domingo, março 22, 2020

Sobre o isolamento dos moradores de rua em Belém

O que Helder Barbalho fará com os moradores de rua dos outros municípios paraenses que também estão ameaçados com novos casos comprovados de Coronavírus?

Por Diógenes Brandão (em casa)

Os últimos dias não tem sido fáceis para este inquieto blogueiro. Além dos cuidados com a família, as tarefas do dia-a-dia para o ganha-pão e a inexplicável necessidade de dedicar horas escrevendo matérias e artigos para todos os espaços que tenho na internet, ainda tenho que arrumar tempo para ir e vir clínicas e laboratórios, fazendo agendamento de consultas, exames e todos os procedimentos para o bem estar de minha mãe, que depois de 86 primaveras, requer que eu me esforce para tentar dar o retorno de pelo menos uma parte do carinho e proteção que ela sempre me deu. (Aqui entre nós: acho que mesmo que se vivêssemos mais um século, eu não conseguiria repor tudo que dela recebi). 

Bom, depois dessa apresentação de certas particularidades que eu evito revelar, devo admitir que ainda não consigo me considerar uma pessoa bem informada, sobretudo depois de tudo que o COVID-19 nos trouxe o desafio de conhecer e entender, para depois ajudar a informar o maior número de pessoas com o nosso pequeno, mínimo trabalho na internet. 

Mesmo assim, vou aos poucos me posicionando com o que sei, sem pecar pela pressa e a falta de certeza sobre os diversos enfoques que surgem a cada instante. 

Um dos motivos que me trazem a esta postagem, se dá pela determinação do governador Helder Barbalho em isolar os moradores de rua de Belém, no estádio do Mangueirão.

Em uma rápida pesquisa, encontrei uma matéria no site da rádio Unama FM, onde informava o seguinte: "A Prefeitura de Belém registrou na Fundação Papa João XXIII (Funpapa) mais de 2.400 pessoas atendidas entre os anos de 2016 e 2017, segundo o Relatório do Serviço de Vigilância Socioassistencial de Belém". 

Confesso que não fui buscar saber se outro governante fez algo parecido, mas me enchi de dúvidas intrigantes para essa cabecinha não menos inqueita, que trago aqui agora e se você que está lendo esse texto, puder me esclarecer, eu agradeço imensamente.

Eis as dúvidas:

1) Quais as condições de abrigo serão oferecidas para reunir em um só espaço, tantas pessoas em situação de vunerabilidade, o que nos faz imaginar a possibilidade de muitas delas terem doenças infecto-contagiosas e que ao serem amontoadas, podem adiquir ou passar para outras pessoas outras enfermidades?

2) Qual são as limitações impostas para que depois de levadas - e como serão levadas? Na marra, com fez o governador João Dória em SP, com os dependentes químicos da Cracolândia? - essas pessoas fiquem por um período pré-determinado (por quem?)?

3) A alimentação e toda a estrutura necessária será feita através de doações, ou o governo já dispõe de recursos para esse atendimento? Vejam bem. Eu não estou perguntando isso de forma capiciosa. Minha intenção é até ajudar em uma campanha que li abaixo, incentivada pelo empresário Clóvis Carneiro, que representa a Associação Comercial do Pará.

4) Além dessa iniciativa de retirar das ruas estes nossos irmãos desabrigados, eles serão finalmente atendidos por algum programa de restruturação pessoal, ou após o período de quarenta, serão devolvidos às ruas, onde além de não terem um teto, não recebem os cuidados, que eventualmente poderão ter no nosso maior estádio de futebol?

5) Por fim, esse confinamento será imposto a todos os demais moradores de rua dos demais 143 municípios, lembrando que nem todos possuem pessoas morando nas ruas, ou a medida só vale para Belém?

Leia também: Helder, ajude os municípios a combaterem o Coronavírus!

Antes de responder, leia abaixo a mensagem que recebi, sobre a medida do governo e a busca dos empresários de Belém, em ajudar a realizar o duvidoso e intrigante decreto do governador Helder Barbalho, que enquanto o mundo inteiro debatia e se preparava para enfrentar o que a China e a Europa penavam com os primeiros casos de contaminação e mortes pelo Coronavírus e alertavam os demais países a fazerem o mesmo, ele, Helder Barbalho viajou para ASPEN, uma luxuosa cidade americana visitada por amantes dos esportes na neve, onde passou vários dias, na época do carnaval e voltou sem tomar nenhuma das medidas que agora determina, depois de uma longa espera (ficamos sabendo que para o Coronavírus, horas são dias, dias são semanas e semanas podem representar meses de atraso, diante da gravidade da pandemia que aterroriza o mundo e aqui é relativizada por alguns governantes).

Amigos, o Governo do Estado está coordenando diversas ações para minimizar os possíveis efeitos da pandemia da COVID 19 no Pará. Nesse esforço de antecipação à doença, procura cobrir o maior número possível de pontos de contágio. Um foco bem evidente, na cidade de Belém, é a quantidade de moradores de rua. Sendo cada um deles um potencial vetor desse Novo Coronaviros (Cic) e, dada suas condições, vítimas quase certas da infecção.

Conversei com o governador que irá preparar o Mangueirão para receber o mais rápido possível a população de rua. Assim, atendendo ao apelo do Governo do Estado, mobilizarmos o comércio e a sociedade de Belém no sentido de oferecer, - em caridade -, material de uso como colchões e lençóis para o atendimento desses desamparados o mais rápido possível.

Entendo que além de ser um ato de solidariedade é, sem dúvida, uma questão de autoproteção.

