet, e não é de agora, de desconstruir seus opositores, no caso o governo federal e o PT.

E os tucanos fazem isso destilando preconceitos e coisas absurdas. Se for ver o que dizem dos nordestinos, dos gays e das opções políticas das pessoas, beira ao fascismo. Agora temos que ver o que os partidos que são propostas democráticas e de esquerda podem refazer utilizando a internet, mas é muito difícil fazer política só pelas estruturas partidárias. Hoje, está muito claro que não é só o partido o elemento que faz política. Há outras formas de se fazer política, inclusive com conexões, grupos e coletivos de ativistas na internet. 

Dia Internacional da Animação 2014





Dia Internacional da Animação promove exibições de curtas em 240 cidades do País

Nesta terça-feira, (28), é celebrado o Dia Internacional da Animação e 240 cidades brasileiras terão exibições gratuitas de curtas-metragens de desenho animado nacionais e internacionais. Além do Brasil, as exibições também ocorrem em outros 30 países e fazem referência à primeira projeção pública mundial de imagens animadas, realizada em 28 de outubro de 1892, pelo artista Émile Reynaud, na França.

segunda-feira, outubro 27, 2014

Pausa



O blog As Falas da Pólis fará uma pausa nesta segunda-feira, mas volta terça com força total, fazendo uma análise ácida, contundente e sem dó e nem piedade sobre as eleições de 2014.

Doa a quem doer.

sexta-feira, outubro 24, 2014

Dilma e os imprescindíveis



Como cidadão, esperei por anos uma reação da presidenta Dilma à altura dos ataques que ela, Lula e o PT sofrem diuturnamente e agora aguardo além do processo judicial prometido por nossa presidenta, que em seu futuro governo, possa escolher melhor o Ministro das Comunicações e coloque na pauta a Regulação da Mídia no Brasil, a exemplo dos demais países democráticos e desenvolvidos, acabando com os oligopólios e a falta de democracia nos meios de comunicação.

Como comunicador popular e ativista digital, lutarei para que o futuro governo, seja voltado ao fortalecimento dos meios de comunicação populares e alternativos, tais como as rádios comunitárias, blogs e todos os demais comunicadores que resistem contra os impérios midiáticos e que dedicam suas vidas para se contrapor às mentiras e manipulações da velha imprensa brasileira.

Como petista, aviso que intensificarei minhas críticas aos que assumem funções de dirigentes partidários e sindicais e pouco ou nada fazem para equipar e preparar o partido para o enfrentamento na área da comunicação, fazendo com que passemos por momentos difíceis e temerosos, pelo simples fato de não termos feito o necessário para desfazer as mentiras e combatê-las com informações, que muitas vezes são negligenciadas por quem tem a obrigação de fazer, não faz e não deixa ser feito.

Por fim, desejo que este último programa de Dilma desperte a cidadania, a indignação e principalmente a responsabilidade de cada brasileira e brasileiro, neste momento em que temos dois projetos em disputa em nosso país e apenas um poderá ser eleito.

Como disse Bertold Brecht: 

"Há homens que lutam um dia e são bons, há outros que lutam um ano e são melhores, há os que lutam muitos anos e são muito bons. Mas há os que lutam toda a vida e estes são imprescindíveis"

Golpe da Veja. Processo e fim de anúncio!


A “Veja” está desesperada com a queda nas intenções de voto do cambaleante tucano, confirmada nesta quinta-feira (23) pelas pesquisas do Datafolha e Ibope. 


Em sua página no Facebook, a revista Veja já anuncia a sua “bomba” para a véspera da eleição presidencial. A capa é das mais tenebrosas: “Eles sabiam de tudo”. No fundo escuro, as fotos sombrias de Dilma e Lula. Na chamada de capa, o “vazamento ilegal” do depoimento à Polícia Federal do doleiro Alberto Youssef, um bandido notório brindado com uma “delação premiada e premeditada”. Ele teria denunciado que a presidenta e o ex-presidente conheciam o esquema de desvio de dinheiro da Petrobras. A “reporcagem”, que ainda não foi disponibilizada no site da revista, é a última cartada da mafiosa famiglia Civita para tentar dar sobrevida à cambaleante candidatura do tucano Aécio Neves.

