terça-feira, novembro 22, 2016

O Liberal em fúria



Por Lúcio Flávio Pinto, em seu blog

Hoje é um dia em que se pode ler com proveito o Repórter 70, a principal coluna de O Liberal.

Os Maioranas sempre fizeram parte do poder. Por frequentarem seus bastidores e alcovas, têm informações privilegiadas no circuito da restrita elite local. Em geral, reservam para si esse cardápio privilegiado. Mas quando seus interesses (contrariados ou não integralmente satisfeitos) exigem, destilam informações, mas em linguagem cifrada.

Assim a mensagem vai diretamente aos destinatários, só resvalando pela opinião pública. E de tal forma codificada que sugere o que os personagens precisam fazer para corresponder às expectativas do autor da mensagem. Mais uso lateral da informação para fins políticos e comerciais do que exatamente jornalismo.

PRIMEIRA NOTA                                                                     

A nota de abertura da coluna é só maldade. Diz:

“Todos estão carecas de saber que corre sangue dos Barbalhos nas veias do advogado Sábato Rssetti, contratado para defender o prefeito Zenaldo Coutinho no processo de cassação do TRE.

O que pouca gente sabe – comenta-se nos bastidores do tribunal– é que teria sido o próprio advogado camaleão que armou a arapuca que quase tirou o prefeito da eleição e agora barganha uma saída para a contenda judicial, que estaria empatada em 3 a 3 no pleno do Tribunal, faltando um voto para decidir em favor de Zenaldo ou Edmilson. A questão é: para qual dos dois lados sobrará o preço alto dessa fatura?”.

De pronto a nota sugere que os votos – no todo ou em parte – foram comprados. Se não em dinheiro vivo, em função de algum jogo de pressão fora dos autos. Para não lançar lama sobre pessoas limpas ou condenar inocentes, a coluna, se praticasse o jornalismo, prosseguiria na notícia, substituindo a especulação por fatos.

Daria então os nomes dos três juízes que estão a favor de Zenaldo Coutinho, do PSDB, o vencedor da eleição, e dos outros três do lado de Edmilson Rodrigues, do PSOL, o derrotado nas urnas, que apelou para o judiciário, acusando o rival de abuso de poder para conseguir votos. Uma vez identificados os juízes definidos, ficaria revelado o nome daquele que teria o voto de Minerva.

Como sobram especulações e insinuações, a nota pode ter o objetivo de queimar Rossetti com o seu cliente. Ou, em manobra mais tortuosa, criar a imagem de traído para Zenaldo conseguir simpatia.

SEGUNDA NOTA

A segunda nota da coluna é mais um disparo contra os seus terríveis concorrentes comerciais e inimigos políticos, os Barbalhos:

“O cerco está se fechando em torno das concessões de rádio e TV dos Barbalhos. Ao endossar as cassações, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, acabou jogando um balde de água fria nos planos do ministrinho [trata-se de Helder Barbalho, da Integração Nacional] de pavimentar sua candidatura ao governo do Estado, em 2018, numa campanha que já dura quatro anos e tem nas emissoras de rádio e TV uma espécie de mala propulsora. Bem, a mentira tem pernas mais curtas do que se pensa”.

A observação procede: se for cumprida a lei, os Barbalhos perderão mesmo as concessões públicas. Eles e dezenas (ou centenas) de políticos na mesma situação em todo país. Até agora a lei não foi cumprida nesses casos.

Só faltou acrescentar que se os Barbalhos usam seus veículos de comunicação como mola propulsora da candidatura de Helder, os Maioranas usam as suas como instrumento de faturamento, poder e prestígio. O roto falando do esfarrapado.

TERCEIRA NOTA

Por ironia, com 48 horas de atraso, o Repórter 70 repetiu o comentário que o Repórter Diário, a principal coluna do Diário do Pará, fez no domingo e este blog meses atrás:

“Tem um influente desembargador do Tribunal de Justiça tentando fazer lobby junto ao governo do Estado para aumentar mais seis vagas no desembargo. O objetivo seria preencher o cargo com a nomeação de um parente próximo. É esperar e conferir”.

O desembargador é Milton Nobre. O parente é o seu filho, Marcelo, que responde pelo escritório do ex-presidente do TJE desde o seu afastamento para assumir um dos lugares do tribunal. Como vai se aposentar (é o decano dos desembargadores), Milton está articulando para o filho ser indicado na vaga que pertence à OAB, no quinto constitucional, caminho por ele mesmo seguido até o desembargo, sem precisar fazer carreira na magistratura.

Daí a necessidade de mais seis vagas para a garantia da eventual presença de Marcelo na lista de candidatos à vaga, primeiro no processo eleitoral da Ordem para montar a lista que será submetida ao despacho final do governador Simão Jatene.

Por que o R-70 não deu os nomes? Porque deve estar querendo estabelecer um entendimento à parte com Milton Nobre? Porque há alguma divergência entre eles? Ou o desembargador traiu os Maioranas?

Aliás, para ser fiel à “verdade verdadeira”,  diga-se o certo: quem está por trás dessas notas costuma ser apenas um único deles, Romulo Maiorana Júnior.

Ele deve estar furioso com alguma coisa, como a ingratidão. Por isso a primeira nota Em Poucas Linhas, com licença da lógica: “O assoalho do inferno é feito de tábua [naturalmente, de madeira que não queima] e mal-agradecidos. E por falar nisso, em Belém é o que não falta”.

Enfatizando a revolta, a citação de uma frase de 32 anos atrás atribuída a Romulo Maiorana, o pai: “Não quero que me paguem pelo bem que faço. Quero que Deus me ensine a perdoar os ingratos”.

Para o redator da coluna, Romulo estava se referindo “àqueles que costumam virar as costas a quem o [os] ajudou em momentos difíceis”.

Por favor, ingratos: se apresentem, assumam suas culpas e paguem (mas paguem mesmo) a penitência pelo grande delito cometido.

Zenaldo é novamente condenado e Maioranas levantam suspeitas de traição do seu advogado


Por Diógenes Brandão

O principal fato político desta terça-feira (21) foi a sentença do juiz Antônio Cláudio Von Lohrmann Cruz, da 97ª Zona Eleitoral de Belém que determinou novamente a cassação da candidatura do prefeito de Belém Zenaldo Coutinho (PSDB) e do vice-prefeito Orlando Reis (PSDB). Durante a campanha eleitoral, o mesmo juiz já havia determinado a cassação de Zenaldo em Outubro, durante a disputa do segundo turno das eleições municipais com Edmilson Rodrigues​ (PSOL), quando o prefeito foi acusado e condenado por abuso de autoridade e de poder econômico e uso de recurso público para promover sua campanha e pela contratação de 300 cabos eleitorais, via SESMA. 

O novo processo que condenou Zenaldo Coutinho novamente é parte de uma série de inquéritos que denunciaram crimes eleitorais cometidos pelo prefeito reeleito de Belém.

De acordo com o Tribunal Eleitoral do Pará (TRE-PA), a condenação se deu por prática de conduta vedada e abuso de poder político e econômico, entre os quais a concessão de gratuidade da tarifa aos passageiros do BRT durante o mês de julho, o que significa distribuição de bem da prefeitura; a instalação de placas de obras da prefeitura, com o slogan da gestão tucana, em período vedado pela legislação eleitoral; a produção de matérias jornalísticas elogiosas a Zenaldo pela Agência Belém, da própria prefeitura.

