terça-feira, maio 14, 2019

O CABIDE DE EMPREGO DA FAMÍLIA BARBALHO



Por Diógenes Brandão

Logo após o Dia dos Trabalhadores, este blog revelou, com exclusividade, através da matéria Sem cumprir promessas, Helder ignora concursos e segue contratando temporários, a farra com as nomeações de assessores indicados (DAS), contrariando o discurso feito pelo governador do Estado, logo após assumir o poder, de que faria uma economia de R$ 52 milhões de reais, ao exonerar 2.500 comissionados, enxugando assim a máquina administrativa.



Diferente do que foi dito pelo governador Helder Barbalho e noticiado em manchetes e destaque no jornal Diário do Pará, mostramos que até o final de Abril, 2.839 novos DAS foram nomeados por Helder e seus partidos aliados.

Isso sem contar com os 895 novos contratos temporários, realizados através de nove (09) Processo Seletivos Simplificados (PSS), os quais substituem os concursos e tornam a contratação de novos servidores, altamente subjetiva, baseada em entrevista e análise curricular, sujeita a livre escolha dos chefes de cada órgão do Estado.

Agora, o blog AS FALAS DA PÓLIS apresenta o resultado do levantamento realizado no site da Transparência Pará, onde aparecem os nomes dos familiares do governador Helder Barbalho, nomeados como DAS em seu governo. Dois deles se destacam: O tio designado para a mais importante diretoria do DETRAN e o primo como secretário-adjunto da SEFA. Os dois órgãos que concentram as maiores arrecadações financeiras do Estado. 

Detalhe: O Secretário-adjunto da SEFA é primo de Helder e ganha mais do que o próprio governador.

Veja os nomes:

HELDER ZAHLUTH BARBALHO - GOVERNADOR DO ESTADO. 
Salário: 30.386,70.

LOURIVAL DE BARROS BARBALHO JUNIOR - SECRETÁRIO ADJUNTO DA SEFA
Salário: R$ 51.889,97.

RODOLPHO ZAHLUTH BASTOS - SECRETÁRIO ADJUNTO DE GESTÃO E REGULARIDADE AMBIENTAL. 

Salário: R$ 11.925,19.
  
JOERCIO FONTINELLE BARBALHO - DIRETOR DE HABILITAÇÃO DE CONDUTORES E DE REGISTRO DE VEÍCULOS. 
Salário: R$ 5.868,34. 

CAMILA PASSOS BARBALHO - COORDENADOR. 
Salário: R$ 3.677,58. 

MONICA MOREIRA BARBALHO - CHEFE DE GABINETE. 
Salário: R$ 3.677,58.

LAERCIO GODOY SPINDOLA BARBALHO - GERENTE. 
Salário: R$ 2.145,26. 

CASSIA KOURY BARBALHO - GERENTE. 
Salário: R$ 2.145,26. 



domingo, maio 12, 2019

HELDER BARBALHO E SEU GOVERNO EM CRISE FAMILIAR



Por Diógenes Brandão

A queda de dois membros do alto escalão do governo Helder Barbalho, quase passa despercebida pela imprensa paraense, que desde Janeiro recebe a narrativa criada na torre da RBA e a transmite para todas as redações de jornais e emissoras de rádio e TVs, sem falar dos blogs alinhados ao governo.

Ainda no fim do mês de Abril, o presidente da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará foi exonerado do cargo, após ser nomeado pelo governador. Há quem diga que ele era médico de um dos filhos de Helder Barbalho, mas mesmo assim foi demitido por bater de frente com a mãe do governador, a deputada federal Elcione Barbalho, que queria indicar um aliado político para uma diretoria, mas o presidente da Santa Casa não aceitou a indicação e sua atitude custou-lhe o cargo. 

Já na COSANPA, a queda do presidente do órgão foi ao mesmo tempo uma tentativa do governador mostrar serviço e aliviar as críticas que recebe, sobretudo nas redes sociais, onde a população reclama diariamente pela falta d'água em suas residências, transtorno que vem se repetindo constantemente, desde o início do ano.

Entre notas de esclarecimentos e apelos indignados de moradores de todo o Estado, vivenciamos uma série de interrupções no fornecimento de água, tanto na região metropolitana, quanto nos demais municípios paraenses.

Em Marabá, por exemplo, o Portal Debate Carajás denuncia: "há mais de 10 dias os moradores não recebem água, regularmente, da Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa)".

Em Santarém, na região do Carajás, a situação é dramática e faz com que populares apelem para o governador, marcando o mesmo suas redes sociais.



Ao noticiar a exoneração do presidente da COSANPA, o jornal Diário do Pará, do qual o governador Helder Barbalho é sócio, cometeu um ato falho que não poderia ter passado desapercebido por este blog. 

