domingo, maio 13, 2018

OLiberal flerta com Helder Barbalho e Rominho diz que não tem compromisso com grupo político


Por Diógenes Brandão

Mais uma vez, o jornal OLiberal surpreende a população paraense e traz em sua principal coluna - O Repórter 70 - uma declaração explícita de que está sincronizado com a campanha do ex-inimigo da família Maiorana, o pré-candidato ao governo do Estado, Helder Barbalho

O que explica tamanha mudança de comportamento?

Ainda enquanto ministro da Integração Nacional, Helder fez com que o jornal OLiberal e a TV Liberal recebessem parte considerável da verba publicitária do Ministério que comandava e deixou seu sucessor, o atual ministro Antônio de Pádua de Deus Andrade.

Enquanto ministro, Helder não economizou recursos públicos do governo federal para fazer com que suas ações no governo Temer ecoassem em diversas outros veículos de comunicação, como emissoras de rádio e TV, jornais, revistas, portais e redes sociais, o que  amplificou o alcance e deu uma enorme visibilidade aos seus feitos, mas conforme nos mostram as pesquisas eleitorais realizadas até então, não reduziu sua alta rejeição perante o eleitorado paraense.

Mesmo já contando com o império de comunicação de sua família, a Rede Brasil Amazônia de Comunicação - RBA, que além do jornal Diário do Pará, tem a TV RBA e diversas emissoras de rádios, que juntas cobrem os quatro cantos do Estado do Pará e formam um dos mais poderosos grupos de comunicação controlados por famílias políticas, o que é proibido pelos artigos 22o ao 223 da Constituição Brasileira, mas que no Brasil é lei morta, diante da falta de regulamentação, já que senadores e deputados controlam veículos de imprensa para ditar o que é notícia e formar a opinião de milhões de pessoas.

São oligarquias como essas, que acumulando o controle midiático, mantêm o país no obscurantismo do oligopólio da imprensa, que emburrece a sociedade e concentra riquezas e poder nas mãos de poucos. 

O blog reitera que a família Barbalho (Pará), Sarney (Maranhão), Collor (Alagoas) e Magalhães (Bahia), tem todo o direito de participar do processo eleitoral e disputar o poder através das vias da nossa democracia, mas como fazer com que essa concentração de poder seja diluída, se no Pará, setores da esquerda - que em tese defende a democratização da mídia - aliam-se a estas famílias de barões da imprensa?

Precisamos de normas de funcionamento para essas empresas, que a cada ano que passa, tornam-se mais poderosas, formam opiniões e difundem interesses políticos e econômicos e não estão nenhum pouco preocupadas com a difícil vida da maioria do povo brasileiro. 

Em todos os países há alguma regulamentação para os meios eletrônicos. Aqui, os políticos e empresários do setor defendem suas regalias cinicamente, mentindo ao dizer que a regulamentação é um tentativa de censura. 

É a liberdade de empresa, usando o discurso da liberdade de imprensa e nem o PT, que sempre teorizou sobre a democratização dos meios de comunicação, mesmo estando 13 anos no comando da presidência da república, teve a coragem de enfrentar esse poder paralelo no país e sucumbiu por causa dele.


ORMS E ROMA NEWS


Há 08 meses sob nova administração, o jornal OLiberal hoje é dirigido por Ronaldo Maiorana e suas irmãs Rosângela Maiorana e Rose Maiorana, desde o dia 30 de setembro do ano passado, quando em uma reunião dos sócios-herdeiros, a presença de Romulo Maiorana Jr, resolveram tirá-lo da presidência da Delta Publicidade, empresa que edita os jornais O LIBERAL e Amazônia e administra a TV Liberal, afiliada da Rede Globo no Pará. 

Segundo ele mesmo, quando seu pai morreu eram 04, hoje são mais de 20 empresas das Organizações Romulo Maiorana - ORM e na partilha dos bens, Romulo Maiorana Jr saiu do controle do jornal OLiberal e da TV Liberal, mas assegurou o controle  de algumas empresas da família e criou o Grupo Roma, que conta com mais de 300 funcionários, divididos nPortal Roma News, TV Roma News (Canal 523 - HD), Roma FM 90.5, com programação interligada com as Rádios de Castanhal, Itaituba e Marabá (todas com o nome de ROMA FM), que cobrem todo o Estado, assim como a Roma Construtora, Roma Incorporadora, Roma Cabo (Internet, TV e Telefonia), Roma Hotéis, Roma Park e a Roma Empreendimentos & Eventos.

