quinta-feira, junho 13, 2019

Insegurança em Ananindeua: Como está o professor esfaqueado dentro de uma escola municipal?



Por Diógenes Brandão

O professor Nuno André da Silva Santos, 38 anos, foi esfaqueado por um aluno dentro da escola municipal "Benedito Maia", localizada no conjunto Abelardo Conduru, no município de Ananindeua.

Imagens que circulam em grupos de Whatsapp mostram o chão da sala todo ensaguentado. O aluno que cometeu o crime é exibido sentado no chão algemado. Da escola, o aluno foi encaminhado para procedimentos legais na DATA - Divisão de Atendimento ao Adolescente, onde ficará à disposição da justiça aguardando por decisão da justiça para ser penalizado com medidas de ressocialização, conforme determina o Estatuto da Criança e Adolescente. 

A imagem do menor não será exibida em respeito às leis que estipulam penas para quem expõe imagens de crianças e adolescentes. 

Considerada uma das cidades mais violentas e com os piores índices de saneamento do Brasil, Ananindeua possui diversas secretarias onde estão alojados os aliados do prefeito, entre elas a Secretaria Municipal de Segurança e Defesa Social, na qual Zezinho Lima é o titular. Presidente estadual do partido "AVANTE" no Pará, ele ainda não se manifestou sobre ocorrido, mas fez questão de publicar um vídeo, dizendo que está em Brasília em busca de melhorias para a segurança no município, o qual após quase 15 anos do mandato do prefeito Manoel Pioneiro, não possui sequer vigilância nas escolas municipais, o que segundo um professor da escola onde ocorreu o crime, "poderia ter evitado o atentado contra o professor, Bruno", desabafou.

Muitas informações desencontradas circulam desde então, mas em áudio enviado ao blog, a diretora da escola confirma que o professor esfaqueado está fora de perigo.

Ouça:


Leia a nota da Prefeitura de Ananindeua sobre o ocorrido:

A Prefeitura Municipal de Ananindeua, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semed), informa que o aluno menor, de 17 anos, que esfaqueou o professor, na noite desta quinta-feira, 13, na escola Benedito Maia, localizada no Coqueiro, foi detido no local e encaminhado à Divisão de Atendimento ao Adolescente (DATA) acompanhado de seus responsáveis e o Diretor da Escola. 

O professor foi atendido no local pelo SAMU e encaminhado ao Hospital Metropolitano e não corre risco de vida. Segundo relatos do colegas de turma do adolescente, na noite do dia anterior, o mesmo se sentiu ofendido após receber uma reclamação do seu docente. 

A PMA informa que representantes da semed estão no local prestando toda a assistência aos familiares.

Greve Geral: Vai ter ônibus em Belém?



Por Diógenes Brandão

A greve geral convocada para esta sexta-feira, 14, é como qualquer manifestação política da atualidade, cercada de rivalidade e confrontos, sobretudo nas redes sociais, onde pessoas se posicionam pró e contra. 

Entre as dúvidas que surgem horas antes do ato, a de que haverá ônibus ou não rodando em Belém é a que mais persiste. 

Em suas redes sociais, o vereador e presidente do Sindicato dos Rodoviários de Belém, Altair Brandão (PCdoB) aderiu ao chamado das Centrais Sindicais e partidos de esquerda e está mobilizando seus liderados para paralisarem os ônibus na Região Metropolitana de Belém.

Sabendo disso, a Justiça do Trabalho determinou que o Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários do Estado do Pará e o Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários em Empresas de Transporte de Passageiros nos Municípios de Ananindeua e Marituba sejam obrigados a garantir 90% dos ônibus rodando amanhã, enquanto durar a greve, devendo retornar aos 100% da frota, após o protesto. 

"Em caso de desobediência ou descumprimento à ordem judicial, o sindicato recalcitrante sujeita-se ao pagamento de multa diária no valor de R$100.000,00 (cem mil reais), sem prejuízo da responsabilização civil e criminal, a ser suportada pelo(s) responsáveis pelo não cumprimento", decretou em sua decisão, a desembargadora Alda Maria de Pinho Couto, do Tribunal Regional do Trabalho da 8ª região.

A ESTRATÉGIA

Não é de hoje que as greves e atos de protestos e manifestações são interpelados por decisões judiciais que tentam restringir a paralisação de serviços essenciais à população em geral. Por isso, os movimentos sociais paraenses são experts em burlar essas determinações e acabam paralisando o tráfego de veículos nas principais avenidas de Belém.

A estratégia é simples: Os motoristas são parados por manifestantes em pontos centrais, como o Entroncamento, São Brás, Rodovia Augusto Montenegro e BR 316 e os pneus dos ônibus são esvaziados, causando uma parada obrigatória dos mesmo e trancando as ruas e impedindo de uma vez, o trânsito dos demais veículos. Dessa forma, a cidade pára e ninguém pode ser multado, já que supostamente, os rodoviários não tem qualquer participação no ato deliberado pelos manifestantes.

Por isso, dizer que amanhã terá ônibus circulando em Belém, não passa de uma tentativa legalista de impedir que os movimentos socais consigam seu objetivo que é parar a cidade e reivindicarem suas pautas políticas.

Detentos filmam tentativa de fuga em Santa Izabel que é reprimida a bala



Vídeo circula com as imagens gravadas de dentro de celas.

