quinta-feira, maio 05, 2011

Quem irá para o Senado pelo Pará?


Supremo libera Rocha como elegível ao Senado (Foto: Divulgação)
Paulo Rocha não comentou o que pretende fazer de seu futuro político (Foto: Divulgação)

O Supremo Tribunal Federal (STF) acatou o recurso extraordinário apresentado pelo candidato ao Senado pelo Pará nas eleições de 2010, Paulo Rocha (PT). A decisão individual do ministro Dias Toffoli foi dada no dia 27 de abril. Como não houve publicação da decisão, somente as partes interessadas haviam sido informadas. O STF deve divulgar somente hoje (5) a decisão.

Quarta-feira (4), a notícia vazou durante reunião da bancada federal do Pará, mas Paulo Rocha evitou comentar o que pretende fazer de seu futuro político. Um correligionário próximo ao ex-deputado disse, no entanto, que a determinação do petista é de assumir, mesmo que por tempo determinado, a vaga que foi dada a Marinor Brito (PSol-PA).

Ela foi a quarta colocada na disputa pelo Senado no Pará e acabou ocupando a segunda vaga do Estado, depois que Jader Barbalho (PMDB) e Paulo Rocha foram enquadrados na Lei da Ficha Limpa. Marinor contava com a lentidão da Justiça para ficar com a cadeira do Pará no Senado. Com a liberação de Paulo Rocha, o político pode assumir a vaga até que o recurso extraordinário de Jader Barbalho - segundo colocado na disputa pelo Senado e eleito com 1,8 milhão de votos - seja liberado pelo STF.

Rocha renunciou ao mandato de deputado federal em 2005 por conta do mensalão do PT. Em função do escândalo, ele renunciou ao mandato de deputado para escapar de um processo por quebra de decoro parlamentar na Câmara dos Deputados.(Diário do Pará)

O  Blog  comenta:

Com a decisão do STF, Paulo Rocha (PT) pode sim assumir a vaga de Senador pelo Pará, no entanto, como ficou com a 3ª colocação e Jader com a 2º, este também tem condições de ser elavado à condição de elegível e ficar na "vaga" de Paulo Rocha, por isso que a matéria diz que "a determinação do petista é de assumir, mesmo que por tempo determinado". 

Qualquer pessoa sabe que a volta de Jader Barbalho (PMDB) é no entanto mais complicada, pois há uma grande diferença entre ambos os caso e Jader, velho conhecido da polícia federal e dos tribunais, acumula muitos processos em suas costas e há quem diga que chegou a hora de se fazer justiça sobre ele, mesmo que não seja com o processo em voga (Ficha-Limpa), mas só com o passar do tempo e as movimentações do judiciário brasileiro é que poderemos saber ao certo, o que acontecerá.

Vale também lembrar que o STF programou o julgamento do Senador Flexa Ribeiro (PSDB) para hoje, depois de já tê-lo adiado por duas vezes. Se condenado, o senador do açai pode ver seu mandato azedar, podendo até perde-lo.

Também intranquilo, está seu colega de partido, o senador Mário Couto (PSDB). Envolvido no escândalo da  "ALEPRA", pode a qualquer hora ser notificado pelo MPE por envolvimento na máfia da Assembléia Legislativa, aí o melindre da bacanda tucana em tentar barrar a CPI proposta por Edmilson Rodrigues (PSOL) e apoiada pelos deputados petistas.

Mário Couto e seu ex-assessor, Sérgio Dudoc, operaram um esquema de compra de mais de 1 milhão de reais em material elétrico de uma empresa que vendia farinha de tapioca. 

Recentemente empossado por Jatene como diretor geral do DETRAN, foi flagrado com documentos que envolvem o nome do Senador apelidado de Mário Tapiocouto, por uma diligência que apurava fraudes na folha de pagamento e acabarem encontrando as provas que faltavam para desvendar os caminhos do esquema fraudulento iniciado na 1º gestão tucana de Simão Jatene em 2002. 

Marinor Brito, até outro dia sumida das passeatas e atos públicos dos movimentos sociais começa a retornar às bases (foi vista levando pizza e vassouras pra frente da "ALEPRA" no início desta semana) ciente de que perdeu a parada e que precisará se recompor para outra disputa eleitoral se quiser ter um mandato novamente.

Assim, segue incerto e nebuloso o futuro dos senadores do Estado Pará.

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