quinta-feira, setembro 10, 2020

Polícia realiza apreensão em empresa que vendeu garrafas para o governo de Helder Barbalho

A compra superfaturada foi noticiada por Diógenes Brandão, que teve matéria usada pelo MP no início das investigações, que agora chegam na empresa contratada. Resta saber quem mandou e quais são os beneficiados pelo esquema de desvios milionários existente na SESPA, a Secretária de Saúde do Estado do Pará.
 

Via Ministério Público do Estado do Pará

O Ministério Público do Pará cumpriu, na tarde desta quinta-feira, 10, mandados de busca e apreensão contra suspeitos de envolvimento na compra de R$ 1,7 milhões em garrafas pet vazia pelo governo do Pará. A operação investiga a atuação de uma organização criminosa dentro da Secretaria de Estado de Saúde (Sespa).     

Os mandados foram expedidos pela Vara Especializada de Combate ao Crime Organizado na Marcoplas Comércio de Móveis LTDA, empresa responsável pelo fornecimento, sem licitação, das 1,1 milhão garrafas pet de polietileno. Foram apreendidos celulares, computadores e documentos fundamentais ao objeto das investigações.     

As investigações indicam que a empresa contratada não produz e não estava habilitada para produzir as garrafas, tendo terceirizado o contrato para outras empresas, por valores muito inferiores.  

A contratação causou polêmica na imprensa nacional pela grande quantidade de frascos e pelo valor unitário, que sairia a R$ 1,50 cada, já que o preço seria muito superior ao de mercado, podendo alcançar um sobrepreço de 300%. Segundo o governo, as garrafas serviriam para envasilhar álcool etílico 70%, usada na prevenção da covid-19. 

Leia também: O caso da compra do álcool em gel e a sociedade da família Barbalho


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