Um tipo de pensamento comum entre a esquerda até hoje, principalmente entre as juventudes socialistas, trabalhistas, comunistas. Quem lê, se preocupa com a teorização da ação, com a reflexão estratégica resbuscada e não puramente empirista/instintiva é logo o "ponto-com", o "revolucionário deinternet" ou o "mauricinho revoltado". Estes, além de serem chacoteados como imprestáveis para a ação prática, são vistos com bastante preconceito pelo que essa linha de raciocínio considera como bons militantes: os "rala-bostas", aqueles jovens que, por questões de ordem sócio-econômica, ainda não puderam "ler os clássicos" , terem uma formação política melhor, possuem deficiências na educação formal e terminam sendo utilitariamente usados para carregar faixas e bandeiras e animar carreatas. O mundo estaria dividido entre os "formuladores" e "carregadores de piano".
Essa visão é estimulada, sobretudo, por dirigentes (ouburrocratas) juvenis que, com escassa capacidade intelectual, estimulam o preconceito contra a leitura, a formação política, a sofisticação da formulação da ação, para se manterem onde estão e até fazer uso do militante visto como mera "mão-de-obra".
Trecho do Trotsky: espírito ofensivo da juventude de Leopoldo Vieira no Blog Juventude em Pauta.
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