sábado, março 28, 2015

Helder Barbalho pode ficar sem o Ministério da Pesca

Sabatinado por integrantes da base aliada do governo e com deputados do seu próprio partido defendendo a redução ministerial, Helder Barbalho pode estar na corda bamba, induz OLiberal.


Durante sessão para apresentação das diretrizes e programas prioritários do Ministério de Pesca e Aquicultura, realizada ontem, na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária, do Senado Federal, o ministro Helder Barbalho foi “colocado na parede” pelos senadores presentes, que defenderam o enxugamento da estrutura do governo, com a transferência das atribuições do ministério para a pasta da Agricultura. A extinção do Ministério de Pesca é amparada pelo próprio PMDB, partido de Barbalho, que pressiona a presidente Dilma Rousseff pela redução dos atuais 39 ministérios para 20.

O desconforto do titular da pasta aumentou ainda mais quando os parlamentares mostraram que o seu ministério é o mais ineficiente da União, em razão dos sucessivos problemas de execução do orçamento disponível. O senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) foi ainda mais taxativo, quando disse que ele estava defendendo as metas do ministério para 2015 em vão, já que a sua demissão já era dada como certa.

“O Ministério da Pesca passou a ser a referência sempre quando se fala em extinguir ministérios. Como a proposta é do partido de vossa excelência, para reduzir para 20 ministérios, já é elencado a extinção do Ministério da Pesca. Com isso não sei como é que seria esse ordenamento orçamentário e como ficariam os programas já definidos por vossa excelência em relação ao atendimento tanto da política de proteção quanto de incentivo”, indagou o senador. De acordo com Caiado, a proposta terá o apoio da grande parte da sociedade, pois este seria “um clamor nacional que o Estado diminua seu número de ministérios como também de gasto público”.

A extinção da pasta de Pesca foi assinalada por outros senadores, como Blairo Maggi (PR-MT), que integra a base de apoio do governo federal. “Se for para enxugar, e eu também defendo essa tese, essa pasta, que é importante, tem que voltar para a Agricultura”, disse. Já o senador Donizeti Nogueira (PT-TO) lamentou o possível retorno das atribuições do setor pesqueiro a Agricultura, diante da pressão do PMDB pela redução de pastas do governo federal. “Esse setor não poderia ficar restrito a uma caixinha lá no Ministério da Agricultura, sem nenhuma repercussão e autonomia para se organizar e realizar a sua produção. Mas é o que parece que vai acontecer”.

Sem ter respostas, Helder Barbalho, que esperava apresentar as projeções do setor, recebeu ainda uma saraivada de questionamentos dos senadores. Os parlamentares criticaram a incapacidade técnica do ministério em desenvolver ações e programas, utilizando o recurso disponível para a pasta ministerial. Na apresentação do próprio ministro, a pouca relevância da pasta foi colocada em xeque. Ao expor a evolução orçamentária do Ministério de Pesca e Aquicultura no período de 2003 a 2015, foi possível notar que em todos os anos, os recursos foram subutilizados.

Em 2010, por exemplo, quando a pasta tinha disponível R$ 773,89 milhões, o setor foi beneficiado com apenas R$ 267,64 milhões. No ano passado, a previsão orçamentária foi de R$ 428,99 milhões, mas apenas 35% foram investidos em ações de melhoria e beneficiamento para o setor da pesca. De acordo com o senador Acir Gurgacz (PDT-RO), nos últimos anos o Ministério da Pesca utilizou apenas 40% do seu orçamento.

“Porque não conseguiu aplicar e o que pode ser feito para atingir a previsão de R$ 610 milhões para 2015. No ano passado, dos R$ 428 milhões, no entanto, só foram aplicados R$ 156 milhões. O que acontece para que não executemos esse orçamento?”, questionou o parlamentar. Em resposta ao senador do Estado de Rondônia, Helder colocou a falta de capacidade técnica como motivo para a subutilização dos recursos públicos.

sexta-feira, março 27, 2015

Renato Janine Ribeiro: Tem razão quem se revolta

Nomeado como novo Ministro da Educação, Renato Janine disse em seu artigo na Folha na última quarta: "Nossa história tem podres que mal começamos a enxergar".

Na Folha, por Renato Janine Ribeiro, que acaba de ser nomeado ministro da Educação.

"On a raison de se révolter", dizia o filósofo francês Jean-Paul Sartre no fim da vida, quando, depois de maio de 1968, se cansou de esperar que o Partido Comunista se consertasse e fez causa comum com os maoistas. Não é fácil traduzir a frase de Sartre. Seria algo como "tem razão quem se revolta".

Mas qual razão, quanta razão? Eu diria que é a razão do sintoma: sente-se a dor, procura-se a infecção, mas queixar-se não é diagnosticar a doença, menos ainda curá-la. O último dia 15 de março foi isso. A queixa é correta, o tecido social está sofrendo, mas diagnóstico e prognóstico ficaram pela metade.

A queixa: não se aguenta mais a corrupção. O caso da Petrobras mostra uma crise grave em uma de nossas maiores empresas. Pior, uma empresa que pertence a todos nós. Muito resta a explicar, da falta de controle à pura indecência. Como o PT foi entre tolerante e partícipe do processo, ele se torna a bola da vez.

A dor: como fizeram isso com nosso país? E o erro: fizeram, quem? Isso, o quê? Nosso, de nós, quem? Aqui está o problema.

Quem "fizeram" é só o PT ou, mais que ele, o PP ou, ainda mais, um sistema político que se acostumou a ser eficiente pela via da desonestidade? Porque há um subtexto em nossa sociedade que diz: resolva o problema, "não quero saber como".

Não queremos saber como funcionam as coisas, desde que elas funcionem. Vejam o que chamamos de "segurança pública". Ela depende muito da violência policial contra inocentes. Não queremos saber a que custo reina alguma paz em nossos bairros. O preço dessa paz é a violência contra três Ps: pobres, pretos e putas.

Ainda que insuficiente, a eficiência que o Estado consegue deve-se, em vários casos, ao "não quero nem saber". Só que agora está emergindo o iceberg inteiro. Nós nos acostumamos ao "por fora bela viola, por dentro pão bolorento"; fingíamos que não havia bolor, mas ele está aparecendo. Tanto no Metrô de São Paulo como na Petrobras.

O avanço da democracia desnuda esse preço, esse bolor. Há uma reação tola: não quero saber do preço. Um dos modos dessa reação é carimbar um culpado bem afastado de nós. O PT cumpre hoje esse papel de demônio, que já foi de Getúlio Vargas. Assim se afasta de nós esse cale-se. Somos poupados.

As manifestações do dia 15 de março, legítimas na medida em que "tem razão quem se revolta" (mas alguma razão, não toda), caíram no engodo de construir um Outro demoníaco, aquele que acabou com o que era doce. O passado fica como uma idade, senão de ouro, pelo menos de prata.

Um teste simples: se alguém contesta os males atuais em nome de um passado que teria sido melhor, essa pessoa está pelo menos mal informada. Nossa história tem podres que mal começamos a enxergar.

O presente pode parecer horrível, mas só porque expôs a chaga purulenta. O bom que era doce se assentava em mentiras. Aumentaram as mentiras? Ou, na sociedade da informação, é mais fácil descobri-las do que antes? O mensalão do DEM teria sido exposto, não fosse uma microcâmera escondida? Delações premiadas funcionariam se os cúmplices mantivessem a lealdade dos mafiosos, que morrem, mas não falam?