Folha diz que sindicalista rural assassinado no Pará era Bolsonarista



Por Diógenes Brandão

Matéria do jornal Folha de São Paulo diz que Carlos Cabral era ex-petista e defendia Bolsonaro.

Segundo o blog apurou, o líder sindicalista em questão havia saído do PT e se filiado ao PCdoB, vindo por osmose a integrar a CTB, central parida e gestada pelos comunistas.

Leia: 


O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Rio Maria (820 km ao sul de Belém), Carlos Cabral, 58, foi assassinado a tiros nesta terça-feira (11). 

A principal suspeita é que a morte esteja ligada a uma disputa fundiária na Terra Indígena Apyterewa, cuja ordem de retirada de homens brancos, dada em última instância pelo STF (Supremo Tribunal Federal) em 2015, até hoje não foi cumprida pelo governo federal. 


O crime ocorreu por volta das 16h. Cabral voltava para casa de moto quando foi abordado por dois homens em outra moto, a 30 metros da entrada. Um dos disparos, feitos com um revólver calibre 38, atravessou a sua cabeça. 

Cabral agia em Apyterewa de forma independente do sindicato e foi de encontro aos movimentos populares ao defender a eleição de Jair Bolsonaro (PSL), com a esperança de que legalizaria os não indígenas de Apyterewa. "Achava que ele ia reduzir a reserva." 

Cabral militou no PT, mas se desfiliou após perder uma eleição para vereador, em 2008. O sindicato de Rio Maria já foi filiado à CUT, mas agora é independente. Continue lendo..

Assaltos no centro de Belém revelam que não estamos seguros em lugar algum



Por Diógenes Brandão

Em duas semanas, dois assaltos realizados em lugares inusitados revelaram a ousadia dos criminosos e a fragilidade da segurança pública e privada em Belém.

No dia 28 de Maio, dois homens assaltaram o Amazon Beer, estabelecimento que fica dentro da Estação das Docas, onde ninguém poderia imaginar que poderia ser tão vulnerável. Embora bar e restaurante seja privado, a Estação das Docas é um espaço público, inaugurado no governo de Almir Gabriel e administrado por uma Organização Social chamada Pará 2000, que também é responsável pela gestão do Hangar e do Mangal das Garças. 

Segundo a Organização Social Pará 2000 esse foi o primeiro caso registrado em 16 anos de funcionamento do espaço. A jornalista Yorranna Oliveira, que teve o celular roubado durante o assalto - depois de ter um revólver colocado em sua cintura - desabafou ao ser entrevistada pelo portal G1 Pará: "É como se a cidade inteira fosse um zona vermelha, cada ponto com suas peculiaridades. Eu entro no ônibus já pensando que posso ser assaltada. Agora nunca mais vou carregar meu celular na Estação. E também não vou ficar mais distraída mesmo em locais teoricamente seguros", explica.

Ontem, foi a vez de um bando de assaltantes invadirem, meterem o terror e assaltarem cerca de 20 pessoas, entre pacientes e funcionários de um hospital particular no centro de Belém. Leia em Bandidos deixam "Territórios pela Paz" e assaltam 30 pessoas na UNIMED.

Em ambos os casos, os bandidos demostraram frieza e tranquilidade, passando o tempo que precisavam para fazer o 'trabalho' bem feito e saírem ilesos. 

Embora o governo do Estado gaste uma fortuna com uma propaganda surreal, criando a ideia de que vivemos um novo momento da segurança pública, na tvs, rádios, jornais, blogs e revistas, dizendo que os números da criminalidade estão diminuindo, a sensação de insegurança da população aumenta a cada dia e até onde menos se imagina estar seguro, lá mesmo pode ser mais um local de pânico e medo. 

Até agora a polícia não informou se já tem alguma informação do paradeiro dos meliantes de nenhum dos assaltos citados nesta matéria.

Estudo publicado no “Atlas da Violência 2018 - Políticas Públicas e Retratos dos Municípios Brasileiros” apontou Belém como a capital mais violenta do País, tendo a taxa de homicídios em 2016 com 77 mortes por cada grupo de 100 mil habitantes.

Contag e CPT alertam para clima de guerra no Pará após mais uma execução no campo

Das mortes por conflito de terra em 2018, 57% foram no estado. Em 40 anos, 53 líderes camponeses foram mortos.

Por Igor Carvalho, no Brasil de Fato

Após o assassinato de Carlos Cabral Pereira, presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (STTR) de Rio Maria, no Pará, na última terça-feira (11), a Comissão Pastoral da Terra (CPT) e a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultores (Contag) demonstraram preocupação com a violência no estado.  

O relatório “Conflitos no Campo” de 2018, da CPT, informa que, dos 28 assassinatos cometidos por conflito de terras no Brasil, 16 casos (57%) ocorreram no Pará. Os números preocupam Dom André Witte, presidente nacional da entidade, que lamenta a “divisão entre trabalhadores rurais e grandes fazendeiros na região.”  

“Da maneira como a realidade se apresenta no Pará, motiva a necessidade de uma reforma agrária, pois garante também aos pequenos o direito e aquilo que é necessário para viver dignamente no campo. Então, tem uma situação de oposição. Vemos que a violência e a sua pior forma, a morte, acontece ao lado dos pequenos, que lutam por seus direitos, que não são atendidos”, afirma Witte.  

