domingo, setembro 18, 2011

Terruá Pará: O mistério continua


Era para acontecer tudo em apenas uma tarde, mas os problemas são tantos que as explicações que seriam apresentadas pelo Secretário de Comunicação e pelo Secretário de Segurança do Pará não puderam acontecer no mesmo dia, como havia sido programado para acontecer na ALEPA, nesta quarta-feira (15), pois o Sr. Luis Fernandes (SEGUP) levou muito tempo justificando o uso de métodos "especiais" para aferir a redução da criminalidade e da violência no Pará, nestes oito primeiros meses do segundo mandato de Simão Jatene (PSDB).

A previsão de logo em seguida ser a vez do badalado Secretário de Comunicação, Sr. Ney Messias, acabou não acontecendo, pois seu colega da insegurança pública, se alongou em sua participação, apresentando números, como é de praxes nas gestões tucanas, e com vôo marcado para assistir o Çairé em Santarém, os representantes da SECOM e FUNTELPA, foram dispensados por hora de suas explicações.

Os petistas Carlos Bordalo e Edilson Moura, presidente da Comissão de Educação e Cultura da ALEPA, acompanhados de Edmilson Rodrigues do PSOL, forma os únicos deputados da oposição que estavam presentes no ato que visava recolher explicações do que vem sendo realizado pela pastas dos já citados secretários e suas respectivas funções e atos públicos, confiados por Simão Jatene, o governador do Estado.

Uma fonte da ALEPA presente no ato nos garantiu que Ney Messias foi visto entrando na ALEPA pelas portas do fundo, descendo na garagem de dentro de um carro com películas até nos pneus e que teria subido as escadas como se pisasse em ovos, adentrando a sala de reunião do auditório João Batista mais aflito que adolescente reprovado, antes de entregar o boletim do ano aos pais.

A moça de uma empresa de limpeza terceirizada teria visto o Secretário de Comunicação entrar no banheiro feminino apresentando sinais de nervosismo e sem prestar atenção para a placa de recomendação de gênero: “Saiu sem demorar, talvez tenha ido passar uma água no rosto ou fazer um gargarejo pois não mostrou o mínimo sinal de ter feito outra coisa que não enxugar o rosto e as mãos”, concluiu a moça que pediu o segredo de seu nome.

Logo depois, antes de entrar na referida reunião com os deputados, onde exporia suas justificativas de como gastar R$ 3 milhões em um show, sendo que a previsão para todas as manifestações culturais do Estado, apresentadas pelo próprio governo, prevê para os 04 anos de Jatene a quantia de R$ 16 milhões de reais para todas, eu disse TODAS, as programações culturais do Estado, em 04 anos!

O deputado Carlos Bordalo (PT) que foi o autor do requerimento da visita, junto à Comissão de Educação e Cultura, objetivava ouvir as explicações de Ney Messias e para tal, não deixou de cumprir o rito diplomático e permitiu-se receber alguns afagos do secretário ilusionista, tal como se define em seu twitter, que ao sentar de frente para o parlamentar foi logo puxando conversa, chegando até a incomodar as demais pessoas que ouviam atentamente as explicações do Secretário de Segurança.

Bordalo ao perceber a aflição do secretário, sugeriu-lhe calma, dizendo que ele teria sua chance de se explicar, sem maquiagem, shows, ensaio e palco.

Não deu. Pra sorte de Ney, seu amigo, Manoel Pioneiro, hoje presidente da ALEPA e coordenador da reunião, pediu que a escuta de suas palavras ficasse para outro dia ainda indefinido.

Enquanto esse dia não chega, mantenho as indagações que fiz diversas vezes pelo twitter: Quanto custou o lançamento do Terruá Pará em São Paulo? Quais são os critérios de escolha dos músicos? Se é uma política pública como afirmam os organizadores porque não há editais e concorrência entre os participantes? Porque investir tanto em tão poucos artístas e com públicos limitados?

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