Sem uma força-tarefa como a da Operação Lava Jato, teriam sido pegos? Quem deve teme. Por que tantos querem que a investigação foque só o PT? A apuração não deve ser ampla, geral e irrestrita?

Tratar o sintoma não é a solução. Meias medidas são meros paliativos. É preciso chegar às causas. Venceremos a corrupção quando ela parar de servir de pretexto político de um lado contra o outro e for mesmo repudiada pela maior parte da população. Não é o caso –ainda.

Um país nas cordas e a militância petista – hoje mais virtual do que presencial

Sabotagem consciente do país comandada por duas figuras que, investigadas por corrupção, não poderiam presidir a Câmara e o Senado.

Por Luiz Fernando Vianna, na Folha.

As forças políticas do país estão desafiando as leis da física. Têm esticado as cordas até o limite da irresponsabilidade. Se ninguém ceder, elas vão arrebentar.

A militância petista –hoje mais virtual do que presencial– e os dirigentes do partido insistem que integram um núcleo de virtuosos perseguidos pela "mídia burguesa". Escolheram ser os violinistas do "Titanic". Continuam tocando enquanto o navio afunda.

Dos tucanos não se ouve uma ideia original. Fazem oposição escondidos na barra da saia do PMDB. Torcem para o barco ir a pique travestidos de Linda Batista: "Eu não quero mais nada/ Só vingança, vingança, vingança".

O ministro Joaquim Levy faz jus à fama que tem e não abre mão dos cortes que considera necessários. Contra ele estão governadores, prefeitos, sindicalistas, parlamentares bem e mal intencionados. Se conversas não forem abertas e acordos não forem fechados, a economia mergulhará no brejo.

O governo não se defende pedindo desculpas pelos erros nem parte para o ataque botando o dedo na cara de seus algozes. Está imobilizado e sem voz. Diante da fraqueza do governo, setores da imprensa trabalham sem disfarces para acelerar a volta ao poder de seus homens de confiança.

Nas passeatas dominicais, as legiões de verde e amarelo pedem o pescoço de Dilma. Acham que, trocando-se a cabeça, todo o corpo será regenerado. Miram de antolhos o futuro.

E ainda falta um personagem: quem vá às ruas, sem vínculo com partidos, denunciar o Congresso como endereço do que há de pior no momento: projetos obscurantistas e fascistas; sabotagem consciente do país comandada por duas figuras que, investigadas por corrupção, não poderiam presidir a Câmara e o Senado.

O quadro é horrível. Mas ficará pior se ninguém atirar a primeira corda ao chão. 

quarta-feira, março 25, 2015

Governador e seus asseclas detonam a educação pública do Pará

Governador Simão Jatene e o Secretário de Educação do Estado do Pará não resolvem os problemas prometidos em campanha e servidores públicos entram em greve.

Por Cássio Andrade* 

O Governador Simão Jatene poderia assumir sua condição de Chefe do Executivo e evitar o envio de recados malcriados por meio de seus meios oficiosos de comunicação. 

Chamar professores que recebem aulas suplementares de trapaceiros pela máquina de lavar informação é uma atitude pequena, Governador! O silêncio dos indignados é o que mais envergonha. 

Foram às ruas no dia 15 em Belém, utilizando bela retórica de cidadania e agora engolem calados as mazelas tucanas que fazem o nosso povo sofrer diariamente: ponte que partiu há um ano, buracos nas ruas, nepotismo e todos os bandalhos possíveis e impossíveis. 

Lamentável é o papel assumido por Helenilson que me pareceu, de início, alguém séria a resolver a herança maldita de seu antecessor na SEDUC. Bandidos e trapaceiros, né? Bom, de Orly, Ronaldo Maiorana, Ronaldo Brasiliense e outros de seus lacaios mequetrefes e "bate-paus" é de se esperar, mas o silêncio obsequioso de Vossa Excelência, Governador, é de espantar, considerando vosso passado de professor. 

Vossa Excelência que em 1990, junto com sua ex-esposa, cedeu vosso apartamento e contribuiu com a greve na UFPA com o DCE e a então ASUFPA, na luta contra o sucateamento neoliberal de Collor? Governador, seja tucano, mas não se iguale aos porcos que vos são pares. Não use desses expedientes de latrinas. Não manche mais sua biografia. Não reproduza o ódio de seu prefeito filhote da ditadura e do outro aliado seu de Ananindeua acostumado à canga do latifúndio. Vá trabalhar, Governador! Ainda há tempo...

*Cassio Andrade é professor universitário.

Brasília, os calouros e seus dedos na cara

Recém-chegados em Brasília, Éder Mauro (PSD) e Edmilson Rodrigues (PSOLprotagonizaram bate-bocas e dedos na cara, em debates distintos, porém igualmente polêmicos.

Éder Mauro e Edmilson Rodrigues foram os dois deputados paraenses que mais se destacaram neste começo de legislatura, onde temas polêmicos exaltam os ânimos dos parlamentares e o equilíbrio emocional dá lugar a gritos, ofensas e gestos autoritários entre parlamentares e manifestantes que acompanham as plenárias das comissões parlamentares que ambos participam.

Eder Mauro sai da CCJ vaiado por manifestantes.

Eder Mauro, delegado de polícia e parlamentar de primeira viagem, foi o deputado federal mais votado nas últimas eleições no Estado do Pará e chegou em Brasília se metendo em debates calorosos e foi citado em uma matéria do portal G1 que noticiou: 

"A audiência pública da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara que discutia proposta que estabelece a redução da maioridade penal foi encerrada na tarde desta segunda-feira (24) após bate-boca entre os deputados Laerte Bessa (PR-DF) e Alessandro Molon (PT-RJ). A discussão, que tratava da proposta de emenda à Constituição 171/1993, precisou da interferência de outros parlamentares(..) Após a discussão entre os parlamentares, o presidente da CCJ, Arthur Lira (PP-AL), encerrou a audiência, que ainda iria ouvir constitucionalistas. Na saída dos deputados, um grupo de manifestantes cercou o deputado Éder Mauro (PSD-PA), que precisou ser protegido por seguranças da Casa. Veja o vídeo.

Assim com ele, parlamentares oriundos da segurança pública tiveram votações expressivas em seus estados, Alberto Fraga (DEM-DF), Delegado Waldir (PSDB-GO), Jair Bolsonaro (PP-RJ), Delegado e Moroni Torgan (DEM-CE) foram os mais votados nos seus estados e junto com cerca de 200 outros deputados integram a Frente Parlamentar da Segurança Pública

Lançada em fevereiro, a frente tem como objetivo principal debater assuntos espinhosos, entre eles, a diminuição de benefícios a detentos, a redução da maior idade penal, penas mais severas contra assassinos de policiais e a revogação do Estatudo do Desarmamento, pautas apoiadas diariamente nos meios de comunicação, principalmente no rádio e na TV, por apresentadores de programas policiais e entidades interessadas no assunto, entre elas, a Associação Nacional da Indústria de Armas e Munições. 

Segundo matéria publicada nesta quarta-feira no site da Câmara, o colegiado também defende a reforma do Código Penal (Decreto-Lei 2.848/40) e da Lei de Execução Penal (7.210/84) e a rejeição do projeto (PL 4471/12) que acaba com os chamados autos de resistência, ou seja, a maneira como os policiais justificam mortes ou ferimentos durante prisões ou perseguições de suspeitos.

Edmilson Rodrigues perde o controle emocional e berra em CPI.

