terça-feira, maio 26, 2015

Violência urbana em Belém: O papel da PM, da mídia e do governo

Entrevistadora e entrevistados protegem o governador Simão Jatene e quase que este passa desapercebido na entrevista.

Ao noticiar mais um final de semana sangrento, com números de guerra, onde apenas no sábado (23), treze (13) pessoas foram assassinadas em Belém, a TV Liberal, afiliada da Rede Globo no Estado do Pará, convidou o Tenente Coronel da PM, Dílson Júnior, responsável pelo policiamento da capital paraense para uma entrevista no Jornal Liberal 1ª edição desta segunda-feira (25).

A apresentadora Priscilla Castro iniciou a entrevista dizendo de que há um sentimento de todos os paraenses de que não há policiamento ostensivo e que não se vê policias nas ruas, seja no centro ou na periferia da cidade. Pouco se vê viaturas, pouco se vê policiais", afirmou a jornalista.


Logo em seguida, pediu que os telespectadores fizessem perguntas ao representante da polícia e a jornalista começa lendo a pergunta: "Onde vamos parar? Jovens e crianças inocentes morrendo, o governo..(pausa na pergunta e gaguejando, Priscilla Castro diz: "Perdão" e segue com a pergunta) fazer concurso não vai resolver a segurança pública. Tem que realmente mudar essa legislação" e passou para outra pergunta.

Perceberam a palavra "governo" sendo retirada do contexto da pergunta enviada para a emissora por um cidadão, que deve ter cobrado a responsabilização do governador Simão Jatene, que por ser aliado político e comercial dos patrões da jornalista e esta orientada a blindar e evitar qualquer desgaste ao amigo governante, deu um jeito de "editar" a pergunta do cidadão, ao vivo, e tirou o seu complemento. Mas o vacilo da produção não evitou o lapso e o blog captou.


Outro telespectador identificado com Gilmar dos Santos, disse que muitos dos policiais que poderiam estar nas ruas, estão dentro de órgãos públicos - fazendo a segurança do governador, desembargadores juízes, deputados estaduais, secretários de Estado e seus familiares?

Adivinhem o que o tenente coronel respondeu?

- "Nós temos a regulamentação de poderes, por exemplo, poder legislativo, poder judiciário tem um número definido de policiais que estão à disposição para fazer a segurança desses órgãos, desse poderes. Então realmente é uma questão legal, é totalmente viável essa utilização do policial".

Vocês entenderam? O policial revela que é verdade. Há uma número definido de PMs determinados para atuar na segurança dos "bacanas", enquanto a população que espere o tal concurso público há anos prometido pelo governador Simão Jatene (PSDB), que, segundo o coronel, abrirá 4.000 novas vagas na SEGUP, ainda esse ano. 


Muito ou pouco?

Ainda segundo o policial, hoje o efetivo da segurança tem 16.000 servidores em todo o Pará, sendo 8.500 no interior e 7.500 na Região Metropolitana, o que rendeu em 2014, a apreensão de 395 armas de fogo e mais 700 simulacros e cerca de 13 pessoas são presas diariamente no todo o território estadual, segundo o Tenente Coronel, Dílson Júnior

Profissionalismo ou jogo de cena?

Entendo que tanto a jornalista, quanto o policial, são trabalhadores, profissionais orientados a defender e cumprir ordens de seus superiores mas que ambos poderiam se esforçar mais em elaborar perguntas e dar respostas mais plausíveis e menos repetitivas, tais como as que sempre são trazidas aos telespectadores e pagadores dos impostos que pagam estes profissionais do Estado e da Imprensa , seja direta ou indiretamente* e que por isso, são seus verdadeiros patrões. 

Mas esse é o nosso governo estadual e essa é a nossa imprensa ou parte dela.

Por isso, aguarda a 2ª parte desta matéria.

*A imprensa brasileira lucra mais com a verba publicitária de governos, do que com anúncios empresariais. Por isso, os profissionais de Imprensa por mais que não sejam funcionário públicos, não deixam de receber seus salários oriundos de dinheiro público.

segunda-feira, maio 25, 2015

Marcha dos riquinhos para em shopping, antes de chegar em Brasília para protestar

Um punhado de afortunados, que pelo jeito não precisam trabalhar, protestam contra o governo e pedem a saída de Dilma.

Vejam só como são as coisas!

Começou sendo chamada de marcha pelo Impeachment da presidenta Dilma e mudou de nome. Agora é a marcha anti-PT. 

Qualquer cidadão sério, não consegue entender como a mídia brasileira esconde marchas simbólicas e volumosas, como as que acontecem pela Reforma Agrária e pelo direito à moradia e exalta um grupelho de jovens - que pelo que tudo indica nunca precisaram trabalhar - em sua busca por notoriedade.

O jornal espanhou "El Pais", já havia traçado o perfil dos playboys, com a matéria "Não é uma banda de indie-rock, é a vanguarda anti-Dilma" e agora vemos a clara demostração do escárnio que ganha rapidamente espaço nos principais veículos de comunicação de nosso país.

Fique com a matéria "Após 1.000 km e acidente, marcha anti-PT chega ao Distrito Federal" de Aguirre Talento e Pedro Ladeira, na Folha.

Após quase 1.000 km a pé, de carro e de ônibus, a maior parte sob sol quente, cerca de 30 manifestantes da marcha contra a presidente Dilma chegaram ao Distrito Federal no domingo (24) para protesto na quarta (27) em Brasília.

O último trecho foi o mais tenso: um acidente entre dois carros na BR-060 atingiu dois manifestantes na noite de sábado (23) –sem gravidade.

Com roupas, relógios, tênis e acessórios de grifes caras e famosas, o grupo que pede o impeachment não esconde que é rico.

O grupo saiu de São Paulo em 24/4 com 23 pessoas, mas o número flutuou ao longo da marcha, concebida pelo Movimento Brasil Livre (MBL).

A Folha acompanhou o percurso entre as cidades de Abadiânia (a 97 km de Goiânia) e Alexânia (a 120 km de Goiânia), já perto do DF.

O grupo teve ajuda de carros de apoio e tem sido acompanhado por dois ônibus nas cidades. Usam camisetas verdes e amarelas, com frases pelo impeachment da presidente e criticando o PT, e levam bandeiras do Brasil.

Na estimativa do coordenador nacional do MBL, Kim Kataguiri, 19, o custo da marcha é de cerca de R$ 40 mil –segundo ele, bancados com contribuições voluntárias. Os integrantes dizem que não pagaram hospedagem, alojando-se gratuitamente com moradores, com a ajuda de membros locais do MBL.