É que a matéria do jornal citou um trecho da nota da COSANPA, sobre a mudança na presidência da companhia e aproveitou para alfinetar os governos anteriores dizendo: “Nos manteremos firmes no trabalho de recuperação da Companhia, que foi sucateada pelos últimas gestões, até que os serviços estejam adequados às necessidades do povo do Pará”. 

Logo em seguida, a mesma matéria apresenta o substituto, dizendo: “Eduardo Ribeiro é engenheiro civil há 34 anos, 33 deles dedicados à Cosanpa. Como servidor de carreira, Eduardo foi diretor do órgão de 1991 a 1997, vice-presidente em 2004 e assumiu a presidência de 2007 a 2010. Ribeiro também foi secretário de Saneamento do município de Ananindeua nos anos de 2005 e 2006”.

Ora, se o jornal do governador e o seu governo consideram que os ex-gestores foram responsáveis pelo sucateamento da COSANPA, como é que Helder Barbalho agora nomeia quem esteve como diretor e presidente da companhia nos governos de Jader Barbalho, Almir Gabriel, Simão Jatene e Ana Júlia?



Quem não deve estar nada satisfeito com a exoneração do ex-presidente da COSANPA é o deputado federal José Priante (MDB), primo do governador e quem havia indicado Márcio Leão, exonerado sem explicações. 

Há quem diga que o irmão do governador, Jader Filho, tenha sido o articulador da mudança.


sexta-feira, maio 10, 2019

Loteada por militantes do PCdoB, governo quer alugar carro de luxo blindado para a IOEPA



Por Diógenes Brandão


Logo depois de assumir o governo do Pará, Helder Barbalho anunciou primeiro em seu jornal, o Diário do Pará, que lançaria um decreto que prometia economizar 52 milhões de reais, exonerando assessores em excesso, os chamados DAS. Conforme foi revelado com exclusividade por este blog, nada disso aconteceu e no mesmo mês, grande parte dos mais de 2.500 DAS demitidos, deram lugar a outros novos DAS contratados pelo governador e seus aliados, mantendo a folha de pagamento inchada, tal como denunciavam acontecer no governo de Simão Jatene.

O silêncio dos jornais, emissoras de TV, rádio, blogs e demais veículos de comunicação do Estado, sobre essa e outras denúncias de propaganda enganosa, paga e veiculadas, inclusive com mais intensidade, nas empresas de comunicação onde o governador é sócio, com seus pais e irmãos também configura um escândalo, pois a falta de uma imprensa livre para o contraditório, a livre opinião de jornalistas e articulistas, provoca um cerceamento da liberdade de expressão, algo que estamos vivenciado no Pará, desde que Helder Barbalho tomou posse como governador.

Exemplo de injustificável mau uso dos recursos públicos, se revelou, ainda que discretamente, em edital publicado no jornal Diário do Pará desta quinta-feira, 9, quando soubemos da chamada para a contratação de empresa de locação de veículos, para o aluguel de um  que seja blindado. O Aviso de Licitação foi expedido pela Imprensa Oficial do Estado, autarquia que é presidida pelo presidente do PCdoB no Pará, Jorge Panzera, velho aliado do MDB. 

Em Março, ao dizer que por uma questão de economia, nenhum secretário estadual receberia diárias para esse deslocamento á cidade de Santarém, o governador foi supostamente surpreendido com a notícia também trazida com exclusividade por este blog, de que o mesmo presidente da IOEPA, havia se auto-concedido o pagamento de Diárias para viajar. 

Logo em seguida, após a repercussão negativa, o governador mandou anular todas as portarias que concediam o pagamento das Diárias aos seus secretários, conforme você pode ler aqui.

Agora, ao analisar os anúncios que o governo paga com frequência no jornal em que Helder Barbalho é sócio, vemos uma preciosa informação que contradiz qualquer discurso de austeridade econômica: No mesmo dia em que o governo ofereceu e o SINTEPP aceitou um reajuste salarial de apenas 2% para os trabalhadores da educação, sob a justificativa que o governo se encontra com dificuldades para remunerar melhor os educadores e inclusive de cumprir a promessa de pagar o Piso Nacional da Educação, o governo do Estado se dispõe a pagar um valor diferenciado e mais caro, para oferecer um carro de luxo blindado à prova de balas, a um assessor do governo, sendo que a população paraense cada vez mais se sente insegura com a onda de violência, que só nestes cinco primeiros meses de 2019, matou 16 policiais e centenas de populares, vítimas de diversos crimes, sobretudo de armas de fogo.


