Polêmica decisão de manter DASs no governo Temer e da coligação com o PMDB rodam as redes sociais, após reunião do PT-PA. Foto: Facebook do PT-PA. |
Por Diógenes Brandão
Neste último sábado (28), foi realizado em um hotel de Ananindeua, região metropolitana de Belém, a reunião extraordinária do diretório estadual do PT-PA, que deliberou por decisões que deverão nortear o partido de agora em diante, traçando posicionamentos em relação às lutas sociais e políticas, principalmente contra o golpe instituído pelo impeachment. Além disso, definiu algumas regras em relação às eleições municipais, que daqui quatro há meses estarão testando o PT e sua capacidade de resistência nas urnas.
Além disso, em uma discussão calorosa, onde por uma diferença de apenas 2 votos, a resolução política que determinava, que todos (as) os (as) filiados (as) em cargo de comissão na esfera federal, pedissem a imediata exoneração foi alterada, passado a ser apenas uma orientação. Essa medida causou polêmica e abriu um grande debate no encontro, onde o resultado final acabou contrariando a base social e a maioria da militância petista, já que por uma maioria apertada, a direção do PT paraense abriu mão de romper definitivamente com o governo provisório de Michel Temer e optou em deixar à livre escolha dos DASs que ainda estão compondo órgãos federais, se saem ou permanecem em seus cargos.
"Não tenho cara, não tenho coragem e não tenho oxigênio para ir dizer isso nas ruas de Belém", argumentou a defensora pública, ex-deputada e agora pré-candidata à prefeitura de Belém pelo PT, Regina Barata, em uma dura intervenção cobrando coerência da direção partidária e se posicionando contra a manutenção da aliança com o PMDB, conforme mostra o vídeo abaixo:
Mesmo assim, a direção optou em não incluir o PMDB no roll dos partidos golpistas e liberou os municípios para traçarem alianças com o partido que no Brasil é dirigido por Romero Jucá e no Pará por Jader e Helder Barbalho.
Ao saberem do resultado, diversos militantes utilizaram as redes sociais para protestar contra as duas medidas aprovadas no diretório estadual: A desobrigação dos DASs em deixarem seus cargos e a permissão para o partido continuar traçando alianças eleitorais com o PMDB. Alguns alegam que a direção estadual do PT, assim como os deputados e o senador Paulo Rocha (que já vinha recebendo inúmeras críticas por defender o senador Renan Calheiros (PMDB), presidente do senado e por presidir a CPI do HSBC que acabou virando pizza) perdem a oportunidade de mostrarem-se na luta contra a onda golpista que varre o partido para prejuízos e perdas significativas.
Leia aqui a Moção de Repúdio, Resolução Político-eleitoral e a Resolução sobre a Conjuntura e Eleições 2016.
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