terça-feira, dezembro 05, 2017

Helder lidera, e Márcio Miranda está em 2º, aponta DOXA

Na disputa pelo governo do Estado, Helder Barbalho (PMDB) mantém a liderança, seguido por Márcio Miranda (DEM).

Por Diógenes Brandão, com informações da DOXA Pesquisa

Terceira pesquisa eleitoral de abrangência estadual realizada este ano pelo Instituto Doxa, revela que o ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho (PMDB) mantém a liderança na preferência do eleitor paraense, seguido pelo deputado estadual e presidente da Assembléia Legislativa do Estado do Pará, Márcio Miranda (DEM). 

A comparação das três pesquisas são fundamentais para analisar o atual cenário, sobretudo em relação aos nomes que se apresentam como os principais pré-candidatos ao governo do Pará.

A pesquisa foi realizada entre os dias 26 e 29 de Novembro e contou com 1.985 entrevistas, com a Margem de Erro de 3,5% e o Intervalo de Segurança de 95%.

Outro dado que merece atenção é o fato de 64,5% da população paraense dizer que não votaria de jeito nenhum em um candidato citado na Lava Jato.


O blog AS FALAS DA PÓLIS divulgará em separado os demais dados coletados pelo mais novo estudo eleitoral realizado pela DOXA Pesquisa, tais como de preferência para presidente da república e os principais problemas apontados pelos paraenses.

Vejam os números da comparação entre as últimas três pesquisas da DOXA:


INTENÇÃO DE VOTOS PARA GOVERNADOR DO PARÁ

Se a eleição fosse hoje, em quem você votaria para governador do Pará (Estimulada)?


Sendo Helder Barbalho o candidato do PMDB, Márcio Miranda tendo sido indicado como o candidato da base do governador Jatene e os demais do campo mais à “esquerda”, Helder fica com 30,1%, contra 12,2% de Márcio Miranda e 8,7% de Edmilson Rodrigues. O índice de indecisos é de 40,2%.


COMPARATIVO ENTRE A INTENÇÃO DE VOTO EM HELDER BARBALHO E MÁRCIO MIRANDA

Se a eleição fosse hoje, em quem você votaria para governador do Pará (Estimulada)?

Na intenção de votos para governador, percebe-se que o candidato mais citado pelos entrevistados continua sendo Helder Barbalho, porém ele estancou na margem dos 30 pontos percentuais, seguido por Márcio Miranda que vem tendo um crescimento surpreendente, se compararmos as pesquisas de Maio com a de Novembro.

ÍNDICE DE REJEIÇÃO ENTRE OS PRINCIPAIS PRÉ-CANDIDATOS AO GOVERNO DO ESTADO:

Se a eleição fosse hoje em quem você NÃO votaria  para Governador em 2018?


Na linha histórica de rejeição de pré-candidatos, Helder Barbalho mantém-se o mais rejeitado, chegando em novembro com 20,1%. Edmilson Rodrigues tem a segunda maior rejeição, seguido de Úrsula Vidal, colada com Paulo Rocha. Márcio Miranda teve uma pequena subida em sua rejeição, mas mantém-se como o menos rejeitado.

APROVA OU DESAPROVA A OPERAÇÃO LAVA JATO?

Em relação à operação Lava jato, que está investigando casos de corrupção envolvendo políticos e empresários no Brasil, você a aprova ou desaprova? 


A pesquisa mostra que mais de 80% dos paraenses aprovam a operação Lava Jato que está investigando casos de corrupção envolvendo políticos e empresários no Brasil. Apenas 8,7% desaprovam e 7,7% são indiferentes em relação à ela.

VOCÊ VOTARIA EM ALGUM CANDIDATO CITADO NA LAVA JATO?

Na hora de votar em algum candidato para qualquer cargo, você votaria em alguém que foi citado na operação Lava Jato?

O impacto da operação lava jato nas eleições 2018 foi medido nas três pesquisas, sendo que de acordo com os dados da última pesquisa, 64,5% dos paraenses não votariam em nenhum candidato que tenha sido citado na mesma. Apenas 5,7% votariam, enquanto 12,5% poderiam votar.

quinta-feira, novembro 30, 2017

O que motivou prefeito e deputado a invadirem evento e de forma truculenta defenderem mineradora canadense que pretende explorar a maior mina de ouro a céu aberto no Brasil?