Diferente de Eder Mauro, Edmilson Rodrigues é formado em arquitetura e tem doutorado em Geografia Humana e chegou a Brasília com experiência no trato parlamentar, já que foi deputado estadual por três vezes e prefeito por dois mandatos consecutivos. No entanto, na primeira reunião de trabalho da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, realizada no início do mês de Março, Edmilson se meteu em um bate-boca com direito a troca de ofensas com o presidente da CPI, o qual chamou várias vezes de moleque.

"Eu quero aqui deixar bem claro que não admitirei desrespeito de vossa excelência. Quem manda aqui é o presidente, respeitando o regimento", respondeu Motta, já bem exaltado. "Eu quero dizer a vossa excelência que eu não tenho medo de grito e que da terra onde eu venho homem não me grita", disse o presidente da CPI, em resposta às agressões verbais de Edmilson, conforme noticiou a revista Exame, que disponibiliza o vídeo abaixo com o trecho mais caloroso da discussão, nada republicana, entre os parlamentares.



terça-feira, março 24, 2015

O MENSALÃO DO COORDENADOR DE AÉCIO NEVES.

Agripino Maia (DEM-RN) foi o coordenador da campanha de Aécio Neves e seu partido é um dos principais aliados do PSDB e da oposição brasileira.

O povão, coitado, mais uma vez não fica sabendo quem é quem nas manchetes que a mídia esconde, quando é um dos seus amigos e patrocinadores que está com lama até o pescoço.

É preciso que algum "blogueiro sujo" venha revelar que Agripino Maia não é só o presidente do DEM e ao lado do PSDB, um dos líderes da oposição ao governo Dilma. Agripino é o ex-coordenador da campanha presidencial de Aécio e está enrolado nas denúncias de um escândalo do tipo um "Mensalão" em seu Estado. Como é amigo dos tucanos, a Folha de S.Paulo​ alivia o lado do pobre coitado, dizendo: "A abertura de um inquérito não significa culpa e é o estágio inicial de uma investigação". 

Imagina se fosse um político do ..

Fique agora com a "matéria-amiga" da Fel-lha de São Paulo.

Ministra do STF abre inquérito para investigar presidente do DEM.

A ministra do STF (Supremo Tribunal Federal) Cármen Lúcia atendeu um pedido do Ministério Público e abriu inquérito investigar o presidente do DEM, senador Agripino Maia (RN), citado em delação premiada por um empresário de Natal (RN) que teria negociado propina com políticos para aprovação de leis.

A abertura de um inquérito não significa culpa e é o estágio inicial de uma investigação. Nos próximos dias o Ministério Público irá ouvir testemunhas, buscar provas e, a depender do material que vier a obter, pode apresentar uma denúncia contra o senador ou determinar o arquivamento das apurações.

O caso em questão diz respeito a um instituto montado pelo empresário George Olímpio para prestar serviços de cartório ao Detran, que cobrava taxas de cada carro financiado no Estado. Ele teria pago propinas para agilizar a tramitação do projetos de um lei que criava a inspeção a inspeção veicular da qual se beneficiaria.

Em delação premiada, Olímpio disse que Agripino teria lhe pedido R$ 1 milhão para campanhas políticas e que ele entendeu o pleito como uma chantagem: ou daria o dinheiro ou perderia o comando da inspeção veicular.

Ele ainda alega ter entregue parte do dinheiro, R$ 300 mil, e ter feito empréstimos com pessoas indicadas por Maia para completar R$ 1 milhão.

OUTRO LADO

Em nota, o senador Agripino Maia disse que Olímpio já deu declarações contrárias às da delação premiada e que em 2012 o Ministério Público havia determinado o arquivamento de uma investigação contra ele.

"Este assunto, tratado em 2012, gerou processo de investigação pela Procuradoria Geral da República que, em 31 de outubro de 2012, o arquivou pela 'inexistência de indícios, mínimos que sejam, que confirmem a afirmação de que o Senador José Agripino Maia teria recebido doação eleitoral ilícita do grupo investigado na operação 'Sinal Fechado'", diz a nota.

Maia colocou-se à disposição da Justiça para esclarecimentos.


CPI vai investigar quem usou HSBC para sonegar impostos

Randofe é o relator e Paulo Rocha o presidente da CPI que vai definir roteiro de trabalho na quinta-feira. 

 Os depoimentos do presidente do banco HSBC no Brasil e de dois secretários da Receita Federal e uma diligência conjunta do Senado Federal e do Ministério Público Federal na França são algumas das medidas previstas nos sete requerimentos apresentados pelo senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) na manhã desta terça-feira (24), em Brasília, na instalação da CPI do HSBC.

A comissão parlamentar do Senado vai investigar o braço brasileiro no escândalo que envolve a maior evasão de impostos da história: a lista de dados bancários da agência do HSBC em Genebra, Suíça, envolvendo 106 mil clientes de 203 países, que somam uma fortuna de US$ 204 bilhões operados através de uma rede de 20 mil empresas off shore ancoradas em notórios paraísos fiscais.

Dessa lista, constam 8.667 brasileiros, detentores de 6.606 contas no banco que movimentaram, entre 2006 e 2007, cerca de US$ 7 bilhões. O senador Randolfe Rodrigues, autor do requerimento de instalação da CPI, quer saber da Receita Federal quem, da lista de brasileiros, declarou legalmente a existência de contas secretas na agência suíça do HSBC.

— Não sabemos, a não ser por informações ainda esparsas, quantos destes correntistas agiram nos estritos limites da lei, declarando devidamente ao Fisco brasileiro a existência de suas contas. Os antecedentes conhecidos, no entanto, sugerem que o recurso às contas secretas de bancos inacessíveis, operadas pela clandestinidade de off shores, podem ser fruto de ações ilegais ou de grupos criminosos — esclareceu Randolfe, na abertura da CPI, da qual foi eleito vice-presidente. O presidente será o senador Paulo Rocha (PT-PA) e o relator, Ricardo Ferraço (PMDB-RS).

Uma das primeiras ações da CPI será uma reunião de trabalho com a equipe do procurador Rodrigo Janot, do Ministério Público Federal, que deve definir uma diligência na França, para sintonizar ações com a Justiça francesa, visitar a redação do jornal Le Monde, que denunciou o caso, e ouvir o depoimento de Hervé Falciani, o ex-funcionário de informática do HSBC que vazou os arquivos do banco para a imprensa. O primeiro requerimento de Randolfe pede o comparecimento de dois jornalistas: Fernando Rodrigues, do portal UOL, e Chico Otávio, do jornal O Globo, que lideram a investigação da lista do HSBC no Brasil.

Além do atual secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, o senador Randolfe pediu o depoimento do ex-secretário Everardo Maciel, que disse ser possível o resgate pelo Brasil dos US$ 7 bilhões desviados para o exterior, supostamente sem informação ao Fisco brasileiro.

Os requerimentos apresentados por Randolfe Rodrigues serão votados na primeira reunião formal da CPI, na quinta-feira (26), a partir das 8h30.

Um passo decisivo da CPI, segundo Randolfe, é definir com a Receita Federal o nome dos brasileiros que declararam a existência de contas no HSBC. A partir desses dados, a CPI vai estabelecer, com os arquivos do Fisco, quem está sujeito às investigações sobre evasão de divisas.