Ainda de acordo com a CPT, nas últimas quatro décadas ocorreram 53 execuções de lideranças dos camponeses no território paraense, entre sindicalistas, religiosos, advogados ou ambientalistas. No mesmo período, houveram 49 massacres no país, 28 no Pará.  

Para a entidade, o discurso bélico do governo federal pode influenciar no clima de tensão. “Os históricos conflitos pela posse da terra na região se agravaram ainda mais com as decisões do governo Bolsonaro de suspender a tramitação de todos os processos de desapropriação, compra e arrecadação de terras públicas para assentar novas famílias e de incentivar os fazendeiros a se armarem para expulsar as famílias sem terra das propriedades em conflito”, afirmou a CPT em nota.  

Os números de 2018 no Pará, apresentados no relatório “Conflitos no Campo”, mostram que a violência tem se tornado um recurso comum no estado. Foram 177 conflitos por terra, que geraram 20 casos de tortura, 24 agressões, 50 ameaças de morte e 10 tentativas de execução.  

O Atlas da Violência 2018, produzido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), aponta que cinco dos vinte municípios mais violentos do país estão no Pará: Marabá, Ananindeua, Castanhal, Marituba e Altamira.  

Aristides Santos, presidente da Contag, alertou para os índices do estado. “Estamos preocupados não só com essa coincidência (três presidentes do STTR assassinados em 34 anos), mas com todo o histórico de violência no estado do Pará, que é algo de uma gravidade imensa, que o Estado brasileiro precisa se preocupar e dar uma resposta para a sociedade. A Contag espera que as investigações possam andar rapidamente, para que possamos ter um desfecho desse caso, de mais esse assassinato”, explicou Santos.  

Witte lamenta a atual conjuntura política que aponta para “mais perdas para os trabalhadores”. “É dentro dessa perspectiva que a gente analisa a realidade do que está acontecendo, que é dolorosa, que deveria motivar uma atitude na organização da sociedade para garantir aos trabalhadores as condições para trabalhar. As propostas vão sempre na direção de diminuir o que já tem”, encerra o presidente da CPT.  

Entenda o caso  Carlos Cabral, de 58 anos, presidente da STTR, voltava para sua casa por volta das 16h20 e foi emboscado na avenida Oeste, no bairro do Planalto, por dois homens em uma moto. Em nota, a Secretaria de Segurança Pública do Pará afirma que ambos utilizavam capacete, dificultando o reconhecimento de suas identidades. Três tiros atingiram o sindicalista, dois na cabeça. Ainda na noite do assassinato, o corpo foi submetido à perícia no município de Marabá.  

“Policiais civis do Núcleo de Apoio à Investigação de Redenção (NAI), da Delegacia de Conflitos Agrários de Redenção (DECA), da Superintendência Regional do Alto Xingu e da Delegacia de Xinguara foram deslocados ao município para dar suporte às investigações”, afirma a Secretaria de Segurança Pública do pará em nota.  

Histórico de mortes  

Em 18 de dezembro de 1985, o trabalhador rural e militante do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) João Canuto, foi brutalmente assassinado com 12 tiros. Dois fazendeiros da região foram julgados e condenados pelo homicídio: Adilson Carvalho Laranjeira, prefeito de Rio Maria na época, e Vantuir Gonçalves.  

Quase seis anos depois, em fevereiro de 1991, o sucessor de João Canuto na presidência do STTR, Expedito Ribeiro de Souza, também foi assassinado. O mandante foi o fazendeiro Jerônimo Alves do Amorim, condenado a 19 anos de prisão.  

O Brasil de Fato tentou contato com a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Pará para apurar mais detalhes do atentado sofrido por Carlos Cabral. Porém, até o fechamento desta matéria, não houve retorno.  

Edição: Rodrigo Chagas

quarta-feira, junho 12, 2019

URGENTE: Por matar duas pessoas embriagado, Giovanni Maiorana vai a júri popular




Giovanni Maiorana, filho do empresário Rômulo Maiorana Jr, vai a Júri popular respondendo por dolo eventual. Foi o que decidiu no mês passado a juíza Blenda Nery Rigon Cardoso, titular da 2º vara criminal. Dolo eventual é quando o autor, mesmo sem intenção direta de cometer o ato ilícito, assume o risco de produzi-lo. 

Relembre o caso: 

Em Setembro de 2018 Giovanni Maiorana, um dos herdeiros de um dos maiores impérios de comunicação do estado, o grupo ORM, atropelou duas pessoas no centro de Belém. Uma jovem de 19 anos morreu na hora e a outra vítima chegou a ser socorrida, porém não resistiu aos ferimentos e também morreu. Antes de atropelar e matar as duas pessoas, o seu carro de luxo colidiu com outros 5 carros estacionados e em seu interior foram encontradas latas de cervejas e garrafas de bebidas alcoólicas.  


Com sinais de embriaguez, Giovanni Maiorana foi preso em flagrante e conduzido pela polícia até a delegacia de São Brás. Após ser levado ao centro de perícia Renato Chaves, recusou-se a fazer exame de embriaguez e foi liberado após pagar fiança de R$ 500 mil que depois duplicou para R$ 1 milhão, em função do óbito da segunda vítima no hospital. Atualmente, Giovanni responde ao processo em liberdade provisória.  

Na época, o fato chegou a ser noticiado pelo DOL, todavia apagado do site logo que se soube de quem, de fato, se tratava. Por razões óbvias, tampouco o Jornal Liberal ou o site Roma News deram cobertura ao evento.  