Neste primeiro momento, vamos centrar as informações na Associação Comercial do Pará, telefone (91) 40053900 e na Organização Pará 2000, telefone (91) 33440100.

Por favor, divulguem esta mensagem para o maior número possível de grupos e de contatos.

Obrigado,

Clóvis Carneiro

sábado, março 21, 2020

Helder, ajude os municípios a combaterem o Coronavírus!


Por Diógenes Brandão


O governador Helder Barbalho vem tentando passar a imagem de bom moço e protetor da saúde pública dos paraenses diante do Coronavírus, mas tardou em previnir e agora limita-se a portarias paliativas, sem considerar o inexorável pico do vírus, que chegou e já apresenta diversos casos suspeitos pelos municípios do interior, mas o governo só confirma dois casos testados em moradores de Belém.

Helder Barbalho bem que poderia fazer mais e celebrar convênios com os prefeitos dos municípios do Pará e o BNDES para a aquisição de pelos menos 10 ventiladores pulmonares para ajudar cada prefeito a enfrentar o pico do contágio do COVID-19. Sem iniciativas concretas como essa, a pandemia tem tudo para ser avassaladora no Pará.

Ah, assim como os empresários de Pernambuco e do Ceará, os daqui também poderiam ser liderados a fazer uma coleta para a compra de ventiladores e instalações de UTIs.

Quem vai liderar esse processo de mobilização política e solidariedade?

quinta-feira, março 19, 2020

O álcool em gel da UFPA



Por Diógenes Brandão

Fontes do blog na UFPA afirmam que a reitoria solicitou orçamento para que a empresa que presta serviços gerais coloque álcool em gel nos banheiros da instituição de ensino.

A empresa cobrou R$ 40 reais por litro. Há quem se pergunte se esse álcool foi envelhecido ou traz algum componente especial. Até agora não se sabe se a compra foi efetivada.

Lembro que repliquei aqui, no último sábado, 14, o artigo do professor Fábio Castro, em que ele cobrava medidas contra o Coronavírus por parte da UFPA, que através de um GT criado para debater a pandemia, acabou mantendo a regularidade das atividades na universidade.

Na terça-feira, 17, o Conselho Superior de Administração da UFPA resolveu finalmente suspender as atividades acadêmicas e adotar medidas preventivas contra o COVID-19.


Para ler o artigo "A UFPA e o Coronavírus", clique em http://bit.ly/2IJUJte

terça-feira, março 17, 2020

A suspensão das aulas em Belém e no Pará



Por Diógenes Brandão


Zenaldo Coutiho anunciou agora a pouco a suspensão das aulas na rede pública municipal de ensino em Belém. A medida faz parte de um conjunto de iniciativas para prevenir a contaminação do COVID-19 e tem duração de 15 dias. 

Eventos que tenham a participação de pessoas de outros estados, tais como: jornadas, seminários, congressos, por exemplo, estão suspensos. Outra medida adotada pela prefeitura de Belém foi a de proibir  que navios que fazem cruzeiros atraquem na cidade.

Os ônibus vão passar por higienização ao final de cada viagem.  

Essas e outras medidas foram anunciadas por um decreto de emergência na política de prevenção do coronavírus que a prefeitura de Belém deu início.

Diante do esforço da gestão municipal, uma Fake News foi criada e jogada nas mídias sociais anunciando o fechamento de bares e estabelecimentos em praias e balneários de Belém, mas a informação enganosa já foi desmentida pela prefeitura.  

Pegando carona na iniciativa do prefeito da capital e de tantos outros gestores Brasil à fora, o governador Helder Barbalho também acabou de anunciar  a suspensão das aulas na rede pública estadual de ensino. Ontem, depois de ser cobrado pelas redes sociais, resolveu publicar um decreto suspendendo a realização de eventos com mais de 500 participantes, mas não havia suspendido as aulas. Como recebeu muitas críticas, recuou e o fez agora.

Tanto o prefeito, quanto o governador começaram a adotar medidas preventivas, diante da grave ameaça da chegada da pandemia mundial ao estado, sobretudo na capital. 

A união de esforços nesse momento é crucial e exige maturidade política para que os gestores públicos garantam leitos, ações integradas, como a realização de campanhas preventivas e de conscientização, entre outras práticas que garantam a segurança epidemiológica da população. 

Sem isso, o risco que a birra política fique acima dos interesses da sociedade é grande e desnecessário, além de irresponsável.

Zenaldo vem sinalizando que precisa e aceita a necessária ajuda do governo do estado, que pode sua vez precisa e quer a ajuda do governo federal. 

Que tal todos deixarem as diferenças políticas e partidárias e formarem uma força tarefa contra o inimigo comum, que nesse momento é o novo Coronavírus?

É isso que os cidadãos esperam e o que deve ser feito por quem se elegeu jurando trabalhar pelo seu povo.  

Helder nomeia petistas para atuarem como cabos eleitorais de Ursula Vidal


Por Diógenes Brandão

Entre as medidas de combate ao Coronavírus adotadas por Helder Barbalho, está a  imprescindível nomeação do irmão do ex-deputado Valdir Ganzer (PT) como assessor especial.



A nomeação de Aristides Ganzer  foi divulgada no Diário Oficial do Estado, logo após Valdir Ganzer reaparecer com sua esposa e filho, recepcionando Ursula Vidal em sua fazenda, que chamam de sítio.

O encontro foi articulado pelo dirigente de uma dos inúmeros grupos do PT, o nacional  Stefani Henrique, que responde processo na Justiça, arrolado em uma acusação por parte do Ministério Público do Estado, pelo desvio de 8 milhões da SAEEB, quando era dirigente do órgão, na gestão do ex-prefeito Edmilson Rodrigues, na época do PT e hoje no PSOL.