— O foco central desta CPI do HSBC deve ser a identificação da porosidade, das brechas que a lei brasileira permite para a evasão destas divisas, sem o devido controle das autoridades fiscais e financeiras. A CPI deve buscar as deficiências legais que permitiram esta distorção, que estimula a fraude e que priva o país de recursos essenciais neste momento de dificuldades econômicas — esclareceu Randolfe.

Reação: Lula desmente jornal sobre falsa notícia


Cansado de boatarias e mentiras com seu nome em sites apócrifos e até jornais de grande circulação, Lula resolve acabar com a farsa e desmente matéria publicada pelo jornal O Estado de São Paulo, que disse que a presidenta Dilma teria lhe comunicado sobre decisão de recuar nos reajustes das Medidas Provisórias 664 e 665, que tratam de benefícios trabalhistas e previdenciários. 

A iniciativa do ex-presidente, deve ser seguida pelo PT, já que o mesmo também foi citado pelo jornal, como também tendo sido comunicado pela presidenta Dilma.

A "barrigada" do Estadão, desgasta ainda mais a débil credibilidade da imprensa e demostra como a mídia é indenpendente no Brasil: Independente da verdade, ela noticia.

Boulos, PSOL e petistas defendem Frente Popular para barrar avanço conservador

Quase mil pessoas: na casa do PT e da CUT, a esquerda se reúne (mas sem a presença oficial do PT)

Por Rodrigo Vianna, no portal Fórum.

O debate ocorrido neste fim-de-semana em São Paulo, numa quadra da CUT, foi simbólico por muitos motivos.

Primeiro, mostrou o grau de esgotamento do PT, como força renovadora de esquerda. Sob  impacto do avanço da direita no Brasil, militantes de esquerda se reuniram atraídos pelo tema: “Direitos Sociais e Ameaça conservadora”.

Mas não foi um debate organizado pelo Partido dos Trabalhadores – principal alvo da fúria direitista do dia 15. O PT segue acuado, quase mudo. Havia na plateia do debate muitos petistas, mas sem camisas nem símbolos petistas. Isso tudo num evento organizado pelo PSOL

Mais que isso: na mesa, estavam dois ex-auxiliares de Lula – Frei Beto e André Singer (hoje, professor da USP, e que segue filiado ao PT). O debate, realizado na “Quadra dos Bancários” (histórico ponto de encontro dos militantes da CUT e do PT), reuniu quase mil pessoas no sábado à tarde.

Foi o deputado federal Ivan Valente (do PSOL) quem cumpriu o papel de criar aquele espaço de reflexão, abrindo o microfone também para Guilherme Boulos (MTST – Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) e Berna Menezes (sindicalista ligada ao PSOL).

As críticas ao governo Dilma foram duras. E generalizadas. Boulos disse que “o governo é indefensável”, e foi mais longe: “ou o governo reverte o modelo, baseado no ajuste liberal, ou em breve o golpismo terá base popular nas ruas”.

A avaliação do líder do MTST é de que, apesar da queda de popularidade de Dilma, quem está na rua por enquanto protestando  contra o PT é um setor mais radicalizado de direita e comandado pela classe média. Boulos, no entanto, diz que um ponto deveria preocupar os petistas: “a massa trabalhadora, que votava no PT até hoje, ficou em casa dia 15, mas  aplaudiu os protestos porque não aguenta mais”.

Ele reconheceu os avanços sociais da era Lula, mas reafirmou a posição do MTST de que o modelo de conciliação do lulismo se esgotou. “2013 foi um aviso, mas parece que o PT não entendeu”.

Boulos se mostrou preocupado com o “desfilar de preconceito e ideias fascistas” ocorrido no dia 15. E mostrou clareza de que não se trata de um ataque ao PT, apenas: “o petismo deixou de ser de esquerda, mas o antipetismo é um movimento contra toda a esquerda, é anti-movimentos sociais, anti-esquerda, anti-vermelho.  Temos uma direita venezuelana, e um governo covarde. Mas vamos enfrentar essa turminha que destila ódio. Com fascismo, não se conversa; fascismo, se enfrenta.”

Andre Singer concordou com a avaliação de que o início do governo Dilma é desastroso para a esquerda. Até porque o ajuste de  Levy deve provocar desemprego, enfraquecendo os trabalhadores – que são a base social da esquerda.

O professor da USP, porém, discordou de Boulos na avaliação do dia 15. “Considero que a manifestação foi majoritariamente de centro. Havia, sim, setores de extrema-direita, golpistas. E havia ainda uma direita radicalizada a favor do impeachment, mas as pesquisas mostram que a maioria estava ali para rechaçar a corrupção”.

Singer acha que é possível “dialogar” com esses setores de centro. Mas foi contestado no debate por gente da plateia. O dia 15, disse o professor Gilberto Maringoni (PSOL) foi, sim,  “tendencialmente” em favor da extrema-direita, abrindo espaço para ex-torturadores e golpistas na Paulista. O dia 15, lembraram outros, significou a proibição para que qualquer cidadão vestisse vermelho num amplo raio em torno da Paulista. Essa não é atitude de “centro”, disse um militante anônimo.

Frei Beto definiu as manifestações do dia 15 (e também as de junho de 2013) como “manifestações de protesto, mas não de proposta.” E ressaltou que o PT colhe os frutos por ter governado 12 anos, sem ter feito – nem encaminhado  - uma reforma estrutural sequer.

A sindicalista Berna Menezes destacou que não se pode igualar os governos FHC e Lula/Dilma, mas lembrou que o PT é responsável pelo avanço da direita, porque jamais enfrentou a mídia, nem fez uma Reforma Tributária em favor dos trabalhadores.

Outra avaliação comum entre os presentes: a crise será longa, pode durar 4 anos ou mais. Boulos disse que há riscos de ruptura pela direita, devido à “forte presença de setores golpistas” nas ruas. Já Singer, não vê riscos imediatos de ruptura. “A turbulência será grande, o estresse democrático é parecido com 64, mas não há mais a Guerra Fria”.

Não há mesmo? O que os Estados Unidos fazem no Oriente Médio e na Ucrânia é o que?  Hum…

Os debatedores defenderam uma “Frente Social”, ou uma “Frente Popular”, para combater o avanço da direita. Uma frente que não seja dos partidos de esquerda, mas agregue amplos setores em defesa de uma pauta mínima.

“O meu partido, o PT, não tem mais condições para dar direção à esquerda. É preciso formar logo essa frente“, disse Singer.

Ele lamentou que o PSOL e o MTST não tenham ido ao ato do dia 13 na Paulista. “Com uma formação mais ampla, poderíamos ter chegado a cem mil pessoas, e não 40 mil, como tivemos”, afirmou. A lembrança de Singer indica as dificuldades que ainda impedem as forças de esquerda e os movimentos sociais de agirem juntos – num momento de forte avanço conservador.

O deputado Ivan Valente listou cinco pontos em torno dos quais poderia ser construída essa frente, aberta a entidades, partidos e cidadãos interessados em barrar a direita – dentro e fora do governo:

- combate ao ajuste fiscal de Levy;

-  democratização dos meios de Comunicação;

- reforma agrária e combate ao latifúndio;

- defesa da Democracia e rechaço ao golpismo;

- defesa dos direitos trabalhistas.

Formou-se, entre  os debatedores, um consenso de que é possível unificar a esquerda. Não contra o governo Dilma, que em nenhum momento foi citado como inimigo principal. Mas contra o ajuste de direita – que significa o sequestro, pela direita, de um governo eleito com discurso de esquerda. E, especialmente, contra a direita que baba de ódio nas ruas e no Congresso.