Acompanhado de um deputado estadual, uma vereadora e mais 30 manifestantes, o prefeito do município onde está previsto ser instalado um empreendimento bilionário, invadiu o auditório da UFPA e atacou acadêmicos, pesquisadores e personalidades convidadas para debater os impactos sócio-ambientais que a empresa canadense Belo Sun pode causar na região do Xingu, próximo de onde foi construída o Complexo Hidroelétrico de Belo Monte.

Por Diógenes Brandão 

O prefeito de Senador José Porfírio, Dirceu Biancardi (PSDB) e o deputado estadual Fernando Coimbra (PSL), invadiram o Seminário "As veias abertas da Volta Grande do Xingu", onde era realizado um debate sobre os Impactos da Mineradora Belo Sun sobre a região afetada por Belo Monte e discutia com diversas autoridades públicas, movimentos sociais e a comunidade acadêmica, o projeto de implantação de Belo Sun, a maior mina de ouro a céu aberto do país, localizada às margens do rio Xingu.


Além de impedirem o transcorrer do debate, ao chegarem no local agindo com truculência, levando uma vereadora do município e mais de 30 pessoas, gritaram palavras de ordem contra os debatedores que foram forçados a encerrar as atividades científicas promovidas por dois dias, e ficaram presos, pois os vândalos liderados pelo prefeito e o deputado acima citados, trancaram as portas de saída do auditório do Instituto de Ciências Sociais Aplicadas da UFPA, impedindo as pessoas de deixarem o local e discursaram contra os acadêmicos e a favor da mineradora Canadense Belo Sun, que vai explorar ouro na orla do Rio Xingu. 

Assim como o prefeito, o deputado estadual Fernando Coimbra (PSL) também encabeçou a invasão do Seminário realizado na UFPA, e fez a defesa do projeto de exploração mineral pela canadense Belo Sun, alegando a geração de emprego e renda para a população local.

Os organizadores do evento deram queixa na polícia e se mobilizam para dar continuidade à luta contra os impactos negativos que a mineração traz para a região, já tão desestabilizada pelas obras de Belo Monte.  Internautas que souberam da atitude do prefeito e do deputado estadual comentaram nas rede sociais e um deles disparou: "De graça é que não foi."

Assista o vídeo abaixo e conheça o que está por trás da extração de 158 toneladas de ouro pela Belo Sun, mega-empreedimento autorizado via concessões ambientais expedidas em tempo recorde e com fortes suspeitas de que o Conselho Estadual de Meio Ambiente do Pará tenha sido favorecido para autorizar a mineradora de explorar por 12 anos a região do Xingu, mesmo com a Defensoria Pública do Estado e o Ministério Público Federal recomendando que a licença não fosse concedida, temendo pelos impactos na vida de ribeirinhos e indígenas que habitam a região, assim como na ameaça de uma degradação recorde no seio da Amazônia.




A maior mina de ouro a céu aberto no Brasil e o Tribunal Permanente dos Povos

Em 2014, este blog replicou uma matéria sobre a realização do Tribunal Permanente dos Povos (TPP) a fim de julgar a atuação da indústria de mineração canadense na América Latina. Naquela oportunidade, a Mestre em Direito Constitucional pela Universidade Federal do Ceará, Priscylla Joca, que também é pesquisadora em Direitos Humanos ligada ao Instituto de Pesquisa Direitos e Movimentos Sociais e que mora atualmente em Montreal, Canadá, redigiu o seguinte relato sobre as empresas canadenses que exploram ouro e outros minerais na América Latina, sobretudo no Brasil. 

Veja o que ela revelou:

A empresa brasileira de mineração, Vale, 2° maior do mundo, é uma das maiores empresas de mineração no Canadá e atua também na América do Sul. Em 2012 foi eleita pelo “Public Eye Awards” a pior empresa do mundo. Motivo? O modo como suas operações e atividades impactam direitos humanos e ambientais. Contudo, há ainda outros aspectos, que chamam a atenção do Brasil para o TPP Canadá.  

75% das empresas de mineração de todo o mundo estão registradas no Canadá. Segundo a Due Process of Law Foundation (DPLF), essas empresas são responsáveis por 80% das atividades de mineração na América Latina, onde existem cerca de 1246 empresas em funcionamento. Dessas, “aproximadamente 120 empresas canadenses de mineração estão estabelecidas atualmente no Brasil – 55 em exploração, 45 em equipamentos e 20 em serviços – e com investimentos previstos de US$ 8 bilhões até 2014”.  