Algo de estranho no ninho tucano

Antes mesmo do anúncio da decisão do juiz, uma notinha publicada no cabeçalho da coluna Repórter 70, do jornal OLiberal deixa claro que os principais aliados do PSDB no Pará, a família Maiorana, dona da TV, rádio e jornal OLiberal e Amazônia, estão preocupados com a possibilidade de Zenaldo Coutinho "levar o farelo", como se diz pela periferia de Belém.

Coluna Repórter 70, do jornal OLiberal desta terça-feira (21).

Colocando em xeque a fidelidade do advogado do prefeito Zenaldo Coutinho e a imparcialidade dos que farão o seu julgamento no pleno do TRE-PA, formado por dois (02) desembargadores, dois (02) juízes, dois (02) advogados e um (01) juiz federal, o jornal suscita suspeitas de que no julgamento, a decisão que pode condenar e cassar a diplomação do seu registro de candidatura.

Leia também: Ex-petista vai julgar o processo de cassação de Zenaldo Coutinho

Mesmo cassado, Zenaldo pode ser diplomado e o processo subir para instâncias superiores como o TSE e o STF e lá ter pedidos de vistas dos ministros que historicamente os engavetam ou os julgam, de acordo com suas conveniências.

O PSOL, partido que deu entrada ao pedido de cassação e concorreu com Edmilson Rodrigues que ficou em segundo colocado nas eleições, comemora mais uma vitória na justiça paraense, mas sabe que a "parada" ainda não está decidida e nem tão próxima de ser lhe ser favorável, já que para quem viu o ex-prefeito Duciomar Costa sofrer diversas investigações, processos e condenações na justiça e sair da prefeitura 8 anos depois, rico e livre, o despacho do juiz Antônio Cláudio Von Lohrmann Cruz, não empolga ninguém.

domingo, novembro 20, 2016

Paulo Rocha responde acusações de militante do PT

Acusado de receber propina e de práticas corruptas, Paulo Rocha se defende das acusações de um militante do PT.

No jornal Diário do Pará

Uma bomba política estourou nas mídias sociais esta semana, com a divulgação de um vídeo gravado por Josué Carvalho Costa, militante do PT, com denúncias contra o senador Paulo Rocha (PT/PA). Entre as acusações, estavam o suposto uso de tráfico de influência, direcionamento de licitações e divisão de propina, entre 2008 e 2010. Envolve programas do Governo Federal, merenda escolar na Secretaria de Estado de Educação, lobby na Companhia Docas do Pará e cartão-alimentação para uma empreiteira de Belo Monte. O delator diz que praticou atos ilícitos e que foi aconselhado a vender uma casa, para pagar dívidas de campanha do senador. O DIÁRIO procurou o senador Paulo Rocha para falar sobre o assunto.

P - Josué Carvalho, que está fazendo acusações contra o senhor, foi seu assessor, já prestou serviços ao senhor?

R Não. Nunca. Conheço Josué como um filiado do PT que sempre circulou em nosso meio. Nunca pedi nada a ele e nem o autorizei a tratar de qualquer coisa em meu nome.

P - Como o senhor explica a acusação de que ele era uma das pessoas responsáveis por arrecadar dinheiro para suas campanhas?

 R É pura invenção dele. As contas das minhas campanhas, desde 1990, quando disputei a primeira eleição para a Câmara Federal, foram todas aprovadas pela Justiça Eleitoral.

P - Josué cita uma pessoa como lobista, a senhora Tiana Marques, que teria operado como mediadora entre empreiteiras de obras e as prefeituras onde deveriam ser construídas casas do programa Minha Casa, Minha Vida.

R O Minha Casa, Minha Vida tem regras claras. Quem gerencia o programa é a Caixa Econômica Federal. Essa história é mais um delírio de Josué. Vou fazer uma representação à Procuradoria Geral da República (PGR) para que Josué apresente provas de todas as acusações que fez contra mim.

P - Mas Tiana Marques é sua lobista? 

R. Não tenho lobistas. Tiana é minha amiga. Sou uma pessoa que dialoga com todo mundo. Recebo no meu escritório, em Belém, e no meu gabinete, em Brasília, do cidadão comum a qualquer autoridade, representantes de movimentos sociais, empresários. Estou sempre aberto para a formulação de ações legislativas, de mediação de conflitos e na busca de solução para os interesses do Pará.

P - E o envolvimento da senhora Socorro Pirâmide, diretora-financeira da Companhia de Docas do Pará (CDP), acusada de articular um esquema chamado de “mensalinho” a seu favor?

R - É outro desatino do meu acusador. A senhora Socorro Pirâmide é uma servidora íntegra, que sempre agiu com muita lisura na diretoria da CDP.

P - Josué também lhe acusa de receber propina de um conluio sobre merenda escolar na Seduc, cujo beneficiado seria o empresário do ramo de alimentação Paulo Góes.

R - Não tenho nada a ver com a Seduc ou merenda escolar. Tenho o maior interesse no esclarecimento dessa gravíssima e irresponsável acusação. É por isso que estou entrando com uma representação na PGR. Segundo tomei conhecimento, o Ministério Público Estadual no Pará já instaurou um procedimento que certamente vai convocar o senhor Josué, que terá de apresentar provas das denúncias.

P - Ele acusa os mesmo personagens, Tiana Marques e Paulo Goés, de serem beneficiados na contratação, pela empresa Andrade Gutierrez, de cartão-alimentação para as obras da usina hidrelétrica de Belo Monte. Como o senhor reage a isso?

R - Quando eu assisti ao vídeo com essas acusações, percebi que as tais “denúncias” são inconsistentes. Não têm data, valor, não informa os critérios de contratação de uma empresa privada, se houve disputa, quem participou e se houve fraude. Mais uma vez, vou repetir: quero que ele apresente as provas do meu envolvimento.

P - O denunciante também cita dois coronéis da Polícia Militar que, juntos com o seu assessor, Albertinho Leão, teriam arrecadado dinheiro para o senhor.

R Mais uma mentira. Pra começo de conversa, Albertinho Leão não era meu assessor no período a que ele se refere. Creio que os dois oficiais da PM e mais o Albertinho Leão também devem ter o maior interesse que a verdade venha à tona.

P - O que o senhor tem a dizer a respeito da denúncia de arrecadação de R$ 1 milhão para que o senhor adquirisse um apartamento em Brasília?

R - Isso demonstra que determinadas pessoas não têm limite quando se trata de atingir a honra alheia. Em Brasília, minha esposa (que é de lá) tem um apartamento, adquirido através de financiamento, pago mensalmente. Quem me conhece sabe que não tenho casa em Belém, onde ocupo um apartamento alugado há mais de 15 anos. O espaço onde funciona o meu escritório também é alugado. Por isso, essa é uma das acusações que mais me magoa, pois nunca fiz política visando qualquer ganho pessoal. Meu trabalho está voltado ao interesse coletivo. Quem quiser que investigue a minha produção em mais de 25 anos de atuação no parlamento brasileiro.

P - A última acusação de Josué Carvalho foi de que o senhor mandou que ele vendesse a casa dele para pagar dívidas da sua campanha.