ADESÃO

Em Goiás, ganharam o reforço de cerca de 15 pessoas, entre elas a médica Claudina Caiado, 36, prima do senador Ronaldo Caiado (DEM). Na opinião dela, Dilma "está acabando com o país" e cita o petrolão e o mensalão.

No sábado (23), saíram de Abadiânia sob o boato de um enfrentamento com um grupo de sem-terra que acampa às margens da estrada para Alexânia, mas nada ocorreu.

A poucos quilômetros de Alexânia, veio o acidente. Uma caminhonete bateu em um carro, cuja lateral atingiu o braço de Kim e arremessou a jovem Amanda contra um carro de apoio, com pancada na cabeça e sangramento.

Em um shopping, antes de chegar em Brasília, o grupo resolveu fazer o que mais gosta: Consumir o que podem.

O grupo caminhou alguns quilômetros de Alexânia para almoçar num shopping na beira da estrada. Na pausa, que durou três horas, alguns aproveitaram para comprar em lojas de marcas famosas. 


O blog pergunta: Alguma dúvida sobre quem financia os meninos do golpe? 

A situação da greve da educação no Pará e as eleições no SINTEPP

Material publicitário do SINTEPP mistura convocação para assembleia grevista e eleições do sindicato.


Consultas e diálogos com lideranças do movimento sindical, nos fazem acreditar que as eleições do SINTEPP, previstas para esta semana, deverão entrar para a história deste importante sindicato, como a de menor participação de sua base: os educadores paraenses. 

A possível ausência destes eleitores perante às urnas é nítida nas campanhas das quatro (04) chapas que disputam este pleito, marcado por atropelos entre os concorrentes e um prejuízo enorme nos contra-cheques dos professores grevistas, descontados pelos dias de paralisação. 


Há quem diga que por conta da inabilidade política, tanto de representantes do governo, quanto dos líderes sindicais, esta é outra greve que frusta os sonhos de uma educação já degradante, onde os maiores prejudicados nesta guerra entre sindicato e governo são os 700 mil estudantes da rede pública e os milhares de educadores e educadoras. 

Com diversas derrotas nos tribunais paraenses, o sindicato pode entrar em uma crise financeira semelhante ou pior do que a que atravessa os seus associados, se nesta terça-feira (25), o julgamento dos recursos contras os descontos dos dias parados forem rejeitados pelo Tribunal de Justiça do Estado, que já havia dado ganho de causa para o governo e autorizado o desconto.


Para piorar, as multas processuais por desobediência às decisões judiciais podem recair sobre a futura gestão, que provavelmente se manterá nas mãos de grupelhos ligados majoritamente ao PSOL, que há décadas hegemonizam e controlam o SINTEPP.

O descrédito de certas lideranças do movimento sindical é um sintoma do quanto o discurso precisa se ajustar à prática e o sindicato precisa deixar de ser pautado como instrumento partidário e mero trampolim eleitoral. Muitos educadores reclamam dos recursos de comunicação e das peças publicitárias que o sindicato utiliza, dizendo que são amadoras e que estranham que o maior sindicato do Estado do Pará e um dos que mais arrecadam com a contribuição sindical dos seus associados, não possa investir em uma comunicação profissional, o que se torna vital para a "guerra" que trava com o governo. (Veja a última convocatória para a categoria aqui).


De fato, raramente o SINTEPP utiliza-se dos veículos de comunicação de massa como outdoors, anúncios publicitários nas emissoras de rádios e TVs e até mesmo com suas ações panfletárias nas redes sociais, são limitadas e quase inócuas, atingindo um percentual muito pequeno de sua própria base. "É preciso se comunicar com a sociedade como um todo e de forma eficiente", declara uma fonte do blog que prefere não ser identificada.


Talvez por isso, o governo tenha conseguido convencer muitos trabalhadores a voltarem às salas de aula e abandonarem a greve, sem falar da sociedade que acaba sendo levada a acreditar que a SEDUC e Simão Jatene estão fazendo sua parte e que o sindicato é que é intransigente e se nega a negociar dentro da racionalidade. Para isso, Orly Bezerra, marqueteiro do PSBD é um verdadeiro ilusionista.

Não que seja ilegal, mas as causas da classe trabalhadora não podem ser subjugadas pelos interesses de grupelhos que só vivem disso (militância partidária e sindical), enquanto uma categoria inteira agoniza com perdas salariais, péssimas condições de trabalho e uma representação política que não faz jus aos anseios e necessidades de defesa dos direitos dos trabalhadores da educação pública do Estado do Pará.


domingo, maio 24, 2015

Pará inicia a terceirização e o sucateamento da Educação Pública



Em matéria publicada na folha de São Paulo, de hoje, soubemos que o governo do Estado do Pará anuncia que estará aceitando propostas para a construção de 50 escolas de tempo integral, que serão geridas por empresas, que definirão o currículo, farão a contratação de pessoal e receberão o pagamento pelo serviço prestado. 

O governador Simão Jatene é do PSDB e tem mantém uma greve de 2 meses na rede pública de ensino, sem sinalizar negociar seu fim e cortando os dias parados do salário dos grevistas.

Espero sinceramente que os partidos, centrais sindicais e demais lideranças dos movimentos sociais não demorem para se manifestarem e reagirem contra esta medida. assumindo o papel de defesa dos interesses dos servidores públicos e do povo do Estado do Estado.

Rômulo Maiorana: Mais um barão da mídia 'ficha suja' no senado?

Coluna do Totó do Orly, financiada pelo governo do Estado do Pará e seu "test drive" com nome de mais um ficha suja.


A constituição federal prega que políticos não podem ser donos de empresas de comunicação, mas o que vemos em nossa república é justamente o contrário. Para piorar, os barões da mídia tentam ingressar na política, através do uso dos seus veículos de imprensa, para aferir mais poder e lucro. 

É o caso do anúncio feito no jornal O Liberal, sobre a ambição de um dos herdeiros do sistema que controla rádios, jornais, portal e a TV afiliada da rede Globo no Pará. 

Não é a primeira vez que o empresário Rômulo Maiorana se lança pré-candidato, talvez interessado na imunidade parlamentar, o que poderia paralisar os inúmeros processos que se defende, por sua extensa ficha suja na Polícia Federal, Receita Federal e Ministério Público Federal, por inúmeros crimes contra o erário. 

Tudo isso sem nunca ter tido um único mandato político, imagina sendo senador! 

A malandragem está lançada!

#JornalistasLivres: Quem Somos nós?



Nós somos @s #JornalistasLivres.

Quem Somos nós?

