quarta-feira, janeiro 03, 2018

Haters seguidores de Wladimir Costa, o deputado da tatuagem de Temer, ameaçam e destilam ódio na web

Joaquim Hamad (PTdoB) saiu em defesa de Wladimir Costa (SDD-PA), com a mesma baixaria peculiar ao deputado federal que defende com unhas e dentes nas mídias sociais.

Por Diógenes Brandão

Não foi a primeira vez que encontro e esbarro com haters - palavra inglesa e que significa "os que odeiam" ou "odiadores" na tradução literal para a língua portuguesa. O termo hater é bastante utilizado na internet para classificar algumas pessoas que praticam "bullying virtual" ou "cyber bullying". 

Outra vez, são os mesmos defensores de Wladimir Costa (SDD-PA), que caluniaram, ofenderam e fizeram novas ameaças ao autor deste blog, depois que este fez o compartilhamento de uma matéria do portal G1, que revelou a possibilidade daquele que se diz o "federal do povão", perder o mandato na Câmara dos Deputados, tanto por ele ser um dos mais faltosos, quanto pelo uso da verba indenizatória com passagens aéreas para viagem a outros Estados. 

Um destes seguidores se apresenta como Joaquim Hamad e usa o número 93-9155-7676 no Whatsapp, onde defende com unhas e dentes o deputado Wlad - como ele também gosta de ser chamado - e ataca de forma feroz e leviana, todos que o criticam ou compartilham matérias consideradas desfavoráveis ao deputado que se encontra cassado por duas vezes, em decisões do TRE-PA.

Em uma rápida pesquisa na internet, descobrimos que Joaquim tem 56 anos e concorreu ao cargo de prefeito de Santarém pelo PTdoB, nas eleições de 2016, quando mesmo sendo o 2º candidato mais rico, acabou como o mais rejeitado nas urnas, alcançando tão somente 1.447 votos, o que representou 0.83% dos votos válidos e resultou no último lugar, entre os cinco (05) candidatos que disputaram o pleito. 



Antes disso, nas eleições de 2014, Joaquim já havia tido outra derrota acachapante, quando obteve apenas 426 votos, o que representou 0,1% dos votos válidos, naquele pleito em que disputou uma vaga para deputado estadual e saiu novamente humilhado das urnas.

AMEAÇAS: CASO DE POLÍCIA

Depois de difamar, o seguidor de Wladimir falou que policiais estariam envolvidos no repasse de informações contra este blogueiro e ameaçou dizendo que eles agiriam em conluio com advogados do deputado, além buscarem formas para tentar me silenciar pelo simples fato de eu compartilhar matérias jornalísticas que abordam notícias sobre políticos paraenses, envolvidos em denúncias, investigações e escândalos, como as que citam Wladimir Costa, que todos sabem, existem contra o mesmo, ainda antes deste adentrar para a política partidária e ter sua vida parlamentar envolvida em tanta confusão.

Em um trecho digitado em um grupo no Whatsapp, ele faz uma ameaça explícita: "Comigo é diferente. Não pensa que vou usar a justiça. Sou eu que vou arrancar tua máscara. Aguarde. (..) Pode apostar. Tu mexeu com o cara errado. Tu vai vê ". 

Em um Estado repleto de jagunços e pistoleiros, o que quis dizer o homem que se diz empresário e político de uma região com diversos de crimes e assassinatos políticos?

Depois dele, outro seguidor destilou ódio, ameaças e ofensas. Identificado apenas com o número (93) 99212-0380, o hater será igualmente denunciado junto à Delegacia de Crimes Virtuais do Pará para medidas cabíveis. Em uma parte da conversa realizada também em um grupo do Whatsapp, depois de eu alertá-lo que tomaria providencias contra as ofensas e calunias proferidas pelo anônimo, ele diz o seguinte: "entao leva seu filho de uma puta... quero vet se tu es homem seu marginal...  Pois e lah q vou fazer tua casa cair blogueiro de merda... vuciado no dibheiro publico. Vou fazer tu engolir tbem ze ruela".


Wladimir usa as suas redes sociais para atacar todos seus adversários e prepara um verdadeiro exército que usa métodos de guerrilha cibernética, acusando com palavras de baixo calão e dizer que todos os que o denunciam são "petistas", "vagabundos", "corruptos" ou Barbalhistas, em alusão à família do senador Jader Barbalho, com quem rompeu depois que foi eleito deputado federal, mas foi cria e por longos anos, alinhado politicamente.

Assista a matéria publicada no portal G1, a qual foi o gatilho para mais essa polêmica envolvendo o nome do deputado federal Wladimir Costa, que já foi cassado por duas vezes pelo TRE-PA e responde a diversos outros processos no TSE, STF, CGU, movidos por diversos outros órgãos de controle e fiscalização com o MPE e MPF. 


Leia mais sobre o deputado federal Wladimir Costa, o defendido por odiosos seguidores nas redes sociais:








terça-feira, janeiro 02, 2018

Ananindeua completa 74 anos com a pior qualidade de vida do Brasil

Há 21 anos nas mãos do PSDB e do PMDB, Ananindeua coleciona índices vergonhosos em diversas áreas sociais. 

Por Diógenes Brandão

Com mais de meio milhão de habitantes, o município de Ananindeua completa nesta quarta-feira (03), 73 anos de fundação. 

Sem ter um terminal rodoviário ou um Pronto Socorro Municipal para chamar de seu, a iniciativa privada é a única que lucra a cada ano, com sucessivos prefeitos que se revezam no poder, cada vez mais ricos e influentes. 

São clínicas, escolas, faculdades, cursos de línguas, redes de supermercados, de farmácias, academias, petshops e até um shopping center, recentemente inaugurado em 2017, ano em que o governo federal viabilizou 4 milhões e meio para o prefeito terminar o estádio municipal de Ananindeua, que tem suas obras paradas desde 2011, sabe-se lá o motivo! O atual prefeito de Ananindeua, Manoel Pioneiro, diz que a obra é uma herança maldita. Veja aqui.