Um exemplo é a Belo Sun Mining, atuante no estado do Pará e que pertence ao grupo canadense Forbes & Manhattan Inc. Outras empresas atuam ou estudam a possibilidade de atuação em diversas regiões do Brasil: Luna Gold, no nordeste; Yamana Gold, Bahia e Goiás; Colossus Minerals, Pará; Lara Exploration, Ceará; Kinross, Minas Gerais; dentre muitas outras.  

Graves danos e impactos sócio-ambientais e violações de direitos humanos vêm sendo reportados nos locais em que essas empresas atuam. Na 149ª edição da Comissão Inter-Americana de Direitos Humanos (Washington, 2013) foi problematizada a operação das empresas canadenses em países como Brasil, Chile e Peru.  

O Brasil estaria em 3º lugar no mundo em conflitos ambientais tendo a mineração como uma das principais causas. Entre aqueles registrados pelo “Mapa de Conflitos Envolvendo Injustiça Ambiental e Saúde no Brasil”, temos o que envolve a Kinross e a população de Paracatu, Minas Gerais, que vem sofrendo com a poluição e contaminação das águas e do solo e violações dos direitos à saúde e ao meio ambiente equilibrado.  

Outro exemplo são os impactos que podem ser provocados pela Belo Sun na Volta Grande do Xingu, prejudicando indígenas e ribeirinhos que habitam a região. Segundo Carlos Frederico Marés e Kerlay Arbos, a mineração em terras indígenas causa “o deslocamento compulsório, a ocorrência de doenças, violência contra os membros da tribo, principalmente mulheres e crianças, disseminação da população indígena e muitas vezes a morte”.  

É nesse contexto que está na pauta do Congresso Nacional brasileiro a votação do Novo Código de Mineração, cuja proposta vem sendo vista com desconfiança por ambientalistas. Clarissa Reis Oliveira destaca que “existem vários envolvidos na proposta, mas protagonistas eu diria que são os governos e as empresas. Fica ‘de fora’ quem deveria ser o principal protagonista de toda e qualquer decisão política, a sociedade”. As empresas citadas podem ser compreendidas como as nacionais e as transnacionais, inclusive aquelas sediadas no Canadá.  

No TPP Canadá, as empresas estão sendo acusadas de violar os direitos fundamentais dos povos na América Latina, com especial atenção para o direito à vida e ao ambiente saudável, o direito à autodeterminação dos povos e o direito à plena cidadania. Já o Estado do Canadá está sendo acusado de contribuir com essa violação de direitos sustentando a indústria de mineração através de determinados mecanismos e favorecendo o contexto de impunidade dessas empresas.

Os conflitos ambientais ligados à mineração que ocorrem no Brasil apresentam profundas semelhanças com os que se passam em outros países da América Latina. Assim, o resultado desse Tribunal Permanente dos Povos pode fortalecer movimentos sociais, organizações da sociedade civil e pesquisadores no Brasil que se organizam em torno da luta por justiça ambiental em casos relacionados a conflitos provocados por empresas de mineração canadenses.

quarta-feira, novembro 29, 2017

Fundador do PT no Marajó, ex-prefeito do PSD terá que devolver mais de 2,6 milhões e seus bens serão bloqueados

Ao lado de Paulo Rocha (de chapéu), Getúlio Brabo (camisa vermelha) em sua última campanha eleitoral, caminha pelas pontes do município que agora terá que devolver mais de 2,6 milhões de reais e terá os bens bloqueados.

Por Diógenes Brandão

Ligado ao grupo interno do senador Paulo Rocha (PT-PA), Getúlio Brabo foi fundador do Partido dos Trabalhadores no município de São Sebastião da Boa Vista (Marajó), onde foi eleito 4 vezes vereador; vice-prefeito em 2004 e 2008, na chapa pura com Laércio Pereira, que renunciou a prefeitura para disputar uma vaga na ALEPA. Getúlio então assumiu a prefeitura em 2010 e foi eleito prefeito em 2012, mas em 2014 filiou-se ao PSD e não conseguiu eleger o sucessor.

Leia a matéria publicada pelo portal do TCM-PA, sob o título Ex-prefeito terá de devolver R$ 2,6 milhões ao Município de São Sebastião da Boa Vista

O Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Pará (TCM-PA) não aprovou a prestação de contas de gestão de 2011 do ex-prefeito de São Sebastião da Boa Vista, Getúlio Brabo de Souza, que terá de devolver aos cofres do Município, devidamente atualizada, a importância de R$ 2.651.104,27, referente a divergências na receita orçamentária e nos saldos iniciais e finais do balanço financeiro.  

