Por Diógenes Brandão
Matérias jornalísticas que vieram à tona pelos veículos de comunicação da família Barbalho (TV RBA, jornal Diário do Pará, entre outros), revelaram apenas um lado de um processo que corre na justiça e na polícia, envolvendo o médico, professor e músico Alcyr Guimarães, que se encontra em estado terminal na UTI de um hospital de Belém.
A reação nas redes sociais foi imediata e desde ontem gera opiniões distintas sobre o caso.
Muita gente ficou estarrecida com o perfil traçado pelas palavras proferidas por apresentadores dos programas da RBA e pelas linhas escritas no Diário do Pará, que satanizaram a figura de Alcyr Guimarães, um dos artistas mais renomados da cultura popular paraense.
De outro lado, outras pessoas alegam que já tinham conhecimento do assunto, mas não tinham tido a coragem de comentar, dando a entender que as investigações sobre o caso, por si só já comprovariam a culpa do acusado.
Quantas pessoas já não foram condenadas, presas e até mortas por enganos e falsas acusações?
É preciso que a imprensa tenha o cuidado, a responsabilidade e garanta o direito ao contraditório, toda vez que noticiar um fato, garantindo a versão de quem está sendo acusado de algo, sobretudo de crimes graves e de apelo popular, como o de assassinato por envenenamento, furto e apropriação indébita, como as acusações feitas ao músico Alcyr Guimarães.
Comentários como do professor Carlito Aragão, trazem a necessária crítica pela falta da consulta à família e advogados do acusado, já que ele próprio não pode se defender, mas que o bom jornalismo buscaria, se fosse praticado com isenção e responsabilidade.
Só depois de uma grande repercussão do caso - com o julgamento prévio e a deformação da opinião pública contra o músico e da reação dos advogados de Alcyr - a mídia da família Barbalho publicou o outro lado dos fatos.
Leia o que diz o historiador Carlito Aragão:
Quando li essa matéria sobre os motivos da morte da ex-esposa do cantor e compositor Alcyr Guimarães achei demais estranho porque o conheço há muitos anos e é um ser humano extraordinário.
Mais estranho ainda quando acusam o Alcyr de furto.
Além do mais, essa matéria foi escrita de forma parcial, sem que houvesse o contraditório na informação.
Outra estranheza é essa denúncia ser feita justamente agora que ele se encontra enfermo.
Ou seja, não foi uma matéria verdadeiramente de cunho jornalístico.
Mas, finalmente a família resolveu agir em defesa do cantor.
Alcyr não merece passar por essa situação nesse momento de dor. Nosso Tio Alcyr, como a gente o chamava, não teria essa capacidade. Tio Alcyr é uma pessoa do bem, pessoas do bem tem luz própria. Guardarei a imagem, os momentos em que estivemos nos palcos e tudo que pude aprender com ele ao longo dessa vida, nesse plano.
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