Quando saiu da Prefeitura de Ananindeua, em 2012, Helder Barbalho deixou quase R$ 6 milhões nos cofres municipais, para a conclusão do estádio, informou o jornal Diário Online.
Os presentes para os moradores do 2º maior município do Pará não poderiam ser piores. Ananindeua é recordista em desgraças, em várias áreas. A cidade cresceu, mas por falta de bons gestores, os problemas cresceram muito mais. 

Exemplo disso foi relatado pela imprensa que noticiou que os moradores do conjunto Guarajá 1, em Ananindeua, ficaram sem água no conjunto, o que gerou muitos transtornos no almoço de Natal. O caso revela o que o estudo do Instituto Trata Brasil informou em 2017: Ananindeua é o município com o pior saneamento do brasil. 

A Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa) informou que um funcionário do setor que abastece o bairro faltou plantão e o reservatório ficou desabastecido, criando revolta popular no dia em que se festeja o nascimento de Jesus Cristo. 

No fim de Novembro, moradores da rua do Providência em Ananindeua realizaram protesto por não conseguirem deixar seus veículos estacionados em frente das suas casas, pois estão sujeitos a guinchos. Estes moradores residem ao lado do novo shopping, recentemente inaugurado.

Alguns dias depois, abaixo notícia deixou claro como andam as coisas em relação ao recolhimento de lixo na cidade: 

"Os sacos de lixo estão pendurados nos postes de energia e nas casas. O comerciante Antônio Cardoso quer se livrar da sujeira e já não sabe o que fazer. “Eu fico até com vergonha dos clientes, pois eu vendo churrasco à noite e fica fedendo aqui”, diz. A reclamação é que há duas semanas o caminhão de coleta não passa no bairro do Curuçambá, em Ananindeua. “Dá bastante rato e mal cheiro”, diz uma das moradoras". Leia aqui.

Dividido ao meio pela maior rodovia federal no Pará e a principal via de acesso e saída de Belém, Ananindeua agoniza sem um Terminal Rodoviário. Cidades menores, como menos de 5% de sua população, possuem terminais, Ananindeua não.

Notícia divulgada no portal G1, mostra como os passageiros enfrentam a falta de dignidade em seu embarque nos ônibus que param em Ananindeua: 

"O embarque é feito no meio da rua, na BR-316. O início das obras do tão esperado terminal rodoviário foi adiado mais uma vez. Enquanto isso, o que se vê é a dificuldade enfrentada pelos passageiros e a situação se agrava ainda mais no período de chuvas.  Um vídeo mostra a dificuldade enfrentada por pessoas que tentavam ajudar um cadeirante a embarcar em um ônibus debaixo de chuva. O ônibus parou quase no meio da rua para pegar o passageiro". Veja o vídeo aqui

Se quem via viajar não pode contar com segurança, imagina quem precisa atravessar a BR 316! A passarela localizada em frente à UNAMA é um exemplo de abandono e descaso por parte do poder público. Em Novembro do ano que acabou de terminar, um pedaço da estrutura metálica da passarela caiu, colocam em risco motoristas, passageiros e transuentes que por um golpe de sorte não foram atingidos pelos restos da obra que custou dinheiro público e cai aos pedaços sem nenhum órgão público dê mínima atenção. Leia aqui.

Em Junho a revista Exame, da editora Abril, publicou matéria com informações de estudos divulgados pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública com dados de 2015, que revelaram a posição de Ananindeua em 25º lugar no ranking das cidades mais violentas do Brasil. Leia aqui.

Como se não fosse pouco, Ananindeua lidera os casos de feminicídio no país, aponta estudo feito pelo Ministério da Saúde, que mapeou as cidades onde foram registrados alto índice de assassinatos de mulheres no Brasil, de 2005 a 2015.

Em 2015, estudo realizado pelo Observatório de Homicídios, revelou que das 50 cidades com as maiores taxas de homicídio do mundo, 22 são brasileiras e Ananindeua foi indicada como a cidade onde mais se mata no Brasil e a sexta no mundo, com 125 mortes a cada cem mil habitantes.

Para finalizar, a cidade de Ananindeua tem os piores índices de saneamento básico entre as 100 maiores cidades do Brasil. Os dados estão no ranking, divulgado pelo Instituto Trata Brasil e publicado pela Empresa Brasileira de Comunicação - EBC.

Leia trechos da matéria:

A classificação – com dados de 2015 – usa referências do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento, do Ministério das Cidades.

"A cidade paraense apresenta dados preocupantes. No item que trata sobre o abastecimento de água, o município recebeu nota zero em relação às novas ligações de água necessárias para se atingir a universalização do serviço. Foram realizadas apenas 913 quando a demanda era de 99 mil. 

Nota próxima a zero também sobre as novas ligações de esgoto. Das quase 118 mil necessárias, foram feitas apenas 2.500. 

No ranking das 10 cidades com os piores índices aparecem outras cinco da Amazônia, sendo três capitais: Manaus, Macapá e Porto Velho; além de Santarém, no Pará; e Várzea Grande, no Mato Grosso."

Talvez quando alguém da alta sociedade paraense for prejudicado por esse "estado de coisas", algo seja feito e os moradores de Ananindeua tenham algo a comemorar. Por hoje, não há motivo algum para alegria, a não ser quem ganha dinheiro com a desgraça alheia.

2018: Luzes e sombras no campo político

Para o Cientista Político Dornélio Silva, o ano de 2018 pode trazer renovação na classe política estadual e nacional. 

Por Dornélio Silva*, da Doxa Pesquisas

2017 se encerra ofuscado no campo das decisões políticas. 

Incertezas, ceticismo, desconfianças são elementos que pairam sobre o imaginário do cidadão-eleitor. 

2017 se encerra com a percepção de que a política, como ferramenta de mudança social, está em total descrédito. É como se dissesse que tem que jogar tudo no lixo e fazer tudo de novo por que está tudo contaminado, tudo estragado. 

Encerramos 2017 com a sensação de que a política institucional é ‘suja’, ‘cheia de gente mau caráter!’. 