Na foto, além de com a família Ganzer, a pré-candidata à prefeitura de Belém, Ursula Vidal, que está cooptando petistas para sua campanha eleitoral e para isso conta com a ajuda do governador Helder Barbalho, que por sua vez nomeia os cabos eleitorais para ajudarem a conquistar votos para sua Secretária de Cultura, entre petistas, gregos e troianos.

Assim é fácil, né?

Depois de passar pelo PPS, REDE e PSOL, Ursula Vidal está sendo orientada a se filiar ao PODEMOS, que pode ser o 4° partido da jornalista, em 4 anos.

O 4° partido de Ursula Vidal em menos de 4 anos

Atual Secretária de Cultura do Pará, a jornalista que entrou para a política dizendo querer fazer diferente, já passou por três legendas partidárias e agora pode se filiar ao partido comandado pelo primo do governador Helder Barbalho.

A orientação é de Jader Barbalho Filho, que recentemente assumiu a presidência estadual do MDB e vem sendo o operador de estratégias políticas que ajudem seu irmão a consolidar a reeleição em 2022.

Com o objetivo de disputar a prefeitura de Belém, como uma das candidatas do atual governador, Ursula está tendo sua filiação ao Podemos, que no Pará fundiu-se ao PHS, facilitada pelo deputado estadual Igor Normando, primo de Helder Barbalho e presidente estadual do partido.  PPS, REDE, PSOL e agora o PODEMOS.

Ursula teve primeira filiação partidária no PPS, onde saiu candidata a deputada estadual em 2014, mas não se elegeu. Derrotada, deixou o partido para tornar-se a líder da REDE no Pará e disputou a prefeitura de Belém em 2016, quando ficou em 4° lugar.

Deixou a REDE em fevereiro de 2018 e filiou-se ao PSOL. Lá, com discurso do partido do Socialismo e Liberdade, abriu mão de se candidatar ao governo e disputar contra Helder Barbalho, mas ganhou um emprego como radialista na Rádio Clube, onde passou a apresentar um programa e concorreu a uma das duas vagas ao senado, mas ficou em 6° lugar.

Logo após as eleições, em Dezembro do mesmo ano, depois de 10 meses de forte ligacão ideológica ao PSOL, deixou o partido para receber a promessa feita por Helder Barbalho de assumir a Secretaria de Cultura do Estado em 2019.

Agora tem até o final de Abril para ser apresentada como uma das pré-candidaturas do governador Helder Barbalho para a prefeitura de Belém, no PODEMOS, partido que serve de satélite e aos interesses do MDB paraense, controlado pela família Barbalho.

Helder Barbalho e a politicagem com o Coronavírus


Por Diógenes Brandão

Até que ponto chega a politicagem.

Na sexta, 14, o prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho tomou medidas preventivas quanto ao coronavírus, entre elas, a proibição de eventos em Belém. Foi o suficiente para o grupo RBA criticar a decisão, inclusive com manchete do Diário do Pará na edição de sábado.


O secretário de saúde do Estado, Alberto Beltrame, deu entrevistas e ainda usou uma manifestação do secretário nacional de saúde, criticando a decisão do Perfeito, chegando a dizer que era exagerada e desnecessária. 

Na verdade, a manobra do Estado em relação a tal fato, lamentavelmente, estaria por vir dois dias depois. Era tão somente mais uma manobra pra ganhar o protagonismo.

Na segunda, 16, o governador Helder Barbalho baixou um decreto com as mesmas recomendações, que seu jornal disse no dia anterior, que eram desnecessárias. 

Foi o bastante para o grupo da família mudar radicalmente de posição: O que era crítica, virou elogio. E a decisão ganhou o destaque “merecido” no Grupo RBA, com a manchete de hoje do jornal Diário do Pará.



O mesmo critério foi usado pelo governo para um outro decreto de emergência: o de limpeza de canais em Belém. O prefeito não foi sequer convidado ou informado, desconsiderando assim aquele que foi eleito pela população.

Seria o mesmo que o presidente Bolsonaro tomar qualquer decisão em relação ao estado do Pará e ignorar o governador Helder Barbalho.

Com certeza haveria  uma grita geral.   

E a prova de que a medida do Estado tem a finalidade eleitoreira, já que teremos eleições neste ano, a secretaria de cultura Ursula Vidal, que nada tem a ver com essa ação, estava lá na reunião e ganhou o devido destaque. 

É muita politicagem. E desrespeito com o povo.

Até na hora da doença, da dor e do sofrimento da população, querer tirar proveito político eleitoreiro é demais.

Chega!

Vamos parar com essa forma velha de fazer política! 

domingo, março 15, 2020

Éder Mauro confirma que tem um ovo no lugar do cérebro



Por Diógenes Brandão

Não importa os alertas que os cientistas, autoridades e milhões de médicos do mundo inteiro fazem diariamente sobre o Covid-19, mais conhecido como Coronavírus, o deputado federal Éder Mauro é que sabe das coisas.

O parlamentar paraense em seu segundo mandato faz de tudo para virar notícia e assim se consagrar a voz representante dos desmiolados que povoam a internet e dessa vez ironizou de forma jocosa, os cuidados e recomendações sobre a pandemia, que já matou milhares de pessoas pelo planeta e chegou ao Brasil de forma ameaçadora.

A mensagem abaixo foi publicada no twitter e já recebeu quase 4 mil compartilhamentos e 551 retuitadas.