Vale lembrar que Figueiredo Basto, advogado do doleiro suspeito de realizar estes vazamentos criminosos, é muito ligado ao governador tucano Beto Richa. Em meados de outubro, o senador Roberto Requião (PMDB) revelou no seu Twitter: “O advogado do Alberto Youssef, nessa cruzada contra o PT, é Antonio Augusto Lopes Figueiredo Basto. Ele foi membro do conselho da Sanepar”. O site da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) informa que ele foi conselheiro administrativo da empresa estatal até 28 de abril passado. Ele foi indicado para o cargo por Beto Richa e é tido como um homem da total confiança do governador tucano. Neste sentido, a “bomba” da revista Veja é mais uma armação descarada.

Em 13 de outubro, o ministro Admar Gonzaga, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), acatou pedido da coligação da presidente Dilma Rousseff (PT) e concedeu liminar pela suspensão de uma inserção na rádio da “Veja”. Ele entendeu que a revista, a pretexto de veicular publicidade comercial, burlou a legislação eleitoral ao fazer propaganda ilegal de Aécio Neves (PSDB). “O ministro considerou que houve divulgação de conteúdo próprio do debate eleitoral, porém veiculado na programação normal do rádio na forma de publicidade comercial, em desacordo com a regra contida no artigo 44 da lei 9.504/97, que veda a veiculação de propaganda paga”, descreveu o jornal Valor.

Esta decisão do TSE, porém, parece que não intimidou os capangas da famiglia Civita. A “Veja” está desesperada com a queda nas intenções de voto do cambaleante tucano, confirmada nesta quinta-feira (23) pelas pesquisas do Datafolha e Ibope. Já era previsível que tentasse uma última cartada ainda mais suja – mesmo correndo o risco de nova condenação. Diante destas e de várias outras atitudes ilegais e criminosas, o governo e o PT não podem vacilar. A revista deve ser processada, exigindo-se a imediata resposta da Justiça Eleitoral e, inclusive, a retirada de circulação deste panfleto tucano.

Este novo golpe também deveria fazer com que o governo repensasse sua política de publicidade. Não tem cabimento bancar anúncios milionários numa publicação asquerosa e irresponsável, que atenta semanalmente contra a democracia e o livre voto dos brasileiros. Não dá mais para alimentar cobras! Chega!

quinta-feira, outubro 23, 2014

Lorena canta: Agora é Aécio



Quem disse que as crianças de hoje já não entendem de política e não sabem o que é melhor ou pior pro Brasil?

No vídeo feito de forma espontânea por Lorena Brandão, podemos ver claramente que a sociedade da informação está cada dia mais poderosa, diante do avanço das novas tecnologias.

A polêmica intervenção do TSE na eleição

A nova postura do TSE abriu uma polêmica sobre os limites de interferência do tribunal na campanha e das propagandas.

Rigor contra ataques rachou a corte, contrariou o MP e gera dúvidas sobre censura. Papel do presidente Dias Toffoli chama atenção.

Por André Barrocal, na Carta Capital.

Encarregado de fiscalizar a eleição, o Tribunal Superior Eleitoral estará de plantão no sábado 25, véspera do pleito presidencial, para receber queixas dos comitês de Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) contra o adversário. Se PT e PSDB se excederem, o TSE dará direito de resposta ao concorrente quando a propaganda eleitoral já estará proibida. O expediente extra foi aprovado nesta terça-feira 21. A norma resulta de um julgamento polêmico, que rachou a corte, despertou dúvidas sobre seu presidente, Dias Toffoli, contrariou o Ministério Público e levantou suspeitas de censura eleitoral.

O controverso julgamento aconteceu na quinta-feira 16. O TSE decidia sobre um pedido tucano para tirar do ar uma propaganda petista que acusava Aécio de repetir a ditadura e censurar a imprensa de Minas quando governador (2003-2010). A denúncia contra ele tinha sido feita por Eneida da Costa, apresentada pelo PT como ex-presidente do sindicato mineiro dos jornalistas.

O relator do caso, ministro Admar Gonzaga, era contra o pedido. O depoimento de Eneida, disse, “desperta dúvida razoável”, e Aécio dispunha de tempo de propaganda para se defender, algo que não foi feito pelos advogados tucanos na ação. O ministro contou ter recebido em seu gabinete relatos de episódios concretos de possível censura, como a demissão do jornalista Jorge Kajuru da Band mineira em 2004.