R - Outra mentira. Isso me deixou indignado. Eu jamais agiria dessa maneira. Qualquer pessoa inteligente raciocina que só um cidadão insano é capaz de vender a casa que abriga a sua família para pagar uma dívida que não é sua. Aqui está, provavelmente, a causa desse amontoado de acusações contra mim. Nunca contratei nada com o senhor Josué e nem o autorizei a usar meu nome para qualquer tipo de negociação com quem quer que seja. Por isso, recorro ao único caminho que me resta, a via judicial, para provar que não procedem nenhuma das acusações contra mim. 

P - O senhor descarta motivações políticas por trás do ato de Josué? 

R - Não quero acreditar que possa haver outra motivação além da chantagem, mas não descarto. Suponho que movido por pressão de algum credor, que o chantageia, Josué se desfez de seu único imóvel e agora precisa arranjar um culpado para justificar a sua situação.

P - O poder mudou a sua vida pessoal? 

R - Não. E é por isso que fico indignado com essa tentativa de enlamear a minha vida. Mantenho os mesmos hábitos simples de quando atuei no movimento sindical. Meu empenho foi sempre dedicado à luta por conquistas sociais e não me deixei seduzir pelos encantos do poder. Não acumulei bens, nem ostento um padrão de vida diferente da minha condição de servidor público. Então, é inaceitável que tentem me atingir naquilo que é mais sagrado para mim: a minha integridade moral no trato com a coisa pública.

Leia também Petista denuncia senador Paulo Rocha de receber propina

sábado, novembro 19, 2016

Lula aciona Sergio Moro e pede sua prisão



Por Altamiro Borges, em seu blog

Não dá mais para silenciar diante das arbitrariedades do "justiceiro" Sergio Moro - com suas prisões arbitrárias, seus métodos "refinados" de tortura, seus vazamentos seletivos e seu conluio com a mídia golpista. Cada vez mais, o "juiz" deixa de lado as suas funções para se apresentar como líder político, emitindo sentenças que mais se parecem com plataforma de um candidato. Não é para menos que os fascistas que invadiram a Câmara Federal nesta semana deram tantos "vivas" a Sergio Moro, o seu herói do momento. Diante dos riscos à democracia, cabe elogiar a corajosa iniciativa dos advogados do ex-presidente Lula que ingressaram com uma "queixa-crime subsidiária contra o agente público federal Sergio Fernando Moro, em virtude da prática de abuso de autoridade".

A ação foi protocolada nesta sexta-feira (18) no Tribunal Regional Federal em nome de Lula, de sua mulher, Marisa Letícia, e dos filhos do casal. Após elencar as várias arbitrariedades cometidas contra o ex-presidente e a sua família, os advogados pedem que o seletivo juiz "seja condenado nas penas previstas no artigo 6º. da Lei 4.898/65, que pune o abuso de autoridade com detenção de dez dias a seis meses, além de outras sanções civis e administrativas, inclusive a suspensão do cargo e até mesmo a demissão". 

Confira abaixo a íntegra da ação:

*****

Na qualidade de advogados do ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sua esposa e filhos ingressamos na data de hoje (18/11/2016) com queixa-crime subsidiária contra o agente público federal Sérgio Fernando Moro, em virtude da prática de abuso de autoridade.

Em 16/6/2016, Lula e seus familiares protocolaram na Procuradoria Geral da Republica uma representação, na forma do artigo 2º. da Lei 4.898/65, pedindo providências em relação a fatos penalmente relevantes praticados pelo citado agente público no exercício do cargo de juiz da 13ª. Vara Federal Criminal de Curitiba. Os fatos relatados são os seguintes:

(i) a condução coercitiva do ex-Presidente, para prestar depoimento perante autoridade policial, privando-o de seu direito de liberdade por aproximadamente 6 (seis) horas;

(ii) a busca e apreensão de bens e documentos de Lula e de seus familiares, nas suas respectivas residências e domicílios e, ainda, nos escritórios do ex-Presidente e de dois dos seus filhos (diligências ampla e estrepitosamente divulgadas pela mídia) e, mais,

(iii) a interceptação das comunicações levadas a efeito através dos terminais telefônicos utilizados pelo ex-Presidente, seus familiares, colaboradores e até mesmo de alguns de seus advogados, com posterior e ampla divulgação do conteúdo dos diálogos para a imprensa.

A ilegalidade e a gravidade dessa divulgação das conversas interceptadas foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal, por meio de decisão proferida nos autos da Reclamação 23.457.

Até a presente data, nenhuma providência foi tomada pelo Ministério Publico Federal após a citada representação. Essa situação está documentada em ata notarial lavrada pelo notário Marco Antonio Barreto De Azeredo Bastos Junior, do 1.º Ofício de Notas e Protesto de Brasília, Distrito Federal, que acompanhou advogados de Lula e seus familiares em diligências específicas para a obtenção de informações sobre a mencionada representação.

Diante disso, o artigo 16 da Lei 4.898/65 autoriza que a vítima de abuso de autoridade, no caso Lula e seus familiares, possa propor diretamente a ação penal por meio de peça denominada “queixa-crime subsidiaria”, tal como a que foi protocolada nesta data perante o Tribunal Regional Federal da 4ª. Região, que tem competência originaria para conhecer e julgar ações penais contra agente público investido nas funções de juiz federal na circunscrição de Curitiba.

Após expor todos os fatos que configuram abuso de autoridade, a petição pede que o agente público Sergio Fernando Moro seja condenado nas penas previstas no artigo 6º. da Lei 4.898/65, que pune o abuso de autoridade com detenção de dez dias a seis meses, além de outras sanções civis e administrativas, inclusive a suspensão do cargo e até mesmo a demissão.

Zé Geraldo (PT-PA) cobra um novo movimento social e ocupações dos bancos ao invés das escolas e universidades

sexta-feira, novembro 18, 2016

O dia que a bandeira do Japão virou comunista



Por Todd Tomorrow, via Facebook.

Pode parecer piada, mas não é! É verídico! Essa é uma das vozes pela intervenção militar que invadiram/ocuparam o plenário da Câmara. Ouça suas afirmações a respeito do painel em comemoração ao centenário da imigração japonesa no Brasil, que fica exposto permanentemente no Congresso Nacional desde 2008.

[+] Bandeira nacional japonesa http://bit.ly/2fXFTPd

quarta-feira, novembro 16, 2016

Snowden


Por Pedro Veriano, em seu blog

Oliver Stone(69 anos) é um cineasta que se pode colocar como “de esquerda”. Seu novo filme em cartaz por aqui, “Snowden”(cognominado “Herói ou Traidor ?”) aborda o grampo de mensagens que se ampliou mundialmente e deu margem a protestos de diversos países (inclusive o Brasil). 

O sistema inventado ou aperfeiçoado por Edward Snowden (no filme Joseph Gordon-Levitt) lembrou-me desde que ouvi falar dele o “1984”, livro de George Orwell que tratava de um ditador capaz de saber de pormenores da vida das pessoas, comandando todos os atos. 

Baseado em uma historia real com roteiro do próprio Stone e Kieran Fitzgerald, começa com uma entrevista que o personagem deu em 2015 e em seguida dá inicio a uma série de flashbacks, que contam como o adolescente epilético (e como quase todos epiléticos muito inteligente), conseguiu por mérito próprio galgar postos chaves na CIA e depois em organismos ligados a espionagem norte-americana.