A imagem dos políticos perante o eleitor é das piores possíveis: acomodados, mentirosos, falsos, péssimos, mascarados, sem reputação, só pensam no bolso deles. São vistos como simples usurpadores, que não cumprem com promessas, que não cumprem seus deveres em relação às necessidades dos cidadãos, que buscam somente vantagens pessoais. 

Assim, a corrupção é percebida, de forma quase unânime, como sendo o principal câncro do Brasil na atualidade. A conjuntura que estamos vivendo no Brasil é uma das piores para a classe política. 

Por isso a Rejeição é uma variável indispensável nas nossas análises. 

Este cenário de descrédito da política, compreensão do Estado como máquina ineficaz que não consegue resolver os problemas básicos da população, que os velhos políticos não representam mais os anseios da população, abrem-se espaços, em nível federal e estadual, para candidatos outsiders que buscam explorar essa revolta e angústia da população, como salvadores da pátria. 

Diante desse quadro caótico e desalentador, há luzes nesse campo por que há um entendimento do cidadão-eleitor que a transparência em lidar com a coisa pública é a melhor maneira pra se jogar limpo com o eleitor que coloca o político no poder; que a honestidade seja uma bandeira permanente, mesmo que difícil, mas esse cidadão busca nos políticos, ele não quer corruptos, ladrões, quer alguém que cuide com honestidade do dinheiro público. 

Além disso, o cidadão-eleitor quer que o novo governante seja participativo, presente; quer alguém com ideias novas de desenvolvimento para o nosso estado, que tire o estado da situação de violência dominante e de outros males que sufocam a população. 

Compromisso é outra luz forte pairando na mente desse cidadão que busca alguém comprometido com o povo, que cumpra as promessas. Enfim, para o cidadão-eleitor que  vai eleger em 2018 o novo presidente do Brasil, o novo governador do Pará, novos senadores, novos deputados, outras imagens fortes surgem em suas mentes: ética, seriedade, verdadeiro, correto, sincero. 

Que seja Ficha Limpa, que tenha conhecimento geral do Estado do Pará. 

Ah! É um sonho!! Não custa nada sonhar. Temos que acreditar. 

Estudos da Doxa mostram que em 2018 os menos rejeitados e que não foram citados na Operação Lava Jato ou que não estejam envolvidos em problemas judiciais, e se apresentem como fichas limpas, tenham mais possibilidades de galgarem sucesso nas eleições 2018.

*Dornélio Silva é Mestre em Ciência Política e Diretor-presidente da Doxa Comunicação Integrada

sexta-feira, dezembro 29, 2017

Cenários para as eleições de 2018 no Brasil



Por Edir Veiga*, em seu blog Bilhetim

As eleições de 2018 no Brasil será diretamente influenciada pelos acontecimentos políticos que emergiram nos últimos quatro anos no mundo ocidental e no Brasil tendo como pontos de referências, no plano externo, a mundialização das relações econômicas e políticas e seu reflexo nos Estados nacionais e a crise do ciclo dos governos sociais na Europa, EUA e América do Sul.  No plano interno, a operação Lava Jato, o golpe parlamentar contra a presidente Dilma e a ascensão de Michel Temer ao governo central.  

Nenhum projeto nacional pode estar desvinculado das novas interações e processos que vem se consolidando nas relações internacionais consubstanciados nas estruturação de relações de poder mundial impulsionado por dois processos concomitantes: a mundialização de decisões econômicas que incidem diretamente sobre Países da periferia do capitalismo mundial e a transformações nas relações sociais a partir da emergência de sociedades estruturadas em redes sociais fundada na individualização extrema de vida e valores.  

Efetivamente, decisões estratégicas para as sociedade nacionais têm sido tomadas por atores e instituições financeiras. Assim, Banco Mundial, Organização Mundial do Comércio, Banco Central Americano, organizações financeiras e econômicas regionais, corporações transnacionais tomam decisões que estão desprovidas de controle social e que tem efeitos avassaladoras para os Estados nacionais.   

A formação do preço do câmbio, os preços das commodities a exemplo do petróleo, soja etc, protecionismo de base sanitária, decisão de investimento em energias que geram impacto ambiental são exemplos marcantes de tomada de decisões que impactam negativamente os governos nacionais.  

Qualquer governo ou candidatos a governar um País deve apresentar esta discussão à sociedade. Efetivamente, precisa-se de articulações supra nacionais, tanto dos Estados nacionais, como das sociedades civis. Para controlar decisões que afetam diretamente cada País é fundamental que a sociedade civil se articule no plano regional e internacional para atuar decisivamente no enfrentamento de decisões de instituições que impactam diretamente as sociedades nacionais.  

No plano dos Estados nacionais é decisivo a definição de uma política local (Merco Sul), regional (das Américas) e global (relação Sul-Norte e Sul-Sul) para que o Brasil tenha força a partir de organizações estatais regionais e mundial na tomada de decisões econômica, sociais, políticas, ambientais e Humanitárias que repercutem decisivamente na vida dos povos.  

Neste momento, o governo Temer parece não entender a determinação que a as relações externas têm nos destinos das políticas internas. Ou seja, os ajustes fiscais internos, representam apenas um aspecto relacionado ao complexo sistema que incidem sobre as relações comerciais no plano internacional, e que não é o central para o fluxo positivo da presença do Brasil no mundo dos negócios e da política.

A enorme crise econômica e política enfrentada no início do segundo governo Dilma está diretamente relacionada à incidência de variáveis externas sobre a economia brasileira.  A queda dos preços no mercado internacional  do petróleo e dos produtos agrícolas no curso do primeiro governo Dilma, produziram enorme queda das receitas da fazenda nacional produzindo o início de um gigantesco déficit público.  

Todo este complexo processo de formação de preços a partir de variáveis internacionais começou a ocorrer no curso do primeiro governo Dilma, como houve a decisão de ampliar os gastos públicos em função da eleição presidencial que se aproximava, estes gastos ampliaram-se no curso do ano de 2014, produzindo um enorme déficit nas contas públicas.  É neste contexto de início de uma aguda crise econômica que se inicia o segundo governo Dilma em 2015. Agora temperado com o enorme escândalo envolvendo o Partido dos Trabalhadores, a partir de outubro de 2014.  