Ivan Valente disse que é preciso levar pras ruas “os nomes de Cunha e Renan, como parte da corrupção que se precisa derrotar.” O deputado do PSOL lembrou que o discurso udenista, de falso moralismo, hoje é o mesmo de 54 e 64. Mas dessa vez, lembrou, parte importante da direita está afundada na lama da corrupção: “há 33 parlamentares indiciados, inclusive os presidentes da Câmara e do Senado – que não podem ser poupados, como a direita tentou fazer no dia 15.”

Foi um encontro curioso, em que a turma do PSOL usou a ‘”casa” da CUT e do PT. Um encontro em que o PSOL se definiu claramente contra o impeachment, e fez questão de ressaltar que PT e PSDB não são iguais. Um encontro em que petistas ou ex-petistas não tiveram dúvidas em atacar o ajuste de Levy – ainda que isso significasse atacar frontalmente o governo Dilma.

Havia uma presença de militantes de esquerda, para além do PSOL. E havia a certeza de que a Frente Popular vai nascer com ou sem o governo. Vai nascer nas ruas. E parte importante da base social do PT vai ajudar a compor essa frente – ainda que o partido, como lembrou Singer, tenha perdido a capacidade de liderar a esquerda.

Já não se trata de defender o governo ou o PT. Mas de recompor o campo da esquerda, e impedir a completa restauração conservadora no Brasil.

domingo, março 22, 2015

Até Diogo Mainardi questiona a 'Veja'

Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

Diogo Mainardi prestou longos serviços à família Civita. Usava a coluna na revista para acusar, todas as semanas, Lula e o PT – de tudo. Acusava sem provas, e sem talento literário nenhum.

Deu azar. O PT ganhou 4 eleições, enquanto Mainardi espumava de raiva, de forma constrangedora.

Mas quando Roberto Civita (dono da Abril) morreu, Mainardi foi chutado feito um cachorro sarnento.

Os herdeiros de Bob Civita devem ter cansado de pagar advogado para consertar as besteiras de Mainardi. Ele achou que, subserviente ao pensamento do patrão, teria da Abril eterna gratidão.

Errou feio.

Agora, fica claro que há uma briga feroz e fedorenta nos intestinos da editora que publica a revista “Veja”.

Tanto é assim que até Mainardi mostrou-se chocado com o fato de a revista da marginal – na mesma edição que traz Eduardo Cunha, na capa, como herói e estadista brasileiro – não dar qualquer explicação sobre as contas de José Roberto Guzzo na Suíça.

Sim! Guzzo (que é colunista da revista da marginal, e costuma atribuir ao PT a invenção de toda a corrupção nacional) é um dos jornalistas que mantinham conta no HSBC da Suíça – segundo o UOL e o ICIJ (consórcio que investiga o caso).

E sim de novo: na semana em que Eduardo Cunha foi chamado de “achacador” por Cid Gomes, na tribuna do Congresso, a revista de Guzzo pôs Cunha na capa.

Faz sentido, não?

Até o Mainardi (que agora se manifesta através de um blog “independente”) ficou com enjôo. Ele tem estômago frágil, tadinho.

Confiram o choro tardio de Mainardi contra a Veja.

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NÃO HÁ EXPLICAÇÃO NA VEJA SOBRE JOSÉ ROBERTO GUZZO

no blog Antagonista (mantido por Mainardi e um colega)

Entre os brasileiros que mantinham conta no HSBC de Genebra, figura o nome do jornalista José Roberto Guzzo, colunista da Veja, revista que dirigiu durante quinze anos. Era de se esperar que houvesse uma explicação na edição que chegou hoje às bancas e aos assinantes. Não há.

Imagine um colunista do New York Times que constasse da lista de um banco que ajudava os clientes a fraudar o fisco dos seus respectivos países. O jornal certamente daria uma satisfação aos seus leitores. O colunista poderia justificar a origem do dinheiro e mostrar que a conta sempre esteve devidamente declarada no seu imposto de renda. Poderia, ainda, dizer que se trata de um engano e que ele nunca teve conta em banco na Suíça. Uma terceira hipótese é que o colunista não conseguisse justificar a origem do dinheiro e tivesse sonegado a existência da conta. Nesse caso, é improvável que continuasse a integrar os quadros do New York Times.

Felizmente, para José Roberto Guzzo, ele não trabalha no New York Times. Felizmente, para José Roberto Guzzo, Roberto Civita morreu.

quinta-feira, março 19, 2015

Paulo Rocha apresenta prioridades de seu mandato

Em seu primeiro discurso como senador, Paulo Rocha disse que será intransigente na defesa do governo Dilma, mas está atento aos direitos da classe trabalhadora.

O senador Paulo Rocha (PT-PA) fez seu primeiro pronunciamento posicionando-se a favor da democracia e dos movimentos sociais. Ele criticou os que chamou de “golpistas de plantão”, que, segundo ele, buscam privilégios aos poderosos. O senador defendeu o combate ao “noticiário irresponsável” veiculado pelo “monopólio” dos meios de comunicação, e pediu providências ao governo federal para conter os assassinatos de líderes de trabalhadores; ele classificou esses crimes como “chaga para a democracia”.

Paulo Rocha cobrou um tratamento igualitário aos estados da Amazônia, criticando o conceito de que o povo da região vive numa realidade distante. Em sua lista de pautas em defesa do Pará e da região amazônica, o senador apoiou a realização de obras de infraestrutura, mas usou o exemplo das hidrelétricas para contrastar os projetos de desenvolvimento com a realidade do povo desassistido.

- Faremos a defesa da geração de energia limpa, mas cobraremos as compensações pelos impactos que a construção de hidrelétricas provocam ao meio ambiente e ao povo da Amazônia - afirmou.

Fique com o vídeo do pronunciamento de 13 minutos, onde abordou diversos temas de interesse do povo brasileiro, sobre tudo, o amazônico.


Leia aqui o discurso do senador na íntegra.

Depois de mentir novamente, governo enfrenta novos protestos


Melhor é o pobre que anda na sua integridade do que o perverso de lábios e tolo. Provérbios, 19:1.
O governo do Estado do Pará é bom de papo e pra isso paga uma fortuna para seu marketeiro, o melhor do Pará em enrolação e 171, o publicitário Orly Bezerra, aquele que fez o Pará continuar inteiro e repleto de desigualdades e problemas, entre eles a falta de Defensor Público em Altamira, o maior município do Brasil e o 5º maior do mundo, mas que mesmo assim Simão Jatene disse que não sabia da absurda carência. 

"Claro, Jatene é um preguiçoso", repetiria o ex-governador Almir Gabriel, responsável pela 1ª eleição de Jatene, depois de Jader Barbalho que o pôs no mundo (da política).

Simão Jatene é daqueles labiadores que não tem jeito. Disse que era o melhor para o Pará, pois a família que lhe acolheu e o fez crescer profissional e políticamente, foi a mesma que ele disse que com sua empresa de comunicação havia manipulado a campanha eleitoral de 2014, e nesse período quente da política paraense, disparou em um debate contra seu adversário: Eu não aceito a audácia dos canalhas.

Com a história contada, volto ao assunto do título do post para informar que hoje, 19/03, a educação pública do estado do Pará pára, mas não cruza os braços. 

Servidores públicos de todos os municípios, inclusive os da UEPA vai pras ruas denunciar a situação insustentável em que se encontram. 