Há no enredo um romance entre o biografado e a jovem universitária Lindsey Mills (Shailene Woodley). O que pode parecer uma licença comercial a sequência de sexo entre os dois tipos principais da história. Mas logo a câmera se desloca para um olho eletrônico e se entende que até essa intimidade pode ser transmitida à distancia. 

Por sinal que um corte que passa de uma objetiva para um olho humano é outro prodígio de síntese do filme. Eu achei um cuidado formal superior aos filmes anteriores de Stone (mesmo o seu trabalho de estréia, o elogiado “Platoon”).

Com um elenco “afiado”, inclusive os coadjuvantes famosos como Nicolas Cage e Tom Wilkson, o filme de Stone é de excelente nível. Sua densidade, exigindo cópia em som original, deixa a gente surpreso do bom lançamento, ou melhor, no lançamento local, sempre minado com blockbuster de Hollywood. 

terça-feira, novembro 15, 2016

Petista denuncia senador Paulo Rocha de receber propina

Em nota publicada no seu Facebook, o senador Paulo Rocha (PT-PA), diz que as afirmações do militante petista são um amontoado de denúncias sem provas e que sofre o crime de calúnia e difamação, parte de uma estratégia nacional de perseguição. 

Por Diógenes Brandão

Um vídeo do militante do PT, Josué Carvalho, circula pelas mídias sociais com fortes e contundentes denúncias contra o senador Paulo Rocha (PT-PA)

Gravado de forma intencional, o vídeo é tido pelo denunciado, como uma delação.

Com menos de quatro (04) minutos de duração, o material gravado traz informações sobre lobby em obras e contratos de órgãos do governo federal e estadual e que o motivo das denúncias seria para garantir a vida do denunciante e de sua família.

Em contato com pessoas próximas ao denunciante, o blog foi informado que o mesmo enfrenta dificuldades financeiras e que há algum tempo reclamava a falta de um pagamento por parte do senador Paulo Rocha, pelo qual sempre fez campanha e que segundo o próprio, apresenta uma delação, onde admite ser uma das pessoas responsáveis por arrecadar dinheiro para as suas campanhas. "Algumas de forma lícita e a maioria de forma ilícita", diz Josué e cita nomes de empresários e assessores, que segundo o denunciante, operavam lobby e propinas para o parlamentar.

Josué também alega que foi convencido por Paulo Rocha a vender a sua única propriedade (sua casa?) para pagar dívidas de campanha do parlamentar, com a promessa de que seria ressarcido com a venda de livros didáticos para prefeituras que o senador indicaria depois de eleito. O tom da denúncia evidencia que o acordo não foi cumprido.

Por fim, Josué diz que entregará a delação para o Ministério Público Federal e à Polícia Federal e reitera que tudo que disse é verdade.

Assista o vídeo:



Em nota publicada no Facebook, o senador Paulo Rocha se defende e diz que está tomando as medidas cabíveis, contra o que considera crime de calúnia e difamação, parte de uma estratégia nacional de perseguição, linchamento midiático e criminalização de lideranças do PT, tal como ele e Lula.

Leia:

segunda-feira, novembro 14, 2016

O dia nacional de greve e o 'silêncio militante' da mídia

A ocultação deliberada do real, de fatos sobre os quais tem conhecimento, dizia Perseu Abramo, é um dos padrões de manipulação dos meios de comunicação.

Por Pedro Rafael Vilela, via Rede Brasil Atual

Não é a primeira vez, nem será a última, mas não deixa de ser simbólica a (não) cobertura da mídia brasileira sobre os protestos e paralisações de diversas categorias profissionais ocorridos em mais de 21 estados e no Distrito Federal, na última sexta-feira (11), no Dia Nacional de Greve. Os atos, organizados por movimentos sociais e pelas principais centrais sindicais do país, contou com a participação de dezenas de milhares de trabalhadores e trabalhadoras, além de estudantes, que interromperam suas atividades em setores como transporte público, limpeza urbana, bancos, escolas e indústria, e foram às ruas das maiores cidades brasileiras para protestar contra a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) nº 55, em tramitação no Senado. Se aprovada, essa PEC vai impor um congelamento nos gastos públicos, como saúde, educação, cultura e saneamento básico pelos próximos 20 anos, uma tragédia em termos de direitos sociais sem precedentes na história do Brasil.

Uma mudança constitucional tão drástica, num país que tivesse um sistema de comunicação plural e diverso, deveria gerar, para dizer o mínimo, um intenso debate na sociedade, com participação maciça da própria mídia na visibilidade e no esclarecimento das reais implicações da medida. Não é o que ocorre no Brasil.

A irrealidade da mídia

Em um de seus ensaios mais célebres, o jornalista e sociólogo Perseu Abramo descreveu com acuidade as múltiplas formas de manipulação da informação por parte da imprensa. Ao distinguir os quatro padrões básicos de distorção da realidade praticados pela mídia, Abramo chama a atenção para o padrão de ocultação, um dos mais recorrentes. Em suas próprias palavras, “é o padrão que se refere à ausência e à presença dos fatos reais na produção da imprensa. Não se trata, evidentemente, de fruto do desconhecimento, e nem mesmo de mera omissão diante do real. É, ao contrário, um deliberado silêncio militante sobre os fatos da realidade”.

Um outro padrão concebido por Perseu Abramo, o da fragmentação, tem a ver com a forma como a mídia, ao noticiar um fato, decompõe a totalidade desse fato, operando um processo de seleção de alguns aspectos, em detrimento de outros. É o que ocorre, por exemplo, quando a ênfase das matérias trata apenas das consequências dos bloqueios no trânsito e fechamento de rodovias, como que opondo os objetivos dos manifestantes ao do conjunto da população. Ao mesmo tempo que ressalta esse aspecto, silencia sobre as motivações das paralisações e se recusa até mesmo a dar voz aos envolvidos nas mobilizações para dialogue com a sociedade. Trata-se de uma inversão rasteira dos fatos e da própria realidade, mas que é absolutamente corriqueira na cobertura da mídia. Basicamente, esses dois padrões de manipulação, facilmente verificáveis, deram a tônica do noticiário na (não) repercussão das manifestações e paralisações no Dia Nacional de Greve. O Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) acompanhou com atenção a cobertura das principais redes de televisão, jornais e portais de notícias ao longo da sexta-feira e no dia seguinte. O resultado? Um tapa na cara da democracia e um descompromisso brutal com o direito à comunicação e informação da população brasileira.

Televisão: a gente não se vê por aqui

As principais emissoras de televisão aberta parecem ter disputado entre si o título de quem mais ignorou as expressivas mobilizações do Dia Nacional de Greve. O Jornal Nacional, da Globo, noticiário de maior audiência na tevê brasileira, decidiu simplesmente não exibir um segundo sequer dos atos que paralisaram algumas das maiores cidades do país, apostando forte na estratégia da ocultação. Na opinião de Perseu Abramo, em seu ensaio sobre manipulação da grande imprensa, a mídia é mais perversa por aquilo que ela não veicula do que por aquilo que leva ao ar. É como se ela definisse os fatos sociais que merecem ser considerados fatos jornalísticos ou não. “Todos os fatos, toda realidade pode ser jornalística, e o que vai tornar jornalístico um fato independe de suas características reais intrínsecas, mas depende, sim, das características do órgão de imprensa, de sua visão de mundo, de sua linha editorial”.