Em relação às contas de governo do mesmo exercício financeiro, o TCM-PA emitiu parecer prévio recomendando à Câmara de São Sebastião da Boa Vista que não aprove as contas de Getúlio Brabo de Souza por descumprimento a dispositivos constitucionais, entre outras irregularidades.  

O Ministério Público de Contas dos Municípios do Pará (MPCM) acompanhou o posicionamento do TCM-PA. A decisão foi tomada em sessão plenária realizada na terça-feira (28/11). Devido a falhas detectadas, o ordenador de despesas terá de recolher multas ao FUNREAP (Fundo de Modernização, Reaparelhamento e Aperfeiçoamento do TCM-PA), no prazo de 30 dias. Ele não apresentou defesa e foi julgado à revelia. A Câmara Municipal será comunicada sobre a decisão, para as providências legais.  

O Tribunal aprovou ainda a emissão de medida acautelatória e vai expedir ofícios aos cartórios de registro de imóveis da comarca de Belém e de São Sebastião da Boa Vista, bem como ao Banco Central do Brasil e DENATRAN (Departamento Nacional de Trânsito), comunicando a decisão e determinando a indisponibilidade dos bens e valores do ordenador de despesas, a fim de garantir o ressarcimento aos cofres do Município.     

CONTAS DE GESTÃO  

Foram detectadas as seguintes impropriedades nas contas de gestão: remessa intempestiva da Lei Orçamentária Anual, da Lei das Diretrizes Orçamentárias e dos Relatórios Resumidos da Execução Orçamentária (RREO's) dos 3° e 5° bimestres; divergência na receita, não apropriação e recolhimento da totalidade das obrigações patronais previdenciárias e não apresentação em meio magnético (CD) dos arquivos digitalizados das licitações.     

CONTAS DE GOVERNO  

Em relação às contas de governo permaneceram as seguintes impropriedades: abertura dos créditos adicionais suplementares acima do limite autorizado; descumprimento da Lei do FUNDEB, aplicando o valor de R$ 8.304.859,77, que equivale a 56,71% na remuneração e valorização dos profissionais do magistério; descumprimento do disposto no Art. 77, III do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT), com repasse ao Fundo Municipal de Saúde de valor correspondente a apenas 11,03% do total dos impostos arrecadados e transferidos no exercício; e não consolidação das contas do Poder Legislativo e IPM com as do Poder Executivo.

terça-feira, novembro 28, 2017

Tucuruí: Populares exigem a cassação de prefeito afastado, mas vereadores evitam investigá-lo

Centenas de populares pressionaram os vereadores em frente à Câmara de Vereadores de Tucuruí.

Por Diógenes Brandão

O vereador Weber Galvão (PMDB) entrou com uma representação contra o presidente da Câmara Municipal de Tucuruí, o vereador Rony Santos (PSC) pedindo a cassação do mesmo. Segundo disse em uma rádio local, Weber considera que o colega está obstruindo a apreciação do pedido de cassação que este apresentou contra o prefeito Artur Brito (PV), afastado do cargo no dia 13 de Novembro, depois que o Tribunal de Justiça do Estado atendeu o pedido do Ministério Público Estadual, que por sua vez acatou a denúncia feita pelo empresário Alexandre Siqueira, de que no cargo de prefeito, Artur e seus assessores praticaram atos de corrupção, em contrato de obras e prestação de serviços, na prefeitura de Tucuruí.

Afastado da prefeitura de Tucuruí por suspeita de corrupção, o prefeito Artur Brito​ foi novamente poupado pelo presidente da Câmara de Vereadores do município. Vereador acusa presidente da casa de obstruir as investigações e por isso pede que o vereador também seja cassado.

A decisão de Weber Galvão de ingressar contra o vereador Rony Santos se deu na manhã desta terça-feira (28), logo depois que o presidente da Câmara Municipal de Tucuruí negou o pedido feito por seu colega, que era irmão do ex-prefeito Jones William, para que a Câmara de Vereadores iniciasse o processo de cassação do prefeito Artur Brito, pelo assassinato de Jones e pela forma com que a administração vem sendo usada para acobertar o crime. 