#JornalistasLivres somos uma rede de coletivos originada na diversidade. Existimos em contraponto à falsa unidade de pensamento e ação do jornalismo praticado pela mídia tradicional centralizada e centralizadora. Pensamos com nossas próprias cabeças, cada um(a) de nós com sua própria cabeça. Os valores que nos unem são o amor apaixonado pela democracia e a defesa radical dos direitos humanos.

#JornalistasLivres nos opomos aos estratagemas da tradicional indústria jornalística (multi)nacional, que, antidemocrática por natureza, despreza o espírito jornalístico em favor de mal-disfarçados interesses empresariais e ideológicos, comerciais e privados, corporativos e corporativistas.

#JornalistasLivres não agimos orientad@s por patrão, chefe, editor, marqueteiro ou censor. Somos noss@s própri@s patrões/patroas, somos noss@s própri@s empregad@s. Almejamos viver em liberdade e vivemos na busca incessante por liberdade.

#JornalistasLivres produzimos REPORTAGEM. Lamentamos o confinamento a que a indústria midiática relegou o mais nobre dos gêneros jornalísticos e trabalhamos para reduzir o abismo de desequilíbrio. A matéria-prima de nossas reportagens é HUMANA. Almejamos um jornalismo humano, humanizado e humanizador, ancorado principalmente em personagens da vida real (não só em estatísticas), na frondosa diversidade da vida dentro da floresta (não à distância robocop das tomadas aéreas panorâmicas), na fortuna das histórias (não dos cifrões).

#JornalistasLivres lutamos pela democratização da informação, da comunicação e da vida em sociedade, contra a ditadura de pensamento único instalada dentro das redações convencionais. Agimos por espírito público, jamais por interesses privados. Produzimos reportagem, crônica, análise, crítica, nunca publicidade ou lobby privado. Somos jornalistas-cidadãs e jornalistas-cidadãos, comprometid@s a informar sob a égide da cidadania e do combate às desigualdades. Trazemos notícias d@s frac@s e oprimid@s, sabendo que individualmente também somos frac@s e oprimid@s, mas TOD@S JUNT@S SOMOS FORTES.

#JornalistasLivres acreditamos que a história da qual participamos, todos os dias, precisa ser contada a partir de muitos pontos de vista. Somos ambicios@s a respeito das narrativas do nosso tempo. Fazemos o registro da história e das histórias e não aceitamos que a realidade seja registrada somente pelos que detêm o poder econômico, político e cultural.

#JornalistasLivres não observamos os fatos como se estivéssemos deles distantes e alienad@s. Sabemos que a mídia, o jornalismo e @s jornalistas interferem diretamente naquilo que documentamos, reportamos e interpretamos. Não nos anulamos, não nos apagamos das fotografias, não nos escondemos atrás dos fatos para manipulá-los. Nos assumimos como participantes ativ@s dos fatos que reportamos. Participamos da realidade como cidadãos e cidadãs movid@s pelo interesse coletivo: transparentes, franc@s, abert@s, democrátic@s.

#JornalistasLivres não competimos entre nós. #JornalistasLivres colaboramos uns com as outras e com a sociedade a que nos apresentamos como trabalhadoras e trabalhadores.

#JornalistasLivres abominamos a hierarquia, o autoritarismo, o patrimonialismo, o patriarcalismo. #JornalistasLivres prezamos a descentralização em uma sociedade horizontal, igualitária, fraternal. Sob o guarda-chuva d@s #JornalistasLivres cabemos VOCÊ e brasileir@s de todos os quadrantes, dos interiores e dos litorais, das florestas e dos sertões, das roças e das cidades, das periferias e dos centros, além de tod@s @s brasileir@s expatriad@s e @s não-brasileir@s que adotaram o Brasil como sua casa.

#JornalistasLivres somos uma rede que funciona a partir do conceito de rede distribuída, não tem centro, não tem intermediários. Tod@s @s#JornalistasLivres somos pontos importantes em um mesmo nível de acesso à informação, manifestação, ação, decisão e responsabilidade. Apostamos na multiplicação de nós mesm@s e no livre compartilhamento do que produzimos, salvaguardados o compromisso ético e os direitos individuais de autoria. Convidamos tod@s a se somarem na construção desse processo colaborativo, a organizer seus próprios coletivos em seus estados, cidades, bairros, comunidades, a ser #JornalistasLivres.

#JornalistasLivres nos horrorizamos diante de quaisquer preconceitos e vivemos para combatê-los. Somos mulheres, homens, cisgêneros, transexuais, não-binári@s, negr@s, branc@s, amarel@s, mestiç@s, indígenas, quilombolas, caiçaras, lésbicas, gays, homossexuais, bissexuais, heterossexuais, polissexuais, assexuais, religios@s, ateus, agnostic@s, pobres, remediad@s, ric@s, velh@s, jovens, de meia-idade, experientes, novat@s, alun@s, professores, arraigad@s, nômades, cigan@s, INDECIS@S. Existimos para trazer notícias desses povos, de todos os povos.Combatemos frontalmente a misoginia, o racismo, a homofobia, a lesbofobia, a transfobia, as fobias, os preconceitos de origem social, o fascismo, a desigualdade, o ódio à democracia e à coexistência democrática. Defendemos a liberdade religiosa individual como defendemos a laicidade do Estado. Somos libertári@s e prezamos a memória, a verdade, a justiça, a solidariedade.

#JornalistasLivres nos indignamos profundamente com a desigualdade racial vigente neste país de maioria afrodescendente que teima em afirmar que “não somos racistas”. Afirmamos a urgência do combate à discriminação racial e social, ao genocídio da população negra, à desumanidade carcerária.

#JornalistasLivres sabemos que escutar é o maior dom d@s jornalistas.#JornalistasLivres falamos e nos expressamos, mas acima de tudo ESCUTAMOS a polifonia de vozes ao nosso redor (e, inclusive, dentro de nós mesm@s). Praticamos um diálogo, uma algazarra polifônica, jamais um monólogo.

#JornalistasLivres não carregamos certezas. Não sabemos mais do que VOCÊ. Não somos don@s da verdade, de nenhuma verdade. Pedimos a VOCÊ que, a um só tempo, acredite e duvide do que escrevemos, falamos, gravamos, reportamos. Queremos disseminar ideias e, entre elas, a ideia de que o que produzimos serve ao diálogo e ao debate, nunca para decretar a ninguém o que pensar ou como agir.

#JornalistasLivres temos lado (cada uma de nós tem seus próprios lados). Individualmente, não somos neutr@s, isent@s, apartidári@s, branc@s ou nul@s. Nossa pluralidade é resultado do agrupamento de todos nós, não da ruptura interna de nossos corpos e mentes individuais.