Déa Maiorana, viúva e matriarca da família decidiu manter-se neutra na briga dos filhos e do espólio do ex-marido e fundador do grupo Liberal, Romulo Maiorana, falecido há 32 anos atrás.

Romulo sempre apresentou seu nome para disputas eleitorais, mas o retira sempre na véspera, quando percebe suas limitações ou tem seus interesses alcançados. Esse ano, isso se repete, mas com um aviso postado hoje no canal do Youtube, ele apresentou uma entrevista feita pela sua equipe de jornalistas do portal Roma News, onde falou um pouco da sua vida, sua rivalidade com os Barbalhos, fez críticas ao governador Simão Jatene e disse não ter compromissos com nenhum grupo político, o que não se pode dizer o mesmo dos 32 anos em que esteve a frente das ORMs, que agora parecem estar flertando com os concorrentes e adversários históricos de sua família, os Barbalhos.

Assista o canal do "Cidadão Kane Paraense", onde este blogueiro foi o primeiro dos 04 seguidores inscritos:


quarta-feira, maio 09, 2018

O medo social, o oportunismo eleitoral e o uso político da violência



Por Diógenes Brandão 

A violência urbana amedronta a sociedade de forma avassaladora. Ninguém se sente seguro nas ruas e a criminalidade chegou ao ápice de sua ousadia. 

O frequente e planejado assassinato de policiais, somado ao avanço do crime organizado, em todas as grandes capitais brasileiras e a existência de milícias que acabam ditando leis de um mercado paralelo - onde quem não obedece ou infrige as regras do jogo, tem sua pena de morte decretada - acabam por gerar mais medo e insegurança na população, que se sente impotente e completamente à mercê da bandidagem e de policiais corruptos.

Neste caldeirão de tormentos sociais, pesquisas revelam um fortalecimento da bancada da bala, que ao proteger Michel Temer das investigações pelo STF, andava com sua popularidade em baixa, mas pesquisas revelam que certos deputados oportunistas tem conseguido recuperar sua imagem diante da opinião pública.

As eleições ocorrem daqui há menos de 05 meses e por isso, o uso político da violência e do medo social tendem a aumentar, incitados por aqueles  que mirram o poder fazendo uso midiático de algo que requer muito mais que frases de efeito e soluções simplistas e que vão na contra-mão do Estado Democrático de Direito: Ou seja, o cumprimento das leis e a proteção da vida de todos.  

Enquanto apresentadores de TV e policiais se apresentam como candidatos, outros já são políticos e todos se aproveitam deste clima de medo generalizado, pregando o uso de mais violência para combater a violência. 

O antigo olho por olho, dente por dente.  

Por mais que não se possa negar o momento crítico que atravessamos, cabe aos cidadãos de bem (de verdade) se contrapor ao oportunismo dos abutres que se alimentam dos cadáveres que a violência produz.

Enquanto isso, a juventude que mora nos bolsões de miséria está sendo dizimada por traficantes e organizações criminosas, assim como pela polícia e milicianos.  

Os números são gritantes, mas sumariamente ignorados pelos grandes veículos de comunicação e os novos comentaristas de redes sociais: 92% dos homicídios é de negros e pobres. No Brasil, de 100 assassinatos, 71 são deste segmento social. No Pará, esse número aumenta para 93. 

Um verdadeiro genocídio racial e social.

Do Estado, espera-se a união de forças e competências das instituições públicas em todas as esferas, para execução de um plano emergencial de contenção desta barbárie, que já passou dos limites, mas ainda pode ser contida com fortes investimentos, inteligência, tecnologia, valorização dos profissionais da segurança pública e a urgente intervenção estatal com programas sociais nas periferias, para concorrer com o aliciamento ao crime, que recruta mais jovens que as escolas e os postos de trabalho.

domingo, maio 06, 2018

A classe média, não! OAB-PA exige um basta na violência após assassinato de advogada



Por Diógenes Brandão

24 horas depois da morte da advogada Alessandra Teixeira Romariz Vasconcelos, de 44 anos de idade, a OAB-PA emitiu nota exigindo medidas enérgicas por parte do Estado, no combate à criminalidade. 