O vereador lembra que há suspeitas até de pagamento de quase um milhão para o assassinato de Zé Davi, fazendeiro morto com cinco (05) tiros, no mesmo dia em que o dinheiro foi sacado dos cofres da prefeitura.  O pagamento do crime teria sido realizado através de um aditivo para a obra da orla de Tucuruí, feito pelo prefeito Artur Brito, no dia do assassinato do fazendeiro.   

Em uma nota emitida no dia 03 de novembro, o vereador Weber Galvão fez um apelo em busca de justiça pelo assassinato do seu irmão, o prefeito Jones William (PMDB), morto de forma cruel e covarde com tiros na cabeça, enquanto fiscalizava obras em uma rua do município, em Julho deste ano. Segundo ele, não há como suportar conviver no mesmo ambiente que os beneficiados pelo crime cometido contra o seu irmão. 




Segundo populares presentes na manhã desta terça-feira na Câmara Municipal de Tucuruí e que entraram em contato com o blog para denunciar o ocorrido, o presidente da casa resolveu encerrar a sessão depois que terem sido jogadas moedas em direção à mesa diretora, simbolizando a compra de vereadores para que estes barrassem a votação, que poderia causar a cassação do mandato e a instalação de uma CPI para apurar as denúncias de corrupção contra o Artur Brito.

Centenas de populares se mantiveram em frente à Câmara de Vereadores exigindo a cassação do prefeito Artur Brito, mas a sessão foi interrompida pelo presidente e não tem data para ser retomada.

Veja as fotos enviadas ao blog:











segunda-feira, novembro 27, 2017

Tucurui: Justiça manda Josy Brito novamente pra cadeia e nega pedido de Artur Brito para voltar à prefeitura. Radialista condenado entra em defesa da família de acusados

Tucuruí: Enquanto a mãe volta pra cadeia, o filho é mantido afastado da prefeitura. 

Por Diógenes Brandão

Mais um capítulo da dramática situação política do município de Tucuruí revela que as coisas continuarão difíceis para a família Brito. 

Na manhã desta segunda, após decisão aprovada por 4 votos a um, os desembargadores do Tribunal de Justiça do Estado do Pará decidiram derrubar a liminar concedida na última sexta-feira (24), pelo desembargador Ronaldo Marques Valle, que atendeu os pedidos feitos pelos advogados de Josenilde Silva Brito (Josy Brito) e concedeu o Habeas Corpus liberatório e a liminar determinando a libertação da acusada de ser mandante do assassinato do prefeito Jones William.




Josy Brito é mãe de Artur Britoafastado do cargo de prefeito pela justiça do município, no último dia 13 de Novembro, por fortes suspeitas de corrupção em contratos de obras e prestação de serviços para a prefeitura. A defesa de Artur Brito alega que a justiça e o Ministério Público estejam sendo usados pelo empresário Alexandre Siqueira, autor das denúncias que levaram o prefeito a ser afastado.

A versão dos advogados de defesa do prefeito afastado é amplamente reproduzida pelo assessor de comunicação da prefeitura, Wellington Hugles e hoje foi repetida pelo radialista Nonato Pereira, na rádio Mix FM, ligada ao sistema Marajoara de Comunicação. 

Cabe lembrar que o radialista que usou seu programa para defender a versão apresentada pela família Brito foi preso e condenado a 13 meses e 20 dias de detenção, mais pagamento de uma multa, por ter participação em um esquema de fraudes em licitações de várias prefeituras do Pará. 

Só na prefeitura de Parauapebas, o esquema desviou mais de R$ 22 milhões dos cofres públicos. Além nisso, Nonato Pereira possui outras condenações pelo crime de calúnia, injúria e difamação e foi preso com dólares e maconha em sua casa.

Filho é mantido afastado da prefeitura e mãe retorna à cadeia

Depois de passar 03 (três) dias fora da cela onde estava presa desde o dia 31 de Outubro, Josy Brito teve o relaxamento de sua prisão derrubado nesta segunda-feira (27). A prisão preventiva temporária decretada pelo Juiz José Leonardo Frota de Vasconcellos Dias, da Vara Criminal da Comarca de Tucuruí foi novamente reestabelecida e Josy Brito já dorme em sua cela novamente.

Nesta segunda-feira, o Tribunal de Justiça do Pará também decidiu negar o pedido dos advogados de seu filho, para que retomasse o cargo de prefeito, mas por decisão judicial, Artur Brito (PV) continua afastado do cargo. 