#JornalistasLivres sabemos que tod@ cidadã e cidadão se torna um(a) jornalista quando está munid@ de sua rede social, de seu blog, de seu telefone celular, de sua câmera filmadora, de suas próprias ideias. Estamos convict@s de que a realidade lá fora é a soma complexa, desierarquizada e contraditória de todos os nossos olhares, escutares e falares aqui dentro.

#JornalistasLivres acreditamos no jornalismo como fonte de conhecimento transformador, de superação das desigualdades e de construção de um mundo menos autoritário e menos concentrado nas mãos de um poderio militar, econômico e midiático. #JornalistasLivres não toleramos manipulações midiáticas, impérios, ditaduras.#JornalistasLivres queremos os povos unidos, fortes e soberanos — em especial os da América Latina, porque aqui vivemos.

#JornalistasLivres amamos a cultura, a arte, a cidadania, a política, a memória, a história, o cotidiano, o convívio. #JornalistasLivres amamos, não odiamos — mas sabemos enfrentar os que odeiam.

#JornalistasLivres praticamos a observação do cotidiano e o senso crítico sob o prisma do SIM, mais do que o do NÃO. Nosso jornalismo é afirmativo, jamais reativo ou reacionário. Não somos jornalistas contra (tudo e todos), somos jornalistas a favor (da justiça, do aprimoramento humano, da convivência em sociedade, da troca, da alegria, da felicidade, da sexualidade, da paixão, do amor, da luta por um planeta mais limpo para as gerações que virão).

Nós somos @s #JornalistasLivres.

sexta-feira, maio 22, 2015

Seminário: A democratização da comunicação reforça a luta por um país melhor

O Seminário foi um importante passo para o fortalecimento das lutas em prol da Democratização da Comunicação no Pará.

A democratização da mídia no Brasil ganhou mais um reforço nesta quinta-feira (21), em Belém do Pará, no debate realizado durante um evento, que trouxe o tema novamente à capital paraense. 

Com a presença do jornalista e blogueiro Altamiro Borges, presidente do Centro de Estudos da Comunicação Alternativa "Barão de Itararé", que segundo um dos participantes, fez uma espécia de "aula magna", sobre política e comunicação no Seminário "Democratização da Comunicação: A comunicação e o Controle Social em Belém".

Miro fez um resgate da luta pela democratização e citou os motivos e danos que a demora deste processo causa ao país e à sociedade. Deu números importantes para uma análise profunda sobre os monopólios e sua voracidade sobre os recursos públicos, que mensalmente alimentam esta indústria.



Entre blogueiros, sindicalistas, jornalistas, estudantes de diversos cursos na área da comunicação, de quatro (04) universidades de Belém, assim como militantes de diversos movimentos sociais, o evento foi apoiado por entidades como o FNDC - Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação, o núcleo paraense do Barão de Itararé e o AmazonWeb - Fórum de Blogueiros e Ativistas Digitais da Amazônia e teve o apoio das Centrais Sindicais, como a CUT e CTB, além do Sindicato dos Jornalistas, e todos com o convite por iniciativa do mandato da vereadora de Belém, Sandra Batista (PCdoB).



Uma das falas mais marcantes da noite, foi feita pela ex-governadora do Pará, Ana Júlia Carepa. Além de uma análise sobre o papel das novas mídias, Ana fez a mea-culpa, admitindo que durante seu mandato, desconhecia o potencial da comunicação eletrônica e sua equipe de governo não valorizou os novos meios de comunicação alternativa e que isso foi um dos motivos de seu governo não ter tido êxito, a ponto de não ser reeleito. 

Em um dos trechos de sua intervenção, Ana Júlia chegou a lamentar que praticamente nenhum dos seus ex-secretário possuía sequer uma conta no twitter, mídia social fundamental, assim como outras citadas, pela hoje ativista digital e que foi a primeira mulher a governar o Estado do Pará, no período entre 2007 e 2010.

Radialistas também relataram suas experiências e lutas pela democratização da comunicação, quando as rádios comunitárias eram as vedetes dos movimentos sociais. A politização em torno das apreensões de seus equipamentos, prisões e processos dos dirigentes, foram resgatas pelos radialistas Nagi e Carlinhos, diretor e ex-diretor, respectivamente, do Sindicato dos Radialistas e na época, mantenedores da rádio comunitária Erê FM, lacrada pela polícia federal, há alguns anos.


João Eudes, do blog e jornal Gazeta Miriense, relatou o sucesso da iniciativa, ao enfrentar políticos e seu poder financeiro.

A experiência do blog Gazeta Miriense foi feita pelo advogado João Eudes, que veio do município de Igarapé Miri à Belém, convidado para falar como surgiu e qual o papel que o blog cumpre na formação de opinião, informação e no debate político, na cidade que recentemente passou por uma eleição suplementar, por causa da cassação do ex-prefeito Pé de Boto, muito por conta das denúncias que a Gazeta Miriense fez.



Convidada para a mesa, Roberta Vilanova, presidente do SINJOR-PA (Sindicato dos Jornalistas do Pará), fez a defesa da categoria e lamentou que muitos profissionais da imprensa ainda sejam confundidos como representantes da patrões e pontuou exemplos de como estes trabalhadores sofrem com os baixos salários e péssimas condições de trabalho e concluiu dizendo que o sindicato estará presente nos demais fóruns e ações em prol da democratização da comunicação e reforçando a luta dos movimentos sociais no Estado.

A guerra entre as duas famílias que controlam as maiores empresas de comunicação do Estado do Pará, foi citada pela maioria dos presentes e houve um consenso em torno da necessidade de revigorar a luta por uma antiga bandeira dos que lutam pela democracia plena no Brasil: A quebra do monopólio das sete (07) empresas familiares, que controlam tudo que é dito, lido, exibido e assimilado pelo povo brasileiro, através dos meios de comunicação de massa no Brasil.

No fim, todos os participantes receberam certificado de participação e concordaram em manter a luta pela democratização da comunicação, através de uma agenda a ser construída de forma coletiva e horizontal.




Entre os encaminhamentos propostos para a continuidade do debate, estão:

A formação de um GT (Grupo de Trabalho) com as principais entidades presentes, para reformulação e implantação do Conselho Municipal de Comunicação;

A ampliação do FNDC-PA e a rearticulação do Núcleo Barão de Itararé-PA, assim como o apoio ao II AmazonWeb - Fórum de Blogueiros e Ativistas Digitais da Amazônia, previsto para acontecer no mês de Outubro deste ano. 


quinta-feira, maio 21, 2015

Belém debate a democratização da comunicação



Um dos temas mais importantes da atualidade é o papel dos meios de comunicação de massas e a sua relação com os espaços de poder político.

Cada vez mais a sociedade vai se apropriando da consciência de que a comunicação tem que corresponder aos interesses coletivos e não servir aos interesses dos grandes grupos econômicos.