Segundo o último relatório do Ministério da Saúde, o Brasil tem 176 casos de coronavírus e  ainda há 1.915 casos suspeitos em 26 estados. No mundo já são 156,6 mil pessoas infectadas e quase 6 mil morreram. 

Éder Mauro é membro da bancada da bala no Congresso Nacional e um dos principais apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, que foi quem disse que a ameaça do Brasil era um exagero da imprensa e depois apareceu com uma máscara dando recomendações sobre medidas de prevenção para a pandemia, que vem causando pânico e prejuízos incalculáveis em todo o planeta. Bolsonaro desaconselhou as hordas de apoiadores que marcaram para este domingo, manifestações pelo país a fora e aqui no Pará, Eder Mauro coordenou a manifestação que atraiu uma pequena parcela daquilo que os organizadores esperavam.

Além de Bolsonaro, Éder Mauro é apoiador do governador Helder Barbalho, que por sua vez tem um leque de pré-candidatos  de partidos do centro, esquerda e direita, p todos com o interesse de tornarem-se prefeito de Belém, em Outubro deste ano.

Éder Mauro também é pré-candidatos ao cargo e vem aglutinando seus eleitores entre os apoiadores do presidente, mas essa semana teve um revés, ao perder o controle do PSL, o qual seu filho era o presidente estadual do partido.

A ponte do lucro


Por Diógenes Brandão

A reforma de um trecho de 268 metros da ponte que atravessa o rio Moju, no Pará, é usada até agora pela farra com o dinheiro público, gasto com a propaganda paga aos veículos de imprensa do estado, que o governador Helder Barbalho usa para mantê-los submissos.

Além de chamar de construção, uma reforma paga pela VALE, empresa responsável pela balsa que a derrubou, a ponte continua sendo usada como uma espécie de atestado de realização por parte do governo, que depois de quase um ano e meio, ainda não entregou nenhuma obra de relevância ao povo paraense. 

Pra piorar, a turma do marketing criou uma Fake News hilária, dizendo que a reforma poderia levar o nome de Helder ao Guiness Book, o livro que registra os recordes mundiais.

Não satisfeitos em gastar dinheiro público de forma irresponsável, pensando apenas em ludibriar a população paraense, a família barbalho, continua gastando nosso dinheiro para exibir a propaganda da ponte "Emendão", termo utilizado pelo jornalista Ronaldo Brasiliense, que lembrou que a ponte no Rio Moju, foi inaugurada por Almir Gabriel, ex-governador do Pará, que  mesmo sob fortes críticas do jornal Diário do Pará e da Tv RBA, assim como as rádios da família Barbalho, construiu um complexo complexo de pontes e estradas que totalizam mais de 74 km de rodovias e 4,5 km de pontes, construídas para integrar a Região Metropolitana de Belém ao interior do estado.

Para a família Barbalho, construir 4 pontes, e rasgar a mata para integrar o Pará, foi um erro. Já para reformar um pedaço, com dinheiro da VALE, é um feito revolucionário.

sexta-feira, março 13, 2020

Em crise, PSOL cancela evento e culpa a chuva



Por Diógenes Brandão

CANCELADO

Todo mundo que estuda ou trabalha, sai e volta para sua casa, todos os dias, mesmo com os problemas que a população vem enfrentando, com as fortes chuvas coincidindo com a alta das marés, mas a direção municipal do PSOL, alegando a combinação destes fatores da natureza, resolveu cancelar o evento partidário que debateria, entre outros assuntos, a crise interna no partido de Edmilson Rodrigues, onde outros nomes surgem e querem formar chapa para disputar as prévias e nela eleger, de forma democrática, o representante para a disputa pela prefeitura de Belém.

Nutrido de informações de lideranças do próprio PSOL, o autor deste blog teve um artigo publicado no portal Amazon Live, onde revelou, em primeira mão, o que de fato vem acontecendo nos bastidores da disputa pela pré-candidatura do partido à prefeitura de Belém. 

Leia também: Crise no PSOL pode descartar candidatura de Edmilson à prefeitura

É que as duas derrotas consecutivas que Edmilson sofreu nas últimas eleições que disputou a prefeitura de Belém e o acordo político-eleitoral que seu grupo tem - de forma velada - com o MDB, assim como a submissão aos interesses da família Barbalho, tem feito outros grupos internos avaliarem que não é bom arriscar a terceira chance de conquistar a prefeitura, na quinta eleição em que o deputado federal tenta disputar o cargo de prefeito, o qual já exerceu por dois mandatos. 

De lá pra cá, Edmilson sempre lidera as pesquisas eleitorais, mas como também é o mais rejeitado pelo eleitorado de Belém, amarga uma tendência de não conseguir mais acumular a maioria dos votos necessários para ser eleito. Tal  trauma fez com que ele próprio já tenha confidenciado aos companheiros mais próximos, de que talvez seja a hora de oportunizar outros nomes para representar o partido nesta disputa, pois nenhum outro carrega a mesma taxa de reprovação que ele acumula desde que deixou a prefeitura de Belém, em 2004.

ALÉM DE UMA NOVA ESTRATÉGIA ELEITORAL, MILITANTES CLAMAM POR RENOÇÃO EM SUA DIREÇÃO

Se antes o grupo de Edmilson possuia maioria absoluta na direção do partido, hoje, os grupo minoritários cresceram e já formam quase a metade do PSOL e mesmo que respeitem a história e a liderança, não acham que o partido deva manter o grupo de Edmilson Rodrigues e Marinor Brito, mandando e desmando no PSOL, levando os dois a fazerem um tipo de discurso revolucionário no lanche com a militância, sendo que almoçam e jantam com empresários e políticos de tudo que é partido, inclusive da direita. 