Sem a necessidade de manter o órgão dando apenas despesas, o governador por uma preferência política vem mantendo a IOEPA, com seus inúmeros cargos e despesas. Citado por um meme que circula pelas redes socais, internautas se indagam sobre a real necessidade de manter o órgão onerando a folha de pagamento e o orçamento do Estado, já que a autarquia está com seu parque gráfico desativado, uma vez que sua principal publicação, o Diário Oficial do Estado (DOE), passou a ser exclusivamente produzido em plataforma online, acabando com a necessidade de impressão.


quarta-feira, maio 08, 2019

A votação e o potencial dos possíveis candidatos a prefeito de Ananindeua

Análise feita pelo jornalista Luís Freitas verificou o potencial e a votação das principais lideranças que disputaram as eleições de 2018 e estão pré-apresentadas como possíveis candidatos à prefeitura de Ananindeua.
Foto: Diógenes Brandão. Arte: Comitê Digital Pará.

Por Luís Freitas*

A análise dos números da votação para deputado estadual dos candidatos eleitos com “base política” (ou de moradia) em Ananindeua, segundo maior Colégio Eleitoral do Pará (322.306 eleitores), sinaliza para uma série de questão, que quando, devidamente, cruzadas e interligadas, podem fazer uma imensa diferença no tabuleiro político em que atuam e se movimentam. 

Os eleitos obtiveram os seguintes números: Dr. Daniel (113.588); Miro Sanova (52.619); Eliel Faustino (47.183); Chicão (40.268); Fábio Figueiras (29.077) e Professora Nilse (18.391). 

O médico Dr. Daniel sai das urnas como principal liderança local. Fato consolidado com sua eleição à Presidência da Alepa. Em Ananindeua, ele obteve 42.801 votos, o que representa 17,67% dos válidos da cidade, o que já garantiria sua eleição a deputado pelo PSDB, sem votos de outro município.  

Em seguida, em termos de votos, temos: Miro com 11.850 (4,89%); Fábio Figueiras 11.012 (4,55%); Eliel Faustino 8.646 (3,57%); Chicão 7.576 (3,13%); e Professora Nilse 6.220 (2,57%) dos votos válidos de Ananindeua. 

É importante observar que todos os candidatos eleitos tiveram votação em mais de 100 municípios paraense. Com destaque para Miro (144 cidades) e Dr. Daniel (140). Depois, vem empatados Chicão e Fábio Figueiras (129), Eliel (122) e Professora Nilse com 101 cidades. 

Ao contextualizar a votação dos candidatos, nos 25 maiores colégios eleitorais do Pará, observamos uma característica comum – “o distanciamento da base política” (ou de moradia) a que pertencem, quanto ao número de votos e o peso para suas eleições. 

O médico Dr. Daniel é uma exceção, assim como, de forma menos acentuada, os casos de Fábio Figueiras e Professora Nilse. 

Vale ressaltar que tais características comuns de “distanciamento da base política” estão vinculadas diretamente aos três candidatos que disputaram a reeleição.


Assim, ao analisar o quadro da importância de Ananindeua na votação dos seis eleitos, nos 25 maiores colégios eleitorais (em números absolutos e percentuais), podemos concluir que ao disponibilizar seus nomes para uma disputa local em 2020, Miro (PDT), Chicão (MDB) e Eliel  (DEM) estarão abrindo mão de participar, ampliar e consolidar suas lideranças, como apoiadores de candidaturas em outras cidades, que foram importantes no processo de suas reeleições.

No oposto, o médico Dr. Daniel, Fábio Figueiras e Professora Nilse, encontram-se mais à vontade para disponibilizar seus nomes para uma disputa à Prefeitura de Ananindeua. Se o farão, já é outra história.

*Luís Freitas é jornalista, foi presidente do PT Ananindeua, tendo assumido os cargos de Secretário Municipal de Cultura, presidente do DEMUTRAN e em seguida Secretário Municipal de Segurança e Defesa Social de Ananindeua, nas gestões do ex-prefeito Helder Barbalho.

terça-feira, maio 07, 2019

Reitor da UFPA esclarece o bloqueio de verbas

Como demonstrado recentemente, 83% do investimento público em educação é destinado à Educação Básica e apenas 17% à Educação Superior”, aponta Emmanuel Tourinho, que diz que o “Brasil precisa aumentar o investimento público em todos os níveis, não transferir o recurso disponível de um para o outro”, apontou o reitor.

Por Maissa Trajano, no Portal da UFPA   

Na última semana, o Ministério da Educação (MEC) anunciou que todas as Instituições Federais de Ensino Superior sofrerão um bloqueio de 30% do seu orçamento de custeio. A notícia gerou grande apreensão de toda a comunidade universitária, visto que, há quatro anos, as universidades já vêm enfrentando grandes problemas com restrições orçamentárias. O reitor da UFPA, Emmanuel Tourinho, realizou coletiva para esclarecer a atual situação financeira da Instituição e as consequências da nova decisão do Ministério da Educação.  