Isso fica ainda mais urgente por conta dos acontecimentos recentes, incluindo-se aí a movimentação pelo impeachment da Presidenta Dilma, nos quais ficou nítido o papel manipulador dos maiores meios de comunicação do Brasil, que atuam como um partido conservador, de orientação única, uma grande ameaça à democracia.

O Seminário acontecerá nesta quinta (21), às 17H na Câmara Municipal de Belém (Trav. Curuzu, 1755).

Entre os convidados, teremos o jornalista Altamiro Afonso Borges, blogueiro e presidente do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé.

O evento é aberto, gratuito e terá certificado para todos os participantes. 

Vamos lá!

quarta-feira, maio 20, 2015

Dirigente do PSOL recebe votos de repúdio dos vereadores de Belém por agressão à mulheres

Pedrinho foi candidato a senador pelo PSOL nas eleições de 2014 e agora é acusado de agressão física e psicológica contra mulheres.

Na manhã desta quarta-feira (20), os vereadores de Belém aprovaram Votos de Repúdio contra a agressão do dirigente do PSOL-PA, Pedro Maia, mais conhecido como "Pedrinho", candidato a senador pelo partido nas eleições de 2014.

O requerimento para a sessão foi de autoria do vereador Moa Moraes (PCdoB) e a aprovação dos Votos de Repúdio contra o Pedrinho, se deu pelo fato deste ter sido acusado de ter agredido 3 mulheres durante apuração de uma eleição no DCE/UFPA, na semana passada.


Entre os que votaram contrários ao repúdio, está o Dr. Chiquinho (PSOL) e Meg Barros eleita pelo PSOL, mas hoje filiada ao PROS. A combatente vereadora e defensora dos Direitos das Mulheres, Marinor Brito e o aguerrido Fernando Carneiro, ambos do partido do agressor, infelizmente não foram trabalhar e por isso estão entre os ausentes desta histórica abstenção.

Em um cometário publicado no facebook deste blogueiro, a vereadora Marinor Brito se posicionou da seguinte forma: 

Toda e qualquer denuncia de agressão ou violência, precisa ser apurada. E ao agressor dado o direito constitucional de defesa. Independente de onde venha a agressão, se confirmada, que seja aplicado as punições previstas na Lei. Eu repudio todo e qualquer tipo de violência. Aliás, meu querido Jimmy, minhas posições sobre esse tipo de assunto, sempre foram claras e de domínio público. Doa a quem doer, EU digo Não à violência!!

Assim como a direção nacional e estadual do PSOL mantém um silêncio gritante sobre o caso, a principal liderança local do partido, segue a mesma linha. Edmilson Rodrigues, atual deputado federal e provável candidato a prefeitura de Belém, mantém silêncio sobre o fato. 

Segundo informações apuradas com militantes do próprio PSOL, apesar dele e Marinor quererem, seu grupo interno não tem força para fazer os demais se posicionarem com uma punição exemplar ao dirigente agressor e esta postura poderá trazer um grande prejuízo político e arranhar a imagem pública de todos os integrantes do PSOL.

Por ser um caso histórico, o vereador Moa Moraes concedeu uma entrevista ao blog AS FALAS DA PÓLIS, sobre este caso que já havíamos noticiado e que pode render a expulsão de mais um dirigente do PSOL ou ficar impune. Leia mais aqui http://goo.gl/3lZuoD

Segue a entrevista:

Blogger: Bom dia, vereador! O que motivou o requerimento pedindo os votos de repúdio contra o Pedro Maia?

Moa Moraes: Olá, bom dia! 

Em primeiro lugar quero agradecer a oportunidade deixar mais nítido para a população de Belém os fatos ocorridos. Vamos a eles: nos últimos dias 14 e 15 de Maio, o movimento estudantil da UFPA promoveu as eleições de seu Diretório Central de Estudantes-DCE, momento histórico para a politica estudantil daquela instituição de ensino público. Ao final do dia 15, iniciou-se o processo de apuração, que historicamente, entra pela noite e madrugada. 

Estivemos lá acompanhando o processo por julgar importante a política estudantil e juvenil em nosso estado, contudo não pudemos acompanhar as apurações. Em um dado momento na madrugada do dia 16, os ânimos já estavam tensos, as pessoas cansadas (de 2 dias de eleições). 

Houveram questionamentos por parte de militantes do PSOL que tentaram invadir a sala do DCE onde estavam fazendo as apurações. Em um ato de coragem e de comprometimento com a lisura do processo, pois haviam na sala de apurações representantes das 6 chapas concorrentes (e assim, obviamente, também da chapa do agressor), alguns estudantes foram à porta tentar segurá-la para que não fosse invadida, quando foram surpreendidos por um forte empurrão, que adentraram a sala e já imediatamente vieram os empurrões e socos. 

Um desse empurrões foi sobre uma militante, liderança da União Juventude Socialista- UJS, juventude estudantil organizada ligada ao nosso partido, o Partido Comunista do Brasil - PCdoB e um soco foi deferido sobre outra jovem ligada ao movimento Levante Popular da Juventude. Dito isso, o que nos motivou a fazer o requerimento de votos de repudio foi a agressão (física e emocional) cometida por um militante sobre seus pares, outros militantes também do Movimento Estudantil (ME), mas sobretudo, o que nos motivou após alguns dias do fato ocorrido, foi o completo silêncio da direção do PSOL-PA, sobre o fato lastimável. Nossa assessoria fez uma varredura nos meios de comunicação e redes sociais, e não foi encontrado uma linha sequer, que fosse oficial da direção do partido, sobre o ocorrido. 

Assim, como pela violência física e verbal desmensurada que foi deferida sobre mulheres, que ali estavam no momento. Além de que o agressor não é uma pessoa qualquer, é um politico, uma liderança desse partido, foi candidato a Senador nas eleições passadas.

Encontramos notas de uma corrente do PSOL (CST) e do próprio agressor que faz uma autocritica do fato ocorrido, mas em nossa avaliação não diminui a gravidade do fato, muito menos nos motiva abrandar a situação. Mas vejam: Não encontramos, como já dito, uma linha se quer da DIREÇÃO DO PSOL-PA em direção à tomada de medidas contra o que consideramos muito grave.

Dessa forma, o que nos motivou foi a violência na política estudantil, a violência contra as mulheres, mas sobretudo, o descaso do PSOL-PA com o fato ocorrido.

Blogger: Segundo informações publicadas nas redes sociais, foram 03 mulheres agredidas. Porque o sr. só pediu votos de repúdio contra a agressão à jovem ligada a UJS?