Situação semelhante parece estar se repetindo agora, em que nenhum dos meios de comunicação paraense parece ter interesse em noticiar a decisão de levar o caso ao júri. Pela repercussão do caso à época; pela importância dos personagens envolvidos e principalmente pela gravidade dos crimes cometidos ao volante e ineficácia de nossa legislação em puni-los, essa omissão é demasiadamente grave e serve para nos mostrar o quanto a notícia que nos chega diariamente é sempre filtrada pela política ou pelo interesse de grandes empresários.

Turismo despenca em 2018 e Pará se torna um dos menos visitados do Brasil

De 13º estado mais visitado do país em 2017, agora o Pará passou para 15º, sendo ultrapassado por Amapá e Acre.

Que o Pará é um estado com serviços de saúde e educação ruins, sem saneamento básico, com alto índice de violência, com desemprego bombando, sem atratividade para negócios e com qualidade de vida precária, isso todo mundo está careca de saber. E agora, o que já não era muito bom acaba de ganhar reforço: o estado despencou na lista das Unidades da Federação mais visitadas, com queda no número absoluto de turistas. 

As informações foram levantadas com exclusividade pelo Blog do Zé Dudu, que teve acesso ao Anuário Estatístico do Turismo 2019, uma produção do Ministério do Turismo (MTur) que compila indicadores das visitas realizadas por estrangeiros ao estado. Em 2017, exatos 30.524 “gringos” passearam pelo Pará, volume que baixou para 28.720 em 2018. 

De 13º estado mais visitado do país em 2017, agora o Pará passou para 15º, sendo ultrapassado por Amapá e Acre, estados com menos infraestrutura hoteleira e que, ainda assim, recepcionaram 33.383 e 31.537 visitantes internacionais, respectivamente. O maior impacto ao Pará foi no mês de fevereiro, quando as chegadas de turistas caíram de 3.323 em 2017 para 1.926 em 2018. 

Continue lendo no blog do Zé Dudu.

Bandidos deixam "Territórios pela Paz" e assaltam 30 pessoas na UNIMED

Bandidos saem dos "Territórios pela Paz" e assaltam 30 pacientes e funcionários em hospital no centro de Belém.

Por Diógenes Brandão

As informações trazidas pela Roma News revelam que o crime está sempre à frente das estratégias de segurança, tanto pública, quanto privada e se o Estado designa as forças policiais para combater o crime na periferia, os criminosos migram para os bairros do centro de Belém e lá ficam a vontade para fazer o que bem entendem.

Tudo isso com a presença de 44 viaturas e 200 homens da Força Nacional, que em Março deste ano, vieram a pedido do governador Helder Barbalho ajudar nas atividades ostensivas, realizadas em parceria com o sistema estadual de segurança, pelo prazo inicial de 90 dias, mas que hoje, depois de 79 dias, a população da capital paraense ainda não viu os efeitos desta ação.

Leia a matéria do portal Roma News e tire suas conclusões:

Quatro homens armados invadiram no início da tarde desta quarta-feira, 12, o hospital Unimed Belém, localizado na rua Senador Manoel Barata, bairro do Reduto. Segundo testemunhas, os criminosos levaram pertences pessoais de funcionários e pacientes que aguardavam na sala de espera do hospital. Cerca de 30 pessoas foram vítimas dos assaltantes.  

Os bandidos estavam usando máscaras hospitalares para não serem reconhecidos pelos clientes e pacientes e nem serem identificados pelas câmeras de segurança. Uma cliente teria reagido ao assalto e levou uma coronhada de um dos assaltantes.   

As vítimas do assalto estão na delegacia prestando queixa contra a falta de segurança privada dentro da Unimed e pedindo ressarcimento dos prejuízos. "Na tentativa de abafar o caso, a gerência da Unimed orientou algumas vítimas a descreverem seus prejuízos passarem por um cadastro de ressarcimento e indenização pelo ocorrido", afirma uma das vítimas que prefere não se identificar.  

A Polícia Militar vai analisar as câmeras de segurança e está realizando rondas no entorno do bairro para tentar identificar os criminosos. Ninguém saiu ferido.

ALEPA: Cidadão Paraense para Sérgio Moro?


"Alguém sabe me dizer se já tem algum título de Cidadão do Pará engatilhado na Alepa para o Moro?"
Jeso Carneiro, autor do blog do Jeso.

terça-feira, junho 11, 2019

Líder sindical é assassinado um dia após Helder Barbalho lançar "Territórios pela Paz"



Por Diógenes Brandão 


O presidente do Sindicato Rural do município de Rio Maria, sudeste do Pará, Carlos Cabral, 58 anos, foi assassinado com 4 tiros na cabeça, disparados por 2 homens em uma moto. Os assassinos fugiram  logo após o crime e a polícia não tem suspeitas de quem sejam e muito menos onde estejam os criminosos. 

A vítima ainda foi socorrida e levada ao hospital municipal da cidade, mas veio a óbito logo em seguida devido a gravidade dos ferimentos.  

Com uma vida marcada pela coragem e luta em defesa dos interesses dos trabalhadores rurais, Carlos dirigiu o Sindicato dos Trabalhadores Rurais por muitos anos e já havia sido ameaçado e teve várias tentativas de assassinato, mas como a maioria dos que estão nessa situação, sem a proteção do Estado, hoje o eliminaram de vez.

