segunda-feira, outubro 24, 2016

Para onde vão os votos dos candidatos que concorreram no 1º turno em Belém?


Por Dornélio Silva*

O cruzamento dos números da intenção do voto da última pesquisa DOXA, com o resultado eleitoral do 1º turno, nos mostram que os votos de Edmilson Rodrigues (PSOL) e Zenaldo Coutinho (PSDB) estão bem consolidados.
Os eleitores que votaram em Eder Mauro (PSD), estão migrando mais para Zenaldo do que para Edmilson.
Destes, 35,4% vão para Zenaldo e 31,0% para Edmilson; 18,1% pretendem anular o voto e outros 15,5% estão indecisos.
Quanto aos eleitores que votaram em Carlos Maneschy (PMDB), 27,3% estão votando em Edmilson, enquanto 43,2% votam em Zenaldo.
Em relação aos eleitores que votaram em Regina Barata (PT), a intenções de votos está dividida ao meio: 38,5% estão votando em Edmilson e 38,4% em Zenaldo; enquanto 15,4% pretendem anular o voto e 7,7% estão indecisos.
Os eleitores que votaram em Ursula Vidal (REDE) estão migrando mais para Edmilson: 38,3% estão votando em Edmilson e 27,7% em Zenaldo.
Outros 23,4% pretendem anular o voto, e 10,6% estão indecisos.
*Dornélio Silva é mestre em ciência política pela UFPA e responsável pela DOXA pesquisas.

2º Turno de 2012 e a pesquisa DOXA 2016


Por Dornélio Silva*

Em 2012, foram para o 2º turno os mesmos competidores de 2016, Edmilson Rodrigues (PSOL) e Zenaldo Coutinho (PSDB).
Zenaldo ganhou com 56,6% dos votos válidos.
Edmilson ficou com 43,4%.
Neste sábado (22), há uma semana do segundo turno das eleições 2016, a DOXA publica sua penúltima pesquisa, aferindo percentual idêntico ao resultado das eleições 2012.
Edmilson aparece com 43,8% e Zenaldo 56,2%. A diferença dos números de 2012 (T.R.E) e da pesquisa DOXA é idêntica, com o único e quase imperceptivel detalhe: menos de meio porcento no resultado de Edmilson.
*Dornélio Silva é mestre em cientista política pela UFPA e responsável pela DOXA pesquisas.

Reta final: 08 pesquisas eleitorais são registradas em Belém


Por Diógenes Brandão
Os institutos que registram pesquisas quantitativas e suas datas de divulgação. (Por ordem de registro).
VERITATE - Registrou a pesquisa no dia 19.10 e a divulgação está prevista para apartir do dia 25.10 (Terça-feira). Registro: 01596/2016. Contratante: Conta própria. Valor: R$ 8.000,00.
PHOÊNIX - Registrou a pesquisa no dia 20.10 e a divulgação está prevista para a partir do dia 26.10 (Quarta-feira). Registro: 02356/2016. Contratante: Jornal Correio Continental de Roraima. Valor: R$ 6.000,00.
VERITATE - Registrou a pesquisa no dia 22.10 e a divulgação está prevista para a partir do dia 28.10 (Sexta-feira). Registro: 03437/2016. Contratante: Conta própria. Valor: R$ 8.000,00.
VERITÁ - Registrou a pesquisa no dia 22.10 e a divulgação está prevista para a partir do dia 28.10 (Sexta-feira). Registro: 08444/2016. Contratante: Conta própria. Valor: R$ 41.000,00.
IBOPE - Registrou a pesquisa no dia 23.10 e a divulgação está prevista para a partir do dia 29.10 (Sábado). Registro: 08366/2016. Contratante: TV Liberal. Valor: R$ 45.150,00.
DOXA - Registrou a pesquisa no dia 23.10 e a divulgação está prevista para a partir do 29.10 (Sábado)Registro: 03386/2016. Contratante: Conta própria. Valor R$ 8.000,00.
ACERTAR - Registrou a pesquisa no dia 23.10 e a divulgação está prevista para 29.10 (Sábado). Registro: 07868/2016 - Valor R$ 14.000,00 - Contratante: Duarte Comunicação e Publicidade LTDA.
BMP - Registrou a pesquisa no dia 24.10 e a divulgação está prevista para 30.10 (Domingo). Registro: 09604/2016 - Valor R$ 10,000,00 - Contratante: Agência Amazônia de Notícias LTDA.
Obs: Os institutos ACERTAR e VERITATE registraram duas (02) pesquisas no mesmo dia.
Fonte: TSE.

domingo, outubro 23, 2016

Por que a pesquisa DOXA está sendo atacada?

Desbancando grandes institutos como o IBOPE, a DOXA destaca-se no mercado de pesquisas, com resultados certeiros e muitas vezes questionados.