O governo Dilma, a partir de janeiro de 2015, foi marcado, desde a sua segunda posse por uma grave crise econômica impulsionada pelo déficit das contas públicas e pela crescente crise política que, efetivamente se instaurou com a eleição de um oposicionista extremado para presidir a câmara do deputados, que foi o deputado Eduardo Cunha.  

O segundo governo Dilma inicia com a necessidade premente de tomar medidas contracionista na economia  para enfrentar o grave déficit público acumulado no curso do final do seu primeiro mandato. Estas medidas passavam pelo corte de gastos sociais, contenção dos salários dos servidores públicos e  reforma previdenciária.  

Neste momento, os escândalos envolvendo a cúpula do Partido dos Trabalhadores estavam em franco processo de ampliação. O presidente da câmara do deputados, Eduardo Cunha, aliado ao centro político conservador desta instituição, iniciou a produção da chamada “pauta bomba”, que objetivava ampliar os gastos públicos num contexto de grave déficit público, inviabilizando, sistematicamente as iniciativas políticas do governo Dilma.  

É neste contexto que entra em ação o vice-presidente da república, Michel Temer que se alia ao presidente da câmara e conduz o PMDB e seus satélites conservadores para a política da pauta bomba de Cunha, gerando uma ingovernabilidade política que durou todo o ano de 2015 e parte do ano de 2016.  

Com a paralisia congressual estavam dadas as condições para o golpe parlamentar contra a presidente da república. Os defensores do impeachment utilizaram uma ferramenta legal para dar início à derrubada de Dilma. Assim, o impeachment, veio a afastar e posteriormente cassar o mandato da presidente Dilma.  

Deve-se registrar que a presidente Dilma jamais foi acusada ou envolvida com as denúncias da operação Lava Jato contra o Partido dos Trabalhadores. O argumento utilizado para afastar a presidente foi de ordem administrativa, ou seja a presidente Dilma foi acusada de pedaladas fiscais, qual seja, fazer deslocamento de receitas públicas para pagar o programa Bolsa Família. Deslocamento orçamentário este, que não foi  autorizado pelo congresso nacional. 

Deve-se registrar que o Supremo Tribunal Federal legitimou todo este processo de golpe parlamentar a partir de uma provocação do próprio Partido dos Trabalhadores. Ou seja, quando o presidente da câmara dos deputados conduziu a aprovação do rito do impeachment, o PT recorreu ao STF solicitando que o rito fosse alterado, no que o foi atendido pela corte suprema. A partir deste momento o rito do impeachment estava legalizado.  

Pois bem, com a queda da presidente Dilma, ascendeu à presidência da república o vice-presidente Michel Temer, que construindo uma ampla maioria parlamentar vem enfrentando a crise econômica com políticas ortodoxas consubstanciadas em políticas de contingenciamento do orçamento público, notadamente para saúde, educação, segurança, corte de gastos de programas sociais , arrocho salarial do funcionalismo público e reformas administrativas que vêm penalizando o trabalho e protegendo o capital.  

O resultado de toda esta política contracionista e antipopular é a rejeição estratosférica do presidente da república pela sociedade brasileira, que chega a 80% e aprovação que não passa de 3%. Neste contexto de arrocho contra a classe trabalhadora e os setores médios da população observa-se o crescimento da popularidade do ex-presidente Lula, que hoje é apontado pelos institutos de pesquisas, como favorito para ganhar as eleições presidenciais de 2018, caso venha a ser candidato.  

É neste contexto que passo a analisar os possíveis cenários para as eleições de 2018 no Brasil. Eu diria que este cenários serão nebulosos até meados de 2018, tendo em vista a possível condenação, em segunda instância, do ex-presidente Lula no dia 24 de janeiro pelo Tribunal Regional Federal da quarta região.  

Com efeito, Lula tem sido o personagem central da sucessão presidencial de 2018. Como existe grande probabilidade de sua condenação no dia 24 de janeiro de 2018, os desdobramentos poderão ter incidência sobre os rumos da sucessão presidencial de 2018 no Brasil. Mas vamos aos prováveis cenários para 2018 no Brasil.  

As forças políticas que estarão no centro das disputas eleitorais no Brasil nas eleições de 2018 deverão estar representada no centro: Geraldo Ackmin, Lula, Marina Silva e Álvaro Dias. Pela direita, Jair Bolsonaro e pela esquerda Ciro Gomes.  Muitos outros candidatos, portadores de diversas matizes ideológicas deverão se lançar à presidência mas com baixo poder de polarização política, a exemplos dos candidatos do PC do B, PSOL e PPS.  

Cenário 1 com a presença de Lula candidato (cenário improvável) -  Lula e Alckmin ocuparão o espaço do centro, Alckmin atingindo boa parte da direita e Lula boa parte da esquerda. Diria eu, este dois candidatos esvaziarão candidatos pelo centro e pela esquerda. Os candidatos com perfil de centro como Marina Silva, Álvaro Dias e Cristovam Buarque tenderão a ser esvaziados. Pela esquerda, candidatura como a de Ciro Gomes perderá potencial de crescimento.  

Creio que neste cenário, Lula. Alckmin e Jair Bolsonaro travarão uma dura batalha pelo segundo turno. Caso venham a passar Alckmin e Lula, o tucano a partir da migração maciça dos votos de Bolsonaro tenderia a sair vitorioso. Caso venha a passar Alckmin e Bolsonaro, a maioria dos votos de Lula dariam a vitória ao tucano em segundo turno. Caso venha a passar Lula e Bolsonaro, Lula sairia vitorioso a partir da migração dos votos de Alckmin para Lula em segundo turno.  

Cenário 2- sem Lula:  Neste cenário haveria uma grande fragmentação eleitoral ao centro e à esquerda. No centro, que tem potencial de 50% de votos, Alckmin, Marina, Cristovam Buarque e Ávaro Dias dividiriam o voto ao centro, com tendência de que o tucano passasse ao segundo turno. Pela esquerda o candidato do PT, Ciro Gomes, Manuela D’avila  do PC  do B e o candidato do PSOL, dividiriam os votos à esquerda, cujo potencial é de 30%, perdendo poder de passagem ao segundo turno. Neste cenário, o candidato de direita, Jair Bolsonaro, com potencial de 20% de votação passaria ao segundo turno.  