Assim, conforme fontes consultadas pelo blog, as quais pedem o sigilo da fonte, sem a unidade e o consenso pretendido pelo grupo de Edmilson e Marinor, o melhor foi cancelar a plenária municipal prevista para acontecer ontem, 12, no hotel Sagres, para tentar esfriar os ânimos, que já andavam mais agitados que as ondas na baia do Guajará.

PSL lança Khayat e Veloso e tira Éder Mauro de rota

Eder Mauro perde o controle político do PSL no Pará

Por Diógenes Brandão, com Informações do portal Amazon Live

Agora é oficial. O presidente nacional do Partido Social Liberal (PSL), Luciano Bivar, consolidou na noite de terça-feira, em Brasília, a troca de comando do partido no Pará. A mudança fortalece duas pré-candidaturas: do médico Manoel Claudio Furtado Veloso, o Dr. Veloso, a prefeito de Marabá; e do economista Wady Khayat a prefeito de Belém. Cabe a eles, agora, comandar a legenda no Estado.

Ao entregar a liderança do PSL a dois políticos de regiões diferentes, parte-se para a estratégia de fortalecer o partido em todo o Pará, começando pela eleição de prefeitos na região metropolitana e no sul do Pará.

A ideia, segundo o discurso dos pesselistas, é acelerar a estruturação de diretórios municipais com a participação de profissionais qualificados e comprometidos com a reestruturação do partido, que pretende atuar de forma independente, com foco no melhor aproveitamento dos potenciais paraenses em busca de desenvolvimento econômico com qualidade de vida.

“O trabalho de reestruturação das cidades é objetivo do Partido e tudo faremos para o fomento do trabalho, emprego e renda”, afirma documento do partido. “Cada segmento será administrado por profissionais da área e não por decisão de grupos políticos. Gestão é coisa séria e assim será tratada”, completa.

Nos planos para Belém, o PSL propõe reforma administrativa, enxugamento da máquina e redução do número de órgãos da administração direta e indireta, tornando a prefeitura mais eficiente com menor custo.

Além de definir o destino do partido rumo às eleições municipais deste ano, a mudança no comando do PSL tira de rota o deputado federal Éder Mauro (PSD), que mantinha a legenda como uma espécie de satélite dos seus próprios territórios políticos. O próprio delegado é também pré-candidato a prefeito nas eleições municipais e agora, onde havia um aliado, ele ganha um adversário, já que o PSL expurga do comando o filho de Eder Mauro, Hugo Rogério Sarmanho Barra, que até então era o presidente estadual do partido no Pará.

Procurado pelo blog, o deputado federal Éder Mauro não retornou as mensagens e tentativas de contato via assessores do parlamentar.

quinta-feira, março 12, 2020

Cartas marcadas



Por Diógenes Brandão

Segundo informações do veterano jornalista Raimundo Castro, as agências de Propaganda Vanguarda e Gamma estão, desde janeiro passado, com a conta publicitária do Detran. 

O blog foi checar e confirmou que essaduas empresas vão dividir uma verba de 5 milhões de reais por ano, valor estabelecido pelo edital da primeira licitação feita no governo Helder Barbalho para escolha de suaagências de publicidade.  

O Diário Oficial do Estado informa que manhã, 12, será anunciado o resultado de outra licitação de publicidade do atual Governo, agora do Banpará. 

A bolsa de apostas aponta que Gamma, a preferida dos Barbalhos, e a Fax devem ser as escolhidas para administrarem a polpuda verba de 16 milhões de reais por ano, que antes era de 8 milhões e duplicou com o atual governador.  

O empresário Marcos pereira responde pela Gamma e Anselmo Gama pela Fax. 

Ambos só estão no aguardo do anúncio dos vencedores daquilo que deveria ser uma licitação com toda a lisura, transparência e igualdade entre os concorrentes e por parte do governo.  

Correndo por fora está a Vanguarda, do publicitário Francisco Cavalcante, mais conhecido como 'Chiquinho', que atualmente namora com a Secretária de Cultura do Estado, Ursula Vidal.  

Comenta-se que Chiquinho teria sido quem convenceu Ursula a desistir de concorrer ao governo do Estado, em 2018, em troca de um programa na Rádio Clube do Pará e ser nomeada secretária de Helder Barbalho, como de fato ocorreu.  

Chiquinho assumiu uma parte secundária da campanha de Helder Barbalho, que foi coordenada pelo publicitário baiano Ricardo Amado, que trouxe uma equipe de Salvador e ocupou por cerca de três meses, boa parte dos apartamentos do Hotel Hangar, na avenida Duque de Caxias.

Amanhã os vencedores serão anunciados, mas o blog adianta o possível resultado do certame.



quarta-feira, março 11, 2020

A dispensa de licitação de 33 mil reais para um curso na Procuradoria de Helder Barbalho

Ricardo Sefer, Procurador Geral do Estado contratou empresa para capacitar contadores e procuradores do Estado.


Por Lúcio Flávio Pinto, em seu blog

A Procuradoria Geral do Estado vai pagar 33 mil reais para que a empresa Gilberto Melo Engenharia Jurídica dê um curso de capacitação de contadores e procuradores.

Não foi realizada concorrência pública, pela exceção da inexigibilidade, que parece ter virado regra no atual governo, “considerando a notória especialização na prestação do serviço”, atestada pelo procurador geral Ricardo Sefer.