Por Diógenes Brandão
A publicação da pesquisa DOXA, divulgada pelo jornal O Liberal vem causando polêmica nas mídias sociais. De um lado, os que criticam o resultado, apontando como argumento o fato do total de votos válidos chegar a 100,1%.
De outro, os que consideram que os críticos querem jogar uma nuvem de fumaça na informação trazida pela pesquisa, que demostra que se a eleição fosse hoje, Zenaldo Coutinho (PSDB) seria reeleito, com uma vantagem de 12,5% sobre Edmilson Rodrigues (PSOL).
Há uma semana para o "dia D", onde os eleitores brasileiros decidirão os prefeitos das 55 cidades e 18 capitais brasileiras que disputam o segundo turno, Belém trava uma das disputas mais acirradas e polêmicas, onde as paixões partidárias e ideológicas, fazem com que empresas e profissionais sejam até difamados, no jogo voraz pelo poder.
Ciente de que não é a primeira e nem será a última vez que esse tipo de guerra de informações será travada, ainda mais se tratando de uma campanha de segundo turno, onde a sociedade está polarizada e entre os votos nulos e brancos, temos a militância de Edmilson Rodrigues (PSOL) e de Zenaldo Coutinho (PSDB), o blog conversou com o cientista político da DOXA Pesquisas, Dornélio Silva, que explicou o motivo do instituto ter acertado novamente em sua 10ª pesquisa de intenções de voto, realiza este ano, em Belém do Pará.
“Em nossas pesquisas, a DOXA utliza a casa decimal e os votos estimulados são transformados em válidos, onde votos brancos e nulos não são computados. A divulgação do jornal OLiberal optou em apresentar os números válidos, ou seja, optou por arredondar para mais e assim Zenaldo, que aparece na pesquisa com 56,26%, acabou aparecendo na publicação com 56,3%. Edmilson vem com 43,73% e arredondado fica com 43,8%.
Ou seja, Edmilson foi beneficiado com esse 0.1% a mais que o Jornal O Liberal publicou.
“Os comentários das torcidas organizadas e seus respectivos candidatos, são compreensíveis e até normais”, confidenciou o pesquisador que elabora diversos estudos com o resultado das últimas eleições no estado do Pará e realizou só este ano, 140 pesquisas, em 60 municípios paraenses, obtendo 85% de acerto em suas aferições estatísticas.
Em um desses estudos, divulgados com exclusividade pelo blog AS FALAS DA PÓLIS, Dornélio Silva já havia trazido ao conhecimento público, o histórico das últimas eleições em Belém, onde demostra a tendência de votos em Edmilson e Zenaldo.
"A média de crescimento de Edmilson nas três últimas eleições que participou (1996-2000-2012), do primeiro para o segundo turno foi de 10%. A média de seus adversários foi de 23%", conclui o estudo que tem como fonte os resultados do TRE-PA.
Em relação aos que questionam os números apresentados pela última pesquisa da DOXA, Dornélio Silva diz que os que contestam os números do seu instituto, podem até entender de política, mas estão distorcendo, ou desconhecem a lógica matemática.
E explica, usando como exemplo outros casos, onde institutos de pesquisas como o IBOPE e Datafolha já apresentaram os motivos de muitos resultados divulgados não serem exatos, como muitos acham que deveria sempre ser.
“A soma dos percentuais totaliza 101% devido ao critério de arredondamento dos percentuais, visto que utilizamos em nossos relatórios os dados com casas decimais. Nestes arredondamentos, podemos ter casos que somam 99% (ou menos) ou 101% (ou mais), como no referido caso. O arredondamento é um conceito matemático básico, que determina que entre 0,0% e 0,4%, são arredondados para 0%, enquanto os valores superiores a 0,5% são arredondados para 1%”, explica cientista político Daniel Menezes, ao citar um caso, onde uma pesquisa arrendou para 1%. No caso da DOXA, foi arredondado apenas 0,1%".
Dornélio reforça a informação do colega de profissão e complementa: “O Excel, programa usado pela DOXA para a geração dos dados das pesquisas, é projetado para totalizar os resultados até a segunda casa decimal e arrendondar as demais. E isso não pode ser considerado um erro do sistema e sim uma possibilidade matemática”.
“Desqualificar os resultados de uma pesquisa a partir do desconhecimento, proposital ou acidental, de uma regra básica de matemática – o arrendondamento -, beira o obscurantismo”, finaliza o cientista político Daniel Menezes, em uma matéria publicada pelo blog “De olho no discurso”.

sexta-feira, outubro 21, 2016

Histórico das eleições mostra tendência de votos em Edmilson e Zenaldo


Por Dornélio Silva*

Os dois competidores desse segundo turno eleitoral em Belém são bem conhecidos dos eleitores. 
Não há novidade. 

