quinta-feira, setembro 11, 2008

ELEIÇÕES MUNICIPAIS

Faltando menos de 30 dias para as eleições municipais desse ano a cidade ainda não acordou para a triste realidade que se vislumbra logo a frente. As pesquisas eleitorais recentes apontam para o segundo turno entre Duciomar e Valéria, ficando para trás Priante, Mário, Jordy e Marinor, deixando de lado as diferenças momentâneas e olhando mais próximo os blocos que agora tomam conta da agenda política. Duciomar e Valéria são “farinha” do mesmo saco, ou quem não lembra do apoio tucano a Dudu na eleição anterior, do outro lado a coligação que levou a atual governadora Ana Júlia ao poder, como PMDB, PT e correndo por fora, mas servindo aos interesses de alguns poucos Jordy, transvertido de esquerda, lobo em pele de cordeiro, sem falar na menina de recado do ex-prefeito Edmilson que nem de longe consegue polarizar o processo eleitoral. Esse quadro mostra um futuro sombrio para a cidade de Belém, se confirmada as projeções das pesquisas de opinião, e olha que nem se quer entrar no mérito de sua validade, o que está em jogo são projetos políticos. O de Dudu/Valéria é o mesmo que governou o Estado por 12 anos, e que a frente da prefeitura desmobilizou toda uma rede social construída em torna de políticas públicas voltadas a inclusão social e a construção da cidadania. Por outro lado, PMDB e PT, aliados a nível nacional e estadual, não conseguiram chegar a um ponto em comum, outro debate que já não se tem tempo para fazer! O grupo Liberal e os Tucanos estão ansiosos para o final desse primeiro turno, podendo emplacar os dois principais marionetes para o turno seguinte, dando um golpe na gestão de Ana Júlia e com isso ganhando espaço e fôlego para 2010. A campanha de Priante tem se revelado boa suficiente para que ele tenha razão em uma coisa: ser candidato! O visual que ele montou na cidade nada fica a dever a qualquer outra campanha, e consolida o papel estratégico do PMDB em qualquer eleição na capital, inclusive com uma jogada de gênio quando da utilização do Presidente Lula em seu primeiro programa na TV. Rompendo o estigma que o partido de Jader não move corações e mentes por aqui. Seja qual for o seu resultado final seu recado já foi dado, e de carta fora do baralho Priante e seu patrono Jader tem papel destacado na divisão de poder no Estado, principalmente se confirmar os prognósticos da eleição em Ananindeua, mas isso é outra história No Partido dos Trabalhadores, a frente de esquerda se recente da figura de um político do tamanho do ex-prefeito de Belém, o partido mesmo com o Governo Federal e Estadual nas mãos não consegue alavancar a campanha do Professor Mário. Poder-se-ia citar vários elementos, como a falta de estrutura, de pessoal, de lideranças, de dirigentes, da legislação draconiana, da empatia do candidato, da equipe de marketing (leia-se Vanguarda), enfim, todos esses elementos seriam pautas de um debate mais sério, mas sejamos francos alguém realmente já se perguntou por que não conseguimos repetir os resultados das eleições anteriores? O que realmente mudou doa anos anteriores e a atual eleição foi a vontade da militância que enfraqueceu, estando cansada de ser tratada apenas como “campanheiros” no período eleitoral e depois, em várias oportunidades, são esquecidos e relegados a um nível inferior. Acentuando-se esse processo de desmoralização política dessa militância histórica, ficam apenas os “campanheiros” subsidiados para as campanhas. É o que resta-nos e temos que compreender que esses companheiros têm que ser convencidos no processo eleitoral, da necessidade e da força que o Partido tem nessas oportunidades. De outro modo, a própria realidade do processo político mudou, somos governo e assim nossas feridas estão expostas a céu aberto, os carniceiros de plantão de todas as matizes, estão sempre de olho esperando qualquer deslize para saírem publicadas e televisionadas ao vivo. A espetacularização da ação política nos jogou na vala comum da política do Estado. A própria ação política nossa na frente do governo fica aquém daquilo que se podia esperar de uma administração do PT, de um legitimo governo do povo, e os baixos índices de aprovação dele demonstra claramente isso. A falta de recursos e na verdade a falta de uma decisão política sobre a campanha que as principais lideranças do partido não tomaram, “estamos sós, laçados em dois nós”, a disputa política embutida nas entrelinhas é algo que só teremos certeza ao fim das eleições. Mas até lá como ficamos? Essa é a pergunta honesta que devemos nos fazer. Mesmo com toda essa caracterização tenho a convicção que o Partido dos Trabalhadores tem um enorme “capital político”, ou dito de uma maneira, mas inteligível, temos influência suficiente para chegarmos no 2º turno, porque nós somos um partido de militantes com influência de massa, temos claro nosso papel na disputa de hegemonia, pois essa é uma prática quotidiana de todos os militantes que constroem esse partido desde seu início até os dias de hoje. Logo, a corrida não está acabada, está apenas no começo e mesmo com toda essa conjuntura nós iremos sim para o 2º turno e conquistaremos, não como viúvas do Edmilson, mas como um Partido dirigente do processo político no Estado, nosso grito deve ser da liberdade, da igualdade e da fraternidade. Palavras usadas nas portas do próprio comitê de campanha. Ou compreendemos que a dita “saudade” do governo do Povo é a necessidade de mais educação, saúde, transporte público, de lazer, esporte e segurança. E nenhuns dos candidatos do bloco tucano estão realmente comprometidos com públicas voltadas para a construção de uma cidade cidadã. Resta-nos construir sim uma onda vermelha que inunde essa cidade, mas isso só será possível se tivermos a decisão política de superar o trauma que o movimento social tem da prefeitura do Ed., e ir além, está mais que na hora de realmente fazer uma análise mais séria sobre o papel nefasto que o grupo político dele fez ao Partido e a Cidade, não temos que ter mais o compromisso de não falar a verdade, enquanto estivermos presos a isso não poderemos alçar vôos mais altos. Vamos a vitória companheiros!
Fonte: http://dilacerado.blogspot.com/

Crise: Edmilson Rodrigues perde seu braço esquerdo no PSOL

Luiz Araújo deixou o PT para fundar o PSOL, onde viveu até então organizando a corrente interna "Primavera Socialista" e supostame...