Moa Moraes: As informações que apuramos foi que a agressão foi mais diretamente a duas jovens, como já informamos anteriormente. Sobre o fato de pedir repúdio contra a agressão à uma jovem ligada a UJS, já expliquei que esta juventude é ligada a meu partido, e foi para demostrar um pouco de nossa preocupação e relevância que o movimento estudantil e sobretudo, a UJS tem para nossa atuação política, porque a jovem agredida é nossa amiga e camarada, uma jovem mãe de família, trabalhadora, e que este seria um gesto solidariedade à camarada. 

Contudo, tal como deixei nítido em minha fala no Plenário, estendo este votos de repúdio em nome de todos e todas que se sentiram agredidos naquela mal fadada madrugada.

Blogger: Como o Sr. avalia a ausência da vereadora Marinor Brito, do vereador Fernando Carneiro e do voto contrário do vereador Chiquinho, todos do PSOL?

Moa Moraes: De antemão digo que os fatos não tem nada haver. São questões distintas. o fato dos vereadores citados não estarem em Plenário na hora da votação, nada tem haver com a votação do requerimento. Nós, vereadores temos um dia de trabalho bem corrido, às vezes não estamos em Plenário (mesmo no horário de sessões) para atendermos situações emergentes dentro da própria Câmara, atendendo a população que nos procura, e outros momentos precisamos nos ausentar para estar em reuniões e movimentos sociais, como eu próprio que estive acompanhando, esses dias, o movimento grevista dos professores da rede pública de ensino do Estado. 

Não sei a agenda dos nobres Vereadores, por isso não poderia falar por eles. Sobre o voto "não" do vereador Dr. Chiquinho , no momento da discussão do requerimento ele justificou dizendo que não cabia o requerimento porque os fatos não foram bem como colocamos e que o agressor já havia divulgado uma nota de esclarecimento. Mas como as versões são conflitantes, preferimos ficar com a versão que nos foi apresentada pel@s camaradas. Também sabemos que o agressor faz parte da corrente politica do Vereador Dr. Chiquinho.

Blogger: Como os votos de repúdio podem ajudar na punição do agressor?

Moa Moraes: Acreditamos que nosso gesto político ajude, sobretudo, não em uma "punição" (pois esta cabe à justiça e procedimentos cabíveis foram tomados pelas agredidas), mas sim em uma tomada de consciência social e politica. Não há mais espaço na sociedade em que vivemos para violências, sobretudo aquelas que podem suscitar discriminação e preconceito, como as de gênero que aquelas jovens sofreram. A força do mais forte não pode mais subjugar os mais fracos! É contra isso que isso que eu e nosso partido lutamos !

Blogger: Quais as outras medidas adotadas pela UJS contra o Pedro Maia?

Moa Moraes: Em conversa com lideranças da UJS, fui informado que a mesma já deliberou como encaminhamento que lutará e não medirá esforços para, literalmente, banir pessoas como essa do ME, tomando inclusive este, como um fato politico marcante e histórico de agressão e desrespeito a diversidade politica, cultural e de gênero em Belém, expurgando pessoas como essas de nosso convívio; essa foi a declaração. 



quinta-feira, maio 14, 2015

Candidato a senador pelo PSOL é denunciado por agressão à mulheres


A apuração de uma urna do processo eleitoral para escolha da nova direção do DCE da UFPA, acabou com pancadaria e três estudantes universitárias acabaram agredidas por um dirigente do PSOL - Partido Socialismo e Liberdade. Uma delas levou um soco no rosto e outras duas que ficaram machucadas, por conta de empurrões que levaram do agressor. 

O caso foi registrado com ocorrência policial e todas já fizeram exame de corpo delito e o acusado pode ter a comissão de ética do partido, pelo qual saiu candidato a senador do Estado do Pará nas eleições de 2014.

Ao contrário do que muitos comentários que circulam nas redes sociais, o caso não se enquadram na lei Maria da Penha, haja vista, que não se trata de violência doméstica, tal como prevê a legislação brasileira.

Após o acontecido, o Levante Popular, organização estudantil que encabeça a chapa, da qual pertence a estudante vítima da agressão, emitiu uma nota de repúdio e denunciou que a prática violenta se equipara ao comportamento do partido durante todo o processo eleitoral e cobra que o PSOL se manifeste publicamente sobre o ocorrido e que as devidas providências sejam tomadas.

Até o fechamento desta postagem, nenhum dirigente do PSOL se manifestou sobre o ocorrido, nem mesmo de Edmilson Rodrigues, deputado federal do mesmo partido do agressor, que sempre se utiliza de suas redes sociais para repudiar casos de agressões a trabalhadores e violações contra setores populares da sociedade.

Fique com a nota publica no perfil do Facebook de Pedro Maia e voltamos logo em seguida.

Companheiras e companheiros, eu, Pedro Maia, sou militante social e político a mais de 20 anos. Ao longo a minha vida militante, nunca me envolvi em casos de agressão, machismo, opressão seja qualquer que seja para com mulheres. Acredito e sempre acreditei na luta das mulheres como primordial para a luta de transformação da sociedade.

Estive na noite de ontem na apuração da eleição ao diretório central dos estudantes da ufpa para apoiar os companheiros da juventude. Durante a apuração, o grau de tensionamento estrapolou os limites políticos acabando por fim chegando a agressão física. Houve um tumulto, ao qual intervi e acabei recebendo um soco de um companheiro homem de outra organização. Ao reagir a essa agressão, tentei revidar no mesmo companheiro homem, o que infelizmente, acabei por agredir uma companheira mulher, de forma não intencional.

O fato de não ter sido intencional, não retira minha responsabilidade com o ocorrido. E a partir disso faço minha auto critica e peço desculpas publicas a companheira. Fico a disposição para quaisquer esclarecimentos e apoio a companheira.

Quando os mecanismos políticos de disputa se esvaziam no ambiente de violência e agressão física, todos temos responsabilidade sobre ele. E por isso, não me eximo da culpa para com o caso.
Por isso, reitero minhas desculpas a companheira e ao conjunto das mulheres que lutam cotidianamente contra as ações machistas que ocorrem na sociedade.

Na opinião deste blog, o "Pedrinho" tal como todos o conhecem é notoriamente um militante de esquerda, presente nas lutas sociais encampadas na capital do Estado do Pará. Com uma eloquência ácida, fez escola com o Babá, deputado petista reconhecido por sua contundência nos debates políticos da década de 80 e 90. Hoje ambos estão no PSOL e Pedrinho concorreu ao cargo de senador do Estado do Pará e defende com veemência as bandeiras do anti-machismo entre outras. No entanto, sua presença naquela apuração da eleição do DCE, por mais que legal, não se justifica, já que ele não é estudante, professor e nem funcionário da UFPA, na qual ocorreu a eleição.