Os que se apresentavam como novos, esvaíram-se no primeiro turno.
Ambos tem capital político e eleitoral acumulados ao longo de suas carreiras. 
Edmilson, em 1996, passou para o segundo turno com Ramiro Bentes com 46,5% dos votos válidos. 
Ramiro passou com 19,6%.
No segundo turno, Edmilson ganhou a eleição com 57,5%. Conquistou 11% dos votos dos outros candidatos.


Ramiro ficou com 42,5%. Cresceu do primeiro para o segundo turno 22,9%. 
Em 2000, em sua reeleição, Edmilson passou para o segundo turno com 42,9% dos votos válidos. Duciomar passou com 30,1%. 

Nessa eleição Zenaldo ficou em terceiro colocado, alcançando 15,5% dos votos.

Já no segundo turno, Edmilson ganhou do Duciomar, com uma diferença de apenas 1,4%.

Edmilson venceu com 50,7% dos votos e Duciomar ficou com 49,3%.
O crescimento de Edmilson do primeiro para o segundo turno foi de 7,8% e de Duciomar foi de 19,2%.
Em 2004, entra em cena Ana Júlia que obtém no primeiro turno 32,7% dos votos contra 48,9% de Duciomar.

Os dois passam para o segundo turno e a vitória foi de Duciomar.

Em 2008, a disputa ficou entre Duciomar e Priante.
No primeiro turno, Duciomar obteve 35,1% e Priante 19,03%.
Os votos do PT (Mário Cardoso) e do PSOL (Marinor), somaram 20,14%.
No segundo turno Duciomar ganhou com 59,6% contra 40,4% de Priante.
Em 2012 voltam Edmilson e Zenaldo para a disputa.
No primeiro turno, Edmilson obteve 32,6% dos votos válidos e Zenaldo 30,7%. 
No segundo turno Edmilson chega a 43,4%; e Zenaldo ganha com 56,6%.
Edmilson cresceu do primeiro para o segundo 10,8%. Zenaldo teve crescimento de 25,9%.

Em 2016, Edmilson passa para o segundo turno com 29,5% dos votos válidos e Zenaldo com 31,0%.
A média de crescimento de Edmilson nas três eleições que participou (1996-2000-2012) do primeiro para o segundo turno foi de 10%.
A média de seus adversários foi de 23%.
Tire suas conclusões.
Fonte: TRE-PA
Fonte: TRE-PA

Fonte: TRE-PA

*Dornélio Silva
é mestre em Ciência Política pela UFPa e o responsável pelo Instituto DOXA, que realiza as principais pesquisas eleitorais na região Norte.

quarta-feira, outubro 19, 2016

DOXA divulga o mapa eleitoral dos prefeitos e vereadores eleitos no Pará (por partido)

Parte do estudo realizado pelo Instituto DOXA pesquisas, traz o resultado eleitoral com o número de vereadores e prefeitos eleitos, por partido, com a evolução dos principais e o número de votos recebidos no primeiro turno destas eleições municipais de 2016.

No gráfico abaixo, o número de vereadores eleitos no Pará. (Por partido).


No Brasil, registrado no TSE, temos 35 partidos.

No Pará foram eleitos 1734 vereadores agregados em 31 siglas.

Apenas 4 partidos não fizeram vereadores Partido Novo, PCO, PCB e PSTU.

No Brasil, registrados no TSE, temos 35 partidos.

No Pará, foram eleitos 1734 vereadores agregados em 31 siglas.


Apenas 4 partidos não fizeram vereadores: Partido Novo, PCO, PCB e PSTU


No gráfico abaixo, o número de votos que cada partido recebeu nestas eleições



Edmilson pede a cassação de Zenaldo e TRE-PA concede, mas cabe recurso




Por Diógenes Brandão

Circula pelas redes sociais um despacho do juiz da 97a Zona Eleitoral, Antônio Cláudio Cruz, onde o TRE-PA determina a cassação da candidatura do atual prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho​ (PSDB).


Disputando o segundo turno das eleições municipais com Edmilson Rodrigues​ (PSOL), Zenaldo teria sido punido por abuso de autoridade e de poder econômico e uso de recurso público para promover sua campanha e pela contratação de 300 cabos eleitorais, via SESMA.

A informação ainda não consta no site do TRE-PA, mas o despacho da sentença pode ser lida aqui.

Ex-superintende do IBAMA-PA preso por corrupção vira "jornalista sério"



Paulo Castelo Branco (ex-superintendente do IBAMA no Pará) foi preso e condenado pelo crime de concussão (exigir, em razão do exercício de uma função, vantagem indevida), por tentar extorquir R$ 1,5 milhão da empresa Eidai do Brasil Madeiras S/A. A Interpol na época chegou a ser notificada para que as polícias de outros países o prendessem, caso ele deixasse o Brasil.

