quarta-feira, novembro 20, 2019

Jatene lembra que projeto de Ferrovia não é de Helder e que ele até agiu contra



Por Simão Jatene

Amigas e amigos,   

Na última semana, a importância do Pará ter em seu território um “ramal ferroviário” que aumente a integração do Estado e contribua para dinamizar a nossa economia voltou à ordem do dia, merecendo festejo de todos os paraenses. Entretanto, é bom não esquecer as marchas e contramarchas que nos trouxeram até aqui, já que ainda existe um longo caminho a ser percorrido. 

O sonho de uma ferrovia no Pará, não é novo e, de tempos em tempos, motivou conversas de alguns grupos de técnicos e mesmo políticos, esbarrando sempre na falta de recursos e ausência de demonstrativo de sua viabilidade técnica e econômica.  

Assim, para ser justo e honesto, a ideia só ganhou musculatura, formato, e até projeto, nos últimos anos do governo passado, quando, sob o comando do secretário Adnan Demachki, se resolveu enfrentar o desafio de elaborar um projeto economicamente viável, capaz de atrair investidores externos, mesmo sabendo que o cenário não era favorável, face a grave crise nacional. 

Foram incontáveis reuniões, viagens, exposições e discussões técnicas e políticas no Estado e também no exterior, até que em setembro de 2017 o projeto foi apresentado ao presidente para América do Sul da gigante chinesa CCCC, ao que se seguiu a vinda de técnicos da companhia ao Estado para aprofundar as avaliações.  

Entretanto, além disso, e paralelamente a esse movimento, foi necessário reagir à proposta do governo federal do qual o atual governador era ministro, que pretendia antecipar a renovação da concessão da ferrovia de Carajás por um valor subestimado e ainda não destinar os recursos para a Ferrovia Paraense.

Assim o caminho não foi nada fácil ou simples, até porque as manchetes de jornal estão aí para comprovar: toda a negociação enfrentou a clara campanha promovida pelos veículos de comunicação do atual governador e por integrantes do seu grupo político, que tentavam desqualificar a ideia e ridicularizar o projeto, apontando-o, inclusive, como delírio megalômano. Do mesmo modo como impediram que o mesmo governo federal agilizasse a liberação da BR 316, até Marituba, para que se iniciassem as obras do BRT Metropolitano. E vários parlamentares, se não foram acometidos de amnésia, sabem disso. 

Amigas e amigos,  

Tal registro é importante não apenas para repor a verdade e fazer justiça, mas também para mostrar que se quisermos construir um Estado melhor, é fundamental compreender que a implantação de projetos de interesse do Estado, não pode estar subordinada a interesses políticos subalternos. Seja qual for o governo ou esteja quem estiver na oposição.

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