O caso é mais um grave atentado aos defensores da classe trabalhadora na Amazônia, que assim como Chico Mendes, morto em dezembro de 1988, Dorothy Stang, morta em fevereiro de 2005 e o casal de extrativistas José Cláudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo, mortos na manhã de uma terça-feira, de Maio de 2011, soma-se a milhares de outros defensores dos Direitos Humanos e do Meio Ambiente na Amazônia, que tiveram suas vidas interrompidas pela ganância de latifundiários e grileiros de terras, assim como pela covardia dos gestores públicos em enfrentar o problema que se arrasta por décadas.

O atentado mancha de sangue o lançamento do programa governamental denominado de "Territórios Pela Paz", apresentado na manhã desta segunda-feira, 10, no Teatro Margarida Schivasappa. Segundo uma fonte do blog que participou do evento de lançamento, a ideia não passa de um conjunto de ações que fazem uma releitura do programa "PROPAZ", lançado pelo ex-governador Simão Jatene, em 2011.

Para um leitor do blog, a diferença do governo de Simão Jatene para o de Helder Barbalho é que o atual aliou-se e nomeou para diversos cargos no seu governo, membros de partidos de esquerda e com isso consegue silenciar as entidades sindicais e demais movimentos sociais, como aqueles que atuam como defensores dos Direitos Humanos, que não o responsabilizam pelo atentado de hoje, como acontecia durante os governos de seu antecessor, sempre acusado de ter as mãos manchadas pelo sangue que escorria dos conflitos por terra no Pará.



Bolsonaro é eleito "cidadão paraense" e "cidadão de Belém"


Por Diógenes Brandão

Conforme anunciado em primeira mão pelo blog AS FALAS DA PÓLIS, uma semana atrás, o projeto 004/2019, de autoria do deputado estadual Delegado Caveira, acaba de ser aprovado por ampla maioria dos parlamentares paraenses. 

Com isso, o presidente Jair Bolsonaro é considerado "Cidadão Paraense" e deverá recebe o título nesta sexta-feira, quando estará em Belém participando das celebrações pelos 108 anos de fundação da Assembleia de Deus no Brasil, conforme já havia sido adiantado por aqui.

Embora deputados como Carlos Bordalo (PT) e Marinor Brito (PSOL) tivessem dito que haviam barrado a tramitação do projeto, o que vimos foi uma vitória da ala de apoio ao presidente, que por  22 votos sim, 05 não e 03 abstenções, impôs uma derrota acachapante aqueles que fazem oposição ao governo Bolsonaro, mas nada falam do apoio dado por Helder Barbalho à Reforma da Previdência.

Na Câmara de Vereadores de Belém, o título de "Cidadão Belenense" também foi aprovado, após diversas tentativas por parte do seu autor, o vereador Sargento Silvano.


Lula deverá ser solto para Lava Jato não ir para o lixo


 Por Helena Chagas, via Os Divergentes

As primeiras horas após a divulgação de um escândalo políticos são decisivas para aferir seu alcance, e os principais termômetros são as reações iniciais de seus protagonistas e da mídia. Ao emitir nota dando ênfase a um vazamento “criminoso” no site Intercept das comprometedoras conversas do então juiz Sergio Moro com o procurador Deltan Dallagnol e entre integrantes da força-tarefa da Lava Jato, o Ministério Público conseguiu, acima de tudo, dar veracidade a elas. Não disse – e não pode mais dizer – que não ocorreram, ainda que tenha questionado o vazamento ilegal e a retirada de contexto.

A nota confirmando indiretamente que as conversas existiram encorajou a mídia “mainstream” , sempre cética em apontar falhas na Lava Jato e claramente simpática a Moro, a entrar no assunto. Pesou nisso o fato de, na noite deste domingo, o assunto ter tomado conta das redes e sites alternativos. Ficou logo claro que haveria um preço a pagar em termos de credibilidade para quem não tocasse no tema. 

A embocadura inicial dos maiores veículos da mídia foi cautelosa, dando em maior ou menor grau espaço prioritário ao hackeamento dos celulares de Moro e de procuradores da força-tarefa. A cobertura não deixou de fora, porém, o ponto principal das conversas – a quebra da ética e o decoro de juiz e procuradores que articulavam juntos atos da investigações e suas próprias ações.

Estão estabelecidas, portanto, as bases de um novo escândalo – que, a esta altura, dificilmente será varrido para debaixo do tapete. Sua primeira consequência política será dividir os holofotes e as energias do mundo político com o debate da reforma da Previdência na semana decisiva em que o relatório do deputado Samuel Moreira será apresentado. É bastante provável que o clima tumultuado acabe provocando atrasos na tramitação da PEC na Câmara.  Ainda é cedo para se aferir o grau do estrago na imagem do ex-juiz e hoje ministro Moro – que pode ir de um arranhão passageiro na reputação de quem almeja chegar ao STF (e até ao Planalto) à perda do cargo se a crise ameaçar chegar ao Planalto.

Independente do que ocorrer do outro lado, porém, não restam dúvidas de que o ex-presidente Lula será o maior beneficiado pela divulgação das conversas. Ele é seu principal alvo. Ainda que não sejam aceitas judicialmente por sua origem, ou como elementos capazes de anular de imediato condenações da Lava Jato, elas criam um clima favorável à decisão de aceitar logo os recursos do ex-presidente para que ele, no mínimo, passe a cumprir sua pena em regime semi-aberto ou aberto.  