Castelo Branco foi condenado em 2002 a cinco anos e quatro meses de prisão em regime semiaberto.

Hoje posando de jornalista, tem um tabloide, o “Poder”, que usa para atacar adversários políticos e puxar o saco de possíveis clientes. Escreve matérias falando de corrupção, defendendo a prisão de políticos corruptos no bojo da Operação Lava-jato. Os poucos leitores da revistinha do agora jornalista Paulo , talvez não saibam que ele foi preso e condenado por corrupção, um caso que teve repercussão nacional, melando o nome do Pará.  

Maleta

Em maio de 2000, Castelo Branco foi flagrado pela Polícia Federal recebendo uma maleta com R$ 500 mil. O pagamento teria sido feito para que ele resolvesse pendências por infrações ambientais e dívidas da madeireira com o IBAMA.

A denúncia foi feita pelo diretor da Eidai, que gravou uma conversa com o funcionário do IBAMA e entregou a gravação ao Ministério Público. A partir daí, a negociação foi acompanhada pelas autoridades até a entrega do dinheiro, que ocorreu no aeroporto de Brasília. O funcionário do IBAMA chegou a ser preso, mas conseguiu o direito de responder ao processo em liberdade.

Recursos

A primeira condenação de Castelo Branco na Justiça Federal aconteceu em 2002. Ele entrou com recurso, que foi negado em 2007 pelo Tribunal Regional Federal do Pará. Seus advogados lançaram mão de mais um recurso, rejeitado novamente no início de outubro de 2008 pelo ministro do STJ, Napoleão Nunes Maia Filho.

segunda-feira, outubro 17, 2016

Os novos formadores de opinião e o voto nulo nas eleições

Os votos nulos, brancos e abstenções não ajudam ninguém. Eles são a mensagem de que ninguém os convenceu a os terem.

Por Diógenes Brandão

Antes dos blogs, sites e até das redes sociais, o eleitor, ou simplesmente o cidadão, buscava informações sobre os candidatos e seus respectivos partidos, através dos jornais, revistas, da TV e do rádio. Com a web, isso mudou consideravelmente e pessoas que antes vivam no anonimato, ganharam notoriedade ao publicarem seus conteúdos na internet e passaram a ser conhecidos por milhares de outras pessoas.

Belém como uma das principais capitais brasileiras, possuem até que poucos blogs. Mas os que tem são de peso. Muitos começaram e desistiram no meio do caminho. Um dos mais acessados foi também um dos mais influentes, para este blogueiro iniciante que vos fala. 

Estou me referindo ao saudoso Quinta Emenda, do jornalista Juvêncio Arruda, falecido em 2009, na época com uma audiência em média de 2000 leitores por dia.


Hoje, fanpages no facebook, como a do Planeta Pará, que alcançam em média 1.000,000,00 (um milhão) de acessos por semana e a deste blog, que já ultrapassou esse número e pela falta de tempo deste autor, hoje tem em torno de 500 mil acessos semanais, mas seguem ignoradas pelos tais 'formadores de opinião', que a FIEPA consagra todo ano, com um prêmio fuleira oferecido pelas empresas mineradores que atuam no Pará, cavando nosso solo em busca do minérios e os levam para os EUA, Japão, etc., deixando-nos com as famosas crateras e em troca, bancam uns petiscos, vinhos de quinta e cerveja, em uma festa para jornalistas se embriagarem de 'grátis', todo fim de ano.

O bom disso tudo é saber que atualmente, ninguém precisa mais daqueles títulos que muitos ostentavam como se tivessem sido nomeados por deuses, como os 'formadores de opinião' e hoje, advogados, estudantes, médicos, policiais, enfim, qualquer pessoa pode difundir seu pensamento, através das mídias sociais.

É por isso que enquanto diversos nichos e postos de trabalho são abertos por jovens criativos, no competitivo mercado de trabalho, algumas profissões já estão em extinção, como é o caso dos ascensorista de elevador. 

Usarei como exemplo inicial essa profissão, sem deméritos ou forma de humilhar os trabalhadores da área, mas por conhecê-la na prática, pois trabalhei por 45 dias dentro de um elevador no Banco da Amazônia, onde minha única tarefa era ouvir o comando de voz das pessoas que adentravam no meu espaço de trabalho e apertar um botão, com o número correspondente ao andar que meus passageiros queriam se dirigir. Por isso, entendo perfeitamente a desnecessidade de um ser humano para fazer aquela tarefa tão simples que é escolher o andar para onde se quer ir.