Mesmo sem citar o assassinato da advogada, a Ordem resolveu se pronunciar e cobrou das autoridades estaduais, medidas que garantam a segurança da população. Segundo matéria do portal Diário Online, a Polícia Civil acredita que o crime tenha sido motivado por um eventual desentendimento no trânsito e não por uma tentativa de assalto ou alguma retaliação ao trabalho da advogada.

O blog se solidariza não só com a família da advogada Alessandra, assim como todas as demais que diariamente tem sido atingidas pela onda de violência e intolerância que assola o Estado e o país, onde a maioria dos cidadãos comuns e policiais - de baixa patente - viram apenas estatística e matéria jornalística para as páginas policiais.

Leia a nota da OAB-PA:

A Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Pará, vem a público exigir das autoridades paraenses um basta na onda de violência que assola o Estado e amedronta todos os cidadãos indistintamente, que não podem contar com o mínimo de segurança para sair de casa sem se esquecer ainda, que o Estado sofre com a atuação de milícias, investidas de violência contra estabelecimentos prisionais, crimes praticados mediante violência ou grave ameaça em plena luz do dia, dentre outros. 

Recentemente, os noticiários têm revelado que o cidadão paraense está lançado à própria sorte, evidenciando que o Poder Público vem sucumbindo diante de uma criminalidade cada vez mais atuante e ousada, sem que se indique medidas concretas e eficientes no sentido de estancar o caos que se instalou no Pará. 

Do campo à cidade, no interior ou nas imediações dos presídios, dentro ou fora de nossos lares, a violência tem acuado e aprisionado a sociedade paraense, que ainda sofre com a deficiência na prestação de serviço público nas mais diversas áreas, esvaindo-se a esperança de se vislumbrar dias melhores por um povo que não mais acredita no poder de reação estatal.  A vida humana vem perdendo o seu valor e, o pior de tudo, quem teria o dever de salvaguardá-la já não dá mais sinais de existência ou resistência, de modo que é hora de se mostrar, a contento e de imediato, medidas reais de preservação e proteção da população paraense, freando o ímpeto dos grupos criminosos que aterrorizam os cidadãos. 

Não conclamamos apenas pela elucidação dos fatos já ocorridos, mas pela implementação  de ações reais que impeçam tais barbaridades. Isso só se dará através da atuação eficiente e enérgica do Estado, sem se olvidar dos valores republicanos que norteiam o nosso Estado Democrático de Direito. 

O que tem sido feito pelo Estado para conter tanta selvageria em detrimento da vida humana? Articulações politicas pensando nas eleições não estão na pauta do momento e é necessário voltar os olhos para o cidadão paraense, que clama por segurança e presença efetiva do Estado, assegurando convívio harmônico e civilizado a todos sem, contudo, instalar-se um estado policialesco e violador de direitos e garantais fundamentais, sendo obrigação do Estado garantir a segurança de todos, sem que para tanto afronte as direitos consagrados em nossa Constituição Federal. 

A OAB-PA estará cobrando, exigindo na condição de porta voz da cidadania a adoção de medidas enérgicas e concretas de combate à criminalidade por parte do Estado, sob pena de voltarmos ao período da vingança privada e permitir que cada qual faça justiça com as próprias mãos, assumindo o Estado a sua plena incapacidade e incompetência na área de segurança pública.

Alberto Campos  
Presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional do Pará.

Pesquisa DOXA para governador, senador, deputados federais e estaduais na região metropolitana

Nomes de 04 pré-canditados ao governo do Estado foram avaliados pela pesquisa DOXA.

Por Diógenes Brandão, com informações da DOXA Pesquisas

A primeira pesquisa Eleitoral do Instituto DOXA realizada na Região Metropolitana de Belém, registrada no T.R.E sob o nº PA-02860/2018 para Governo do Estado do Pará, Senado, Presidente da República e deputados federal e estadual mostra um quadro de muita incerteza entre os eleitores desta Região.

Na questão espontânea, em que não são apresentados os nomes dos candidatos aos entrevistados, Helder Barbalho (MDB) aparece em primeiro lugar com 11,1% das intenções de voto. Em segundo lugar vem o deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa, Márcio Miranda (DEM) com 4,2%. O senador Paulo Rocha (PT) é o terceiro colocado com 2,1% das intenções de voto. Fernando Carneiro (PSOL) está com 0,8%. Outros nomes somam 3,8%. 

