segunda-feira, novembro 30, 2020

Vereadora do PT relatou ato racista em coletiva de imprensa de Edmilson


Por Diógenes Brandão

Vereadora negra, recém-eleita pelo PT em Belém, Beatriz Caminha denunciou ato racista cometido por seguranças contratados pela coordenação de campanha de Edmilson Rodrigues (PSOL), em coletiva de imprensa, logo após o resultados da eleição, onde foi eleito prefeito de Belém.

Bia, como é mais conhecida, gravou um vídeo onde denunciou a truculência e o racismo de seguranças que estavam no Comitê de Campanha da Coligação  "Belém de Novas Ideias", formada pelo PT, Rede, UP, PCdoB, PSOL e PDT.

Hoje, a vereadora eleita usou suas redes sociais para dizer que Edmilson Rodrigues não tem culpa sobre o que os seguranças fizeram.

Militantes dos partidos que apoiaram Edmilson relativizam e tentam amenizar o ato, reforçando a narrativa de que Edmilson não teve culpa. Tá, mas quem teve? Quem contratou estes seguranças, quem são eles, quais seus nomes, qual é a empresa que eles fazem parte? Bia procurou seus direitos? Denunciou em uma delegacia, o crime que diz ter sido vítima? 

Será que esse caso será abafado pela militante que fez sua campanha toda dizendo que luta contra o racismo? Essas e outras perguntas inundam as redes sociais, mostrando que o discurso da classe política, sempre tem que vir seguido de exemplos e tanto a vereadora, quanto o PT, PSOL e demais partidos coligados e responsáveis pelo Comitê de Campanha de Edmilson Rodrigues, precisam dar respostas para que não fique explícito de que estão colocando panos quentes sobre um fato sensível à toda a sociedade.

O caso lembra outros, como do Carrefour, onde seguranças racistas e seus contratantes foram execrados pela sociedade.



"Será preciso muito tempo para que sejam superadas as chagas provocadas pelo brutal assassinato por racismo de João Alberto Silveira Freitas, que morreu vítima de espancamento no interior de uma loja da rede de supermercados Carrefour, na zona norte de Porto Alegre, na véspera do Dia da Consciência Negra. 

As imagens do crime percorreram o mundo e expuseram a profundidade do problema no Brasil", escreveu Pedro Serrano, em artigo publicado na edição n.º134, da revista Carta Capital.

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