A defesa de Lula irá, certamente, jogar todas as suas fichas na anulação do julgamento do triplex, e pode até conseguir isso mais à frente. Na avaliação de interlocutores do Judiciário, porém, a reação mais imediata dos tribunais superiores deverá ser a de mandar soltar o ex-presidente com base em recursos já em tramitação. Uma forma de botar água na fervura sem jogar a Lava Jato inteira no lixo – o que pode acontecer num longo e  vexaminoso julgamento da ilegitimidade de decisões combinadas entre Justiça e Ministério Público.

Castanhal: Pega fogo o debate sobre a instalação de CPI


Por Diógenes Brandão


Faltando pouco mais de um ano para o início das eleições municipais de 2020, o debate entre a classe política municipal pega fogo com acusações entre parlamentares e candidatos a prefeito dos mais variados partidos e municípios.

Em Castanhal, município do nordeste paraense, o pedido de uma CPI para investigar denúncias contra o prefeito da cidade, tem levado a debates calorosos entre os vereadores pró e contra o governo. 

Em um deles, que circula pelas mídias sociais, o vereador Carlinhos Bacabal  (MDB) defende o prefeito e logo em seguida é rebatido pela fala do vereador Rafael Galvão (PSDB). 

Assista: 


segunda-feira, junho 10, 2019

Como ficou a greve dos caminhoneiros no Pará?


Por Diógenes Brandão

A manifestação que deu início à Greve dos Caminhoneiros do Pará, durou por pouco tempo, já que o governador Helder Barbalho aceitou receber uma comissão dos manifestantes, que reivindicam a suspensão do convênio do Estado com as prefeituras de Belém e Ananindeua, que através da SEMOB e SEMUTRAN, andam "enfernizando a vida destes motoristas", segundo o líder dos caminhoneiros

Assista o vídeo e ouça o áudio do Sabá, líder dos caminhoneiros:








Violência nas Escolas do Pará: 03 casos por dia e governo e SINTEPP não fazem nada


Por Diógenes Brandão

Segundo matéria do site Rede Pará, o Estado registra, em média, três casos por dia de violência nas escolas De janeiro a abril deste ano houve 348 registros. Em maio, só na região metropolitana de Belém, foram cinco boletins de ocorrência. São ameaças, agressões, bullying, assaltos, estupros e homicídios, que se repetem por todo o País. Brasil lidera ranking dos colégios mais inseguros do mundo.

Nos primeiros quatro meses deste ano ocorreram, em média, a cada 30 dias, 87 casos de violências no interior dos colégios públicos e particulares do Pará. 

Leia aqui.


domingo, junho 09, 2019

Greve dos caminhoneiros vai fechar a BR 315 nesta segunda



Por Diógenes Brandão

Conforme anunciado durante a semana, a Greve dos Caminhoneiros do Pará foi confirmada em assembleia geral e a partir das 5h desta segunda-feira, 10, a BR 316 será interditada por motoristas de caminhão, vans e ônibus de turismo. 

Entre as reivindicações, o fim da indústria da multa promovida pela SEMOB e SEMUTRAN. 

Os manifestantes exigem uma audiência com o governador, para entre outras coisas, debater a anulação do convênio para autorizar as prefeituras de Belém Ananindeua a fiscalizarem o trânsito nestes municípios.

Assista a convocação feita por Sabá e demais lideranças do movimento grevista:



sábado, junho 08, 2019

'Eu vim para devolver a emoção ao UFC', diz Michel Pereira, o paraense voador


Michel Pereira, após vencer sua luta por nocaute em Rochester.

Via ESPN

Durou menos de dois minutos, mas valeu quase R$ 200 mil (US$ 50 mil).

Teve saltos, jogo de pernas, caminhadas na grade, "superman punches" e terminou com uma joelhada voadora, seguida de um direto de direita. Nocaute. Tudo em 1m47s de luta.

Assista a luta do paraense, que o mundo parou para aplaudir:


Enquanto o veterano inglês Danny Roberts caía no chão, o brasileiro Michel Pereira, 25, se apresentava ao mundo. De cima da grade, para concluir com chave de ouro, o paraense voador ainda gritou: "Tucumã!", sua terra natal, distante 589 km da Capital do Estado, Belém.  

"Eu ainda estava aquecendo, pegando o clima da luta", disse ao ESPN.com.br o lutador que recebeu o bônus de melhor performance da noite no UFC Fight Night 152 em Rochester, estado de Nova York, no mês de maio. 

Para quem está disposto a "devolver a emoção de volta ao UFC", o brasileiro de 25 anos não poderia ter começado melhor. Na pré-luta, com passos de break, ele já tinha levantado a arena. "Eu posso até perder, mas uma luta minha nunca vai ser chata", garante. 

Uma rápida pesquisa pelo nome dele na internet trará diversos vídeos que o corroboram.

A movimentação dele tem quês do lendário boxeador Sugar Ray Leonard, provocações à la Jon Jones e guardas baixas provocativas ao melhor estilo Spider.

"Quando o Anderson Silva ia lutar, ou Lyoto Machida, você sempre pensava: 'o que será que eles vão fazer?'. Eu cresci vendo isso e quero trazer isso de volta para o MMA", diz.