Atualmente, a verba destinada pelo MEC às universidades brasileiras compreende três grupos de despesas: pessoal, capital e custeio. A verba de pessoal vai diretamente para o pagamento dos servidores, a de capital é destinada a investimentos em equipamentos e obras, e a de custeio é direcionada para os serviços de manutenção das instituições.  

Desde 2015, as universidades vêm sofrendo com cortes e contingenciamentos/bloqueios. Até 2014, o orçamento da UFPA para despesas de capital era de cerca de 80 milhões. Para 2019, estão previstos apenas 9 milhões. Além disso, 50% desse valor foi bloqueado. Se não houver revisão do bloqueio, até o final do ano a federal paraense poderá contar apenas com 4,5 milhões para investir na infraestrutura de seus doze campi, duzentos cursos de graduação e cento e trinta e cinco cursos de mestrado e doutorado.  

Para as despesas de custeio, houve o congelamento do orçamento em valores próximos aos de 2014, o que significa perda real de 25% do que a UFPA recebia, já que os contratos são reajustados todos os anos. Esse recurso é destinado, principalmente, ao pagamento da energia elétrica, vigilância, limpeza, manutenção predial e material de consumo para os laboratórios e para o funcionamento administrativo da UFPA.  

“Já tem sido um grande desafio conseguir que a Instituição se mantenha funcionando regularmente, aguardando que esse cenário externo mude e que seja possível tirar o máximo proveito da nossa capacidade instalada de formação e de produção de conhecimento. A Universidade faz muito, mas poderia fazer muito mais se houvesse, no Brasil, uma política pública forte e regular de apoio à Educação Superior e à pesquisa”, lamentou Emmanuel Tourinho.  


Corte de 30% - Após a notícia divulgada pelo MEC, que prevê um bloqueio de cerca de 30% no orçamento das universidades federais brasileiras, a UFPA agora também contará com um valor menor para suas despesas de custeio. Foram bloqueados R$ 55 milhões do orçamento da UFPA. A Instituição poderá dispor apenas de 108 milhões dos 163 milhões previstos em seu orçamento. Desta forma, a Universidade terá ainda mais dificuldades para fechar as contas no final do ano.  

“As universidades brasileiras entendem que é necessário um ajuste fiscal, mas elas precisam também que a sociedade e o governo entendam que não há solução para a crise sem as universidades. O País não vai construir um novo cenário de desenvolvimento econômico e social se perder a competência científica e tecnológica que as universidades públicas representam”, afirmou Emmanuel Tourinho ao falar sobre a dificuldades com que todos terão para lidar com os novos bloqueios.  

“Todas as nações desenvolvidas e em desenvolvimento tratam educação e ciência como investimentos essenciais para a superação de seus problemas e a promoção da qualidade de vida dos cidadãos. Essa agenda precisa ser assumida no Brasil também ou seremos uma nação sem futuro, sem cidadania, sem soberania”, completou.  

Ainda sobre o bloqueio, o reitor da UFPA ressaltou que irá trabalhar pela revisão da medida. “Nosso esforço será de diálogo com o governo, com a sociedade e com o Congresso Nacional, para obter o cancelamento do bloqueio. Isso é indispensável para que a UFPA mantenha as suas atividades até o final do ano. Não temos a menor condição de fechar o ano com as contas em dia, se o bloqueio permanecer. Todas as áreas de atuação da UFPA serão gravemente afetadas se não tivermos sucesso. Todo o nosso planejamento estará comprometido”, afirmou o reitor.  

Educação Superior x Educação Básica – Quando se trata de comparar os níveis de ensino no País como forma de justificar qualquer corte, o reitor afirma que o Brasil precisa investir mais na Educação de forma global, o que inclui os níveis Infantil, Básico e Superior. Segundo o reitor, o País não terá educação de qualidade investindo em apenas um desses níveis. “Como demonstrado recentemente, 83% do investimento público em educação é destinado à Educação Básica e apenas 17% à Educação Superior. Ocorre que a educação básica é responsabilidade direta de Estados e municípios, enquanto a educação superior pública é mantida principalmente com verbas federais. O Brasil precisa aumentar o investimento público em todos os níveis, não transferir o recurso disponível de um para o outro”, apontou o reitor.  

O custo da Educação Superior, em qualquer país, é naturalmente mais alto do que o da Educação Básica, uma vez que requer uma estrutura mais complexa de laboratórios, equipamentos, tecnologias e pessoal qualificado em muitas áreas. Além disso, quando o custo da universidade é calculado, a conta não inclui apenas o ensino, já que as universidades também realizam pesquisa e prestam diversos serviços à sociedade por meio da oferta de hospitais universitários, clínicas, museus, teatros etc. Portanto a comparação dos valores entre níveis diferentes não permite compreender corretamente o perfil de investimento do país. O ideal seria comparar o investimento do país com o investimento de outras nações.  