Num confronto entre Alckmin e Bolsonaro, a tendência seria de vitória de Alckmin, ou qualquer outro candidato que viesse do centro político, haja vista que a maioria dos eleitores de esquerda, dariam um voto anti Bolsonaro no segundo turno das eleições de 2018.   

A presença de Lula, como cabo eleitoral poderá alterar a dinâmica deste eventual cenário. A entrada de um outro candidato petista na disputa presidencial poderá retirar qualquer chance de um candidato de esquerda vir a disputar a passagem ao segundo turno nas eleições de 2018. Creio que o voto de Lula é somente de Lula e os votos da legenda do PT, são outra coisa, perante as massas, nesta eleição vindoura. Creio que o PT, como partido, só começa sua recuperação eleitoral nas eleições seguintes, quando passar a penitência decretada, desde 2016 pelo eleitorado brasileiro.  

Mas, o que é improvável, caso Lula e o PT resolvam apoiar uma candidatura, como a de Ciro Gomes, desde o primeiro turno, o cenário se transformaria favoravelmente para a esquerda. Como Ciro Gomes tem de saída 10% de intenção de votos, Lula tenderia a transferir mais 10 ou 15% por cento, o que colocaria esquerda em condições de disputar o segundo turno de 2018 no Brasil. Neste cenário Ciro só tenderia a sair vitorioso se viesse a enfrentar Jair Bolsonaro, pois a maior parte dos eleitores do centro político tenderiam a dar um voto anti Bolsonaro, desde que Ciro Gomes moderasse seu discurso, seu programa e fizesse um aceno ao centro político.  

O fenômeno Bolsonaro representa a negação da política e dos partidos e este candidato está em ascensão devido ao sentimento genérico de rejeição do sistema político como um todo, seja a negação dos poderes da república seja a descrença nas próprias instituições democráticas no Brasil. Somado a tudo isso, temos a terrível conjuntura da violência urbana e a falência dos serviços públicos básicos. A duplicação de votos brancos e nulos, em relação às eleições de 2014, deverá marcar este sentimento de rejeição da política por grande parte do eleitorado esclarecido brasileiro.  

Portanto, as eleições de 2018 é propícia a emergência de outsiders. Existe um sentimento genérico de renovação política nas disputa para os cargos majoritários nas eleições de 2018, a exemplo das disputas para os cargos de presidente, governador e senador. Nestas disputas majoritárias o eleitor terá maiores chances de realizar a operação “degola”.  

Dados mais recentes publicados pelos institutos de pesquisa, notadamente o DataPoder, analisando o potencial de votos de cinco candidaturas presidenciais: Lula, Bolsonaro, Alckmin, Marina e Ciro revelaram um dado enigmático, em média 50% do eleitorado brasileiro rejeita todas estas cinco candidturas.   

O desejo de mudança política se anuncia nas disputas majoritárias, porém esta renovação fica muito difícil nas disputas proporcionais porque o eleitorado não compreende como se elege deputados, devidos as regras eleitorais do sistema proporcional de lista aberta que preside as disputas para os assentos parlamentares no Brasil. Portanto, os deputados acusados de corrupção, mas com poder administrativo ou financeiro tenderão a continuar na vida pública, apesar da operação Lava Jato.

*Edir Veiga é Dr. em ciência política e professor da UFPA.

Obs: O editor do blog As Falas da Pólis identificou alguns pequenos erros de ortografia e/ou digitação, mas manteve o texto e o título fiéis aos originais, limitando-se apenas e inserir a imagem ilustrativa desta postagem, já que a original não possui.

terça-feira, dezembro 26, 2017

Patos calados: Preços de combustíveis foram reajustados mais de 100 vezes no último semestre



Via G1

Nova política implantada pela Petrobras em julho deste ano permite reajustes quase diários nos preços dos combustíveis. Oscilação de preços não agrada ao consumidor.

Os preços do etanol e da gasolina tiveram mais de 100 alterações ao longo do último semestre, tanto para mais quanto para menos. A oscilação nos preços não tem agradado o consumidor.  Os reajustes fazem parte da nova política da Petrobras, implantada em 3 de julho deste ano. Segundo a estatal, a mudança visa buscar maior competitividade e tem o objetivo principal de recuperar receita e participação de mercado.  Desde então, tanto a gasolina quanto o etanol são cotados quase que diariamente, seguindo o mercado internacional.  Na semana de 11 a 15 de dezembro, a gaoslina em Mato Grosso custava, em média, R$ 4,053. Na semana seguinte, porém, subiu para R$ 4,08. Já o etanol subiu de R$ 2,85 para R$ 2,90.


Peixe aumentou quase 35%, mas governo diz que inflação está abaixo de 2%

Com tamanha disparidade, a conta não fecha e ninguém consegue entender como a inflação pode estar baixa se tudo aumentou desproporcional em relação aos índices apresentados pelo governo.

No portal G1 Pará

O preço do pescado em Belém está fechando o ano de 2017 em alta. Segundo uma pesquisa divulgada nesta terça-feira (26) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a maioria do pescado comercializado em mercados municipais da capital apresentou alta de preço superior ao 1,8% da inflação acumulada no período de janeiro a novembro deste ano.  

Segundo o Dieese a maioria do pescado pesquisado apresentou altas de preços no acumulado do ano, com destaque para a Arraia com alta acumulada de 34,43%, seguida da Sarda com alta de 33,02%; Traíra com alta de 31,67%; Serra com alta de 28,69%; Tainha com alta de 27,55%; Piramutaba com alta de 21,03%; Tucunaré com alta de 20,31%; Cação com alta de 16,93%; Tambaqui com alta de 14,64%; Corvina com alta de 14,29%; Pescada branca com alta de 11,63%; Gurijuba com alta de 10,80%; Tamuata com alta de 10,40%; Mapará com alta de 10,09%; C. Padre com alta de 9,56%; Pescada Amarela com alta de 7,73%; Peixe Pedra com alta de 6,64%; Uritinga com alta de 5,04%; Xareu com alta de 4,61% e da Dourada com alta de 4,36%.  