A possibilidade do PSOL puni-lo é quase nula, mas o caso já repercute negativamente nas redes sociais e debates internos de vários partidos, principalmente de esquerda. A moça que o blog prefere não revelar ainda o nome, é ligada a SPDDH-PA - Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos no Pará e está muito abalada com tudo que aconteceu na madrugada desta quinta-feira.

A apuração das urnas restantes da eleição do DCE/UFPA continua nesta noite e espera-se que o bom senso dessa vez seja vitorioso.

quarta-feira, maio 13, 2015

Radialista prega demissão de professores em greve



No dia em que a greve dos educadores do Estado do Pará completa 50 dias, o Centro de Integrado de Governo - CGI foi ocupado e um grupo de professores que pernoitaram no órgão. A iniciativa ganhou repercussão na mídia nacional e o local se transformou no novo“ringue” para um possível conflito entre o governo e manifestantes. Diante deste quadro, há quem suponha que a ocupação termine com a desocupação do prédio, através da força policial, tal como aconteceu em Curitiba-PR, enquanto que outros torcem para que o cansaço leve os professores para casa e a greve chegue ao fim de forma favorável ao governo.

Mesmo com os ânimos mais exaltados com as provocações, que tanto o governo, quanto o sindicato recebem de certos setores da mídia local, pude notar que hoje pela manhã, por exemplo, o radialista Nonato Pereira, do Sistema Marajoara de Comunicação, de propriedade do ex-governador Carlos Santos, entrevistou a secretária-adjunta da SEDUC, Ana Cláudia Hage que foi atiçada para que “radicalizasse” e “demitisse” os manifestantes grevistas, que segundo ele, estão “radicalizando” ao resistirem em voltar às salas de aula e ocupam prédios do governo.

Em certo trecho da entrevista o radialista alfineta: “O governo está demorando muito para tomar uma medida mais radical e até onde vai aguentar essa radicalização”. Por sua vez, a secretária chega a dizer que não pode radicalizar com eles (sindicato) e Nonato Pereira provoca: “Mas demitir não é radicalizar. É um medida enérgica. Não é como eles”. 

Com isso, Nonato Pereira demostra sua total ignorância sobre o fato legal de que servidores públicos que aderem às greves e faltam ao trabalho, não podem ser demitidos.

Por sua vez, a secretária-adjunta tenta justificar que há reação por parte do governo, que já está descontando os dias parados e ironiza: “Como é que eles vão conviver com o desconto que agora está judicializado"

Ao falar de judicialização, a representante do governo do Estado do Pará se referiu ao resultado da decisão da desembargadora Célia Regina Pinheiro, do Tribunal de Justiça do Estado, que indeferiu em decisão publicada nesta segunda-feira, 11, o pedido de liminar solicitado pelo Sindicato dos Trabalhadores da Educação Pública do Estado do Pará (Sintepp), sobre os descontos de dias parados de servidores em greve e a contratação de professores temporários pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc)

Com isso, a Justiça dá ganho de causa para a SEDUC e a SEAD, que descontou os dias parados dos grevistas e vem contratando profissionais de uma empresa terceirizada, alegando que precisa garantir as aulas aos alunos da rede pública de ensino.

Segundo a assessoria de imprensa do TJE, o mérito do pedido de abusividade da greve será apreciado posteriormente. A decisão das Câmaras Cíveis Reunidas manteve a ordem de retorno dos professores ao trabalho e a aplicação de multas, em caso de descumprimento da medida judicial em vigor desde o dia 14 deste mês, data em que a desembargadora Gleide Moura concedeu a liminar em favor do governo do Estado. No entanto, o SINTEPP recorreu e manteve a greve.

Sobre isso, o site da SEDUC traz a seguinte informação:

“A Procuradoria Geral do Estado entrou com ação de abusividade de greve alegando que o movimento havia sido deflagrado em meio ao processo de negociação entre o Estado e a categoria. Na sustentação, o procurador geral do Estado afirma que "a greve seria ilegal e abusiva à medida em que o Sintepp, além de aumentar as reivindicações a cada rodada de negociação e ter deflagrado a paralização em meio ao processo de negociação, ainda ocuparia ilegalmente prédios públicos e impediria os demais servidores estaduais de exercerem normalmente as atividades laborais, impossibilitando a sociedade paraense de fazer regular uso dos serviços públicos estaduais.

Os professores da educação pública estadual estão em greve desde o dia 25 de março deste ano. Eles reivindicam as lotações dos profissionais da educação na forma da legislação vigente, a retomada das discussões sobre o Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações, além de publicação de cronograma das obras das 29 escolas que estão em reforma”.

Já o site do SINTEPP afirma que a categoria manterá a ocupação do prédio e que pretendem permanecer no local, até que o governo Jatene volte a negociar e dessa forma os 26 mil trabalhadores que permanecem em greve, nos mais de 100 municípios paralisados, voltem à normalidade. 

O sindicato realizará ainda na manhã desta quarta-feira (13), uma assembleia no local, onde pretende manter a ocupação do órgão.

Consultas feitas pelo blog à sindicalistas experientes, fazem-nos concluir que o SINTEPP perdeu o "timer" e está próximo de mais uma amarga derrota para o 3º governo de Simão Jatene.

Comissão do Senado dá aval à indicação de Fachin para o STF

O nome precisa agora ser analisado em plenário — o que deve acontecer na próxima semana.

No Portal R7.


Após quase 11 horas de sabatina, a CCJ (Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania) aprovou, às 22h40 desta terça-feira (12), por 20 votos a 7, a indicação de Luiz Edson Fachin para uma vaga ao STF (Supremo Tribunal Federal).

O nome precisa agora ser analisado em plenário, o que deve acontecer, segundo o presidente Renan Calheiros (PMDB-AL) daqui a uma semana, no próximo dia 19. Também foi aprovado na CCJ o regime de urgência para análise do nome do indicado pelo plenário.

Fachin foi indicado pela presidente Dilma Rousseff para ocupar o posto de Joaquim Barbosa, que se aposentou em julho de 2014. Para chegar à mais alta corte do País, Fachin terá ainda de ser aprovado por 41 dos 81 senadores.

Professores em greve passam a madrugada em prédio público em Belém

Em greve há 50 dias, professores ocupam o Centro Integrado de Governo e dormem no interior do órgão. Governo não os atende.
O governador Simão Jatene e seu Secretário de Educação estão desaparecidos e 700 mil estudantes da rede pública de ensino, continuam sem aula, após 50 dias da nova greve dos professores do Estado do Pará, um dos piores na oferta de ensino no Brasil. Por sua vez, o sindicato da categoria está em disputa eleitoral e parte do que deveria ser luta, vira palanque.