Tanto na Educação Básica como na Educação Superior, o investimento em educação no Brasil é dos menores do mundo, como atestam os dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). “O Brasil destina, hoje, aproximadamente 5% do PIB à educação (já foram 6%). Em termos percentuais, parece ser um valor semelhante aos de outros países, mas quando olhamos para o que isso representa em termos de investimento por aluno, descobrimos que o País está no fim da fila. Temos os mais baixos valores de investimento por aluno, tanto na Educação Básica, quanto na Educação Superior. Essa é a verdade que precisa ser esclarecida à população”, afirma o reitor.  

A necessidade de olhar para a educação como um sistema integral também decorre do fato de que a qualidade da Ensino Básico depende diretamente do Ensino Superior. “Se for reduzido o investimento na Educação Superior, nós continuaremos com um sistema educacional que não é capaz de suprir as necessidades do País. É a Educação Superior que forma os professores que vão para a Educação Infantil e para a Educação Básica. É ela que desenvolve as tecnologias que vão ser empregadas na nossa realidade social. É ela que dá suporte às políticas públicas voltadas à Educação Básica. Então, é preciso ter esta compreensão, de que nós temos que olhar para a educação como um sistema que vai da creche ao doutorado, e precisamos ter um padrão de investimento que seja compatível com as necessidades do País, abrangendo todos os níveis”, pontuou.

Importância social e econômica – Além da sua importância para a melhoria dos índices educacionais do País, o Ensino Superior também é imprescindível para o desenvolvimento do Brasil em outros diversos cenários. “A universidade pública é uma instituição que está sempre interagindo com toda a sociedade. Nós oferecemos o ensino de melhor qualidade que existe no País, nós produzimos quase toda a ciência nacional, nós disponibilizamos suporte tecnológico ao setor industrial e auxiliamos os governos na execução de políticas públicas. Nós mantemos, ainda, hospitais de alta complexidade, que atendem 100% pelo SUS, hospitais de custo elevado, que exigem um empenho muito grande da Universidade para continuarem em funcionamento. Nós promovemos políticas de inclusão que têm transformado a vida de milhares de jovens, muitos deles os primeiros de suas famílias a chegarem à universidade. Mantemos, na UFPA, uma escola de Educação Infantil e Educação Básica, uma das melhores do Estado, além de cursos técnicos nas áreas Música, Teatro e Dança, com impacto em todo o ambiente cultural do Pará. Então, nós temos a certeza de que estamos entregando para a sociedade um excelente resultado do investimento que ela faz aqui”, destacou o reitor.  

Setores como o de petróleo e gás, hoje responsável por 15% da economia brasileira, só se desenvolveram no País com a pesquisa feita nas universidades públicas. A área de produção de alimentos também cresceu com o desenvolvimento das tecnologias e dos estudos que saíram de dentro das universidades federais.  

“Quando falamos das universidades federais, nós estamos falando de um sistema que é fundamental para o desenvolvimento econômico e social do País. Se esse sistema for comprometido, no seu funcionamento, nós vamos todos pagar um preço muito mais alto no futuro: a sociedade vai perder a capacidade de resolver os seus problemas com conhecimento e com tecnologia. Deixar as universidades públicas federais entrarem em colapso representará um custo elevadíssimo para toda a sociedade brasileira”, concluiu Emmanuel Tourinho.  

Sobre a UFPA – Apesar dos cortes e contingenciamentos dos últimos anos, a Universidade Federal do Pará consegue estar presente em mais de setenta municípios do Pará, com cursos de graduação e de pós-graduação. Desenvolve diversos projetos de extensão na interação com a comunidade e projetos de pesquisa sobre temas relacionados às necessidades e demandas da população local.  

Ao todo, mais de 53 mil alunos são atendidos por um quadro de 2800 docentes e 3000 servidores técnico-administrativos, o que coloca a UFPA como uma das três maiores universidades federais em número de alunos.  

“A Universidade Federal do Pará é a maior e mais importante instituição acadêmica e de pesquisa de toda a Pan-Amazônia. É a maior produtora de ciência na e sobre a Amazônia. O futuro de toda a região está diretamente ligado ao futuro da UFPA. Temos motivos incontáveis para valorizar e defender esta instituição”, finalizou o reitor da UFPA.

Fotos: Alexandre de Moraes e Thiago Pelaes

segunda-feira, maio 06, 2019

A migração dos Hage

Deputado Estadual Júnior Hage é o último membro da família que ainda possui espaço na política.

Por Dornélio Silva*

A família Hage dominou por um bom período a política em alguns municípios da Calha Norte, região Oeste do Pará. 

Os municípios com maior presença política dos Hage foram Monte Alegre, Prainha e Almeirim. 