Nada impedirá que professores, técnicos de educação, gestores e equipe de técnicos e auxiliares que trabalham nas escolas e campus paraenses, estejam amanhã nas ruas, em mais uma manifestação contra as negativas de investir na educação, tal como prometeu novamente em sua campanha de reeleição.


A denúncia de uma ata mentirosa que a SEDUC tentou na malandragem enfiar no SINTEPP, que misteriosamente pega leve como o mesmo, só piorou as coisas.

A presepada teria sido obra de sua equipe na SEDUC, que deu agora de falsificar os documentos da última reunião que teve com o sindicato da categoria, afim de se proteger posteriormente na justiça, para onde geralmente leva as negociações e apela para a ilegalidade das greves. A tática às vezes funciona, pois a justiça paraense, como dizem alguns evangélicos, é uma benção!

Que feio, governador! Logo o senhor que vive falando de ética!

Por sua vez, os servidores da educação universitária, também estarão no ato e marcha de paralização, convocada pelo sindicato e em um manifesto contundente denunciam o estado caótico em que se encontra a educação pública dos universitários da Universidade Estadual do Pará. Uma vergonha!, diria o Boris Casoy. 


MANIFESTO DOS COORDENADORES DOS CAMPI DO INTERIOR - UEPA

Belém, 17 de março de 2015.

À sociedade paraense,

A proposta de fazer este Manifesto nasceu da perspectiva de trazer à tona as mazelas estruturais que tanto afligem os campi universitários da Universidade do Estado do Pará (UEPA) no interior. Hoje, já não nos mantemos, apenas sobrevivemos. Sobrevivência vil, pois não conseguimos obter do governo do estado do Pará a atenção que a educação realmente merece.

Prefeito do PT-RJ é preso no dia em que Dilma lança pacote anti-corrupção

"O Brasil de hoje combate a corrupção. As notícias sobre casos de corrupção aumentam, mas justamente porque eles não são mais varridos para baixo do tapete. 

A visão de que o povo brasileiro quer levar vantagem em tudo deve ser afastada e uma nova concepção deve ser criada: Uma nova moralidade pública, republicana, democrática e igualitária. 

As medidas que nós anunciamos hoje são todas iniciativas concretas. Elas não pretendem esgotar a matéria, mas evidenciam que estamos no caminho correto. Somos um governo que não transige com a corrupção e temos o compromisso e a obrigação de enfrentar a impunidade que alimenta a corrupção”. 

O trecho extraído da página da Dilma Rousseff que noticiou o pacto anticorrupção que combaterá a prática ilegal, porém comum na cultura brasileira e ajudará a dar continuidade a uma séria e profunda revolução na esfera pública, iniciada no governo de Lula e aperfeiçoada na gestão de Dilma, pois os casos de roubo do dinheiro público, antes quase sempre incobertos e os que eram descobertos, raramente punidos e quando foram, sem o rigor necessário. Reinava a impunidade e isso começa a mudar.

"São todas medidas positivas, porque as leis atuais não criminalizam o caixa-dois ou o enriquecimento não justificado. Mas para combater frontalmente a corrupção é preciso uma reforma do modelo de financiamento de campanha, que atualmente privilegia as grandes empresas contribuintes, que elegem bancadas inteiras e decidem questões orçamentárias. O que vemos (nos desvios apurados pela operação) Lava Jato é padrão de comportamento, e não exceção"disse o juiz Márlon Reis, um dos idealizadores da lei da Ficha Limpa, para a versão em português do site da BBC de Londres

Vivemos novos tempos e isso não se deu da noite para o dia. Foi fruto de um conjunto de ações de fortalecimento e reformulação de leis, das instituições de fiscalização e controle, sem deixar de lembrar do reforço da autonomia da Polícia Federal, Ministério Público e Poder Judiciário, nestes 12 últimos anos.

Prova disso é que à tarde, uma operação da Polícia Rodoviária Federal prendeu o prefeito uma cidade do Rio de Janeiro, mostrando que o compromisso assumido pela presidenta Dilma em sua campanha de reeleição, quando disse: "Doa a quem doer" é de fato sério e o Brasil começa a viver uma nova realidade: O fim da impunidade.

Como já era de se esperar, com muita astúcia, a grande mídia distorce os fatos e reforça a onda crescente da orquestrada criminilização do PT, como se a prática de recebimento de propina, por parte de gestores públicos, acontecesse exclusivamente com o partido que está fazendo com que ela seja retirada de debaixo do tapete, apurada e punida pelo Estado brasileiro. 

A oposição deverá usar o fato para se fazer de santa e a quinta-feira no Brasil seguirá com a hipocrisia e o medo dos que sempre se lambuzaram com a corrupção, acusando o atual governo de tê-la trazido ao mundo, para evitar que Dilma siga fazendo o que prometeu.

Só falta agora uma Reforma Política e a Regulação da Mídia, já que sabemos que quem mantém a corrupção no Brasil é a imprensa.

Leia agora a matéria sobre o caso da prisão do prefeito petista, copiada do portal G1-RJ.

Mauro Henrique Chagas foi preso pela Polícia Federal nesta quarta (18), acusado de cobrar R$ 100 em propina.
Prefeito de São Sebastião do Alto, RJ, é preso após flagrante de propina. Mauro Henrique Chagas foi preso pela Polícia Federal nesta quarta (18). Prefeito teria cobrado propina de R$ 100 mil para empresário.
Mauro Henrique Chagas (PT), prefeito de São Sebastião do Alto, na Região Serrana do Rio, foi preso pela Polícia Federal na BR-101, em Macaé, nesta quarta-feira (18). Segundo a PRF, ele foi abordado durante o pagamento de uma propina no valor de R$ 100 mil, exigida por ele mesmo, para que um empresário pudesse começar obras nas áreas de saúde e saneamento no município. O valor representa 10% de duas licitações para a execução dos serviços.

O ponto de encontro para o recebimento da propina foi um posto de gasolina às margens da BR-101. "O empresário já sabia da operação e colaborou com a Polícia Federal. Os agentes usaram roupas de uma suposta empresa de terraplanagem para fazer o flagrante, cercando o carro do prefeito", diz a PRF.

A reportagem do G1 entrou em contato com a assessoria do prefeito Mauro Henrique Chagas através de e-mail, conforme exigido pela mesma, mas até a publicação desta matéria ninguém se pronunciou.

Mauro Henrique Chagas era vice-prefeito de Carmond Bastos (PT) e assumiu a prefeitura em abril de 2013. O prefeito eleito Carmod Bastos foi afastado do cargo após denúncias de irregularidades administrativas e instauração de uma CPI na Câmara de Vereadores. Carmond foi condenado por oito crimes, entre eles, fraudes em dispensa de licitação e aumento do próprio salário, sem lei que autorize.

quarta-feira, março 18, 2015

O antipolítico tem a ver com ditadura

Políticos da oposição colocam em risco a democracia ao apoiar aventuras golpistas. A história já mostrou como pode acabar mal.

Um número considerável de cidadãos tem comemorado o tratamento agressivo recebido pelos políticos que comparecem aos protestos de domingo.

É um sinal preocupante e condenável. O silêncio dos políticos e a perseguição das liberdades é uma herança do fascismo e das piores tradições autoritárias.

Vamos aos fatos. No domingo, em São Paulo, o senador Aloysio Nunes Ferreira, um dos líderes mais importantes do PSDB, foi hostilizado quando se encontrava nas proximidades de um caminhão de som do Vem prá Rua, movimento que tem ligações com os tucanos: “sem partido, sem partido,” gritavam.