Advogados consultados pelo blog AS FALAS DA PÓLIS avaliam que as chances de Artur Brito retomar o poder municipal são muito improváveis e uma nova eleição deverá acontecer ainda no primeiro semestre de 2018.

Governador entrega casas novas sem acabamento e alagadas por infiltrações



Na foto de Cristiano Martins, o morador Humberto Conceição parece apontar para os problemas identificados nas unidades habitacionais do Residencial Liberdade II, entregue neste domingo pelo governador Simão Jatene e Guilherme Cruz, superintendente regional da Caixa Econômica Federal.
Por Diógenes Brandão

"Mudar a vida das pessoas e poder oferecer moradia digna e de qualidade é uma das metas do Governo do Pará", foi com que essa frase acima que o governo do Pará divulgou a inauguração do Residencial Liberdade II, localizado no antigo Campus III da Universidade Federal do Pará (UFPA), na Avenida Tucunduba, e mais 32 unidades do Residencial Riacho Doce I, localizado na Avenida Perimetral, próximo à Estação de Ônibus da UFPA. As obras se estendiam por anos no bairro do Guamá.

As 300 unidades habitacionais foram entregues na manhã deste domingo (26) e contou com a presença de Guilherme Cruz, superintendente regional da Caixa Econômica Federal e do governador Simão Jatene (PSDB), que tirou foto, gravou vídeos, fez selfies e abraçou diversos moradores que antes habitavam em moradias em condições precárias nas ocupações no Tucunduba, Perimetral e Acampamento. 

Para os jornalistas responsáveis pelo portal de notícias do governo do Estado (Agência Pará), "320 famílias dos bairros do Guamá e Terra Firme, em Belém, puderam sentir a felicidade de conquistar a casa própria." No entanto, em um vídeo gravado por um dos beneficiados com a entrega de sua nova casa, a realidade contrasta com os textos, fotos, vídeos e discursos feitos no momento e depois da inauguração.

No vídeo, o morador indignado reclama: "Olha aqui a verdadeira obra do Simão Jatene, aqui ó. Tá entregando hoje a casa e olha como ele tá entregando a casa pro cidadão de bem morar. Olha aqui, ó", relata o beneficiado pela obra que pinga água do teto sem foro e inunda o piso sem lajotas. 

Assista:




Ainda no site da Agência Pará é possível ver diversas fotos da parte externa e interna de outras casas. Algumas estão rebocadas e pintadas, mas a maioria aparece com as paredes no tijolo, sem reboco, o teto com o forro cru e todas desprovidas de acabamento, sem lajotas no piso, sem lâmpadas e outros ítens que uma obra que custou milhões de reais aos cofres públicos e demorou anos para ser entregue, não poderia deixar de ter.

 Sem reboco e com o teto com o foro cru, Neuber dos Santos e sua sogra Floriana Pimentel pousam com a 'cara fechada' para a foto de Cristiano Martins. AG/PA.

Com o microfone na mão, a presidente da Companhia de Habitação do Pará (Cohab), Lene Farinha, ao lado do Superintendente Regional da Caixa Econômica Federal, Guilherme Cruz, o governador Simão Jatene e sua filha e Secretaria Extraordinária de Estado de Integração de Políticas Sociais, Izabela Jatene. Foto de Cristiano Martins. Ag-PA.

Imagem aérea dos 288 apartamentos do Residencial Liberdade II, localizado no antigo Campus III da Universidade Federal do Pará (UFPA), na Avenida Tucunduba. FOTO: SECOM/Governo do Pará.

Elefante "artista" pinta quadro e vídeo viraliza na internet. Descubra como isso é possível

Por Diógenes Brandão

Entre milhões de imagens e vídeos que circulam pela internet, existem aquelas que encantam a maioria das pessoas que as vêem, pelo simples fato de serem espetaculares. E por serem assim, acabam nos cativando e fazendo com que compartilhemos esse tipo de conteúdo, pois consideramos que se foi interessante para nós, deve ser para os nossos amigos e outras pessoas. 

Um desses vídeos me chamou a atenção e em uma rápida busca foi possível confirmar que nem tudo que parece "fofo", realmente é. Esse é o caso de um vídeo que um amigo deste blogueiro compartilhou em sua linha do tempo no Facebook. 

Postado em uma página denominada This is Real (Isto é real), com  o título Amazing Artist! (Artísta Incrível) e a trilha sonora do instrumental da música The Sound Of Silence, da dupla Simon & Garfunkel, um elefante aparece pintando um quadro de um elefante e rosas. 