"Quero ser showman. Hoje, os caras se esquecem disso, esquecem de tentar agradar o público que luta caro para assistir às lutas. Só pensam em ganhar", diz.

"Quando ganhei a luta (contra Roberts), o locutor veio me cumprimentar e disse 'pô, tava todo dormindo até a sua luta'. A minha foi a a quarta ou quinta. Tava chato, o negócio", disse. "Luta minha, ninguém vai vaiar", assegura. 

"Eu quero ser aquele cara que faz as pessoas se reunirem quando tem luta, fazer com que amem o MMA novamente."

ESCOLA DA VIDA

Com 22 vitórias, nove derrotas e duas lutas sem resultado, o lutador que tem passagens pelo XFC e Jungle Fight, entre outros, chorou no caminho do vestiário até o octógono, em 18 de maio. 

"Era um sonho realizado. Mas meu sonho mesmo vai se realizar no dia em que o Bruce Buffer anunciar o meu nome", revela.  Por trás do desejo de ouvir o locutor mais famoso dos mundo dos esportes de combate dizer seu nome, vem embutido um outro: estar em um card principal de um grande evento da organização, já que Buffer só anuncia as principais lutas dos maiores eventos. 

"Meu empresário comentou que luto novamente em julho ou agosto. Não sei se em Chicago ou São Paulo", disse. Até o momento, ainda não há confirmação por parte da organização. 

A luta e a vitória espetacular de Pereira foram um cala-boca para muita gente, diz o lutador.  "Muitos falavam 'será que vai dar certo?'", conta ele. Até dá para entender. Michel entra nos ringues e sobe nas grades, dá saltos mortais, ginga como capoeirista e faz até passos que parecem ser de de dança.

"Dança, tem mesmo!", conta ele. "Gosto muito de free step, zumba, rebolation, hip hop. Levo muito 'golpe de dança' para as lutas", diz ele. Já Capoeira, ele praticamente não treinou, embora tenha arriscado martelos, rabos de arraia e meias-luas, movimentos típicos da arte marcial afro-brasileira. 

"Fiz duas aulas, só, mas admiro muito, quero conhecer mais", afirma.  "Você se constrói aos poucos, e tudo que você passa na vida é o que forma você", diz. "Tenho muita história por trás".  Faixa preta de jiu-jitsu, ele tem também treinamento em caratê, boxe, grappling, muay thai, wrestling, submission e tae-kwon-do. Mas até mais do que isso, Michel Pereira se construiu vivendo. 

Aos 12, ele teve de decidir: ou ficava em Tucumã com os primos e o tio Renê Collares, com quem treinava caratê, ou se mudava com a mãe Therezinha Lima para Manaus, no Estado vizinho do Amazonas.  Michel ficou. 

De Tucumã para Belém, Rio de Janeiro, Belém de novo, São Paulo, Japão, até chegar a Michigan, no gelado norte dos EUA, onde mora há pouco mais de um mês e treina com a equipe Scorpion Fighting System.  "Já passei fome e dormi em casa sem porta e janela num calor desgraçado", relembra-se. "No Japão, eu treinava às 4h da manhã, num frio danado. Mas era melhor do que os momentos difíceis que passei em São Paulo, por falta de recursos", diz.  

Hoje, ele, que tem Anderson Silva como ídolo ("não só como atleta", faz questão de frisar), já pode pelo menos sonhar em enfrentar grandes nomes do esporte.  "(Eu queria enfrentar) o Connor McGregor ou o Israel Adesanya, que são os que dão mais show, atualmente", diz ele. 

"Sem dúvida, vou longe. Sei que sou capaz, minha história não foi ganhada, não", afirma. 


Se depender da autoconfiança, e da vontade de dar espetáculo, certamente estamos diante de um futuro detentor de cinturão.

AGE: Mais uma dispensa de licitação pra lá de suspeita

Advogado de Helder Barbalho, nomeado como Auditor-Geral do Estado, Giussepp Mendes, dispensa licitação e contrata empresa de DJ das rádios da família do governador, por R$258 mil reais. 

Por Diógenes Brandão

Atitudes no mínimo suspeitas pairam sobre contratos que pipocam na gestão pública, sobretudo sem as devidas medidas de austeridade pública, levando-nos a pensar que nada mudou nesse país repleto de escândalos e desvios de recursos públicos, das mais variadas formas e estruturas de poder.

Dessa vez, a suspeita de que alguma coisa errada está acontecendo é trazida em uma pequena nota do blog do jornalista Lúcio Flávio Pinto, que diz o seguinte:

A Auditoria Geral do Estado poderá gastar até 258 mil reais em um ano com “gravações externas com transcrições de textos/clipagem eletrônica”. Há muitas empresas que prestam esse serviço em Belém. Mesmo assim, o órgão deixou de promover a devida concorrência pública. Declarou a inexigibilidade de licitação e contratou diretamente a firma I. K. Barros, estabelecida na avenida Duque de Caxias, 1133, no bairro do Marco, sem citar o nome do responsável no ato, assinado pelo auditor geral Ilton Giussepp Stival Mendes da Rocha Lopes da Silva.