A Globo News, canal de notícias das Organizações Globo na televisão por assinatura, que, durante as manifestações pró-impeachment de Dilma Rousseff dedicava praticamente a totalidade de sua programação aos protestos, dessa vez apenas cumpriu um lamentável protocolo de cobrir com distanciamento e até desprezo os atos do Dia Nacional de Greve. Exibindo notas curtas e panorâmicas ao longo de sua programação, sem sequer ouvir os porta-vozes dos atos, a emissora deu ênfase justamente às interrupções no trânsito e paralisação dos transportes públicos em cidades como São Paulo e Brasília. No programa Estúdio I, que se define pela característica de noticiário com análise, e vai ao ar de segunda à sexta, às 14h, a cobertura dos protestos seguiu a lógica de relatar superficialmente os acontecimentos. No momento de analisar a notícia, os participantes do programa praticamente ignoraram as causas do protesto e logo mudaram de assunto. Para se ter uma ideia, o programa dedicou mais tempo à matéria sobre o site de dicas econômicas de moda da filha do Donald Trump do que à repercussão da greve nacional, incluindo aí os comentários de estúdio.

No Jornal da Record, uma nota de 37 segundos, lida pelo apresentador, apenas mencionou protestos de estudantes e servidores do Rio de Janeiro contra atrasos nos salários por parte do governo estadual, com ênfase na repressão da Polícia Militar. O Jornal da Band, levado ao ar na noite da sexta-feira (11), como que reconhecendo a dificuldade em ignorar as manifestações, optou por um caminho misto, entre a ocultação e a distorção com doses generosas de criminalização da manifestação política e do próprio direito de greve. Na matéria de um minuto e 10 segundos, o telejornal enfocou imagens das manifestações pela ótica da paralisação do transporte público e bloqueio de ruas e rodovias, ressaltando a ideia de que os protestos “atrapalharam muita gente”. Os dois únicos entrevistados foram pessoas que criticaram as interrupções no trânsito, e não houve qualquer menção mais clara sobre os motivos do protesto.

Já o SBT Brasil, dentre os principais telejornais, foi o que exibiu a matéria mais equilibrada. Com 4min27 de duração, a reportagem seguiu a ênfase de relatar criticamente os bloqueios e paralisações de rodovias na primeira parte da matéria, mas foi a única a dar voz para lideranças dos movimentos (Raimundo Bonfim, da Central de Movimentos Populares, e Rodrigo Rodrigues, secretário-geral da CUT Brasília). Destacou passeatas e protestos de estudantes e professores no Rio Grande Sul, que resultaram em forte repressão da Brigada Militar. Bom lembrar que diversas categorias de servidores estaduais do RS sofrem com salários atrasados há meses. A própria Brigada Militar, que reprimiu os protestos, corre o risco de nem sequer receber o 13º salário em decorrência da política de austeridade do governo Ivo Sartori (PMDB-RS), que tem penalizado principalmente os serviços públicos no estado.

Ocultação nos jornais

Os três maiores jornais impressos do país, em suas edições publicadas no sábado (12), decidiram deliberadamente ignorar os atos ocorridos no dia anterior. Até mesmo a Folha de S. Paulo, que se vende como veículo aberto ao debate e que busca exibir diversos pontos de vista políticos diferentes, não dedicou uma linha sequer ao assunto. No jornal O Globo, da família Marinho, idem. O Estadão, tido como o mais conservador entre os três, publicou uma nota pequena, na página interna B3, de economia, com cerca de 10 linhas, praticamente um registro dos protestos, e não uma cobertura. Nos portais de notícias UOL e G1, foram publicadas matérias sobre os protestos, repetindo a fórmula panorâmica de descrição dos atos a partir do ângulo das interrupções no transporte e paralisação das rodovias. Nenhuma dessas matérias ganhou destaque na página principal desses portais. Para encontra-las, os interessados teriam que buscar principalmente na página de últimas notícias ou no buscador do próprio site, o que diminui muito o potencial de audiência dessas notícias.

Censura privada na TV pública

Se o comportamento dos veículos privados de comunicação não chega a surpreender, foi lamentável constatar que as mesmas fórmulas de ocultação e cobertura superficial se aplicaram também à matéria exibida pela TV Brasil, emissora da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), no seu principal telejornal, o Repórter Brasil, na noite de sexta-feira. Em menos de dois minutos, a “reportagem” exibiu trechos dos protestos e paralisações em diversos estados. Novamente, destaque para os bloqueios de rodovias e paralisações no transporte público e nas escolas. Nenhum porta-voz dos trabalhadores foi ouvido para contextualizar o significado daqueles atos. Oferecer mecanismos para debate público acerca de temas de relevância nacional, como preconiza a lei de criação da EBC, mandou lembranças dessa vez. Esse episódio não parece estar desconectado da grave intervenção promovida por Michel Temer sobre a EBC, que praticamente eliminou as garantias de autonomia e independência de sua programação frente ao governo, ao extinguir principalmente o Conselho Curador e os mandatos do diretor-presidente e do diretor-geral.

O contraponto

Coube aos meios de comunicação alternativos oferecer uma cobertura decente e proporcional ao tamanho das paralisações e mobilizações da última sexta-feira. Apenas para ficar em um dos exemplos mais expressivos, a Mídia Ninja utilizou seus canais nas redes sociais para distribuir, ao longo de toda a sexta-feira, um rico conteúdo das manifestações, que incluía, principalmente, vídeos e fotos, com registro de paralisações em mais de 20 cidades, incluindo diferentes categorias: metroviários, rodoviários, professores, estudantes, trabalhadores da limpeza urbana, e muito mais. Vale destacar que, ao contrário da cobertura televisiva, onde as filmagens se deram com distanciamento, partir do topo de edifícios ou do alto dos helicópteros, a cobertura da Mídia Ninja se dá diretamente das manifestações, abrindo espaço para falas dos trabalhadores e capturando uma dimensão mais orgânica do significado desses atos. O portal Brasil de Fato também publicou dezenas de matérias e postagens destacando a abrangência das paralisações em todo o país.

Esse contraponto só reforça uma conclusão inevitável: a grande imprensa só não cobriu o Dia Nacional de Greve porque não quis. Ou melhor, porque tratou-se de uma deliberada decisão editorial de ignorá-lo e, com isso, alienar ainda mais o conjunto da sociedade sobre o debate do presente e do futuro do país. Não há democracia sem mídia democrática. E, sem democracia, não se constrói um país justo. Re-existir sempre, calar jamais!

*Pedro Rafael é jornalista, mestre em comunicação pela Universidade de Brasília (UnB) e secretário-executivo do FNDC, onde o site publicou originalmente o artigo. Colaboraram Bia Barbosa e Renata Mielli.

sexta-feira, novembro 11, 2016

Sindicato debate com professores da UFPA o futuro da categoria

Em reunião realizada na Escola de Aplicação da UFPA (antigo NPI), o SINDPROIFES-PA - Sindicato dos Professores (as) das Instituições Federais de Ensino Superior do Pará - escutou a opinião de sindicalistas e professores (as) sobre a PEC 55 e a reforma da previdência.

Na fanpage do SINDPROIFES-PA

Dando prosseguimento ao calendário de mobilização deliberado na assembleia do SINDPROIFES-PA, realizada no dia 27 de outubro, na manhã desta quarta-feira (09), aconteceu o debate sobre o tema “REFORMA DA PREVIDÊNCIA E O FUTURO DO SERVIDOR PÚBLICO”. 