A cena é simplesmente incrível. Assista:



Viram como realmente é fantástico o "talento" do animal que mais parece um artista incrível, como sugere o nome do vídeo que já tem quase 200 milhões de visualizações, mais de um milhão de comentários e ultrapassou os 3 milhões de compartilhamentos, apenas na fanpage citada?

Agora leia a matéria publicada em 2014, no site da ANDA - Agência de Notícias de Direitos Animais, que revela a crueldade que está oculta no treinamento e tortura para que elefantes sirvam em cenas como essa, que rende milhões de dólares com apresentações a turistas na Tailândia.

EXPLORADOS PELO TURISMO


Elefantes sofrem abusos terríveis para aprender a “pintar” Dentre as diversas formas de exploração de elefantes para entretenimento humano, há uma que corre o risco de parecer "inocente" aos olhos de turistas e espectadores: são os elefantes "pintores"....

Elefante “pinta” em campo na Tailândia. Foto: Reprodução.

Dentre as diversas formas de exploração de elefantes para entretenimento humano, há uma que corre o risco de parecer “inocente” aos olhos de turistas e espectadores: são os elefantes “pintores”. Quando se vê elefantes pintando quadros com aparente desenvoltura, pode ser tentador para a maioria das pessoas acreditar que eles fazem isso por algum dom natural, por inteligência, ou porque simplesmente gostam.  

No entanto, segundo reportagem do One Green Planet, se formos refletir por um momento, podemos nos perguntar: em que circunstâncias alguém se depara com um elefante pintando um quadro na natureza? Isso nunca ocorrerá, pois esse é mais um “produto” da indústria que explora animais para entretenimento.  

O turismo que explora elefantes é extremamente popular na Tailândia, motivo pelo qual a população nativa de elefantes asiáticos praticamente desapareceu do seu meio natural. Turistas de todo o mundo vão para esse país com o intuito de ter a experiência de ver e ter contato com esses animais. Existem inúmeras excursões que promovem “passeios de elefante”, e há até mesmo “campos” de elefantes onde, por uma pequena taxa, as pessoas podem passar o dia na presença dos mesmos. E dentro desse mercado de exploração, os “elefantes pintores”, também conhecidos como “elefantes artistas”, são mais uma modalidade altamente explorada em cativeiro.  

Os Elefantes “artistas” da Tailândia  

O Maesa Elephant Camp está em operação desde 1976, e é conhecido como o pioneiro no conceito de elefantes “artistas”. O campo está localizado nos arredores de Chiang Mai, na Tailândia, um ponto disputado do turismo tailandês. Há setenta e oito elefantes atualmente “inscritos” no campo, os quais foram “adquiridos” (sic) pelo fundador do dito arraial, Choochart Kalmapijit, ao longo dos últimos 30 anos.  

O site do campo explica: “Choochart comprou elefantes de todo o país, e com os seus ‘mahouts’ (‘condutores’ de elefantes) e outros especialistas, trabalhou e se apaixonou por esses animais, descobrindo habilidades e fatos sobre os paquidermes”.  

Uma das “habilidades” louvadas pelo Maesa Elephant Camp, é claro, é a “estranha habilidade dos elefantes para pintar”.

Treinador segura “bull hook”, instrumento usado para intimidar e ferir elefantes em treinamento. Foto: Reprodução.

Como eles são ensinados?  

De acordo com informações do site do Maesa Elephant Camp, os elefantes artistas do acampamento começaram a subir ao palco em 2000. “Quando os filhotes alcançavam dois anos de idade, era hora de separá-los de suas mães”.  

E, como todos os bons adultos, esses pequenos elefantes foram colocados para trabalhar. “Daquele dia em diante, esses pequenos ‘Jumbos’ iriam viver com um adestrador e serem treinados por ele, aprendendo comandos, desenvolvendo habilidades e – pela primeira vez no Maesa Elephant Camp – pintando!”.  

O site explica que demorava cerca de um mês para ensinar os elefantes a segurar o pincel com a tromba – ‘eles eram um pouco relutantes no começo, mas pegaram o jeito rapidamente!’. Uma vez que esta habilidade estava dominada, eles estavam prontos para aprender a mergulhar os pincéis na tinta. “Um dos nossos paquidermes prodígio pintou pontos com sucesso, enquanto os outros três escolheram pintar belas linhas”, diz o site.  