A mesma coisa posso dizer destes seres que se acham iluminados e vivem dizendo como as pessoas tem que se vestir nas diferentes estações do ano (estilistas), ou de que filmes devemos ir imediatamente assistir (críticos de cinema), isso sem falar dos jornalistas e colunistas que vire e mexe insistem em nos influenciar o voto, ora falando mal apenas de um partido ou candidato, ora defendendo abertamente quem são os seus candidatos preferidos.

Essas profissões só existem pelo simples fato de serem sustentadas por uma forte pressão de um mercado que não aceita as pessoas pensando por si mesmas e por isso, tem sempre que existir alguém para sugerir o que é certo ou errado, belo ou feio, mal ou bem feito. Padrões estéticos, comportamentais e políticos que servem aos interesses de quem os difunde e nada mais.

Isso tá errado? Claro que não. Mas o direito das pessoas em divergir destes privilegiados "formadores de opinião", deve ser igualmente respeitado.

Voltando a falar do poder inovador e renovador da internet e se formos comparar 2016 com o ano de 2006, posso afirmar sem medo de errar, que houve uma explosão que fez emergir milhares de mentes brilhantes que se antes eram aprisionadas no anonimato, hoje vivem opinando sobre tudo que acontece no cotidiano da política, das ocorrências policiais, da fofoca comum que rola sobre a vida dos artistas, políticos, enfim. Todo mundo tem o que falar e muito é publicado toda hora e em todas as redes sociais.

Acontece que a produção de conteúdo continua limitada a poucos e estes poucos produzem o que muitas vezes acaba sendo viralizado pela maioria que ou não quer ter o trabalho, ou simplesmente não sabe escrever um artigo, gravar um vídeo, ou até mesmo um áudio com sua opinião e enviá-la para o mundo, através de alguns cliques em um computador, tablet ou aparelhos celulares inteligentes, os famosos smartphones.

Dito isso, volto-me para um fenômeno que acontece em Belém do Pará e no Rio de Janeiro, curiosamente, as capitais onde o PSOL disputa o segundo turno das eleições municipais, mas que não consegue unificar a esquerda em torno dos seus candidatos e cresce o número de cidadãos esclarecidos que declaram voto nulo, como a melhor opção nestas duas cidades.



É que com a universalização do acesso às Tecnologias da Informação, as pessoas que pensam por si próprias e não concordam com o que os dirigentes partidários, os marqueteiros e demais profissionais que agem nas mídias para que as pessoas votem neste ou naquele candidato, acabam somando-se aos demais formadores de opinião. 

É claro que um radialista, um apresentador de TV, um colunista de um jornal ou um blogueiro que já tenha seu nome conhecido, acabará sempre em vantagem em relação a quem esporadicamente opina e produz conteúdos, mas prevalece aqui, o fato de que ninguém mais fala sozinho e que a comunicação moderna tem que considerar a interatividade e a pluralidade de opiniões, onde o voto nulo não tem tecla específica nas urnas, mas tem sido campeão de votos nas eleições em todo o país.



Colaborando com a ideia de que as pessoas não deveriam ser obrigadas a votar, eis uma postagem do blog do Fernando Rodrigues, que nos diz o seguinte:

"Na maior parte das democracias, o voto é um direito: o eleitor vota se quiser, se achar que algum candidato de fato o representa, ou se achar que é necessário que sua opinião seja representada. No Brasil, ao contrário, temos o que os juristas e cientistas políticos chamam de direito-obrigação: o cidadão não tem apenas o direito de votar: também tem a obrigação de fazê-lo. Se não o fizer, sofrerá as sanções legais (por exemplo, não pode inscrever-se em concurso ou tomar posse de cargo público, não pode inscrever-se ou renovar matrícula em faculdade pública, não pode tirar carteira de identidade ou passaporte, não pode tomar empréstimos em bancos públicos, etc). Ele só voltará a poder exercer esses direito civis-políticos depois que regularizar sua situação com a justiça eleitoral, pagando a multa imposta pelo juiz eleitoral (a multa varia entre 3% e 10% de uma UFIR, ou seja, entre R$ 1,06 e R$ 3,51 atualmente, podendo ser multiplicada por até 10 – R$ 35,10 – dependendo da condição econômica do eleitor)."


Isso sem falar que o Brasil é o único país do mundo, onde existe um monte de gente ganhando uma fortuna e gastando dinheiro público, dentro de uma instituição chamada justiça eleitoral.


Os novos formadores de opinião e o voto nulo nas eleições

Os votos nulos, brancos e abstenções não ajudam ninguém. Eles são a mensagem de que ninguém os convenceu a os terem.