O debate teve como mediadora a presidente do Sindicato, profª Socorro Coelho e como debatedores do evento, José Marcos Araújo (CTB), Hamilton Corrêa (CUT) e do profº Raimundo Jorge de Jesus (GEAM-UFPA).

O evento atendeu a demanda da Escola de Aplicação da UFPA (antigo NPI), foi produtivo e contou com boa participação dos docentes da referida escola. No evento, o projeto de Reforma da Previdência e a PEC 55 proposta pelo governo Temer recebeu críticas dos professores, que manifestaram solidariedade aos estudantes, que há dois dias ocupam as dependências da UFPA, em protesto contra as medidas do governo.


O sindicato segue seu caminho escutando os professores para decidir se entrará em greve ou realizará paralisações com atividades alternativas. Nesta quinta, por exemplo, a presidente do sindicato, professora Socorro Coelho, esteve no Campus da UFPA, em Cametá, onde dialogou com diversos outros professores que vieram somar na luta contra a PEC 55 (ex-PEC 241), que tramita no senado, com objetivo instituir um Novo Regime Fiscal, que durante 20 anos irá limitar os investimento em áreas importantes como educação e saúde.

A blogueira e o desembargador: A "guerra" continua

Tal como a menina Rachel Clemens, que se negou a cumprimentar o ditador Figueiredo que a Folha e Globo continuam a chamar de “Presidente”, a jornalista Ana Célia Pinheiro se recusa a dar trégua ao desembargador Milton Nobre, que já a processou em outro momento e mesmo dizendo que ainda não fará o mesmo, diz que pode fazê-lo a qualquer momento, inclusive contra quem a patrocina.

Por Diógenes Brandão

Para quem achava que a contenda entre a jornalista Ana Célia Pinheiro, do blog A Perereca da Vizinha e o desembargador Milton Nobre, acusado por ela de "transformar o Judiciário paraense no prostíbulo mais arreganhado de todos os tempos e que sob o seu comando, esse Poder magnífico, que é o Judiciário, transformou-se em mero capacho desse chefe de quadrilha que é o governador Simão Jatene", ficaria por isso mesmo, enganou-se.

Em mais uma resposta publicada em seu blog e direcionada à AMEPA - Associação dos Magistrados do Pará, a blogueira paraense voltou a pautar a justiça paraense, com frases e termos contundentes e com destaque especial ao desembargador Milton Nobre, que em uma nota de esclarecimentos, rebateu parte das acusações a ele atribuídas por Ana Célia, em sua Carta Aberta, que deixou feridas que dificilmente vão fechar ou parar de feder.

Milton Nobre alega que mesmo tendo todos os motivos para ingressar na justiça, por ora prefere a via de esclarecimentos, mas deixa claro que pode processar novamente a blogueira e os patrocinadores do seu blog. O SINDFISCO-PA que publicou uma nota recentemente no blog A Perereca da Vizinha e lá mantém um banner, seria o alvo do recado do magistrado? 

Leia aqui a resposta da blogueira à AMEPA e aqui a resposta do desembargador para a mesma AMEPA, que desde que soube do imbróglio envolvendo o associado, saiu em sua defesa.

terça-feira, novembro 08, 2016

O papel da trairagem dentro do PT

François Lemoyne, óleo sobre tele - 149x 114 cm - 1737 (Wallace Collections - London, United Kingdom).

Por Jorge Amorim, no seu blog Na Ilharga 

Nos quase 14 anos em que foi governo, o PT caracterizou-se também pelo abandono ao diálogo militante com os segmentos populares que sempre foram aliados e base de sustentação das grandes conquistas sociais, hoje ainda um capital político importante no enfrentamento ao golpismo dissimulado de austeridade.

Nesse período, foram construídas pelo partido eventuais maiorias parlamentares geralmente surgidas de cooptações oportunistas que elegeram figuras que nada tinham a ver com aquilo que o governo realizava.

Três exemplos são fundamentais na compreensão desse afastamento das ruas e adoção sem reservas do burocratismo institucional que despolitizou a atuação petista.

Flávio iniciou a carreira política em 1990, quando se candidatou a deputado federal pelo PSDB, logrando êxito, e sendo reeleito por três vezes seguidas. Em 2001, deixou o PSDB e filiou-se ao PT. Em 2002, foi eleito senador, e em 2006 concorreu ao governo do Paraná, obtendo o terceiro lugar com 9,3% dos votos. Em 19 de agosto de 2009, anunciou que se desligaria do PT e voltou ao PSDB.


Flávio Arns, hoje vice-governador tucano do estado do Paraná, foi senador petista tão omisso quanto prejudicial na defesa parlamentar do governo Lula. Hoje, não só é patrão da esposa do verdugo togado Sérgio Moro como é acusado de mentor de um esquema milionário que morde uma fatia do orçamento da educação pela indústria da educação especial.

No governo FHC, foi diretor da Petrobrás, entre 2000 e 2001, quando ficou filiado ao PSDB, entre 1998 e 2001. Depois disso, se aproximou do PT e se tornou secretário de infra-estrutura do então governador do Mato Grosso do Sul, Zeca do PT e, na sequência, apoiado por este, elegeu-se ao Senado em 2002, pelo PT.  Disputou o governo de Mato Grosso do Sul em 2006 e em 2014 lançou-se a candidato ao governo de Mato Grosso do Sul pela segunda vez. Acabou derrotado pela segunda vez. Em 2015, foi escolhido pela presidente Dilma Rousseff como líder do governo no Senado e no Congresso Nacional. Em dezembro de 2015, teve seu nome levado ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado, onde foi aberto um processo que pediu a perda do mandato de Delcídio, preso na Operação Lava Jato. Em 15 de março de 2016, após a homologação de sua delação premiada, se desfiliou do Partido dos Trabalhadores.

Delcídio Amaral já tinha considerável folha corrida ao agir por interesse próprio pra impedir a delação de Nestor Cerveró, que citava propinas de empresas privadas (G.E. e Alstom) recebidas pelo ex-senador, quando este era diretor da Petrobrás no governo Fernando Henrique Cardoso. E também de que o ex-senador teria desviado US$ 2.5 milhões para sua campanha ao governo de Mato Grosso do Sul em 2006.

Iniciou a sua militância social e política em 1983, eleito vereador na cidade de Londrina em 2000. Em 2002 foi eleito deputado estadual e em 2006 foi eleito deputado federal. Nas eleições de 2010 André Vargas foi reeleito o terceiro Deputado Federal mais votado do Paraná. Em 25 de abril de 2014, após 24 anos no Partido dos Trabalhadores, por carta ao diretório do PT em Londrina, comunicou a desfiliação da legenda.

André Vargas, também do Paraná, sempre foi um outsider no dia a dia petista no parlamento. Unha e carne com o doleiro Alberto Youssef, foi presa fácil pra lava Jato por continuar filiado ao PT já que todos sabiam o que tinha feito em verões, invernos, outonos e primaveras passados.

Por sinal, quando foi preso tentando obstruir o trabalho da justiça, Delcídio era líder do governo Dilma no Senado, cargo de extrema confiança, agora sabe-se, exercido por alguém sem escrúpulos e indigno da confiança do mais ingênuo integrante de organização franciscana, tanto que sua primeira atitude foi denunciar, de forma mentirosa, o presidente Lula, como se este estivesse fazendo aquilo que quem fazia era esse celerado chamado Delcídio.

