quinta-feira, dezembro 11, 2008
Armando, e Muito...
Maquiagem
Raposas do Arroz
quarta-feira, dezembro 10, 2008
Maquiagem Atrasada
Camelôs: vítimas ou vilões ?
Em Belém, trabalhadores informais são responsabilizados pelo caos urbano
Aquecimento da economia não consegue deter o crescimento da informalidade, apontada como consequência da degradação do mundo do trabalho
Ao realizar estudo sobre a realidade dos camelôs do centro de Belém, pelo enfoque da integração social, o sociólogo Válber de Almeida Pires constatou que a situação desses trabalhadores do setor informal é de grande desamparo. Paralelamente à falta de qualificação técnica para exercício de outras funções na economia, os camelôs são desprovidos de capital social, recaindo sobre eles visões negativas de cunho criminalizante, discriminante e segregacionista. Responsabilizados pelo caos urbano, pela violência, por roubos no centro comercial, os camelôs são tomados como “bode expiatório, até para legitimar a inoperância do Estado e da própria sociedade”, afirma o sociólogo.
Apresentado como dissertação no Núcleo de Altos Estudos Amazônicos da UFPA, o estudo teve como objetivo observar de que forma o crescimento do trabalho degradado impacta no interior da sociedade. O autor tomou por referencial teórico o sociólogo francês Robert Castel, que atualizou as contribuições de Émile Durkheim sobre a Teoria da Integração Social para o contexto da crise do trabalho, vivenciada na Europa, a partir da década de 1980. “Castel percebeu que aquela crise não estava localizada na classe trabalhadora, nem no mercado de trabalho, mas, englobando tudo, transformou-se numa questão social que contesta a própria sociedade e contribui para o seu desmantelamento”, afirma.
O pesquisador buscou visualizar, por meio de análise estatística, se a crise do trabalho observada na Europa era também visível na América Latina, no Brasil e em Belém. Os dados revelaram que, embora a economia da América Latina tenha apresentado um crescimento pujante a partir de 2001, houve um aumento exponencial da degradação no mundo do trabalho, sobretudo por meio da informalidade. No Brasil, ocorreu a mesma coisa, mas com crescimento do trabalho protegido (carteira assinada e direitos garantidos) nos últimos dois anos. Na indústria, porém, houve um processo de precarização do trabalho, com redução do valor pago por hora trabalhada (U$ 6,5 para U$ 3,5), dado que contraria a recuperação do valor da força de trabalho nos últimos anos.
REALIDADE LOCAL – Em Belém, os dados do IBGE e do Anuário Estatístico do Município indicaram uma realidade mais crítica. Apesar do crescimento da economia acima de 10%, registrou-se um aumento do trabalho informal e a manutenção da taxa de desemprego em 12%, superior à média nacional (8,1%). O trabalho informal não pára de crescer nas ruas da cidade. Onde há fluxo, os camelôs vão se estabelecendo. “Ao mesmo tempo em que a economia cresce, o desemprego mantém-se elevado. Enquanto a informalidade vai às alturas, o valor da força de trabalho segue em baixa”, sintetiza Válber Pires. “Percebe-se, portanto, que os ricos estão cada vez mais ricos e os pobres, cada vez mais pobres”. A análise do pesquisador se distancia da lógica estruturalista que tende a jogar a responsabilidade da crise às estruturas econômicas ou ao mercado. Segundo ele, não se trata de um problema estrutural, mas, de falta de políticas eficazes de promoção e distribuição da renda e de incentivo ao desenvolvimento social da cidade – criação de novos postos de emprego, qualificação da força de trabalho, entre outras medidas.
Um raio-X do trabalho informal
Sem qualificação, muitos herdam a profissão dos pais
O estudo do impacto do trabalho degradado sobre a sociedade de Belém baseou-se em dados estatísticos coletados junto aos camelôs do centro da cidade. Os dados revelaram que há camelôs com idade superior a 50 anos, mas a maioria ainda é formada por jovens até 30 anos. Em torno de 70% estão na informalidade há mais de cinco anos. Grande parte dos camelôs acentua a importância de trabalhar com carteira assinada, mas a maioria nunca teve uma. Mais de 90% dos camelôs não pagam previdência. Em geral, não sabem responder como pretendem se aposentar. Trabalhadores com idade superior a 50 anos demonstraram vontade de trocar a informalidade por um trabalho protegido, mas falta-lhes oportunidade.
Estudo realizado pela Prefeitura de Belém afirma que cerca de 30% dos trabalhadores do mercado informal herdaram a profissão dos pais, o que desmistificaria a idéia do crescimento da informalidade em função da incapacidade do mercado absorver essa força de trabalho. Para Válber Pires, porém, é preciso considerar a questão da fatalidade social: “em geral, esses trabalhadores ganham muito pouco e não possuem condições de educar seus filhos, o que acaba os empurrando para a informalidade, como estratégia de sobrevivência”.