Por Diógenes Brandão

Antes dos blogs, sites e até das redes sociais, o eleitor, ou simplesmente o cidadão, buscava esse tipo de informações nos jornais, na TV, no rádio. Com a web, isso mudou consideravelmente e pessoas que antes vivam no anonimato, ganharam notoriedade ao publicarem seus conteúdos na internet e passaram a ser conhecidos por milhares de pessoas.

Belém como uma das principais capitais brasileiras, possuem até que poucos blogs. Mas os que tem são de peso. Muitos começaram e desistiram no meio do caminho. Um dos mais acessados foi também um dos mais influentes para este blogueiro iniciante que vos fala. 

Estou me referindo ao saudoso Quinta Emenda do jornalista Juvêncio Arruda, falecido em 2009, na época com uma audiência em média de 2000 leitores por dia.


Hoje, fanpages no facebook, como a do Planeta Pará, que alcançam em média 1.000,000,00 (um milhão) de acessos por semana e a deste blog, que já ultrapassou esse número e pela falta de tempo deste blogueiro, hoje tem em torno de 500 mil acessos semanais, mas seguem ignoradas pelos tais 'formadores de opinião', que a FIEPA consagra todo ano, com um prêmio fuleira oferecido pelas empresas mineradores que atuam no Pará, cavando nosso solo em busca do minérios e os levam para os EUA, Japão, etc., deixando-nos com as famosas crateras e em troca, bancam uns petiscos, vinhos de quinta e cerveja, em uma festa para jornalistas se embriagarem de 'grátis', todo fim de ano.

O bom disso tudo é saber que atualmente, ninguém precisa mais daqueles títulos que muitos ostentavam como se tivessem sido nomeados por deuses, como os 'formadores de opinião' e hoje, advogados, estudantes, médicos, policiais, enfim, qualquer pessoa pode difundir seu pensamento, através das mídias sociais.

É por isso que enquanto diversos nichos e postos de trabalho são abertos por jovens criativos, no competitivo mercado de trabalho, algumas profissões já estão em extinção, como é o caso dos ascensorista de elevador. 

Usarei como exemplo inicial essa profissão, sem deméritos ou forma de humilhar os trabalhadores da área, mas por conhecê-la na prática, pois trabalhei por 45 dias dentro de um elevador no Banco da Amazônia, onde minha única tarefa era ouvir o comando de voz das pessoas que adentravam no meu espaço de trabalho e apertar um botão, com o número correspondente ao andar que meus passageiros queriam se dirigir. Por isso, entendo perfeitamente a desnecessidade de um ser humano para fazer aquela tarefa tão simples que é escolher o andar para onde se quer ir.

A mesma coisa posso dizer destes seres que se acham iluminados e vivem dizendo como as pessoas tem que se vestir nas diferentes estações do ano (estilistas), ou de que filmes devemos ir imediatamente assistir (críticos de cinema), isso sem falar dos jornalistas e colunistas que vire e mexe insistem em nos influenciar o voto, ora falando mal apenas de um partido ou candidato, ora defendendo abertamente quem são os seus candidatos preferidos.

Essas profissões só existem pelo simples fato de serem sustentadas por uma forte pressão de um mercado que não aceita as pessoas pensando por si mesmas e por isso, tem sempre que existir alguém para sugerir o que é certo ou errado, belo ou feio, mal ou bem feito. Padrões estéticos, comportamentais e políticos que servem aos interesses de quem os difunde e nada mais.

Isso tá errado? Claro que não. Mas o direito das pessoas em divergir destes privilegiados "formadores de opinião", deve ser igualmente respeitado.

Voltando a falar do poder inovador e renovador da internet e se formos comparar 2016 com o ano de 2006, posso afirmar sem medo de errar, que houve uma explosão que fez emergir milhares de mentes brilhantes que se antes eram aprisionadas no anonimato, hoje vivem opinando sobre tudo que acontece no cotidiano da política, das ocorrências policiais, da fofoca comum que rola sobre a vida dos artistas, políticos, enfim. Todo mundo tem o que falar e muito é publicado toda hora e em todas as redes sociais.

Acontece que a produção de conteúdo continua limitada a poucos e estes poucos produzem o que muitas vezes acaba sendo viralizado pela maioria que ou não quer ter o trabalho, ou simplesmente não sabe escrever um artigo, gravar um vídeo, ou até mesmo um áudio com sua opinião e enviá-la para o mundo, através de alguns cliques em um computador, tablet ou aparelhos celulares inteligentes, os famosos smartphones.

Dito isso, volto-me para um fenômeno que acontece em Belém do Pará e no Rio de Janeiro, curiosamente, as capitais onde o PSOL disputa o segundo turno das eleições municipais, mas que não consegue unificar a esquerda em torno dos seus candidatos e cresce o número de cidadãos esclarecidos que declaram voto nulo, como a melhor opção nestas duas cidades.


