quarta-feira, dezembro 25, 2019

A volta de João Salame - Parte II

João e Beto Salame, na campanha eleitoral de 2018, ao lado de Helder Barbalho, candidato ao governo, eleito.


Por Diógenes Brandão

O ex-deputado e ex-prefeito de Marabá, João Salame Neto enviou ao blog uma nota respondendo e divergindo de algumas informações publicadas na matéria: A volta de João Salame, publicada nesta quarta-feira, 25.

Respeitando e garantindo o direito de resposta e de sua versão, sobre os fatos relatados por uma fonte, o blog reitera o compromisso com a busca pela verdade e o amplo espaço ao contraditório.

Embora João Salame diga que não foi cassado, o blog AS FALAS DA PÓLIS informa que se apoiou em diversas matérias de outros veículos de imprensa, entre os quais os portais G1 Pará (leia aqui) e o Roma News (leia aqui), o blog do Zé Dudu (leia aqui)  que abordaram sua prisão em 2018. 

Primando pela clareza e veracidade das informações aqui publicadas, o blog AS FALAS DA PÓLIS registra que João Salame foi afastado, mas não teve o mandato cassado em definitivo, tal como ele explicou.

João Salame informou ainda que ajuda o irmão, Beto Salame, a tocar o PP, já que ele não conseguiu se reeleger como deputado federal. O PP foi o partido em que o ex-senador Mário Couto disputou as eleições de 2018, mas teve o registro de sua candidatura anulado.

Tanto o vice de Mário Couto, quanto ele próprio, acusaram Beto e João Salame de falsificarem assinaturas de dirigentes partidários, para prejudicar sua candidatura ao senado,  em benefício às candidaturas de Jader Barbalho (MDB) e Zequinha Marinho (PSC), compondo a chapa que deu a vitória do então candidato Helder Barbalho, ao governo do Pará, como você pode conferir na matéria Golpe, fraudes e falsificações transformam as eleições no Pará em caso de polícia

Leia abaixo, a nota de João Salame:

Em primeiro lugar te agradecer por abrir espaço para falar de minha nova função. E fazer alguns reparos. 

Eu não tive nenhum mandato cassado.

Como deputado não fui sequer afastado do cargo. Ao contrário, liderei um bloco de 8 deputados na Alepa, fui vice-presidente da Casa e presidente da Comissão de Meio Ambiente com apenas 6 anos de mandato.

Já como prefeito respondi a uma ação da época que fui deputado e que gerou meu afastamento pelo TRE, que durou apenas 12 horas.

O TSE me devolveu ao mandato qualificando a decisão  da maioria do TRE à época de "teratológica". Fui vitorioso nessa ação, que já foi arquivada.

Como prefeito também não fui cassado. Tive um afastamento de 94 dias em função de dívidas do município com a previdência.  Fui o único prefeito do País afastado por esse motivo. E fui reconduzido ao cargo por decisão do presidente do STF.

Antes de ser afastado a folha da prefeitura estava em dia, a cidade limpa e centenas  de obras sendo executadas.

Retornei ao cargo com 2 meses de salários em atraso, a cidade suja e obras paralisadas.

Mesmo assim 16 partidos queriam apoiar minha reeleição. Nesse período tive uma paralisia facial e princípio de depressão. E nas condições que recebi a prefeitura de volta entendi que não deveria me recandidatar.

Com todos os erros que cometi e não foram poucos, me orgulho de ter sido o prefeito que mais unidades educacionais inaugurou (30 ao todo), todas climatizadas. Que mais asfalto fez (182 km ao todo, com drenagem),  mais construiu e reformou unidades de saúde  (14 ao todo), além de priorizar esses investimentos na periferia.
Fui vítima dos meus  erros e dos ataques desleais de meus adversários, que aproveitaram minhas dificuldades para me desgastar. 

Hoje tento reerguer minha vida prestando consultoria na área pública. Valendo-me de meus erros, no sentido de orientar para que não sejam cometidos pelos meus parceiros, e dos inúmeros acertos que também conquistei.

Não presto serviços apenas na área eleitoral. Meu escritório, sediado em Brasília,  trabalha com recuperação de créditos,  cartão benefícios,  elaboração de projetos,  captação de recursos e várias outras linhas de atuação.

Não tenho entre meus clientes nenhum deputado estadual. São 3 deputados federais e dezenas de prefeitos, inclusive de outros Estados.

Registro também que não fui membro de 8 partidos. Estive no PDT, depois PPS, Pros e MDB, por pouquíssimo tempo. Atualmente ajudo meu irmão,  que comanda o PP no Estado.

Continuo atento à política do Pará,  pois esse é o caminho pra tornar nossa sociedade melhor.

Estou à sua disposição pra conversarmos e debatermos sobre os rumos do nosso Estado.

Aproveito para parabenizar o belo trabalho de comunicação que vem realizando.
À  sua disposição. 

João Salame.

A volta de João Salame



Por Diógenes Brandão

O mercado da Consultoria Política ganha mais um concorrente. Trata-se de João Salame Neto, ex-prefeito de Marabá e uma das principais lideranças da campanha do SIM, no plebiscito da divisão do Pará, agora orienta deputados e prefeitos que concorrem a sucessão, nas eleições municipais de 2020. 

Ao passar por 8 partidos, João Salame já teve mandatos cassados, tanto como deputado estadual, quanto prefeito de Marabá, concluindo o mandato em 2016 pelo MDB, mas sem chances de concorrer à reeleição.

Em 2017 foi nomeado pelo presidente Michel Temer como diretor do Departamento Nacional de Atenção Básica da Secretaria de Atenção à Saúde, do Ministério da Saúde em Brasília, indicado pela família Barbalho.

Hoje, o jornalista de 57 anos, que seguiu a carreira política orienta 2 deputados federais, 1 estadual e mais 03 prefeitos paraenses.

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