“O horário destinado à propaganda eleitoral revela-se como ambiente propício para a divulgação de críticas e manifestações de ordem política”, afirmou Gonzaga. “Sendo assim, entendo que não é papel da Justiça intrometer-se no debate de ideias e contestações, a ponto de colocar-se em substituição aos protagonistas do certame.”

Presidente do julgamento e do TSE, Toffoli não gostou do voto do relator. Mostrou-se incomodado com os ataques feitos na propaganda eleitoral, que pare ele deveria ser só “propositiva”. Sem que houvesse tal previsão no julgamento, passou a palavra à defesa do PSDB. “É impossível provar que [Aécio] não perseguia jornalistas. É prova negativa”, disse o advogado Marcelo Ribeiro, a apelar por uma “intervenção” do tribunal contra o comercial do PT.

Também fora do script, o advogado petista Gustavo Severo teve chance de argumentar perante o TSE contra a representação do PSDB. Segundo ele, a oposição não negava a acusação, como o relator já havia destacado em seu voto. “O Aécio pode muito bem se defender em sua propaganda.”

Posição parecida foi defendida pelo representante do Ministério Público Eleitoral no julgamento, Humberto Jacques de Medeiros. Segundo ele, “há paridade de acesso aos meios de comunicação” entre Dilma e Aécio neste segundo turno. “Ao ver do MP, a coisa mais prudente e mais cautelosa é o tribunal não conceder a este momento nenhuma medida, confiando na civilidade dos candidatos e não interferindo este tribunal no nível do debate.”

A argumentação do MP não convenceu Toffoli. Segundo ele, se o TSE não impusesse limites aos candidatos, “vamos assistir ao baile do risca faca, não uma campanha presidencial”. O ministro liderou então a derrubada do relatório de Admar Gonzaga. E venceu, em uma apertada votação por quatro a três. Junto com Toffoli, votaram os ministros Gilmar Mendes, Luiz Fux e João Otávio de Noronha. Com o relator, ficaram as ministras Luciana Lossio e Maria Thereza de Moura.

O julgamento atendeu não só o pedido tucano de retirada do ar da propaganda petista sobre censura à imprensa mineira, como levou o TSE a assumir uma nova postura na reta final da campanha. Dali em diante, disse Toffoli, a corte estava estabelecendo outra jurisprudência, mais rigorosa. A publicidade na TV e no rádio não poderia mais ser usada para atacar o rival, só para divulgar propostas. A troca de chumbo ficaria restrita a entrevistas e discursos.

Esta nova atitude foi regulamentada nesta terça-feira 21, em sessão que aprovou o plantão do TSE na véspera da eleição, bem como o direito de resposta nos dias 23 e 24. O Ministério Público fez um último esforço contra a norma, escrita pelo gabinete de Toffoli. O procurador-geral Eleitoral, Rodrigo Janot, foi pessoalmente à corte tentar impedir a aprovação da norma, em vão. “A mudança, na visão do Ministério Público Eleitoral, causa surpresa aos candidatos a poucos dias da disputa, não observa a jurisprudência reiterada, desatende o princípio esculpido na carta constitucional e gera insegurança jurídica, necessária ao Estado de direito e à regularidade do pleito.”

Desde sua decisão do dia 16, o TSE suspendeu sete propagandas de Aécio e quatro de Dilma. Pelo lado tucano, foram vetados, por exemplo, comerciais a dizer que o PT faz “a campanha mais baixa, agressiva e mentirosa” e outro a reproduzir uma entrevista antiga de Dilma na qual ela elogiava o então governador de Minas Aécio Neves. Pelo lado petista, foram sacrificadas propagandas em que o ex-presidente Lula chamava o tucano de “candidato dos banqueiros” e outra com uma música sobre Aécio não ser votado por quem o conhecia.

A nova postura do TSE abriu uma polêmica sobre os limites de interferência do tribunal na campanha e das propagandas dos candidatos. No domingo 19, em sua coluna no jornal Folha de S. Paulo, o jornalista Jânio de Freitas escreveu que “o Tribunal Superior Eleitoral tomou duas decisões que caracterizam censura à liberdade de informação jornalística e à liberdade pessoal de expressão”.