O patriarca da família, José Alfredo Hage, com 29 anos foi o primeiro prefeito do município de Prainha. E por duas vezes foi prefeito de Almeirim. 

Alfredo Hage (pai) foi deputado estadual por dois mandatos. 

O irmão de Júnior Hage, Gandor Hage foi duas vezes prefeito de Prainha e uma de Almeirim. 

Sua irmã, Patrícia Hage, foi eleita prefeita de Prainha em 2012. 

A matriarca, Rosa Hage, foi presidente do TCM e deputada estadual.     

A decadência 

Gandor Hage ganha a eleição para a Prefeitura de Almeirim em 2004; não consegue se reeleger em 2008. Com problemas nas contas de Prainha e Almeirim, Gandor está com seus direitos políticos cassados. 

A irmã, Patrícia Hage, se elege prefeita de Prainha em 2012; em 2016 tenta defender seu mandato, mas não consegue se reeleger. 

Sua mãe, Rosa Hage, em 2016 com 72 anos de idade, tenta a eleição para a prefeitura de Almeirim, perde para uma novata na política, Adriane Bentes, filha do ex-prefeito de Almeirim, Aracy Bentes.    

Os Hage vem perdendo os executivos, não tendo nenhuma prefeitura daquela região sob seu domínio, a última foi Prainha, município onde Pai, Filho e Filha dominaram por longos anos. 

Resta apenas o cargo legislativo, de deputado estadual de Júnior Hage que teve votação expressiva na região. 

Em Monte Alegre ele obteve 9.288 votos; em Prainha conseguiu 5.271 votos; em Almeirim, 2.973 votos e em Óbidos, 3.766 votos.     

A migração dos Hage da Calha Norte para as plagas castanhalenses para tentar voltar ao executivo não será tarefa fácil. 

As luzes se acenderam para Júnior Hage, porque foi em Castanhal que ele obteve a terceira maior votação para deputado estadual, conseguindo 5.224 votos no município. 

Para aportar politicamente em Castanhal, Júnior Hage não está caindo de paraquedas. Ele articula com grupos políticos locais que já tem história no município. Tenta se aliar ao grupo político do ex-prefeito Paulo Titan, podendo ser uma alternativa de nome. 

Resta dizer que Hage ainda vai encontrar o grupo político do deputado do DEM, Hélio Leite que se soma ao ex-deputado estadual, Márcio Miranda

Lembrando, ainda, que apesar de não ter um grupo político formalizado, o prefeito outsider atual, do PPS, está com a máquina na mão e vai tentar a reeleição.  

Portanto, a eleição de 2020 para Júnior Hage vai ser um treino para as próximas eleições municipais. 

Ele pisa em um novo campo político já dominado por famílias e caciques políticos locais. 

A semente dos Hage sendo plantada em castanhal terá adubo suficiente para crescer?

sábado, maio 04, 2019

A Venezuela entre um selvagem e um fantoche




Venhamos e convenhamos: a Venezuela, ou melhor, o pobre, o espoliado, sofrido, depauperado, sacrificado povo da Venezuela está entre um selvagem e um fantoche. 

Está entre Nicolás Maduro, um selvagem, e Juan Guaidó, um fantoche dos interesses de países que não querem propriamente encontrar uma saída pacífica para a degenerada situação política que o País enfrenta, mas estimular a população a ingressar na aventura de uma guerra civil de consequências mais desastrosas ainda. 

Maduro é um selvagem, um ditador, um irresponsável e um criminoso. Afundou o País na miséria. Cercou-se de uma horda de militares corruptos. 

Vale-se de milícias assassinas como suporte adicional para sustentar-se no poder. Reprime adversários quaisquer que sejam – jornalistas, inclusive. Ignora a legitimidade do Poder Legislativo. 

E manipula a seu bel-prazer um Judiciário que se conserva completamente encolhido, manietado, dominado, agrilhoado, apequenado e acovardado diante da ditadura travestida de governo democrático. 

E Guaidó? 

É uma liderança política, sem dúvida.

A maior liderança política da oposição. 

Mas de onde ele tirou essa ideia de autoproclamar-se presidente do país? 

Guaidó é o único presidente autoproclamado que não tem o que, tecnicamente, a linguagem diplomática chama de “controle de território”. 

Em português – de Portugal e do Brasil: Guaidó só tem efetivo controle sobre o território da casa dele. Só tem o controle da sala, dos quartos, da cozinha, dos banheiros e do quintal (se quintal houver). 

Guaidó não tem poder nenhum. Absolutamente nenhum. Mesmo que tenha sido reconhecido por trocentos países – o Brasil entre eles – como “presidente autoproclamado” da Venezuela, ele não tem ninguém que obedeça a uma ordem sua. 