Nenhum político foi tratado de forma tão humilhante como o deputado Paulinho (SD-SP), presidente da Força Sindical. Paulinho tinha motivos para imaginar que iria sentir-se em casa no domingo.
Afinal, foi ele quem levantou o braço de Aécio no 1º de maio do ano passado, quando o futuro candidato do PSDB disse que estaria de volta no ano seguinte como “Presidente da República.” Naquele mesmo dia, Paulinho chegou a dizer que o lugar de Dilma “era na Papuda.”

No domingo passado, Paulinho não só foi impedido por vaias de abrir a boca quando chegou perto do microfone num caminhão de som que ele próprio levou a manifestação. Também ouviu gritos de “oportunista” e o célebre coro “Um, dois, três, quatro, cinco mil, queremos que o Paulinho vá para a …..” descreve a repórter Aline Ribeiro, da Época, que acompanhou a cena de perto. O esforço de Paulinho para ajudar nos protestos incluiu, ainda, garantir a presença de duas celebridades no caminhão de som, a cantora Vanessa Camargo e Ronaldo, fenômeno do oportunismo. Nada mais injusto, portanto, que chamar Paulinho da Força de oportunista, como se gritava em volta do caminhão de som.

Em vários pontos do país, outros políticos, inclusive os tucanos Carlos Sampaio e Marcos Pestana, sem falar no senador Ronaldo Caiado, do DEM, preferiram participar dos protestos como cidadãos anônimos.

Os protestos são uma força contra o governo Dilma e a oposição, após uma quarta derrota nas urnas, acredita que podem servir de atalho para chegar a um poder de qualquer maneira — como se compreende por faixas que pedem impeachment e/ou golpe militar. O alvo dos protestos é este, como disse aqui ontem. O resto — mesmo a corrupção — é perfumaria do ponto de vista da prioridade das manifestações.

Do ponto de vista histórico, o tratamento agressivo contra os políticos — inclusive aliados — é uma herança do fascismo, aprende-se pela leitura de Hannah Arendt.

Em “Origens do totalitarismo”, ela explica o nascimento das ditaduras do século XX a partir do colapso das organizações de classe — como os sindicatos de trabalhadores – e dos partidos políticos, que sustentavam o cotidiano de uma vida democrática.

“A queda das paredes protetores das classes transformou as maiorias adormecidas, que existiam por trás de todos os partidos, numa grande massa desorganizada e desestruturada de indivíduos furiosos que nada tinham em comum exceto a vaga noção de que as esperanças partidárias eram vãs.”

A desilusão com o sistema partidário — conceito é a matriz da “deslegitimação” do sistema político de que fala o juiz Sérgio Moro em seu texto sobre a Operação Mãos Limpas — é parte necessária desse processo.

Como explica Arendt, até “os mais respeitados, eloquentes e representativos membros da comunidade” passam a ser apontados como “uns néscios”, enquanto as autoridades constituídas se tornam “não apenas perniciosas mas também obtusas e desonestas.”

Quem acha que essa opinião faz sentido com sua própria visão sobre os políticos do Brasil de hoje, precisa repensar seus conceitos. Hannah Arendt está falando sobre a base ideológica do cidadão comum que, na Alemanha, deu a base social para o nazismo e, na Itália, forneceu o cimento para o nazismo.

A construção das ditaduras em sociedades divididas em classes sociais — um traço típico dos regimes capitalistas — envolve, em primeiro lugar, reprimir e desorganizar os partidos que, pela simples existência, demonstram a presença de interesses divergentes e contraditórios em cada sociedade e afirmam o direito dos cidadãos optar por um lado e outro, por um interesse e outro.

Na Alemanha da década de 1930, esses partidos eram a Social Democracia e o Partido Comunista. Na Itália, era o PS, que mais tarde se transformou-se no PCI.

Eles eram os baluartes da democracia, não porque tivessem grandes amores pelas democracia — PC alemão era stalinista até a medula — mas porque eram a garantia da divergência, a proteção ao confronto de ideias e interesses. O ataque a esses partidos abriu as portas para o ataque aos demais, ao fim da divisão de poderes, ao colapso da liberdade.

Em suas campanhas eleitorais, Hitler se recusava a apresentar um programa de governo, dizendo que o mais importante é a “vontade humana,” recorda o professor Jean Touchard, em sua “Histoire des Idees Politiques. Mussolini consolidou-se no poder dizendo que os “fascistas têm a coragem de rejeitar todas as teorias políticas tradicionais: somos aristocratas e democratas, revolucionários e reacionários, proletários e anti proletários, pacifistas e anti pacifistas.”

Numa definição essencial para eliminar a diferença, o conflito, a alternância, a democracia, enfim, Mussolini sintetizou: “É suficiente possuir um ponto fixo: a nação.” O horror de Hitler a políticos e às eleições o levou a copiar uma frase bíblica: “É mais fácil um camelo passar por uma agulha do que descobrir um grande homem através de uma eleição.”

Precisa dizer mais alguma coisa?

Quem mantém a corrupção no Brasil é a imprensa

No Brasil, os maiores fora da lei são os barões da mídia.

As manifestações do último domingo (15), seriam um fiasco, assim como foram as demais tentadas anteriormente, pelos mesmos grupos que contaram agora com a forte mobilização da imprensa, sobretudo da Globo. 

Mas quais seriam os interesses das gigantes empresas de comunicação, ao tocar o povo pras ruas? 

É preciso se antenar em tudo que está acontecendo e não apenas ler as manchetes para nos sentirmos informados. 

O mesmo serve para quem abre um jornalão, revista ou assiste programas de TV, ou ouve as notícias pelas rádios e diz: "Que ódio dessa corrupção desenfreada!", "Na política só tem ladrão!", "Fora PT!"

Os donos dos veículos de comunicação, que usam jornalistas aparentemente neutros na política, que noticiam sobre essa "corrupção desenfreada", são os maiores fora da lei do Brasil e os mais interessados em que apenas uma parte dessa corrupção seja descoberta e punida, não toda.

Dois dias antes de finalmente ser divulgada a lista secreta que vazou para jornalistas investigativos de vários países do mundo, expondo acionistas do HSBC suíço, eis que surgem os nomes dos principais empresários da mídia brasileira e de grandes empreiteiros, muitos dos quais, envolvidos em vários esquemas de corrupção no Brasil. 

A lista é tão comprometedora que traz os nomes de pessoas ligadas a vários partidos, inclusive lideranças do PSDB, que lá guardavam muito dinheiro em contas, até outro dia desconhecidas. 

Um cidadão comum se perguntaria: Qual seria o interesse de um brasileiro guardar dinheiro em um paraíso fiscal? 

Sonegar impostos? 

Ainda não se pode afirmar isso. Mas em fevereiro, o governo federal através do Ministério da Justiça solicitou das autoridades suiças, o envio de documentos e a colaboração do governo de lá, para averiguar com mais detalhes, se houve a prática de sonegação de impostos e se ainda há contas ativas ou só as que constavam na lista de 2006, sendo que  no Brasil, crimes fiscais prescrevem em 5 anos.

No entanto, não se sabe ao certo como os envolvidos serão enquadrados, ou se realmente serão. Muitos já faleceram, inclusive. 

Mas e se for comprovado que há contas ilegais que receberam dinheiro de ações criminosas, com o desvio de dinheiro público e a sonegação de impostos e os herdeiros e envolvidos que estão vivos forem investigados, processados e presos? 