Em uma eleição acirrada como a deste ano, a discussão sobre os limites da campanha vem desde o primeiro turno, quando Marina Silva ainda estava na disputa, e o comitê de Dilma resolvera fazer o confronto aberto com ela. Na época, o cientista político Wanderley Guilherme dos Santos disse a CartaCapital que o País não estava acostumado com eleições politizadas e que se devia lamentar que outras disputas não tivessem sido assim. O conflito aberto de interesses, dizia, é próprio da democracia.

Mesmo tendo sido menos afetado até agora do que a campanha de Aécio pelas proibições do TSE, o comitê de Dilma reclama nos bastidores de que a decisão do tribunal atinge sobretudo o PT.

De acordo om um dos chefes do comitê, a campanha dilmista precisava tornar públicos certos fatos negativos para Aécio pois, de outro modo, eles não ganhariam notoriedade. O motivo seria o desinteresse dos órgãos de comunicação. Era o caso das nomeações de familiares de Aécio para cargos na gestão do tucano em Minas. E de nomeações de Aécio pelo pai e pelo tio no início da carreira do presidenciável. Na visão dos estrategistas de Dilma, era necessário aumentar a rejeição a Aécio, graças aos altos índices da presidenta. “A Marina e o Aécio foram desconstruídos por si mesmos, não por nós”, disse o dirigente.

A poucos dias da eleição, a rejeição de Aécio já supera à de Dilma, e pesquisas recentes mostram-no mais identificado com a autoria das ofensas do que sua adversária. Mesmo assim, o comitê dilmista preocupa-se com a nova norma do TSE. Sente-se exposto a um eventual noticiário negativo sem ter meios para se defender. A resolução aprovada pelo tribunal nesta terça-feira 21 garante direito de resposta apenas para o candidato que for acusado pela propaganda adversária. Não vale para notícias de jornais, revistas ou TVs.

Em Brasília, há quem veja com estranhamento a postura do presidente do TSE, responsável pela reviravolta na postura do tribunal. Advogado do PT no passado, indicado pelo ex-presidente Lula para o Supremo Tribunal Federal, Toffoli estaria descontente com Dilma. Em janeiro, a revista Veja publicou uma nota intitulada “De aliado a adversário”, na qual dizia que o ministro “sente-se desprestigiado por Dilma, que jamais o recebeu nem atendeu a seus telefonemas”. Não há registro de que Toffoli tenha feito reparo público à nota.

Em meados de setembro, com a campanha a pleno vapor, Toffoli já tinha se colocado no caminho da presidenta. Em entrevista à revista Época, criticara Dilma por conceder entrevistas no Palácio da Alvorada na condição de candidata e por utilizar o local como cenário de sua propaganda eleitoral televisiva. Para ele, “usar símbolos de poder num ato de campanha é algo que a legislação não permite” e uma “vantagem indevida”.

segunda-feira, outubro 20, 2014

Incontinência emocional, a nova doença social



Além da necessidade patológica de compartilhar absolutamente tudo, perdemos a capacidade de retenção de qualquer fato, informação, pensamento ou emoção.

Incontinência é uma palavra engraçada. Lembra a continência dos militares, só que ao contrário. Mas é fácil olhar para a palavra e ver que continência está ligada diretamente ao verbo conter. Conter-se todo mundo sabe bem o que é, é a capacidade de optar por reter ou liberar alguma coisa, seja um pensamento, uma emoção, uma informação, comentário ou líquido fisiológico. Quando você não consegue reter sua própria urina você perde a continência, a capacidade de contenção, daí a expressão triste da ~incontinência urinária~, a perda involuntária do xixi.

Perder a capacidade de retenção das próprias coisas do corpo é triste. Se tem alguma coisa que a gente faz questão de ter é controle sobre o funcionamento da fisiologia. Ninguém gosta de usar fraldas, nem no começo nem no final da vida. E, no entanto, nossa sociedade em rede praticamente perdeu a capacidade de se conter, de reter qualquer coisa. Tudo precisa ser compartilhado. A fome, a unha encravada, o trânsito diário, a perda do chaveiro, you name it. Tudo. Como frequentadora do Twitter há vários anos tenho visto um pouco de tudo nesse sentido, sem contar os compartilhamentos incessantes de todos os detalhes via Facebook e, quando imagéticos, no Instagram.

