Por Diógenes Brandão
Passados dois dias das convenções partidárias que definiram os rumos das eleições municipais em Belém, o blog recebeu um áudio bombástico e cheio de detalhes, onde uma importante liderança política, aliada do governador explica como Helder Barbalho operou para que Eder Mauro e Jefferson Lima não fossem candidatos nestas eleições em Belém. O primeiro pelo PSD e o outro pelo PP, o certo é que ambos foram golpeados em seus próprios partidos e devem sair deles assim que houver uma janela.
Após o ocorrido, a covardia da classe política e jornalística se justificava através de manifestações do tipo: "Eles mereceram!", "Não eram Santos" ou "Bem-feito". Tudo ao estilo que do que o senso-comum prega cotidianamente neste país adoecido: bandido bom é bandido morto.
No entanto, as vítimas deste golpe não foram apenas os dois degolados por seus partidos através de uma intervenção imoral por parte de Helder Barbalho. A sociedade e a política paraense é que mais foram atingidas com tal falta de escrúpulos, que nem Maquiavel previu em seus escritos.
A história da política paraense registra um de seus momentos mais cabulosos e nefastos, onde a maioria da classe política se regozija e aplaude o feito antidemocrático e a promiscuidade entre partidos, que reproduzem a política do 'toma lá-dá cá', em plena luz do dia, sob os olhares de todos e quase ninguém diz absolutamente nada.
Ao jornalismo paraense, estuprado e jogado na vala comum, fica os nossos pêsames pela morte abrupta imposta pela família barbalho, que o assassinou com golpes mortais e consentidos.
Aos demais partidos e líderes políticos, que se rendem e se vendem a um governador tirano e sem pudores, a nossa manifestação de nojo pelo estado de putrefação em que se encontram.
O áudio que recebi e me incentivou a escrever este artigo, não virá a público por mim, a pedido do autor.
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