É que com a universalização do acesso às Tecnologias da Informação, as pessoas que pensam por si próprias e não concordam com o que os dirigentes partidários, os marqueteiros e demais profissionais que agem nas mídias para que as pessoas votem neste ou naquele candidato, acabam somando-se aos demais formadores de opinião. 

É claro que um radialista, um apresentador de TV, um colunista de um jornal ou um blogueiro que já tenha seu nome conhecido, acabará sempre em vantagem em relação a quem esporadicamente opina e produz conteúdos, mas prevalece aqui, o fato de que ninguém mais fala sozinho e que a comunicação moderna tem que considerar a interatividade e a pluralidade de opiniões, onde o voto nulo não tem tecla específica nas urnas, mas tem sido campeão de votos nas eleições em todo o país.


Colaborando com a ideia de que as pessoas não deveria ser obrigadas a votar, eis uma postagem do blog do Fernando Rodrigues, em 17 de outubro de 2010, que nos diz o seguinte:

“Eis aqui um sinal do Brasil profundo: 30% dos eleitores brasileiros já se esqueceram o nome do candidato a deputado federal para o qual deram o voto – a menos de 20 dias.

Os dados são de pesquisa Datafolha realizada em todo o país nos dia 14 e 15 de outubro.

A situação é igualmente desoladora no caso do Senado: 28% dos eleitores já não se lembram em quem votaram para pelo menos uma das vagas de senador (havia duas em disputa).

Na maior parte das democracias, o voto é um direito: o eleitor vota se quiser, se achar que algum candidato de fato o representa, ou se achar que é necessário que sua opinião seja representada.
No Brasil, ao contrário, temos o que os juristas e cientistas políticos chamam de direito-obrigação: o cidadão não tem apenas o direito de votar: também tem a obrigação de fazê-lo. Se não o fizer, sofrerá as sanções legais (por exemplo, não pode inscrever-se em concurso ou tomar posse de cargo público, não pode inscrever-se ou renovar matrícula em faculdade pública, não pode tirar carteira de identidade ou passaporte, não pode tomar empréstimos em bancos públicos, etc). Ele só voltará a poder exercer esses direito civis-políticos depois que regularizar sua situação com a justiça eleitoral, pagando a multa imposta pelo juiz eleitoral (a multa varia entre 3% e 10% de uma UFIR, ou seja, entre R$ 1,06 e R$ 3,51 atualmente, podendo ser multiplicada por até 10 – R$ 35,10 – dependendo da condição econômica do eleitor).

Isso sem falar que o Brasil é o único país do mundo onde existe um monte de gente ganhando uma fortuna e gastando dinheiro público, dentro de uma instituição chamada justiça eleitoral.

domingo, outubro 16, 2016

Blogueiro amigo de Lula afirma que líder não se renderá e nem fugirá do país

Ameaçado de ser preso a pedido do juiz Sérgio Moro, Lula diz que não se renderá nem fugirá, afirma jornalista.

Por Breno Altman*


Lula não sairá do país. Não pedirá asilo nem se abrigará em qualquer embaixada. Isso é decisão por ele tomada e comunicada a seus companheiros.

O ex-presidente está plenamente convencido de que se exilar enfraqueceria sua defesa, debilitaria o PT e seria um mau exemplo ao povo brasileiro.

Lula irá enfrentar, pelas ruas e instituições do país, contando sempre com a solidariedade internacional, a perseguição da qual é vítima.

Não se renderá nem fugirá. Se vier a ser preso, será do calabouço que continuará lutando contra o arbítrio e o golpismo.

Encarcerado, mais do que se exilando, colocará a nu com mais rudeza e sem disfarces o Estado policial que está sendo forjado no interior de nossa combalidos democracia.

Essa é a clara posição que transmite a todos os que com ele conversam a respeito da escalada liderada pelos setores mais reacionários da PF, do MPF e do Poder Judiciário.

*Breno Altman edita o Opera Mundi e tem uma coluna no Brasil 247

sábado, outubro 15, 2016

DOXA revela empate técnico entre Edmilson e Zenaldo em Belém

Primeira pesquisa DOXA do segundo turno em Belém, aponta disputa acirrada entre Zenaldo Coutinho (PSDB) e Edmilson Rodrigues (PSOL). 

Por Diógenes Brandão, com informações exclusivas da DOXA Pesquisas

Se a eleição do segundo turno fosse hoje, Zenaldo Coutinho (PSDB) ficaria com 51,5% dos votos válidos, contra 48,5% de Edmilson Rodrigues (PSOL). 

Considerando a margem de erro de 3,5 pontos percentuais, Zenaldo pode estar com 55,0% pra mais ou 48,0% pra menos. 

Edmilson por sua vez, pode estar com 52,0% pra mais ou 45,0% pra menos dos votos válidos. Como os dois oscilam dentro da margem de erro, considera-se empate técnico. 