Não há mal nenhum em explorar todas as ferramentas à exaustão. Publicar fotos dos pratos e lanches, quem nunca. Porém, com o uso constante, vamos perdendo a noção de limite, de barreira. Sim, porque o limite, seja do muro, da porta, da beira da piscina ou da borda da panela, é o que define o que está contido. A caneca que contém o café tem a louça como barreira que mantém o café, digamos, contido dentro. Se a louça se quebra, o café se espalha.

Nós, que um dia já fomos grãos inteiros, depois pó, depois fomos coados e viramos café, estamos agora vaporizados, em estado gasoso, totalmente incontidos. E, quando retidos, seja no congestionamento ou numa reunião, se houver o menor buraquinho de conexão, vazamos.

Se antes não podíamos escapar, como um gás do botijão, agora não conseguimos mais nos reter. Perdemos a opção, a disciplina de escolher entre segurar um segredo ou contá-lo. Contamos tudo. A coisa vai se degringolando de tal forma que há pessoas que compartilham chagas em imagens, esmolando atenção e solidariedade como mendigos da Idade Média expondo seus aleijões em troca de dinheiro. É pesado dizer isso, mas a metáfora é válida.

Essa incontinência social, a incapacidade de reter qualquer coisa que lhe venha ao corpo ou à mente, está se espalhando como uma epidemia. Já vi gente que, ao esgotar seu repertório de ideias, emoções e fatos diários, mas ainda com o afã de compartilhar qualquer coisa só para estar presente e se fazer visto, começa a contar pensamentos que a avó falecida tinha quando era jovem, sonho que o vizinho do tio de crisma contou que um dia teve quando era menino. Se isso ao menos descambasse para a criatividade ficcional, virando uma história, seria um sucesso. Mas não, é só produção de ruído para não ficar a sós consigo mesmo.

Para o incontinente social a pior coisa do mundo não é a solidão, mas a companhia de si mesmo. Como se ficar a sós com sua própria pessoa fosse uma condenação, algo horrível a ser evitado.

Essa incapacidade de reter fatos para análise, alimenta o impulso animal, aumenta a produção de coisas impensadas e, portanto, passíveis de grave arrependimento, fere os outros, contamina o meio ambiente e geral lixo infinito.

Não acho que tenha que haver uma regulamentação geral de nada na Internet, só de cada um mesmo. Cada pessoa poderia fazer aquelas coisas antigas como parar para pensar antes de falar e escrever, contar até dez para não explodir em ira, respirar fundo e questionar a si mesmo sobre a validade do que está publicando nas redes.

Porque do jeito que estamos indo, publicando insanamente cada detalhe visto, vivido, percebido ou relatado, como se não pudéssemos nos ausentar ou manter as coisas no âmbito do privado, ainda vai igualar a incontinência emocional à todas as outras e vamos todos nós, em qualquer idade, evacuar nossa vida privada na frente de todo mundo.

Por Rosana Hermann originalmente em http://migre.me/mndpS.

sexta-feira, outubro 17, 2014

Entidades pedem fim de concessão de meios de comunicação a políticos com mandato



Por Helena Martins - Repórter da Agência Brasil.

Hoje (17) é o Dia Internacional pela Democratização da Comunicação. Além de comemorar a data, entidades promovem, ao longo da semana, uma série de atividades com o objetivo de ampliar o debate e a coleta de assinaturas em apoio ao chamado Projeto de Lei da Mídia Democrática. O projeto propõe nova regulação do sistema de comunicação do país, a partir de medidas como o estímulo à concorrência e a proibição da outorga de concessões para políticos com mandato eletivo.

“Esta tem sido uma semana importante para o debate e a luta pela democratização em pauta mais uma vez”, avalia Rosane Bertotti, coordenadora do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), que está à frente da organização das atividades da semana. Segundo o FNDC, ações como debates e atos públicos ocorrem em Alagoas, na Bahia, no Ceará, em Pernambuco, Sergipe, São Paulo, no Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Distrito Federal e Maranhão.

Também está sendo promovida a campanha "#Foracoronéisdamídia", que quer alertar sobre os impactos que a posse de concessões de meios de comunicação por políticos causam na democracia. A campanha é uma parceria entre Executiva Nacional de Estudantes de Comunicação (Enecos), o Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) e o Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social.

Os organizadores destacam que o Artigo 54 da Constituição Federal proíbe que deputados e senadores firmem “contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes”.