ESCOLARIDADE – A baixa escolaridade é bastante elevada entre os camelôs. Mais de 70% não possuem ensino médio e muitos não concluíram o ensino fundamental. Para o pesquisador, isso dificulta a saída desses trabalhadores da situação de informalidade, “principalmente porque Belém está passando por uma reorganização na forma de operacionalizar a sua economia. As empresas estão se organizando, se informatizando e exigindo qualificação”.
Segundo Válber, a questão dos camelôs em Belém é agravada por tratar-se de uma espécie de ponte entre o mundo do trabalho e o mundo do capital, “ao longo do tempo, a burguesia de lojistas se tornou vulnerável à expansão dos camelôs, que atuam como seus concorrentes, sem pagar impostos e oferecendo preços mais acessíveis”. Os camelôs contribuem também para tornar vulnerável a situação dos trabalhadores das lojas, mais de 90% dos lojistas entrevistados disseram que estão fechando suas lojas, altamente endividados, ou rebaixando os salários dos trabalhadores. “É uma situação de grande vulnerabilidade econômica”, finaliza.
Fonte:Jornal BEIRA DO RIO – UFPA.
sábado, novembro 29, 2008
Encastelados
1,99
Pacto
terça-feira, novembro 18, 2008
O Águia e a Galinha
segunda-feira, novembro 17, 2008
Controle Social na Sáude
quarta-feira, novembro 12, 2008
Estatizar é Preciso !
Pedras Mexidas
Leon, Leon...
Um tipo de pensamento comum entre a esquerda até hoje, principalmente entre as juventudes socialistas, trabalhistas, comunistas. Quem lê, se preocupa com a teorização da ação, com a reflexão estratégica resbuscada e não puramente empirista/instintiva é logo o "ponto-com", o "revolucionário deinternet" ou o "mauricinho revoltado". Estes, além de serem chacoteados como imprestáveis para a ação prática, são vistos com bastante preconceito pelo que essa linha de raciocínio considera como bons militantes: os "rala-bostas", aqueles jovens que, por questões de ordem sócio-econômica, ainda não puderam "ler os clássicos" , terem uma formação política melhor, possuem deficiências na educação formal e terminam sendo utilitariamente usados para carregar faixas e bandeiras e animar carreatas. O mundo estaria dividido entre os "formuladores" e "carregadores de piano".
Essa visão é estimulada, sobretudo, por dirigentes (ouburrocratas) juvenis que, com escassa capacidade intelectual, estimulam o preconceito contra a leitura, a formação política, a sofisticação da formulação da ação, para se manterem onde estão e até fazer uso do militante visto como mera "mão-de-obra".
Trecho do Trotsky: espírito ofensivo da juventude de Leopoldo Vieira no Blog Juventude em Pauta.
Ponto G da Questão
segunda-feira, novembro 03, 2008
A Juventude da Base Aliada
Uno?
Speak Slow
sexta-feira, outubro 31, 2008
Novos Rumos
Oxalá ou Quem Déra!
Déjà vu
Ao vencedor, os pepinos!
Por FRANCISCO SIDOU - Jornalista. (Texto Publicado no Blog do Espaço Aberto)
quarta-feira, outubro 29, 2008
Diretos do Consumidor
Recebemos por email algumas mensagens das quais não damos a devida atenção, mas agora resolvi socializar algumas que julguo serem direitos que não usurfluimos por puríssima falta de informação.
Taí pessoal !
*Correios
Se você tem por hábito utilizar os Correios, para enviar correspondência, observe que se enviar algo de pessoa física para pessoa física, num envelope leve, ou seja, que contenha duas folhas mais ou menos, para qualquer lugar/Estado, e bem abaixo do local onde coloca o CEP escrever a frase 'Carta Social', você pagará somente R$0,01 por ela. Isso está nas Normas afixadas nas agências dos correios, mas é claro que não está escrito em letras graúdas e nem facilmente visível. O preço que se paga pela mesma carta, caso não se escreva 'Carta Social', conforme explicado acima custará em torno de R$0,27 (a grama). Agora imaginem no Brasil inteiro,quantas pessoas desconhecem este fato e pagam valores indevidos por uma carta pessoal diariamente?
Exemplos:
Atenção: o número a ser acrescido deverá ser sempre o último número do telefone celular chamado !
Oito razões para a derrota de José Priante
MP pede quebra de sigilo bancário e fiscal do prefeito de Ananindeua
O blog recebeu o processo de número 0810605-68.2024.8.14.0000, que tramita no Tribunal de Justiça do Esado do Pará e se encontra em sigilo...
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