E assim, teve início a Galeria Maesa.  

Bem, se você simplesmente não está satisfeito com essa explicação simplista de como se pode ensinar um filhote de elefante selvagem a ficar parado e se concentrar em uma pintura, segue abaixo a verdade. Por favor, continue a ler.  

A história mais provável  

Enquanto não se pode afirmar que o Maesa utiliza estes métodos para a formação de seus elefantes pintores, este é um relato confiável de como os elefantes são tradicionalmente treinados para pintar na indústria do turismo tailandês, graças a uma pesquisa realizada por organizações dedicadas à preservação de elefantes de toda a Tailândia.  

A ONG Born Free explica que é um mito a acepção de que a habilidade de pintar seja resultado da inteligência natural dos elefantes. Muito pelo contrário, refutando diretamente a história contada pelo Maesa sobre como os elefantes lá confinados aprenderam a pintar, “elefantes enfrentam meses de abusos físicos para aprender a segurar um pincel, desenhar uma linha e pintar flores e folhas”.  Como os elefantes usados ​​na indústria de passeios de elefante, em que carregam pessoas em suas costas, os elefantes jovens utilizados para a pintura devem ser “quebrados” e experimentar a dor do processo “phajaan”, práticas explicadas em reportagem recente da ANDA . Durante este tempo, os bebês elefantes estão sedentos, algemados e espancados, até que seu espírito esteja completamente quebrado e se submeta à vontade de seus captores. Uma vez que os jovens elefantes passaram por este processo, podem aprender também a pintar.

Filhote de elefante é massacrado durante processo de treinamento, chamado de “quebra” do seu espírito. Foto: OGP.

Treinando um escravo  

Os elefantes usam pincéis especiais para criar suas “obras-primas”. Esses pincéis são inseridos diretamente na tromba e têm uma barra divisória que fica no final dela, para evitar que a mesma caia do nariz do elefante.  

Durante uma performance de pintura, o treinador do elefante está diligentemente ao lado do elefante, equipado com “bull hooks” (bastões com ganchos de ferro pontiagudo nas extremidades, para intimidar e ferir o animal).  

Além dos “bull hooks”, há outro método considerado mais discreto: um prego, que fica escondido na mão do adestrador, é empurrado para o tecido mole da orelha dos elefantes quando estes não fazem o que é mandado.

Pincéis são reforçados com varetas para serem inseridos dentro das trombas dos elefantes. Foto: OGP.

Para treinar o elefante a mover o pincel para criar padrões de traçado que reconhecemos como flores, árvores ou até mesmo um elefante, os treinadores usam estes aguilhões dolorosos para guiar os movimentos do elefante.  Além disso, se um elefante pinta incorretamente, ele é espancado, ou com um “bull hook”, ou com pancadas com outros objetos em sua cabeça ou tronco.

 “A real inspiração por trás de uma pintura feita por um elefante”. Foto: One Green Planet.  

Quando essa habilidade é dominada, o elefante é obrigado a recriar o mesmo padrão todos os dias, às vezes duas ou até três vezes por dia.  O naturalista Desmond Morris testemunhou um show de pintura de elefante na Tailândia, para discernir se os elefantes realmente poderiam criar pinturas por vontade própria, com base em seus talentos criativos individuais. Conforme a sua observação, o treinador mantinha um controle sobre o elefantes durante toda a performance, puxando a orelha do animal para a direita ou para a esquerda para manipulá-lo a fazer as pinceladas.

 “Primeira lição de pintura: dor”. Note a mão do treinador espetando a orelha do animal. Foto: OGP.

Como ajudar a colocar fim nessa escravidão  

É obrigação de cada um de nós agir, para ajudar a colocar um fim nessa situação de exploração e escravidão em que se encontram os animais abusados para entretenimento humano.  

Nesse caso, é interessante compartilhar essa informação, pois a conscientização é o primeiro passo para a real mudança.  

Além disso, o boicote é uma das formas mais eficazes, senão a mais, de libertar esses animais. Quem se preocupa com os direitos animais não vai a eventos que exibam elefantes de forma alguma, sejam passeios, circos ou shows de “pintura”. Classificar locais que praticam essas performances no Trip Advisor, para que outros turistas também evitem assisti-las, pode ser outro recurso de grande ajuda.

Elefantes sendo explorados em passeios turísticos. Foto: OGP.

Eu fiz a minha parte e você, vai poderia pelo menos compartilhar essa informação?

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