Também no acumulado dos 11 meses, houve espécies de pescado que apresentaram recuos de preços, com destaque para Aracu com queda de 17,55%, seguido do Bagre com queda de 9,48% e do Camurim com queda de 2,55%.

Zenaldo Coutinho: Depois de prometer em 2016 que reformaria o ver-o-peso, o principal cartão-postal de Belém segue abandonado pelo prefeito reeleito

A reforma do ver-o-peso foi prometida por Zenaldo Coutinho em 2016, ano em que concorreu as eleições e saiu vitorioso.

Por Diógenes Brandão


Promessa feita em 2016, ano em que concorria a reeleição para prefeito de Belém, era de que o principal cartão-postal de Belém seria revitalizado e passaria por uma grande reforma. Estamos indo para 2018, o 6º ano do mandato de Zenaldo Coutinho e o ver-o-peso segue abandonado, sujo e com graves problemas para quem o frequenta e/ou nele trabalha.  

Ainda em 2016, a prefeitura informou que a reforma da Feira do Ver-o-Peso, tão alardeada pelo prefeito Zenaldo Coutinho, seria adiada para 2017. O anúncio foi feito no dia 07 de Abril, em uma audiência pública solicitada pelo Ministério Público Federal (MPF) e o Iphan.  

Naquela oportunidade, o secretário municipal de urbanismo de Belém, Adinaldo Oliveira, disse que não havia tempo para iniciar o projeto de reforma dentro do período que a legislação eleitoral permite – até 3 meses antes das eleições.   

O Secretário afirmou que o recurso orçamentário para a execução da obra já estava garantido, uma vez que o projeto foi contemplado pelo PAC das Cidades Históricas, do Governo Federal.   Ou seja, a prefeitura recebeu dinheiro e até agora não fez absolutamente para livrar o ver-o-peso dos riscos e problemas que a feira apresenta aos consumidores, turistas e os próprios feirantes. 

A proposta de reforma do mercado Ver-o-Peso foi apresentada pela Prefeitura de Belém em janeiro de 2016, sem consulta popular, durante a comemoração do aniversário de 400 anos de Belém.   

Por meio de uma maquete eletrônica, a administração municipal mostrou o projeto para a feira com um visual repaginado. Mas a proposta foi alvo de críticas, sobretudo, de feirantes, que não foram ouvidos para a execução do projeto.  

A Feira do Ver-o-Peso faz parte de um Conjunto Arquitetônico, Urbanístico e Paisagístico, tombado pelo Iphan no ano de 2012.

Leia a matéria publicada no portal G1 Pará: 

Feira do Ver-o-Peso, em Belém do Pará, está com vários problemas nas suas estruturas.

A última reforma do ver-o-peso foi há 20 anos atrás, na administração de Edmilson Rodrigues, candidato derrotado nas eleições de 2016, justamente pelo atual prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho.

Em 2016, a prefeitura anunciou um projeto para revitalizar o espaço. Dois anos depois, a proposta ainda passa por adequações. Enquanto isso, os feirantes são obrigados a conviver com goteiras, fiação elétrica precária e muita sujeira.

Um dos mais famosos pontos turísticos de Belém, a feira do Ver-o-Peso, sofre com problemas nas estruturas. Em 2016, a prefeitura de Belém anunciou um projeto para revitalizar o espaço. Na época o projeto dividiu opiniões. Dois anos depois, a proposta ainda passa por adequações. Enquanto isso, os feirantes são obrigados a conviver com goteiras, fiação elétrica precária e muita sujeira.  

Alberto Silva trabalha há mais de 10 anos no Ver-o-Peso e se incomoda com o lixo que fica horas à espera de recolhimento. “A gente trabalha com o peixe exposto e o açaí que a gente bate na hora. Ai tem o lixo próximo. Nós temos que ter um cuidado muito especial com isso”, diz.  

Sendo um local com venda de alimentos, a limpeza deveria ser prioridade. “O local precisa ter uma estrutura boa para ofertar para aquelas pessoas que vão consumir uma qualidade, para que não ocorram doenças gastrointestinais proporcionadas por essas contaminações”, diz a nutricionista Lohany Lopes.  

O Ver-o-Peso recebe diariamente cerca de 50 mil pessoas. O cliente que passa por lá também está de olho nessa falta de cuidado. “Precisa de um pouco mais de atenção, porque, sendo ele um ponto turístico muito conhecido daqui de Belém, acho que até pra receber pessoas de fora tá um pouquinho abaixo da média de outros lugares por ai”, diz um consumidor.  

A estrutura do espaço pede reformas há um tempo. A cobertura da feira está rasgada e suja. “O freguês vê a situação dessa lona e as dificuldade pra subir aqui com esse monte de lixo na frente. Qual a atração que temos pra oferecer pro cliente?”, diz o feirante Antônio Trindade.

Com a cobertura rasgada, quando chove, a água molha barracas e clientes. Para amenizar os problemas, tem vendedor tirando dinheiro do bolso para fazer os reparos. Com a chegada do inverno amazônico, eles ficam preocupados com as goteiras. Os feirantes dizem ainda que falta iluminação. A fiação elétrica exposta também preocupa.  

De acordo com a Secretaria de Urbanismo de Belém, o projeto de revitalização da feira está em fase de adequação e deverá ser aprovado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Só depois disso será feito o processo licitatório para que as obras se iniciem.  

Em nota, a prefeitura de Belém afirma que as secretarias municipais trabalham diariamente para manter a limpeza e a conservação da infraestrutura da feira.

terça-feira, dezembro 19, 2017

Eleições Pará: PR pretende lançar Lúcio Vale ao Senado

Deputado Federal em seu 3º mandato, Lúcio Vale acumula 24 anos de trânsito em Brasília e hoje coordena a bancada federal do Pará na Câmara dos Deputados, organizando agendas de interesse local e negociando recursos para o Estado do Pará.