Chama a atenção o alto índice de votos flutuantes, isto é, eleitores que estão indecisos ou que pretendem votar em branco ou anular o voto. Esse percentual é de 77,9%. Percebe-se, aqui, que o campo está aberto na corrida eleitoral.
 

Quando se estimula, isto é, apresentamos os nomes dos candidato, Helder Barbalho (MDB) vai para 28,5% das intenções de voto. Márcio Miranda (DEM) permanece em segundo lugar com 12,6%.  O senador Paulo Rocha (PT) continua em terceiro lugar com 6,7% das intenções de voto. Fernando Carneiro (PSOL) alcança 2,0%.

Verificamos que os votos flutuantes, mesmo estimulando os nomes de candidatos, permanece alto, somando 50,1%. Destacamos, aqui, os eleitores que pretendem anular ou votar em branco. 

Na questão espontânea esse índice era de 14,9% , na estimulada esse percentual subiu para 32,1%, demonstrando a rejeição forte contra a classe política. O Instituto DOXA vem acompanhando o comportamento do eleitor ao longo de cinco (05) pesquisas desde o ano passado. 

Na linha histórica na Região Metropolitana, Helder Barbalho tem uma média de intenção de voto de 23,7%; enquanto Márcio Miranda tem 10,2%.

 

Em se tratando de rejeição na Região Metropolitana, Helder Barbalho (MDB) aparece como o mais rejeitado pelos eleitores, somando 22,9%. O senador Paulo Rocha (PT) é o segundo mais rejeitado, aparecendo com 10,2%. Fernando Carneiro (PSOL) é o terceiro mais rejeitado, 4,6%. Márcio Miranda (DEM) é o menos com 3,6%. Outros 49,0% não avaliaram.


Estimulamos 21 pré-candidatos a deputado estadual que disputam voto na região. Veja o ranking desses 21 pré-candidatos:

 

Estimulamos 17 pré candidatos a deputado federal que disputam voto na região.  Veja o ranking desses 17 pré-candidatos abaixo:

 

Assim como para governador, a corrida ao senado ainda está em campo muito aberto. Mesmo estimulando alguns pré-candidatos, 55,3% dos eleitores da região metropolitana de Belém não sabem em quem votar. 

A DOXA estimulou o primeiro e segundo voto, depois fez a consolidação. O resultado mostra a candidata do PSOL, Úrsula Vidal, em primeiro lugar com 9,7%. O deputado federal Arnaldo Jordy é o segundo colocado na região com 7,1%. O senador Jader Barbalho vem em terceiro lugar com 6,9%. 

Mário Couto é o quarto colocado com 4,6%. O senador Flexa Ribeiro vem em quinto lugar com 3,4% das intenções de voto. Em sexta posição aparece o advogado Jarbas Vasconcelos com 2,4%. O empresário Romulo Maiorana aparece em sétimo lugar com 2,2. O deputado federal Zé Geraldo é o oitavo colocado com 1,4%.  Os demais podem ser vistos no gráfico abaixo:

 
A pesquisa foi realizada entre os dias 19 a 25 de abril de 2018 com uma amostra de 2.000 entrevistas. O nível de confiança utilizado é de 95%. Isso quer dizer que há uma probabilidade de 95% dos resultados retratarem o atual momento eleitoral. A margem de erro da pesquisa é de 2,2% para mais ou para menos sobre os resultados encontrados no total da amostra.  

O universo da pesquisa abrange os seguintes municípios: Belém, Ananindeua, Marituba, Benevides, Santa Bárbara, Santa Izabel, Castanhal e Barcarena. 

Essa região compreende 32% do total dos eleitores do Estado do Pará. A opinião que a pesquisa retratou não é do conjunto do estado, mas, apenas desse subconjunto.

Nesta segunda-feira (06), divulgaremos outros importantes dados desta pesquisa do Instituto DOXA, como a preferência dos eleitores para a escolha do futuro presidente do Brasil, o impacto da lava-jato e os principais problemas apresentados pelos eleitores entrevistados.

Tenha um bom domingo!


Crise: Edmilson Rodrigues perde seu braço esquerdo no PSOL

Luiz Araújo deixou o PT para fundar o PSOL, onde viveu até então organizando a corrente interna "Primavera Socialista" e supostame...