Por Marcelo Vitorino*, via Internet Marketing Eleitoral
Vamos falar sobre uso da internet em campanha eleitoral. Para começar vale fazer a pergunta: “usamos a internet para quê?”.
A gente não faz campanha na internet. Não existe isso de “fazer campanha na internet”.
“Nós fazemos campanha” e “nós usamos a internet”. São duas coisas que a gente junta, mas não campanha na internet.
Se vocês prestarem muita atenção nesse foco, isso vai fazer com que vocês usem a internet direito.
Nós não queremos like!
Tenho uma notícia triste para vocês, adoradores das redes sociais: like não vota!
“Ah mas meu candidato tem muito fã!”
Sinto muito, isso não quer dizer absolutamente nada!
E eu vou explicar o por quê.
Usando a internet nas eleições para compreender o que os eleitores pensam
1) Anúncios segmentados no Facebook
Então, primeira coisa que a gente vai fazer é usar a internet para compreender o que os eleitores estão pensando. O que a gente usa para isso? Utilizamos ferramentas de monitoramento, como formulários on-line, por exemplo. O que mais a gente pode fazer para identificar o que eles estão pensando? Investir em anúncios também é um ótimo caminho. Como assim?
Se você faz anúncios no Facebook, por exemplo, e controla a quantidade de compartilhamento, de click, baseado no alcance, você sabe se aquele tema é favorável ou desfavorável para um grupo determinado. Por exemplo, você monta um grupo de segmentação só de funcionários públicos. Divulga dez materiais e faz anúncio dos dez, sempre com o mesmo público.
Logo, aquele que dá mais engajamento é aquele que você pode afirmar que tem mais afinidade com o que seu candidato ou projeto de partido.
Mas é importante lembrar que essa ação deve ser realizada antes da campanha eleitoral começar.
2) Ferramentas do Google
O Google também é um bom caminho para entender como os eleitores pensam. Quando você digita algo no Google ele já começa a dar o auto-complete.
Simulação do autocomplete do Google
Simulação do autocomplete do Google |
Usando a internet nas eleições para monitoramento
Quais são os resultados esperados quando identificamos o que os eleitores estão pensando?
Podemos mapear “sentimentos” por exemplo. Podemos monitorar o sentimento em relação a um tema, a evolução de um problema.
O que é evolução no problema? Como é que eu sei que algo vai dar uma crise? Como é que eu sei que algo vai parar no Jornal Nacional?
Para saber a respostas dessas questões, é necessário ter um parâmetro e isso só é possível pelo monitoramento. Só o monitoramento vai nos dar informações para a tomada de decisão.
É preciso ficar de olho na popularidade daquele tema. No interesse da população por temas e se os grupos são de afinidade com o candidato.
Esse é um ponto importante: a internet possibilita a construção de diálogo com eleitores de forma segmentada.
Usando a internet nas eleições para a comunicação segmentada
Finalmente nas eleições deste ano poderemos usar o que a internet tem de melhor: a comunicação segmentada.
Além disso, nós podemos fazer anúncio em época de campanha. Então, por meio de anúncios a gente pode falar de forma segmentada por e-mail, por exemplo.
Aqui também vale uma ressalva aos que acreditam que o e-mail morreu: as taxas médias de abertura de e-mail vão de 5 a 15%, muito mais do que o Facebook lhe dá organicamente.
E-mail vale a pena.
WhatsApp
O WhatsApp será a grande vedete da campanha desse ano. Se alguém souber usar ele direito a coisa vai fluir bem. E qual deveria ser o objetivo de utilizar WhatsApp durante a campanha eleitoral?
Principalmente, engajamento e a afinidade por meio da comunicação junto aos eleitores.
Como que você estabelece comunicação? Planejamento e trabalhando bem a gestão de resposta.
Gestão de respostas
Quem está no dia a dia da campanha sabe que numa campanha majoritária, por exemplo, é impossível fazer gestão de todas as respostas.
Alguns posts chegam a ter dez mil comentários. É aqui que o uso de robôs entram, com chat bots bem planejados e programados.
Outro uso, fornecer informações importantes quando os eleitores buscam.
O que mais? O prof. Marcelo Vitorino, especialista em marketing político eleitoral, disponibilizou uma aula aberta para tratar sobre o tema “Usos da internet em campanhas”.
O seu curso Planejamento de Campanha Eleitoral 2018, aprofunda o tema de maneira contextualizada no calendário eleitoral e legislação brasileira.
*Marcelo Vitorino é professor e consultor de Marketing Digital e Gestão de Crise.
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