Via Jornal do Brasil
Ex-magistrado italiano que atuou na Operação Mãos Limpas - inspiração da Operação Lava Jato no Brasil -, Gherardo Colombo disse em entrevista publicada neste domingo (15) no jornal O Estado de S. Paulo que na Itália não seria possível o juiz Sérgio Moro ao mesmo tempo conduzir a investigação e julgar sozinho o ex-presidente petista Luiz Inácio Lula da Silva.
Ex-magistrado italiano que atuou na Operação Mãos Limpas - inspiração da Operação Lava Jato no Brasil -, Gherardo Colombo disse em entrevista publicada neste domingo (15) no jornal O Estado de S. Paulo que na Itália não seria possível o juiz Sérgio Moro ao mesmo tempo conduzir a investigação e julgar sozinho o ex-presidente petista Luiz Inácio Lula da Silva.
"Notei que o juiz [Sérgio Moro] que fez a investigação contra Lula é o mesmo da sentença e isso me deixou um pouco surpreso porque aqui na Itália isso não poderia acontecer", disse.
No país europeu existe uma separação: o juiz que conduz a investigação não pode ser o mesmo que julga o processo. E esse mesmo juiz também não pode emitir sozinho a sentença, que tem que ser feita por um colegiado de três pessoas. Moro conduziu sozinho um processo que na Itália seriam necessários cinco juízes diferentes.
O ex-magistrado italiano Gherardo Colombo, que atuou na Operação Mãos Limpas Gherardo Colombo também disse que pessoas não poderiam ser presas para forçar delações premiadas.
"Não existe na Itália um sistema para a corrupção similar ao vosso da delação premiada. Não existe. A delação premiada é um termo que não se pode usar. Nós falamos de colabores de Justiça no campo da Máfia e do terrorismo. A Máfia e o terrorismo são tratados geralmente de um modo muito particular. Não se pode pôr na cadeia uma pessoa para fazê-la falar. Ok? Para contar fatos dos outros", enfatizou.
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