O ato não diz onde é a sede da empresa contratada, quem é o seu responsável e qual a duração do curso, que, provavelmente, deverá ser realizado em Belém.

A procuradoria deveria ter incluído essas informações, que são exigidas pelo Tribunal de Contas do Estado.

segunda-feira, março 02, 2020

PSB lança pré-candidatura de Cássio Andrade à prefeitura de Belém

Cássio Andrade será lançado pré-candidato do PSB na disputa pela prefeitura de Belém.


Por Diógenes Brandão

Tal como informado com exclusividade no portal de notícias Amazon Live, o  ato partidário de lançamento da pré-candidatura do dep. federal Cássio Andrade para prefeito de Belém será realizado hoje, 2, na Câmara Municipal de Belém, a partir das 18h. 

A iniciativa do PSB foi tomada diante das indefinições do quadro político municipal, em que a base de sustentação do prefeito Zenaldo ainda não chegou a um consenso sobre o nome para sua sucessão. 

Cássio Andrade aceitou o desafio, afirmando que buscará ampliar o leque de partidos na formação da aliança. Além disso, Cássio vê na candidatura própria uma estratégia para fortalecer as candidaturas do seu partido à Câmara Municipal. 

O PSB terá cerca de 40 pré-candidatos e pré-candidatas a vereador(a) na capital e cerca de 1.000 no estado todo. Aproximadamente 25 pré-candidaturas para prefeito já estão sendo articuladas no Pará.

Além de Cássio, o vereador de Belém Mauro Freitas e o deputado estadual Thiago Araújo formam o grupo de aliados do atual prefeito, Zenaldo Coutinho, que pretende apresentar o sucessor nas eleições de Outubro deste ano.

Bolsonaro está fazendo as jornalistas de direita descobrirem que machismo não é mimimi


Qualquer uma de nós pode se tornar vítima da misoginia instalada no governo, resultado lógico de um golpe misógino, diz Cynara Menezes, jornalista de diversos veículos de comunicação e autora do blog independente Socialista Morena.

"O auge da misoginia com a presidenta da República viria em 2014, na abertura da Copa, onde um coro de “Dilma, vai tomar no cu” explodiu no estádio, diante do mundo inteiro, para nossa vergonha. Na época, a repórter Laura Capriglione noticiou que o xingamento foi puxado pelos que estavam no camarote, na chamada “ala VIP”. Entre “as mais entusiasmadas” era a colunista social do jornal O Estado de S.Paulo, “que deve ter achado muito fina, elegante e sincera a modalidade de protesto”.

Na posse de Dilma para o segundo mandato, Miriam Leitão e Cora Rónai, do jornal O Globo, se divertiram zombando do vestido e até do “andar” da presidenta.

Dilma era xingada com termos machistas nos protestos e nas redes sociais: “quenga”, “puta”, “vaca”. Jamais a voz de uma mulher jornalista em posição de destaque na imprensa comercial se ergueu para apontar a misoginia em torno do impeachment. Nem mesmo quando começaram a aparecer adesivos para colocar no tanque do carro com a imagem da presidenta, uma senhora com mais de 60 anos, de pernas abertas. Silêncio.

Quando, naquele domingo vexaminoso na Câmara, Jair Bolsonaro se pronunciou em favor do impeachment, dedicando o voto ao coronel Brilhante Ustra, “o terror de Dilma Rousseff”, o silêncio se repetiu. Não houve, por parte das mulheres da grande mídia, nem um pingo de sororidade com a mulher que ocupava o Planalto e cujo algoz nos porões da ditadura estava sendo homenageado.

Parece incrível, mas são as mesmas jornalistas que agora mostram indignação e surpresa com esta triste figura ocupando o lugar que já foi de Dilma. “Onde está a reação das instituições?”, bradava a colunista Vera Magalhães, do Estadão, sobre as insinuações de Bolsonaro em relação à repórter Patricia Campos Mello, da Folha, atacada pelo mitômano Hans River na CPMI das Fake News

Nem parecia a mesma Vera que chamava de “mimimi” as queixas de mulheres da esquerda sobre machismo e que participou ativamente do golpe que fragilizou as instituições democráticas do país –e agora cobra “reação delas”. Que instituições, querida?

Thais Herédia, da CNN Brasil, se espantava: “Como chegamos até aqui?” É sério que jornalistas com anos de profissão nas costas foram tão ingênuas para não prever como seria um governo Bolsonaro, que já dava mil pistas de quem era durante os 28 anos em que foi parlamentar? Até a Madonna sabia e vocês não?

Agora foi Patricia, antes foram Dilma, Maria do Rosario, a mulher do Macron… Mas precisou Bolsonaro atacar uma profissional da “grande” imprensa e atingi-las no que lhes é de mais caro, o corporativismo, para que estas mulheres enxergassem o óbvio: machismo não é mimimi. Qualquer uma de nós, independentemente de posição política, pode se tornar vítima da misoginia instalada no governo, resultado lógico de um golpe misógino que as jornalistas de direita apoiaram, diretamente ou por omissão.

O mais absurdo dessa história é que, alvo do preconceito de gênero, as jornalistas de direita continuam a se insurgir contra… as feministas. “Cadê as feministas?”, provocam, cada vez que sua indignação seletiva é ativada por algum sinal de machismo, mas apenas no campo adversário, a esquerda. Como se o machismo, exatamente como defende a esquerda, não fosse estrutural da sociedade.

Parem de cobrar das feministas ação contra o machismo que vocês mesmas ajudaram a levar ao poder. Nós sempre estaremos lá, do lado das vítimas, nunca dos algozes.