Diante do impasse, um grupo de professores iniciaram uma ocupação do Centro Integrado de Governo (CGI) para pressionar Simão Jatene a negociar o fim da greve. Pelo que se percebe, a ocupação pode ser o último ringe, pois o órgão concentra as secretarias especiais de governo. 

Resta saber se a categoria vai radicalizar para ser recebida pelo governador, que nem lá pisa, ou se o desgaste e o cansaço, farão com que o sindicato seja obrigado a recuar e aceitar as propostas apresentada pelo governo para o fim da greve.

Veja a matéria da Folha, sobre o acampamento dos professores no CIG.

Um grupo de professores da rede estadual de ensino do Pará passa a madrugada acampado na sede do CIG (Centro Integrado de Governo), prédio público no bairro de Nazaré, em Belém, onde trabalham 330 servidores e que também abriga documentos e equipamentos do governo.

Em greve há 45 dias, eles invadiram o local na manhã desta terça-feira (12) e, segundo o sindicato da categoria, ficarão acampados no prédio público até que o governador Simão Jatene (PSDB) reabra a negociação, interrompida no final de abril.

Entre as reivindicações dos servidores estão a garantia de aulas suplementares, jornada de um terço de hora atividade, eleições para direção de escolas e realização de concurso público para contratação de novos funcionários.

O governo do Pará informa que já apresentou propostas para o fim da greve dos professores durante seis reuniões realizadas entre as secretarias de Educação e Administração e o sindicato da categoria.

Também de acordo com o governo, a invasão do prédio do CIG ocorreu de forma violenta, com o arrombamento de um portão do estacionamento e gritos de palavras de ordem no momento em que era realizada uma audiência pública sobre o Plano Estadual de Educação.

De acordo com o sindicato, o acampamento é uma ação pacífica e tem o objetivo de abrir negociação com o governo. A entidade diz ainda que não há indícios de depredação do patrimônio público.

A próxima assembleia dos professores será realizada no local do acampamento. 

O desespero da oposição tem fundamento

Sendo construída na bacia do Rio Xingu, próximo ao município de Altamira, no norte do Pará, Belo Monte será a 3ª maior hidrelétrica do mundo e a maior inteiramente brasileira.

Todos os dias, os meios de comunicação alternativos, principalmente através dos blogs e mídias digitais, lemos algumas análises sobre os acontecimentos políticos e alguns são mais nobres e dignos de respeito, dada a sua credibilidade e isenção, mas a grande maioria esbanja parcialidade e revela a indústria da politização midiática, onde campos opostos se digladiam com acusações e defesas de suas lideranças políticas, jurídicas e partidárias.

No entanto, além do poder de impacto da grande mídia, além do que, se houvesse unidade e organização nas inciativas que temos em relação à proteção das crianças e adolescentes das mão dos aliciadores...

por Alberto Kopittke*, no Sul21

É preciso olhar o atual ataque que a oposição político-midiática-financeira está fazendo ao Governo Dilma para além da onda de ódio disseminada em setores da classe média para que se compreenda os seus reais motivos.

As razões para um ataque tão virulento, beirando ilações de apoio a um Golpe de Estado, obviamente não estão na indignação do PSDB, da Rede Globo, da Veja, ou do capital financeiro em relação a corrupção, com a qual sempre conviveram tranquilamente, quando lhes convinha.

O que a oposição percebeu é que, após atravessar mais um ou dois semestres com dificuldades econômicas, os últimos três anos do Governo Dilma podem ser o ápice do atual projeto nacional-desenvolvimentista, iniciado em 2002.

A partir do segundo semestre do ano que vem, o Governo começará a inaugurar as grandes obras dos Governos Lula e Dilma, como a transposição do Rio São Francisco; as Hidrelétricas de Belo Monte (a terceira maior do mundo), de Jirau e de Santo Antônio; a expansão e construção de pelo menos 6 metrôs que estão em obras e dezenas de BRTs; pontes, como a de Laguna (SC) e a segunda Ponte do Guaíba (RS); grandes trechos da Ferrovia Norte Sul; ampliação e modernização dos maiores aeroportos do país; plataforma de petróleo; refinaria Abreu e Lima, que será a mais moderna do país; entre muitas outras.

A Petrobrás que nos últimos anos fez muitos investimentos para se preparar para o pré-sal, volta a se capitalizar a partir de 2016 e as extrações de Petróleo quadruplicam nos próximos três anos.

Além disso, a inflação tende a recuar e a economia voltar a crescer, gerando mais alguns milhões de empregos. E, de quebra, a Presidenta ainda inaugura a Cidade Olímpica e o Parque Olímpica e recepciona as Olimpíadas e as ParaOlimpíadas de 2016, em um megaevento que tende a ser 6 vezes maior que a Copa do Mundo.

Neste cenário, dá para entender o desespero da oposição e seu desatino golpista. Eles sabem que tudo o que foi plantado nos últimos 12 anos, será colhido nos próximos quatro.

*Alberto Kopittke é advogado e vereador de Porto Alegre.

Globo em decadência: Jornal Nacional já perde pra novela da BAND



A decadência da Rede Globo só não é comemorada pela própria emissora, que opta em negativar tudo que é oriundo ou se refere ao PT e o atual governo federal.

As informações do Diário do Pará, mostram que sua derrota no telejornalismo é tanta, que mesmo uma novela sem muita pretensão de fazer o sucesso do elenco global, já é capaz de impor à família Marinho uma gritante constatação: Estão desacreditados.

A Band ainda continua se surpreendendo com o sucesso da novela “Mil e Uma Noites”. No Ceará, no último dia 5, por exemplo, a trama turca teve um salto espetacular na audiência, se comparado com os dados do dia anterior, e chegou a vencer o “Jornal Nacional”, da Rede Globo.

A informação foi repassada e comemorada pela TV Jangadeiro, filiada da Band na capital cearense. A novela registrou históricos 19.6 pontos e chegou a picos de 21.6 pontos na Grande Fortaleza durante a exibição, que ocorreu entre 20h25 às 20h29 e 20h40 às 21h29.

Satisfeita com o resultado de “Mil e Uma Noites”, a Band resolveu manter na programação a faixa de novelas e já escalou outra trama turca para o lugar. Segundo o colunista de TV Flávio Ricco, trata-se de “Fatmagül’ün Suçu Ne”.


Crise: Edmilson Rodrigues perde seu braço esquerdo no PSOL

Luiz Araújo deixou o PT para fundar o PSOL, onde viveu até então organizando a corrente interna "Primavera Socialista" e supostame...