Agora que a legenda inicia um amplo debate que resgate aquela credibilidade que a tornou a mais popular do país, é hora de fazer com que essa discussão venha acompanhada da cobrança de certas obrigações do conjunto da militância, inclusive aquela que faz ver aos seus ungidos ao parlamento que os respectivos mandatos que exercem não foram conquistados com votos de amigos e familiares.

Com efeito, o resgate da noção que mandatos pertencem ao partido proporcionará o resgate da politização da atividade partidária, coisa que se perdeu em grande parte a partir da composição de bancadas alheias na sua atuação à história do partido. Claro que isso não é tudo, mas é bastante para resgatar a condição militante, popular e democrática do Partido dos Trabalhadores. 

Belém alagada: Uma nociva parceria entre o silêncio e a impunidade


Por Alexandre Costa*

Em relação a problemática dos injustificáveis alagamentos e inundações vivenciados há muito tempo por significativa parcela da população, habitante nos 20 bairros integrantes da Bacia do Una.

Área geográfica que correspondente à 60% do sítio urbano da cidade de Belém capital do Estado do Pará, que no período de 1980 a 2005 sofreu a intervenção do Projeto de Macrodrenagem da Bacia do Una.

Um ambicioso projeto urbanístico, considerando pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento - BID, como sendo a maior reforma urbana da América Latina, custando ao erário público a quantia de 312.436.727 milhões de dólares. 

Não bastassem ao longo de mais de uma década e meia de tanto sofrimento, prejuízos materiais e danos de ordem moral, em decorrência das continuas inundações e alagamentos, resultantes da má gestão pública na conservação e manutenção do conjunto de obras do referido Projeto de Macrodrenagem.

Outros fatores causadores de indignação, são o absurdo silêncio e a falta de posicionamento por parte do Ministério Público do Estado do Pará - MPE, que através da Promotoria de Justiça de Direitos Constitucionais, Fundamentais, Defesa do Patrimônio Público e Moralidade Administrativa, desde o ano de 2007 vem recebendo inúmeras denúncias que apontam indícios de improbidade administrativa por parte da Prefeitura Municipal de Belém, durante a gestão do ex-Prefeito Duciomar Gomes da Costa, acerca dos equipamentos, maquinários e veículos avaliados em R$ 21.977.619,75 que foram adquiridos pelo Estado do Pará com os recursos do financiamento firmado com o Banco Interamericano de Desenvolvimento - BID (capital estrangeiro).

Tais equipamentos, maquinários e veículos, foram repassados para a Prefeitura Municipal de Belém no dia 02 de janeiro de 2005. Com a finalidade de única e tão-somente manutenção e conservação técnica do conjunto de obras do Projeto de Macrodrenagem da Bacia do Una, que é agrupado em três grandes sistemas: saneamento, viário e macrodrenagem (17 canais, 6 galerias e 2 comportas).

Até o presente momento, tal Promotoria não tomou ações efetivas permitindo que a situação se arraste como sendo de menor importância.

Valendo ressaltar que o uso inadequado, o desvio e o paradeiro dado aos referidos equipamentos, maquinários e veículos, na gestão do ex-Prefeito Duciomar Gomes da Costa, resultaram no ano de 2013, em objeto de investigação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito - CPI, instalada na Câmara Municipal de Belém - CMB.

Que a exemplo da Ação Civil Pública Ambiental ajuizada pelo Ministério Público do Estado do Pará - MPE, através da terceira Promotoria de Justiça do Meio Ambiente, Património Cultural, Habitação e Urbanismo de Belém, tramitando na segunda Vara de Fazenda Pública da Comarca da Capital, na qual a Prefeitura Municipal de Belém, a Companhia de Saneamento do Pará - COSANPA e o próprio Estado do Pará, respondem pela "Obrigação de Fazer" a conservação e a manutenção técnica do conjunto de obras do Projeto de Macrodrenagem da Bacia do Una bem como, a execução das inúmeras obras de microdrenagem que ficaram pendentes espalhadas nas 7 Sub-bacias.

Tal Comissão Parlamentar de Inquérito - CPI da Câmara Municipal de Belém -CMB , também seguiu sem nenhuma perspectiva de resultado em benefício de significativa parcela da população de Belém.

*Alexandre Costa é membro da Frente dos Moradores Prejudicados da Bacia do Una - FMPBU.

A crise conjuntural pode aprofundar e tornar-se cancerosa



Por Raimundo Favacho*

A dívida pública: FHC 60,38%, LULA: 33,60%

A PEC 55, que tramitou na Câmara como PEC 241, impõem sacrifícios aos mais pobres para “engordar os mais ricos”. 

Digo isto porque os argumentos em defesa dessa lei são falaciosos e fazem uma inversão dos conceitos público/privado, quando se trata de investimentos versos resultados, considerando que nos últimos 14 anos, a economia cresceu com investimentos públicos nas grandes obras efetivadas pelo setor privado e que, consequentemente, tivemos melhores resultados em relação ao que se praticava nos 8 anos do governo do PSDB de Fernando Henrique. Todavia, isso se deu com o controle do Estado que é guardião da sociedade.

Estão transformando a crise conjuntural em crise “cancerosa” e o reflexo da intensificação da crise política intencional, ajudou aprofundá-la. As medidas amargas de “austeridade” fiscal vai retomar o desastre do governo tucano, já que essas medidas têm a mesma dosagem que eles adotaram de 1994 a 2002, pondo em risco um projeto de inclusão social e econômico que daria ao país a condição de estar inserido entre as seis maiores economias do mundo. 

Nunca em nossa História, o Brasil foi protagonista dos debates econômico-político e social como nos últimos 14 anos e o novo rumo adotado pode mudar, negativamente, esse protagonismo.

Há um cenário teatral armado que enterrou Aécio Neves, vai sepultar Temer e, talvez, ressuscitar FHC para ser o “ator principal dessa peça, já articulado por alguns interlocutores do tucanato e veiculado nas mídias esse desejo insano para a consolidação de um segundo ato da implementação do neoliberalismo, começado por Collor e continuado na era FHC. 

Como vão explicar ao povo o desastre por terem quebrado o país três vezes?

Como diz Chico Buarque “quando chegar o momento esse meu sofrimento vou cobrar com juros, juro”. 

Não é difícil demonstrar que eles estão tentando inverter os fatos. É só consultar os dados oficiais, através do banco central e DIEESE, por exemplo, que chagamos à verdade.

Com FHC, a paridade do real diante do dólar “explodiu” e o salário mínimo não chegou a US$100.  “A dívida pública era de R$ 153,162 bilhões, em 1995, atingiu R$ 208,460 bilhões (29,54% do PIB), sete anos depois, em 2002, no final do mandato do tucano, saltou para R$ 892,291 bilhões (60,38% do PIB). 

Ou seja, a dívida pública cresceu na era FHC 482% em termos nominais e mais que dobrou, enquanto percentual do PIB (crescimento de 104,40%)”. Não há registro na história brasileira de um processo de endividamento público como no governo Fernando Henrique. Lula baixou os juros, reduziu significativamente a dívida e deixou de se curvar ao FMI.