Mesmo assim, Guaidó subordina-se a ações temerárias, como essa última, de dirigir-se a uma base militar com a pretensão de comandar, a partir de lá, uma tomada efetiva de poder com o apoio de militares. Não conseguiu. Porque apenas uma meia dúzia atendeu a seus apelos. 

E aí? E aí que a atitude de Guaidó acirrou ainda mais a repressão, a brutalidade, a selvageria do governo Maduro, que não hesitou nem de acionar carros blindados contra populares desarmados. O certo é que, neste cenário tétrico, neste cenário trágico e devastador, observa-se a omissão - clamorosa, inadmissível e imoral - da ONU. 

Não o Brasil. 
Não a Colômbia. 
Não a Argentina. 
Não os Estados Unidos. 
Não a Rússia. 

A ONU, ela sim, é que deveria estar à frente de negociações diplomáticas para encontrar uma saída pacífica na Venezuela.

Mas está escondida. 

A ONU mantém-se refém de sua inoperância. 

Pobre Venezuela. 

Pobre povo venezuelano.

quinta-feira, maio 02, 2019

Sem cumprir promessas, Helder ignora concursos e segue contratando temporários



Por Diógenes Brandão

Um levantamento inédito realizado com exclusividade pelo blog AS FALAS DA PÓLIS, conforme atos administrativos publicados e disponíveis no Diário Oficial do Estado, revelam que o governador Helder Barbalho prometeu uma coisa e fez outra totalmente ao contrário. 

Vejamos:

No dia 03 de Janeiro deste ano, logo após tomar posse, o governador lançou o Decreto nº 1, de 02/01/2019 (DOE/PA de 03/01/2019, página 5), determinando, entre outras medidas, a redução de 20% de todos os contratos de temporários e o corte orçamentário de 20% do pagamento de servidores públicos ocupantes de cargos em comissão. 

Clique para ampliar e veja o decreto publicado no Diário Oficial do Estado:




Pelo que se vê, a determinação era enxugar a máquina, economizando dinheiro público com demissões e cortes orçamentários.

Ocorre que, cinco dias depois, no dia 08 do mesmo mês, o jornal da família Barbalho anunciou em sua manchete, uma chamada radical, que reforçava o esforço da propaganda política que guia o midiático governador: A exoneração de 2.500 DAS.




Como se pode ler abaixo, na matéria interna do jornal Diário do Pará, que anunciava até mesmo antes dos meios de comunicação oficiais do governo do Estado, a propaganda do governo tinha uma meta ousada: A economia de R$ 52 milhōes/ano


Acontece que um monitoramento realizado pelo blog AS FALAS DA PÓLIS, nestes quatro (04) meses de governo, revela que nada disso aconteceu. Muito pelo contrário, o governador demitiu 2551, mas contratou outros 2.839.

Veja o números coletados do Diário Oficial do Estado:
















Perceba que as 2.551 exonerações realizadas no mês de Janeiro, foram todas repostas com 2.839 novos DAS. 

Ou seja, a promessa  da propaganda oficial do governo de Helder Barbalho, de economizar R$52 milhões foi pro ralo.

Todos os cargos dos servidores comissionados contratados pelo governo de Simão Jatene e que foram foram exonerados por Helder Barbalho, foram preenchidos por novos assessores de sua confiança, agora escolhidos pelo novo governo e seus apadrinhados. 

Ou seja, Helder prometeu enxugar a folha de pagamento do Estado e não fez nada disso. Pior: repetiu a velha política de fazer do governo, um cabide de emprego para seu partido e demais aliados.

Isso sem contar com os contratos de servidores temporários que estão entrando via nove (09) Processo Seletivos Simplificados (PSS) realizados neste período: 

SUSIPE (343 vagas)
GASPAR VIANA (2 PSS, 110 e 68 vagas, total de 178) 
UEPA (2 PSS, 66 vagas + CR para professor)
FASEPA (117 vagas) 
RENATO CHAVES (71 vagas) 
SEAD (14 vagas para médicos)
SESPA (106 vagas), 

TOTAL: 895 novos contratos temporários. 

Enquanto isso, nenhum concurso público prometido em seu Plano de Governo, foi sequer anunciado e milhões de paraenses aguardam que Helder Barbalho, não faça como fez em Ananindeua, quando foi prefeito por 08 anos e só realizou dois (02) concursos públicos.


quinta-feira, abril 25, 2019

Cássio Andrade quer pilhas recarregáveis no lugar das descartáveis

Segundo o Projeto de Lei do deputado paraense, o prazo para que as empresas exterminassem todas as pilhas descartáveis, substituindo-as por recarregáveis seria de cinco anos. 

O projeto de lei (PL) 2.275/2019, do deputado federal Cássio Andrade (PSB-PA), quer proibir a comercialização de pilhas descartáveis. O projeto ainda está em fase inicial de tramitação, aguardando o despacho do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).  