Já que a falta de transparência impera e ninguém disse o nome do empresário, o blog AS FALAS DA PÓLIS foi atrás e revela aos nossos eleitores: Trata-se de Kleber Barros, que nada mais é do que o famoso DJ das rádios do grupo RBA e ex-marido da ex-vereadora de Belém, Meg Barros

Será que por ter vínculos com a empresa da família do governador, fez com que o Auditor Geral, Giussepp Mendes, publicar a dispensa de licitação, sem uma justificativa plausível?

Kleber Barros já atuou no governo de Ana Júlia, fazendo o mesmo serviço e um outro projeto que não deu muito certo..

Se o Ministério Público continuar fingindo que não vê essas manobras que geralmente são usadas para lesar a livre concorrência e privilegiar amigos de que está no poder - sendo que existem inúmeras empresas para disputarem um certame com regras transparentes e igualitárias - quem mais poderá nos proteger?

sexta-feira, junho 07, 2019

Helder Barbalho: Tarado por placas de reinauguração de obras já inauguradas

Helder Barbalho mandou retirarem a placa de inauguração de uma escola e colocarem outra, com seu nome no lugar, para se presentear no dia do seu aniversário.

Por Diógenes Brandão

Ontem, a propaganda do governo do Estado anunciou a entrega de 10 escolas reformadas e hoje, através de suas redes sociais, o governador Helder Barbalho (MDB) mostrou imagens da inauguração da 11ª escola, em seu governo. 

É certo que para além da disputa político-partidária, os governantes deveriam agir sempre baseados nos princípios da impessoalidade no trato da administração pública, e as obras que não são propriedades particulares deste ou daquele administrador, não devem ser abandonadas só porque não foram iniciadas por quem o sucedeu no poder. Se não ficaram prontas a tempo da saída de um, devem ser concluídas e inauguradas pelo sucessor daquele governante, que por algum motivo não conseguiu entregá-las. 

Leia também: Leitor: Helder Barbalho só inaugura obras de Simão Jatene

Acontece, que leitores do blog sempre nos trazem, de forma quase que instantânea, contrapontos, com relatos, fotos e vídeos, que nos revelam, que na verdade o que o governador Helder Barbalho (MDB) está fazendo é inaugurar obras inauguradas pelo ex-governador Simão Jatene (PSDB), alegando para isso que ainda havia algo a ser feito, gastando uma mini-fortuna com toda uma encenação midiática, quando poderia simplesmente resolver o que falta e governar sem tanta pirotecnia e a necessidade infanto-juvenil de se autopromover o tempo todo.

Leia também: Helder e a obra eleitoreira que ficou pro futuro

Em 2006, Simão Jatene terminava seu primeiro mandato de governador e após a vitória de Ana Júlia (PT), o governo não conseguiu finalizar umas das suas principais obras na capital do Estado, o Centro de Convenções da Amazônia - Hangar, que ficou com 90% construído, mas só foi finalizado meses depois que Ana Júlia assumiu o poder. 

Depois disso, Ana Júlia governou por 04 anos e deixou uma de suas principais obras inacabadas: A reforma e ampliação da Santa Casa de Misericórdia do Pará, que ganhou 07 andares e diversos leitos, equipamentos e áreas para atender a população do Estado, mas que só foi entregue por Simão Jatene, que fez questão de chamar a antecessora para inaugurar a obra que ela havia iniciado e levado quase ao fim.

Exemplos recentes nos mostraram que isso é normal e em alguns casos nos revelam a grandeza de quem deveria fazer disso uma regra e não uma exceção.

Agora não. Helder vem reinaugurando diversas obras já inauguradas pelo governo anterior e determina que se retire a placa de inauguração deixada pelo seu antecessor e coloca uma nova, com o seu nome e gasta mais recursos públicos em uma segunda festa, levando as imagens para suas redes sociais e para a imprensa paraense*.

O caso mais emblemático foi da reforma e ampliação da Escola Marilda Nunes, situada no bairro do Bengui, que recebia 500 alunos, mas que após da cobertura desabar em 2016, teve obras em toda sua estrutura física, passando a atender 840 estudantes com nova estrutura, incluindo uma quadra de esportes coberta, muro, praça, biblioteca, sala de recursos multifuncionais, sala de professores, sala de informática, sala de mídia, banheiros, copa/cozinha e outras dependências, com o investimento de R$ 2.965.588,88, recursos do Tesouro do Estado. A obra foi entregue pela ex-secretária de educação, conforme informado no site de notícias do governo do Estado. 

Veja as fotos da inauguração da Escola Marilda Nunes, realizada pela equipe do governo Simão Jatene, no dia 28 de Dezembro de 2019, onde a homenageada com o nome da escola, esteve presente.






Agora veja o vídeo com as imagens da reinauguração da mesma escola, dia 30 de Maio passado, já no governo de Helder Barbalho, que aproveitou para comemorar seu aniversário e se auto-presenteou mandando retirar a placa de inauguração anterior e colocar uma nova, com seu nome e re-convidou a homenageada, para novamente participar de um novo evento, já realizado 04 meses antes.



Hoje, 07, Helder inaugurou outra escola em Belém, que também já estava semi-pronta, mas essa ele tá certo em colocar a placa de inauguração com o nome dele.


*A imprensa paraense está praticamente toda alinhada aos ditames do governo Helder Barbalho, que através de uma fortuna gasta com anúncios em jornais, revistas, emissoras de rádio e tv, além de blogs e portais de notícias, tentar impor uma verdade absoluta sobre os acontecimentos políticos do Pará, desde que assumiu o poder.

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