Se aprovada a PEC, os “tubarões da educação mercantilista terão recursos públicos garantidos via parcerias público/privada e a concepção do ensino médio enquanto educação básica será convertida substancialmente a formar o aluno “cliente” para o mercado de trabalho em oposição aos preceitos constitucionais que objetiva, fundamentalmente, a formação do cidadão e preparo para o mundo do trabalho. 

Sem investimentos, o governo Temer vai atacar a CLT , intensificar esforços para reforma previdenciária e reduzir a investidura ao funcionalismo público através dos concursos, o que possibilitará a volta aos tempos do apadrinhamento.

É preciso, portanto, compreender que o país é maior que esse grupelho retrógado que quer, mais uma vez, inviabilizar as conquistas alcançadas pela sociedade brasileira e impor um modelo fracassado em muitos países europeus. Da mesma forma, o Estado brasileiro não pode ser reduzido a um mero repassador de recursos financeiros ao setor privado através de suas instituições financeiras com o aval dos poderes da República.

*Raimundo Favacho é professor da rede estadual de ensino do Pará.

Eleições norte americanas: É o circo de novo!



Por Caíto Aragão*

"Somos todos iguais nesta noite/Na frieza de um riso pintado...É o circode novo!"

A canção do cantor, compositor e poeta brasileiro IVAN LINS retrata muito bem o dilema vivido pelo país detentor da "MAIOR DEMOCRACIA DO PLANETA".

Na terra do "Tio-Sam" onde o voto é facultativo, os cidadãos votam em seus candidatos, mas não os elegem.

Os milhões de votos dos norte americanos depositados nas urnas são reduzidos a 538 congressistas que compõem CAPITÓLIO (Parlamento).

Este, por sua vez, forma o COLÉGIO ELEITORAL, que, em nome do povo, elege o presidente da República, com, no mínimo, 270 votos.

A ELEIÇÃO INDIRETA, que o Brasil já aboliu há mais de 30 anos, reestabelecendo a chamada "Democracia Representativa", continua "vivinha da Silva" na terra de BARACK OBAMA.

Dado o grande nível de acirramento das eleições norte americanas, os candidatos dos partidos DEMOCRATA e REPUBLICANO tem radicalizado o nível eleitoral da campanha.

Porém, nada que ameace o Status Quo local.


A campanha nazi-fascista, odiosa, preconceituosa e discriminatória do bilionário republicano DONALD TRUMP contra pobres, negros e imigrantes já o coloca na condição de "candidato ultra conservador".

Em função das propostas e idéias liberais opostas ao seu adversário, HILLARY CLINTON (imagem) é vista como a candidata que dar prosseguimento ao aprofundamento da democracia participativa e da inclusão social do atual governo.

Apesar do perfil liberal do governo OBAMA os Estados Unidos ainda mantém seu PERFIL IMPERIALISTA, tendo como seu aliado o governo cionista Israelense, que boicota a criação do Estado da Palestina, e comandando dezenas de guerras planeta afora. 

BERNIE SANDERS, o candidato derrotado do partido democrata deu um verniz de esquerda à candidatura Hilary, já que nas prévias apresentou-se como um candidato socialista, defensor dos pobres e da classe média, contra a classe dos ricos bilionários de Wallstreet.

Entre as propostas radicais apresentadas por Sanders, destaque para a taxação das grandes fortunas, a quebra do monopólio e o desmantelamento dos seis maiores bancos do país, responsáveis pelo controle de 95% dos aplicativos financeiros, detentores de mais de 40% de depósitos bancários e com ativos correspondentes a 60% do PIB norte americano.

Embora não admita publicamente, mas é fato que Hilary ensaiou eleitoralmente a adesão ao socialismo de esquerda liderado por Sanders, defensor da social democracia inspirada na experiência européia dos governos francês, inglês e alemão do pós-guerra.

Ambos com parentesco no triunfo da sociedade do bem estar social, após o fracasso do nazi-fascismo.

HIllary, por sua vez, mesmo sem possuir qualquer afinidade com as idéias de Sanders, teve que engolir seco suas condições para apoiá-la.

Mas, se não será dessa vez que veremos a dicotomia entre "esquerda e direita" na terra do "tio Sam", pelo menos teremos que nos contentar em torcer pela ascensão de uma estrela na Casa Branca, para evitar o triunfo da serpente.

*Caíto Aragão foi vereador de Belém e é Professor e historiador.

sexta-feira, novembro 04, 2016

MPF acusa prefeito de Belém de desviar passagens aéreas

Mais uma bomba acaba de cair sob a cabeça do prefeito reeleito de Belém, Zenaldo Coutinho.

Por Diógenes Brandão

A denúncia acaba de ser publicada pelo site do MPF, onde o ex-deputado e atual prefeito de Belém, que acaba de ser reeleito, Zenaldo Coutinho (PSDB), se encontra no último lugar da extensa lista de deputados acusados pelas autoridades de terem desviado, em proveito de terceiros, valores de que tinham a posse em razão do cargo. A pena para o delito é de reclusão de dois a doze anos, mais multa.

Zenaldo na época era deputado federal pelo PSDB paraense. Hoje é prefeito reeleito de Belém, mas seu mandato ainda está subjudice, após Edmilson ter pedido a cassação de Zenaldo e agora o TRE-PA decidirá se Belém terá nova eleição para prefeito.

Via MPF

O Ministério Público Federal (MPF) ofereceu denúncia contra 443 ex-deputados por uso indevido de recursos públicos, por meio da utilização das cotas de passagens aéreas oferecidas pela Câmara dos Deputados para o exercício da atividade parlamentar. 

Eles são acusados de desviar o benefício em favor de terceiros. As investigações apuraram os gastos com viagens no período de janeiro de 2007 a fevereiro de 2009. 

Outras 219 pessoas, com foro privilegiado, entre elas atuais deputados federais e estaduais, senadores, governadores e membros de Tribunais de Contas, poderão ter a situação examinada pela Procuradoria-Geral da República. Nesses casos, a Procuradoria Regional da República – 1ª Região, órgão do MPF, solicitou que cópias do inquérito sejam enviadas ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) para que o processo seja continuado. 

As denúncias aguardam a manifestação do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1). Os denunciados são acusados de peculato, incidindo na prática do crime do artigo 312 do Código Penal, por haverem desviado, em proveito de terceiros, valores de que tinham a posse em razão do cargo. A pena para o delito é de reclusão de dois a doze anos, mais multa.



Número do inquérito: 25039-72.2016.4.01.0000

Atualização às 18:47, horário de Brasília.

Uma pesquisa mais detalha na lista dos parlamentares que estão em seu pleno exercício de mandato, nos mostra que outros políticos também estão denunciados ao Superior Tribunal de Justiça, para
o exame das condutas dos investigados que detém foro privilegiado naquele tribunal. Entre os 213 nomes, encontramos os Senadores paraenses: Jader Barbalho (PMDB) e Paulo Rocha (PT), além dos deputados federais Elcione Barbalho (PMDB), Beto Faro (PT), Lúcio Vale (PR), Nilson Pinto (PSDB) e Wladimir Costa (Solidariedade).

Crise: Edmilson Rodrigues perde seu braço esquerdo no PSOL

Luiz Araújo deixou o PT para fundar o PSOL, onde viveu até então organizando a corrente interna "Primavera Socialista" e supostame...