Além da regra constitucional, o Códio Brasileiro de Telecomunicações estabelece que “não poderá exercer a função de diretor ou gerente de concessionária, permissionária ou autorizada de serviço de radiodifusão quem esteja no gozo de imunidade parlamentar ou de foro especial”.

Como emissoras de rádio e televisão funcionam por meio de concessões públicas, as organizações que participam da campanha defendem que essa proibição deve ser respeitada.

Essa não é, contudo, a realidade vivenciada no país. Apesar das normas, o projeto Donos da Mídia mostra que, até 2009, 271 políticos eram sócios ou diretores de 324 veículos de comunicação no país. Até então, os casos eram comuns a praticamente todas as unidades da Federação, com destaque para Minas Gerais. Os políticos citados pelo estudo eram filiados a dez partidos.

Para enfrentar esse cenário, desde 2011 tramita na Justiça a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 246. Elaborada pelo Intervozes, em parceria com o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), a ADPF questiona a outorga e a renovação de concessões de radiodifusão a pessoas jurídicas que tenham políticos com mandato como sócios ou associados. Pede ainda a proibição da diplomação e a posse de políticos que sejam, direta ou indiretamente, sócios de pessoas jurídicas concessionárias de radiodifusão.

De acordo com a ADPF, é preciso que esse tipo de relação de propriedade seja declarada inconstitucional. Sobre a situação atual, o texto mostra que a falta de fiscalização das concessões, permissões e autorizações para que essa prática seja evitada configura omissão por parte do Poder Executivo, com consequências para a garantia do direito à informação e para a própria democracia brasileira.

No ano passado, o Ministério Público Federal se posicionou sobre o tema. Ele reconheceu a proibição constitucional, mas deu parecer negativo à ADPF, alegando falta de delimitação do objeto. A ação é relatada pelo ministro Gilmar Mendes e ainda não há previsão de quando será votada.

O uso das redes sociais na reta final da campanha eleitoral



Embora tarde, a conquista dos votos pelas redes sociais ainda é possível. Como dizem: a eleição só acaba quando termina. 

Com essa compreensão, a coordenação de campanha da coligação "Pra Mudar o Pará" convida todos os interessados a participarem da Oficina de Marketing Eleitoral nas Mídias Sociais. 

É neste sábado e as vagas são limitadíssimas!

Tá esperando o que pra mandar um zap?

quinta-feira, outubro 16, 2014

Lula critica Aécio, Jader chama Jatene de vagabundo e manda uma banana pros adversários


Antológico: Jader Barbalho dá uma banana pros seus adversários políticos e comerciais durante comício com Lula no Pará.
A imagem acima, por si só já é polêmica, mas as frases proferidas pelo seu orador é que impactaram todos os presentes no comício da coligação "Todos Pelo Pará", formada por 11 partidos, entre eles o PMDB com Helder Barbalho, candidato a governador e o PT, que teve Paulo Rocha eleito senador. 

O evento reuniu cerca de 30 mil pessoas na noite desta quarta-feira (15), em Ananindeua, segundo maior município do Pará, onde Lula não economizou críticas a Aécio Neves. O ex-presidente defendeu Dilma e destacou as contradições do tucano, citando a distância entre o que diz e o que pratica.

"Como é que alguém se recusa a fazer um simples teste do bafômetro pode dizer que vai governar este país com decência e competência? Palavras são muito fáceis de dizer", disparou Lula. 

O fato que Lula se refere, aconteceu em 2011, quando o atual candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, se recusou a soprar o bafômetro numa blitz no Rio de Janeiro. Ele estava com a habilitação vencida e foi multado, mas não teve o carro recolhido. Na época, a assessoria do senador informou que ele voltava para casa com sua namorada e não sabia que sua carteira irregular.

Vagabundo

Antes de Lula, Jader Barbalho que é pai de Helder, não dispensou críticas aos seus adversários paraenses, tanto no ramo empresarial, quanto na política. O ponto alto de seu discurso foi quando disparou contra a família Maiorana, chamando-a entre outras coisas de contrabandista, respondendo ao ataque que sofre diariamente pelas páginas do Jornal O Liberal, de propriedade de seus concorrentes no ramo da comunicação local e a uma provocação feita desde o início da campanha de que ele, Jader, estaria sendo escondido por Helder em sua campanha.