Estaria toda a estrutura partidária do Brasil preparada a ser passada a limpo? 

Ou tá bom investigar, julgar e prender só os envolvidos no MENSALÃO e PETROLÃO, ignorando de forma criminosa e deixando impunes os envolvidos nos escândalos no BANESTADO, FURNAS, TRENSALÃO, e a famosa PRIVATARIA TUCANA, que colocaria muitos dos que a imprensa procura para falar de ética e investigação?

Voltando às vésperas da manifestação que a mídia tanto ajudou no último domingo, muita gente não sabe, mas a família que controla a Folha/UOL, já se estranhou em negócios com a família proprietária da Globo e colocou o nome da socialite Lily Marinho, esposa do fundador da Globo, Roberto Marinho, logo no topo da matéria. 

Por sua vez, o jornal O Globo estampou o nome dos fundadores da Folha/Uol na capa da ediçao de sexta-feira (13) e assim quase inicia-se a guerra do século, quando alguém chegou e disse: bora fumar um cachimbo da paz, aproveitar essa passeata das viúvas da ditadura e blackblocs sem máscaras e vamos enfiar tudo no c* do petê e da Dilma.

Deu certo! De domingo pra cá, só o que se fala é na manifestação e da "corrupção do PT".



Pronto, estava consolidada a estratégia dos que decidem quem usa os microfones, lentes e páginas da imprensa brasileira para julgar se um governo está indo bem ou não, influenciando assim milhões de pessoas no Brasil e no mundo, mas nem todo mundo!

Muitos lembram e sabem que foi assim que fizeram e permitiram que os militares implementassem um golpe de Estado em 64 e continuaram apoiando-os de forma vergonhosa, durante os 21 anos da severa e implacável Ditadura Militar. 

Só 50 anos depois vieram assumir que erraram, em estimular e dar sustentação ao regime autoritário e cruel que ajoelhou e humilhou o país, omitindo da sociedade brasileira a perseguição política, a violência dos aparatos oficiais, através da censura, controle total da vida e da morte, com tortura nos porões do DOI-CODI e de todas as demais atrocidades cometidas pelos generais e coronéis da ditadura e seu braço midiático, até hoje concentrado nas mãos de poucas e ricas famílias. 

A Ditadura da Mídia.

Quem lembra da edição do debate entre Collor e Lula em 1989, viu acontecer a mesma coisa em Outubro do ano passado, onde a revista Veja estampou em sua capa dois dias antes do 2º turno das eleições presidenciais, mais uma escandalosa tentativa de influenciar o resultado eleitoral. 

Com isso, Dilma foi à TV em seu último programa e prometeu reagir e reeleita, tomou uma medida drástica contra uma parte dessa mídia que tanto trama e persegue seu governo: Optou em punir a VEJA deixando de injetar milhões das verbas publicitárias de empresas estatais na revista. 

A medida era necessária, mas deveria ter sido acompanhada de um conjunto de outras mexidas institucionais e como não o fez, colhe a mais ousada tentativa de golpe, depois de 64. 

Sem receber a milionária verba publicitária, os grupos de comunicação perceberam que a regulação da mídia brasileira lhes é cara, atrapalha seus planos de dominação total da opinião pública, já que abre para outras empresas e grupos o direito a também receberem recursos públicos para fazerem comunicação e assim, os barões da famílias que controlam o império da informação pintaram-se para a guerra.

Com a regulação, sendo tratada como censura, líderes de partidos como o PMDB, hoje o principal aliado do governo, tomam partido pelas empresas de comunicação para não terem suas cabeças degoladas pela tv, antes de serem investigados e julgados, como viram acontecer com os petistas envolvidos no Mensalão. 

Com o povo decidindo através do voto pela 4ª vez deixar o Partido dos Trabalhadores, no comando do país, as famílias donas da mídia que nunca disfarçaram seu intento em acabar com a reputação dos principais dirigentes do partido, inclusive Lula e Dilma, agora partem para uma guerra insana para tirar-lhes do poder a qualquer custo, ou estão pressionando para ter cada vez mais dinheiro público e manter as coisas como estão?

Desta forma, o Brasil segue sendo a terra da hipocrisia e do poder dos que tem dinheiro e o poder de influenciar a opinião pública. Como pode o presidente da Câmara dos Deputados ter indo à TV dizer que a corrupção é algo exclusivamente do poder executivo? 

Será que ele pensa que nunca soubemos de deputados, senadores, vereadores, juízes, desembargadores e até ministros do STF envolvidos em escândalos e desvios éticos e de dinheiro público?

Enquanto isso, em cidades pequenas de norte ao sul do país, qualquer dono de uma rádio pode ser o pior inimigo ou o melhor amigo do prefeito e dos vereadores e enriquecer rápido e de forma garantida receber mensalmente para emitir sua opinião sobre quem é honesto ou corrupto, bastando para isso o enunciado pagar ou não o valor do serviço.

Regular o que já está na constituição não é censura e sim cumprir a lei.

Em um artigo da coordenação da Intervozes, uma das principais entidades que debatem a democratização da comunicação no Brasil, há um trecho que joga luz sobre esse tema:

"Mais de vinte e cinco anos após sua promulgação, nenhum artigo de seu capítulo V, que trata da Comunicação Social, foi regulamentado, deixando um vazio regulatório no setor e permitindo a consolidação de situações que contrariam os princípios ali estabelecidos.

Regular os meios de comunicação de massa neste sentido está longe, portanto, de estabelecer práticas de censura da mídia. Trata-se de uma exigência constitucional de definir regras concretas para o funcionamento destes veículos no sentido de atender aos objetivos definidos pela sociedade em sua carta maior, a Constituição Brasileira que em seu Artigo 54, determina que deputados e senadores não podem ser donos de concessionárias de serviço público. 

No entanto, a família Sarney, os senadores Fernando Collor, Agripino Maia e Edson Lobão Filho, entre tantos outros parlamentares, controlam inúmeros canais em seus estados. Sem uma lei que regularmente tal artigo, ele – como os demais da Constituição – torna-se letra morta e o poder político segue promiscuamente ligado ao poder midiático.

Essa é a guerra que está sendo estratégicamente escamoteada da sociedade brasileira, inclusive a parcela que marchou como zumbis pelas ruas no último domingo, com suas faixas e cartazes pelo fim da corrupção e a satanização de um partido que quer justamente iniciar o processo de Reforma Política e Democratização da Mídia, mas é barrado. 

Cabe portanto, uma repactuação do Estado brasileiro com as entidades classistas como a OAB, federação dos jornalistas, órgãos do Poder Judiciário, Partidos, Movimentos Sociais e todos os que sempre foram censurados pelos oligopólios que centralizam, controlam e lucram de forma exorbitante e estão no epicentro da corrupção, tendo como clientes e parceiros, tanto corruptos, quanto corruptores.

Como afirma a Intervozes: "a radiodifusão é, assim como a energia, o transporte e a saúde, um serviço público que, para ser prestado com base no interesse público, requer regras para o seu funcionamento. No caso das emissoras de rádio e TV, a existência dessas regras se mostra fundamental em função do impacto social que têm as ações dos meios de comunicação de massa, espaço central para a veiculação de informações, difusão de culturas, formação de valores e da opinião pública".

Crise: Edmilson Rodrigues perde seu braço esquerdo no PSOL

Luiz Araújo deixou o PT para fundar o PSOL, onde viveu até então organizando a corrente interna "Primavera Socialista" e supostame...