Por Diógenes Brandão
A partir de hoje, o blog AS FALAS DA PÓLIS inicia a publicação de uma série de artigos trazendo informações sobre os principais pré-candidatos que estão sendo apresentados para a disputa das eleições de 2018. O primeiro é sobre a possível candidatura de Lúcio Vale (PR) para uma das vagas ao senado.

Depois de atuar por 12 anos na assessoria do mandato de seu pai, Anivaldo Vale, como Deputado Federal, Lúcio Vale acumulou uma experiência que lhe garante grande destaque na cena política paraense. Mesmo jovem, ele já se encontra em seu 3º mandato de deputado federal, sucedendo a contribuição parlamentar do seu pai. 

Juntos em Brasília, pai e filho foram peças fundamentais no impulso dado à implementação da eletrificação rural. Na época, Anivaldo foi considerado o político paraense que mais conseguiu recursos para levar eletrificação rural, muito antes dos programas federais "Luz no Campo" (FHC) e "Luz Para Todos" (Lula/Dilma).

Além de garantir grande volume de recursos financeiros de obras de infraestrutura para o Pará, entre elas a Alça Viária, foi graças a Lúcio e Anivaldo que surgiu a UFRA - Universidade Rural da Amazonia, única Universidade Federal criada no governo de FHC, momento em que a dupla de pai e filho foi a principal articuladora da instalação da Comissão Permanente de Orçamento para Amazônia, que hoje é denominada Comissão de Integração e Desenvolvimento Regional e da Amazônia.

Como uma votação crescente a cada eleição em que disputa, Lúcio tem se revelado um habilidoso protagonista nos diálogos e negociações, com as mais diversas lideranças políticas do Congresso Nacional nestes 24 anos de trânsito por Brasília.

No parlamento, Lúcio Vale é um dos deputados do Pará mais bem avaliados, além de ser o atual presidente do Centro de Estudos e Debates Estratégicos da Câmara Federal, onde foi o relator do estudos do Arco Norte, importante análise sob os desafios logísticos para o escoamento da produção agrícola, seja através dos portos e de outros modais na região norte, o que em breve reduzirá substancialmente os custos de transporte para os produtos de exportação brasileira.   

Em conversas com diversas lideranças do mais variados partidos, o blog tem percebido que Lúcio Vale goza de muito respeito e prestígio junto à direção de seu partido - o PR - onde foi eleito secretário-geral da executiva nacional, além de ser o atual coordenador da bancada paraense no Congresso Nacional, função que lhe colocou a responsabilidade de dirigir a negociação e alocação de recursos para obras de infraestrutura, como estradas, portos, investimentos em saúde, educação, máquinas, entre outros que a população paraense assiste serem entregues nos quatro cantos do Estado.  

Como presidente estadual do PR - Partido da República, hoje a 3ª maior força política no Estado do Pará, Lúcio conta com o apoio de 16 importantes prefeitos, 12 vice-prefeitos, além de 118 vereadores que fazem pate de um partido organizado em 130 municípios paraenses.  

Diante deste cenário e após análises conjunturais, o PR é hoje considerado como o “fiel da balança”, nas próximas eleições no Estado e diversas lideranças do partido apontam para a necessidade de lançar Lúcio Vale para disputar uma das duas vagas que o Pará tem direito no senado federal.

segunda-feira, dezembro 18, 2017

Secretário de Aquicultura e Pesca visita o Pará e reúne-se com pescadores, parlamentares e empresários

Entre outros eventos, o secretário nacional da pesca e aquicultura, esteve na mesa de encerramento do Seminário que discutiu os rumos e desafios da pesca no Estado do Pará.

Por Diógenes Brandão

Por dois dias consecutivos, o Pará recebeu a visita de Dayvson Franklin de Souza, secretário de Aquicultura e Pesca do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC). Em agendas intensivas com representantes dos pescadores artesanais e empresários do setor, o secretário pode ouvir todas as demandas, queixas e gargalhos que envolvem a pesca no Pará.

Ao revelar ser maranhense, em dois eventos em Belém e no município de Bragança, Dayvson disse aos pescadores e empresários paraenses que é um grande entusiasta da criação de um novo clico de desenvolvimento da pesca na região Amazônica e que vem reunindo com diversos atores, na busca de atender as principais prioridades, diante de todos os desafios e cortes orçamentários que sua pasta teve, desde que perdeu o status de ministério para uma secretaria do MDIC.


Mesa de Abertura do Seminário de Desenvolvimento da Pesca e Aquicultura do Estado do Pará. Foto: ASCOM/ALEPA.

O secretário de Aquicultura e Pesca também foi convidado a participar do I Seminário de Desenvolvimento da Pesca e Aquicultura do Estado do Pará, evento organizado e realizado pelo Movimento de Entidades da Pesca, que em parceria com a ALEPA e com o apoio do Governo do Estado, teve 1.000 inscrições online e o credenciamento de 815 participantes, representando o universo de 90 municípios paraenses, com setores e entidades da pesca artesanal, esportiva, industrial e artesanal.

Na oportunidade, diversas pautas foram debatidas, com a presença de parlamentares paraenses, tais como do deputado federal Arnaldo Jordy (PPS), do presidente da ALEPA, deputado estadual Márcio Miranda (DEM), do deputado estadual Divino (PRB), do secretário de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca do Pará, Giovanni Queiroz e do diretor de pesca e aquicultura da SEDAP, João Terra.

Antes da composição da mesa final do Seminário, o presidente da Federação dos Pescadores do Pará, Orlando Lobato, retirou-se do evento reclamando-se da organização do mesmo, alegando que havia sido convidado para compor a mesa, mas na hora foi barrado.

Na mesa, Nazaré Zuculotto, superintendente estadual da Pesca; Dayvson Franklin de Souza, secretário de Aquicultura e Pesca do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).

Uma das principais queixas dos representantes dos pescadores se deu sobre a suspensão do seguro defeso de milhares de pescadores artesanais. Dos cerca de 450 mil pescadores registrados no Pará, aproximadamente 150 mil foram atingidos pelas Portarias de Números 11, 39 e 1566 e tiveram o seguro defeso cancelados e outros suspensos em 2016. Portanto, proibidos de pescar e sem os benefícios da Previdência. No ano passado, foi movimentado no país, R$ 3.335.064.287,98 somente em pagamento de seguro defeso.