"Disseram Helder, que você queria me esconder. Esconder de que porra? 

Quem é o político nesse Estado que tem o currículo que eu tenho? 

Quem é? 

Fui vereador, deputado estadual, deputado federal até hoje mais votado nesse Estado, quatro vezes. Senador da República duas vezes, governador do Estado, duas vezes(...) 

Eu pergunto pros funcionários públicos qual foi o melhor governador para os funcionários públicos desse Estado? 

Hoje é o dia do professor. Quem foi que deu o Estatuto do Magistério para os professores deste Estado? 

Fui eu! 

Quem criou o Regime Jurídico Único para os funcionários públicos? Fui eu! Quem deu mais títulos de títulos de terra pra gente na Reforma Urbana, mais de 50 mil famílias? 

Fui eu! 

Quem desapropriou terra para agricultor nesse Estado, também mais de 50 mil? 

Fui eu! 

Então compare! 

Este preguiçoso que taí, esse governador da preguiça, que aliais eu quero dizer, os primeiros cargos, os primeiros quatro, foram todos dados por mim, todos dados por mim. 

Era meu puxa-saco, puxa-saco vagabundo. Eu dei os primeiros quatros empregos, se não até hoje ele tava tocando violão. Era só o que ele sabia fazer.

Esconder o que? Esconder um sujeito como eu que na última eleição, presidente Lula, dizia que votar em mim não seria contado o meu voto. 

Olha só! Sabe quantos votos eu tive? 

Pessoa dizia que não contava. Um milhão e oitocentos mil votos e esse preguiçoso vagabundo, teve pra governador 700 mil. Eu tive mais do que o dobro dele. 

Agora presidente Lula, eu não faço jogo de pilantra, o que eles queriam, sabe o que era? A pilantragem? Que eu botasse a mão sobre o Helder e dissesse: O Helder é o meu candidato a governador. 

Mas eu não faço o jogo da burrice, eu não faço o jogo da pilantragem. O Helder não é o meu candidato a governador, o Helder é o candidato a governador do povo do Pará. Tá?

Eles pensavam é que o Jader barbalho tinha ficado bobo, oh, negativo! Disse pro Helder: Percorre o Estado, vá buscar o voto de quem decide que é o voto do povo do Pará e no domingo passado, o Helder deu a primeira lambada. 

Ficou por pouco e agora vamos dar uma segunda lambada nele, com o apoio do povo do Pará.

(...) E eu não queria era, Helder, que encerrasse essa campanha dizendo que tu tinha vergonha do teu pai, que tu tava escondendo teu pai. Tá aqui pra eles, (fazendo o gesto de uma banana) pra eles! Escondendo o Jader Barbalho. Eles vão ter que continuar me aguentando, me combatem anos e anos e eu até acho graça desse grupo liberal. Acho graça desses patifes, desses marginais, desses contrabandistas safados que aí estão!”, vociferou Jader barbalho encerrando seu discurso antológico, sob aplausos, gritos de elogios e com seu nome sendo ovacionado pelo público presente.

Sem dúvida, seu discurso entrou para a história da política brasileira.

Ex-assessor de Jader Barbalho, Simão Jatene tenta negar a influência daquele que o colocou e o empoderou na política.

"Muitos jovens de hoje não sabem, mas Jatene já foi um dos homens de confiança de Jader Barbalho – alguns diziam que era, na verdade, “o homem da mala” do Barbalhão.

Jatene foi secretário de Planejamento do primeiro Governo de Jader, entre 1983 e 1985.

Mais tarde, quando Jader foi ministro da Reforma Agrária e da Previdência Social, Jatene foi o secretário executivo dele, nesses dois ministérios.

Daí que se Jader cometeu ilegalidades nesses cargos, não há como Jatene dizer que ignorava o “bufunfão do malão". Trecho da postagem "Direto do Túnel do Tempo: O Criado e a Criatura" da jornalista e blogueira Ana Célia Pinheiro que recentemente publicou em seu blog, o esclarecedor "Entre o “Barbalhinho” e os “Barbalhões”.

Por causa da presença de Lula, vários veículos de imprensa estavam presentes no comício, mas só o portal G1 noticiou o evento e a fala de Lula, mas até a finalização desta postagem, nenhum citou o discurso histórico do Senador Jader Barbalho.

Clique para assistir.



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