Não é porque mulheres se alinharam a machistas para golpear outra mulher que iremos abandoná-las quando se tornarem vítimas deles. Mas não deixa de ser uma lição e tanto.


sexta-feira, fevereiro 28, 2020

O carnaval de Helder em ASPEN, EUA

A luxuosa cidade americana escolhida como local onde o governador do estado do Pará, Helder Barbalho passou o carnaval.

Por Ronaldo Brasiliense

Fico imaginando o tratamento editorial que o jornal Diário do Pará, da família Barbalho, daria se descobrisse que Simão Jatene, como governador do Pará, tivesse curtido o feriadão de carnaval em Aspen, a luxuosa estação de ski no Colorado, nos Estados Unidos.

Helder Barbalho assumiu o governo denunciando um fictício rombo fiscal de R$ 1,5 bilhão, mas somente este ano foi passar fim de semana com a família em Brasília para assistir jogo do Flamengo, e agora viajou aos Estados Unidos, com o dólar a R$ 4,45, enquanto os professores públicos do Pará continuam sem receber o piso nacional que Helder prometeu na campanha e as polícias civil e militar protestam contra os baixos salários.

Helder Barbalho segue a máxima do estadista britânico Winston Churchill, que dizia: "Não existe opinião pública. O que existe é opinião publicada."

Clique aqui e leia mais sobre o assunto.

sábado, fevereiro 22, 2020

Ex-vereador do PT é assassinado


Por Diógenes Brandão

Paulo Silva Filho, mais conhecido como Paulinho do PT foi assassinado na manhã deste sábado, 22, no município de Ourilândia do Norte, localizado no sudeste do Pará. 

As circunstâncias ainda não foram apuradas, mas há fortes indícios de retaliação de grileiros e fazendeiros que estavam incomodados com a atuação da vítima em conflitos agrários. 

Paulinho era ligado à Fetagri e atualmente estava filiado ao PCdoB, partido que assim como o PT, compõe o governo de Helder Barbalho, e que cessou as críticas pela falta de segurança e a matança de lideranças dos movimentos sociais do campo, depois que este foi eleito.

Segundo Informações coletadas pelo blog, esse teria sido o sexto assassinato no município, só esta semana. Há ainda Informações de que um grupo de pequenos agricultores teria encontrado ouro dentro de uma propriedade de terra e a cobiça pela posse da área esteja por de trás de alguns atentados.

O aparato policial do estado é incapaz de dar segurança a quem quer que seja e os crimes agrários ocorrem impunemente.

O blog apura mais informações e retorna logo mais.

sexta-feira, fevereiro 14, 2020

A nota da OAB sobre o ataque de Helder Barbalho contra os Direitos Humanos

Helder Barbalho atacou os Direitos Humanos e não teve nenhuma nota de repúdio por parte das instituições que deveriam defender as leis e os direitos de todos os cidadãos.

Por Diógenes Brandão

Advogados ligados à OAB-PA estranharam a Nota de Solidariedade que a entidade emitiu em favor da Comissão de Direitos Humanos, citada de forma pejorativa em um discurso do governador Helder Barbalho, onde perante centenas de novos agentes prisionais que tomaram posse essa semana, incitou a platéia contra os operadores dos Direitos Humanos, perguntando onde eles estavam quando um agente foi morto pela falta de segurança no estado que ele governa.

Em tempos de truculência e discursos de ódio, o governador Helder Barbalho contribuí para a deformação da opinião pública, sobretudo em relação ao papel da advocacia e das instituições que defendem o cumprimento das leis e do rito processual, onde as prerrogativas dos advogados não podem ser arbitrariamente negadas ou suprimidas por nenhum gestor ou autoridade pública.

Diferente do que aconteceu com o secretário do sistema penitenciário, o ex-presidente da OAB-PA, Jarbas Vasconcelos, citado nominalmente em notas da Ordem, pela forma com que trata os advogados e seus clientes no sistema penal, o governador não teve seu nome citado na nota de solidariedade da entidade, que deveria ser de repúdio, devido a grave e ameaçadora forma de se referir aos que defendem os Direitos Humanos em um estado violento e inseguro, como o Pará.

Leia a nota da OAB-PA:



A Ordem dos Advogados do Brasil, Seção Pará, vem a público expressar total solidariedade à sua Comissão de Direitos Humanos em relação ao papel institucional dos advogados e advogadas que vem sendo desenvolvido de forma cidadã, eficiente e constitucional frente às várias denúncias de violência dentro dos presídios e violações de prerrogativas dos advogados que têm aprofundado a crise do Sistema Carcerário do Pará.

A manifestação do Governo do Estado na posse dos agentes penitenciários, ocorrida no dia 12.02.2020, no Hangar, não condiz com o que se espera da boa convivência entre as instituições, sendo a OAB um órgão secular no combate à violência, seja ela decorrente da criminalidade, seja ela perpetrada pelo Estado de forma ilegal.

O tom usado na referida manifestação avança em uma direção perigosa da criminalização de uma atividade importantíssima para o funcionamento da democracia, qual seja, a advocacia. E isso em um momento no qual nacionalmente, cada vez mais, o governo federal incentiva o discurso do desprezo aos direitos humanos e potencializa o risco de conduzir a sociedade a um caminho desnecessário e improdutivo, colocando o Estado do Pará no mesmo patamar da política federal contra os direitos humanos e normalizando o ódio contra a advocacia que atua na área.