Segundo o PL, o prazo para que as empresas exterminassem todas as pilhas descartáveis, substituindo-as por recarregáveis, seria de cinco anos. Após este período, as companhias estariam sujeitas às penalidades previstas na Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998.  

De acordo com Andrade, na justificativa do PL, resíduos sólidos com elementos tóxicos, como pilhas e baterias, representam 1% do lixo urbano, segundo o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT). Na composição das pilhas, existem diferentes metais considerados perigosos para a saúde, como chumbo e mercúrio.  

“O mercúrio é um metal tóxico para os seres vivos, inclusive pode ser transferido da mãe para o filho, durante o processo fetal e de lactação”, explica o parlamentar. De acordo com o deputado federal, são vendidas 800 milhões de pilhas em todo o Brasil todos os anos.  

Para Andrade, não há justificativa econômica, ambiental ou de saúde para que as pilhas descartáveis não sejam substituídas pelas recarregáveis. Isso porque, segundo o parlamentar, uma pilha recarregável pode durar duas ou quatro vezes mais que a alcalina comum.  

Ademais, a proibição das pilhas descartáveis ajudaria no combate ao comércio ilegal de pilhas, que são importadas fora de padrões estabelecidos pela legislação. De acordo com o parlamentar, a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) estima que 40% das pilhas vendidas no país são ilegais.  

Projeto semelhante  

O PL de Andrade se assemelha ao projeto de lei 1.400/2011, de autoria dos então deputados federais Otavio Leite – atual secretario de Turismo do estado do Rio de Janeiro – e de Eduardo Barbosa, que foi reeleito como deputado.  No entanto, apesar de falar da substituição das pilhas e baterias descartáveis por recarregáveis, o PL não cita a proibição dos objetos. O projeto de lei aguarda Designação de Relator na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC).  

Reciclagem  

De acordo com o site eCycle, antes de descartar pilhas e baterias é preciso isolá-las de outros tipos de materiais, embalando-as separadamente. Após isso, é possível consultar no portal os locais mais próximos para o descarte adequado do material.  

O site lembra ainda que, mesmo que a legislação brasileira, através da Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/2010), obrigue fabricantes e comerciantes de pilhas e baterias a estruturarem o descarte, o consumidor também tem responsabilidade sobre o produto.


terça-feira, abril 23, 2019

Concurso não resolve os problemas dos policiais, que esperam por aumento e moradia prometido

Governador Helder Barbalho vem enrolando para não pagar e nem garantir a moradia prometida em campanha.
Foto: Agência Pará.

Por Diógenes Brandão

Passados 122 dias desde que assumiu o poder, o governador Helder Barbalho continua sendo o grande marqueteiro de sua própria gestão. Sem cumprir a promessa de que faria o pagamento do piso salarial nacional da educação, logo que tomasse posse, o SINTEPP entrou em Estado de Greve e promete paralisar as escolas, se as secretarias de Administração e de Planejamento do governo continuarem enrolando a categoria.

Cabos, policiais e oficiais da PM, bombeiros e policiais civis também estão 'porraqui', com as desculpas apresentadas pelo comandante-geral da Polícia Militar, coronel Dilson Júnior. Usado como escudo e porta-voz do governador é ele quem vem escutando as críticas pela falta do cumprimento da promessa feita durante a campanha eleitoral, de que a tropa teria o aumento de seu soldo.

Para tentar acalmar os ânimos, o governo anunciou nesta segunda-feira (22), que pretende realizar um concurso público para contratar sete mil novos policiais militares, ofertando vagas para oficiais e praças da PM. Programado para o segundo semestre, o anúncio do concurso não agradou quem já é policial e espera pela promessa de ter moradia em um conjunto habitacional seguro para viver e pelo aumento de seu salário, considerado um dos piores do país.

Sabendo que 58% do Orçamento do Estado já estão comprometidos com pagamento da folha de pessoal e que o limite constitucional da  Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) é de 60%, como é que o governador vai absorver mais 7 mil policiais, se anda mandando dizer que não paga o aumento do soldo para os policiais, para não ultrapassar os limites impostos pela lei?

O blog AS FALAS DA PÓLIS realiza um estudo, com cálculos sobre os dados oficiais e as promessas de campanha, para verificar o impacto desse concurso anunciado pelo governador, juntando com a promessa de aumento do soldo dos policiais e o pagamento do piso dos professores, para verificar se, o que tem sido dito não passa de uma grande potoca para dar tempo e continuar empurrando com a barriga, as reivindicações daqueles que há décadas esperam por respeito e dignidade aos que exercem seu dever no serviço público do Estado do Pará.

Crise: Edmilson Rodrigues perde seu braço esquerdo no PSOL

Luiz Araújo deixou o PT para fundar o PSOL, onde viveu até então organizando a corrente interna "Primavera Socialista" e supostame...