Os votos brancos somam 6,6% e 7,7% dos que declararam que não sabem em quem votar ou não quiseram responder.



A pesquisa foi registrada no T.R.E sob o número PA-03025/2016. A amostra foi de 800 entrevistas distribuídas proporcionalmente nos oito Distritos Administrativos de Belém. O período de coleta foi de 11 a 14 de outubro de 2016. A margem de erro é de 3,5% para mais ou para menos do resultado final.

REJEIÇÃO

A DOXA mediu a rejeição dos dois competidores. Zenaldo Coutinho aparece com rejeição de 38,5% contra 35,0% de Edimilson Rodrigues; 17,8% não rejeitam nenhum candidato, enquanto 8,7% não opinaram.



EXPECTATIVA DE VITÓRIA

Independente de quem votou, quem o eleitor acha que vai ganhar essa eleição. A pesquisa mostra que 49,6% consideram que quem ganha a eleição é Zenaldo Coutinho; enquanto 38,6% acham que será Edimilson Rodrigues. Outros 11,8% não opinaram.



APOIOS

A pesquisa mediu o potencial de apoio e rejeição de alguns políticos, isto é, se o eleitor votaria em algum candidato a prefeito de Belém apoiado por esse político. 

Em relação ao Governador Simão Jatene, o potencial de apoio é de 46,6%; enquanto sua rejeição é de 45,6%, obtendo um saldo positivo de 1,0%. 

Obtém-se o saldo subtraindo o potencial menos a rejeição do político. 



Helder Barbalho tem um potencial de apoio de 28,9% contra uma rejeição de 60,9%. Dessa forma seu saldo é negativo de 32,0%. 

O potencial do ex-Presidente Lula é de 25,1%; enquanto sua rejeição chega a 66,5%, obtendo um saldo negativo de 41,4%. 

O deputado federal Eder Mauro tem um potencial de 41,8% contra uma rejeição de 49,9%; o seu saldo é negativo de 8,1%. 

O professor Maneschy tem um potencial de apoio de 39,6% contra uma rejeição de 50,3%, obtendo um saldo negativo de 10,7%. 

Úrsula Vidal tem um potencial de 51,1%, contra uma rejeição de 40,5%; assim obtém um saldo positivo de 10,6%. 

A DOXA também avaliou o potencial do PT: o potencial é de apenas 20,3%; já sua rejeição é de 70,2%; assim seu saldo negativo é de 49,9%.

sexta-feira, outubro 14, 2016

IBOPE: Falsa pesquisa é espalhada em Belém


Por Diógenes Brandão

A divulgação de pesquisa eleitoral fraudulenta está prevista como crime, na Lei n. 9.504 /97, art. 33 , § 4º, mas em Belém, há quem desafie a justiça eleitoral, que assiste de braços cruzados, a divulgação ilegal e  de números adulterados e atribuídos, como sendo do Instituto IBOPE.

O fato colocou a militância de Edmilson Rodrigues (PSOL) e de Zenaldo Coutinho (PSDB) em alvoroço. 

"Ainda não se sabe de onde partiu, mas pela elaboração, tem tudo para ser fruto de um produto criado pela equipe de marketing de um dos dois candidatos", conclui uma fonte do blog, que afirma decepcionado, que é por essas e por outras que votará nulo neste segundo turno.

Artifício já utilizado em outras campanhas eleitorais do Pará e de outros estados, onde a justiça eleitoral se faz de cega, a peça foi lançada nesta quinta-feira (14) e continua sendo compartilhada pelos mais desavisados, através das mídias sociais.

Para dar um ar de legitimidade, os fraudadores utilizaram o número de registro da última pesquisa publicada pelo IBOPE em Belém e divulgada nas vésperas do primeiro turno das eleições 2016. 

O instituto emitiu uma nota onde esclareceu que não tem nada a ver com os resultados apresentados pela divulgação criminosa.



Na opinião deste blog, a divulgação deste tipo de crime eleitoral deveria ser investigada pela polícia e pela justiça federal e os internautas também deveriam aprender a consultar as informações que circulam na internet, antes de compartilharem, ajudando a passar em frente e viralizar mentiras e fraudes como essa.



A imagem acima é da consulta ao site do TSE, onde todas as pesquisas são registradas e podem ser acessadas por qualquer cidadão. Nela, o número da última pesquisa IBOPE publicada no dia 01 de Outubro, na véspera do primeiro turno das eleições municipais deste ano.

Crise: Edmilson Rodrigues perde seu braço esquerdo no PSOL

Luiz Araújo deixou o PT para fundar o PSOL, onde viveu até então organizando a corrente interna "Primavera Socialista" e supostame...