Com o auditório do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) lotado, os representantes dos pescadores puderam cobrar e ouvir os encaminhamentos do governo federal em relação a diversas reivindicações do setor.

PESCA INDUSTRIAL

Em reunião ocorrida na sede da Federação da Indústria do Estado do Pará, o secretário da Pesca e Aquicultura assinou diversos protocolos com os armadores e empresários da pesca no Pará. Para o presidente do SINDPESCA, a nova gestão da pesca no Pará e no Brasil vem desatando alguns nós que se mantiveram durante as últimas gestões e isso tem animado os armadores de pesca, criando o ambiente necessário para que a economia local se desenvolva com mais rapidez e menos burocracia.


Com o presidente do SINDPESCA (em pé), a reunião realizada na sede da FIEPA serviu para afinar o incentivo do governo federal ao setor empresarial no Pará.

“As portarias assinadas na FIEPA pelo secretário nacional, permitem com que a pesca industrial obtenha as licenças necessárias para que as empresas possam trabalhar e se regularizarem juntos aos demais órgãos de controle e fiscalização ambiental e de qualidade do pescado realizado no Pará,” concluiu Apoliano Oliveira do Nascimento, presidente do SINPESCA.

NOVOS RUMOS

Para a coordenadora da Pesca no Pará, Nazaré Zuculotto, a vinda do secretário nacional da pesca e aquicultura, permite que o trabalho feito no Estado seja melhor avaliado pela gestão do MDIC, assim como avalia que sua equipe tem sido determinada para dar conta do grande desafio de organizar os cadastros de pescadores, o que vem sendo feito através da digitalização dos formulários, que antes eram todos preenchidos manualmente e armazenados de forma precária, dificultando o manuseio dos dados dos pescadores, por parte dos servidores da pesca, além de dificultar a atualização cadastral, o que hoje vem sendo resolvido pela equipe da superintendência da pesca e aquicultura no Pará.


SEGURO DEFESO

Em reunião realizada no auditório do MDIC no Pará, acompanhado pela superintendente da pasta no Estado, Nazaré Zuculotto, o Secretário Nacional de Aquicultura e Pesca pode ouvir diversas queixas e anseios do setor, mas também foi parabenizado pela forma com quem vem dialogando com a categoria e atendendo as demandas apresentadas. A reunião foi feita entre os  dirigentes de sindicados, associações e cooperativas de pescadores do Pará.

VISITA À BRAGANÇA





Além de Belém, o secretário nacional de Aquicultura e Pesca, Dayvson Franklin, reuniu-se com presidentes de Setores Industriais e Pesqueiros na IFPA, na Cidade de Bragança e lá relatou a dificuldade enfrentada com a diminuição na infraestrutura existente e a mudança na gestão da Pesca em âmbito federal e estadual. 

Na oportunidade foram entregues algumas permissões de pesca para embarcações - Defeso do Pargo, inédito na história - e Dayvson falou sobre a desburocratização de Mapas de Bordos, do PREPS e o quanto as equipe das secretarias estaduais e nacional estão empenhadas em continuar contribuindo com a organização e incentivo das atividades do setor pesqueiro industrial, artesanal e aquícola em todo o país.

REIVINDICAÇÕES DOS PESCADORES

A visita do secretário da Pesca e Aquicultura ao Pará se deu um mês após centenas de pescadores e pescadoras artesanais de várias partes do Brasil ocuparem o prédio do Ministério do Planejamento, em Brasília (DF). Eles reivindicavam ao ministério a revisão dos cancelamentos e suspensões dos Registros Gerais de Pesca (RGP), que vem acontecendo desde 2014 e que somados aos cancelamentos mais recentes já atingem quase 600 mil pescadores e pescadoras em todo o Brasil.

O RGP é um documento obrigatório para o exercício da pesca e precisa ser renovado anualmente. Os cancelamentos têm acontecido de maneira arbitrária e tem levado à criminalização de vários pescadores e pescadoras no exercício da profissão.  

A não renovação dos RGPs, que se agravou desde a extinção do Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), também tem dificultado o acesso a benefícios previdenciários e ao seguro-defeso, benefício recebido pelos pescadores quando a pesca é proibida para garantir a reprodução dos peixes.  

Os pescadores e pescadoras ainda afirmam que desde 2015 que não foi liberado qualquer recurso para investimentos para a Pesca Artesanal que se soma ao desmantelamento de várias políticas fundamentais para segurança alimentar das comunidades.  

Outra preocupação do setor é que o modo de vida das comunidades pesqueiras se encontra ameaçado por grandes empreendimentos econômicos, como a indústria do turismo, petrolífera, pelas usinas eólicas, entre outros, que tem colocado em risco os territórios pesqueiros.

Uma das entidades organizadoras do I Seminário de Desenvolvimento da Pesca e Aquicultura do Estado do Pará, a Central de Entidades do Setor Pesqueiro (Cespapa),  que tem como presidente, Carlos Amaral, afirmou que o setor pesqueiro vive um momento de caos, inconcebível para um estado como o Pará, que aparece como o segundo maior produtor de peixe do Brasil, mas seguramente é o primeiro em pesca artesanal. 

“Queremos sair da inércia em que se encontra o segmento. Precisamos fazer com que haja uma política pública que otimize a pesca e faça com que seja reconhecida como agronegócio, o que hoje não acontece nos programas dos governos federal e estaduais. Insistimos também que haja uma legislação federal específica para o pescador artesanal. 

Além disso, consideramos inteligente que o governador Simão Jatene insira na sua agenda de governo e de Estado, a pesca como uma das atividades prioritárias para desenvolvimento do Estado, sobretudo no projeto Pará 2030, que excluí o pequeno pescador”, ressaltou Carlos Amaral.

Crise: Edmilson Rodrigues perde seu braço esquerdo no PSOL

Luiz Araújo deixou o PT para fundar o PSOL, onde viveu até então organizando a corrente interna "Primavera Socialista" e supostame...