A OAB-PA é uma entidade independente que tem como missão a defesa da Constituição e carrega no juramento de cada integrante a defesa obrigatória dos direitos humanos, e essa nossa independência nos obriga a apontar fatos por vezes desagradáveis sem temer incorrer em impopularidade. Já a democracia, por sua vez, obriga todos os agentes públicos ao diálogo institucional e a ouvir não apenas elogios aos acertos, mas também críticas aos seus eventuais erros.

A conduta da Comissão de Direitos Humanos no acompanhamento da crise carcerária do Pará tem sido transparente, propositiva e, principalmente, tem buscado o diálogo a todo instante.

Nunca convém menosprezar o papel da advocacia, assim como deixar-se levar erroneamente por esse discurso fácil em um momento histórico no qual precisamos justamente contrapor a qualquer política de violação de direitos humanos.

Por estes motivos, a OAB-PA reforça o apoio ao trabalho da sua comissão e reafirma de forma contundente que não cabe a ninguém, muito menos ao Estado, incentivar a criminalização da advocacia e dos direitos humanos, situação esta que só convém aos que temem a democracia.

Alberto Campos
Presidente da OAB-PA

segunda-feira, fevereiro 10, 2020

Helder ou Bolsonaro: Quem tem razão?



Por Diógenes Brandão

A semana passada começou e terminou com um debate estéril e enviesado de mentiras e propaganda enganosa, daquelas que só os mais tolos acreditam. E olha que o que não falta é gente desinformada, apta a compartilhar desinformação, Fake News, ou simplesmente, potoca, como o 'paraensismo' nos ensina. 


Por Jonilson Souza.

Tudo começou com uma declaração do presidente Jair Bolsonaro, que criticou os estados pelo preço da gasolina, em sua conta no Twitter, no domingo (2). Segundo ele, a queda do preço do combustível nas refinarias não chega ao consumidor porque é compensada pelo valor do ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços), cobrado nos estados.

Ao ser indagado por jornalistas, na última quarta-feira, 5, em frente ao Palácio do Planalto, Bolsonaro disse que aceitaria retirar os impostos federais que incidem no preço da gasolina, se os governadores fizessem o mesmo com os impostos estaduais.

Assista o vídeo com a declaração de Bolsonaro:


Depois disso, a treta veio parar na internet. Claro, nada mais escapa dos comentários nas redes sociais.

Junto deles, peças de marketing digital inundaram grupos de Whatsapp e as demais mídias sociais.

Nelas, as mensagens de apoio a Bolsonaro e de cobrança aos governadores, com chamadas para um desafio.

Veja algumas dessas peças publicitárias lançadas e compartilhadas em massa nas mídias sociais:





Depois foi a vez de 14 os governadores responderem em forma de carta e assim fizeram:

O Posicionamento teve carta assinada por vinte e três governadores em relação ao ICMS sobre combustíveis. Leia a matéria no jornal Folha de São Paulo e no portal Poder 360.

Aí foram ativadas as equipes de marketing digital que dão suporte ao governo do Estado e a Helder Barbalho, que entraram em campo com suas peças publicitárias para tentar devolver o "desafio" a Jair Bolsonaro.

Veja algumas delas:





Como se pôde ver, a guerra travada entre o que podemos chamar de milícias digitais é o que dá o tom do debate político no Brasil de hoje. 

Memes "explicam" as narrativas mais estúpidas para um exército de ignorantes, alguns analfabetos funcionais, outros que mesmo sabendo que alguém produziu aquilo de forma jocosa e maliciosa, compartilha só pelo prazer de atacar o lado oposto ao que acredita ser mais certo, justo ou politicamente identificado com sua opinião ou ideologia. 

No meio desse debate insano, temas como a famigerada Lei Kandir, a Reforma Tributária, o Pacto Federativo e a tentativa de achar um culpado para a alta do custo de vida no país, sobretudo os bens de consumo e produtos que refletem diretamente na vida de centenas de milhões de brasileiros, como o valor dos combustíveis.

Voltando ao debate que ocorre nas redes sociais, protagonizado por manifestações no Pará, trazemos as que se destacaram pelo alcance e viralização.

O primeiro é de Igor Israel, publicado em seu perfil no Facebook e que já recebeu  520 reações (curtidas), 406 comentários e 1202 compartilhamentos. Números que pelos cálculos do meu chutômetro, já deve ter alcançado mais de um milhão de visualizações.

Leia abaixo:



Outro comentário que também se destacou foi do deputado federal Joaquim Passarinho (PSD-PA), que trouxe mais racionalidade ao tema que traz a queda da Lei Kandir.

Leia:






Perdão, mas essa é uma briga estúpida!! Ninguém ganha nada com isso!! Só vamos perder esticando a corda! A Lei Kandir não fala apenas de Minério. A sua exclusão afetaria em muito o Agronegócio, uma de nossas principais riquezas e quem mantém este país andando! Não está na mão do Presidente, nem do Governador a solução, mas no Legislativo! São Leis que devem ser atualizadas, modernizadas, melhoradas, olhando sempre o todo, o macro e não de forma "simplista" e imediata como nessa discussão quem em minha opinião é totalmente fora de foco e propósito!! Vamos nos preocupar em reduzir taxas, trazer qualidade de vida para a população e valorizar medidas que sejam de fato eficazes para alavancar o Brasil e o Pará. Temos sim como diminuir os impostos, reduzir o preço dos combustíveis, aumentando o consumo e equilibrando a arrecadação, mas de maneira lógica, racional e responsável. Precisamos unir forças para fazer nosso Estado crescer ainda mais.
Uma publicação compartilhada por Joaquim Passarinho (@joaquim_passarinho) em

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