quinta-feira, janeiro 31, 2008

O Lobo e o Homem


do blog Hiroshi.


Há algo estranho, muito estranho, nas andanças do chefe de Gabinete do governo, João Cláudio Arroyo. O blog recebeu na noite de ontem e-mail de empresário de Belém, amigo de longas datas do poster, relatando que amigo dele, também conhecido empresário da capital, recebeu dois telefonemas de Arroyo comunicando-lhe que a governadora gostaria de conversar com ele.

Ao chegar no Palácio dos Despachos, o empresário foi comunicado que, infelizmente, naquele momento a governadora deixara seu gabinete para cumprir agenda de ultima hora, delegando a João Arroyo a missão de repassar ao iluestre convidado o motivo do encontro.

Estranhamente, para o empresário visitante, Cláudio Arroyo começou a falar de um projeto desenvolvido pela Chefia de Gabinete denominado “Economia Solidária”. Após alguns minutos destrinchando o tal programa, Arroyo disse que o governo, através dele, iria depois apresentar mais detalhes ao empresário sobre o projeto.

Terminada a reunião, e já na solidão noturna da cama acomodado num travesseiro, o empresário entregou-se a pensamentos.

Acha que tem coisa no Projeto Economia Solidária.

Coisa estranha, melhor dizendo.



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"Para a sociedade burguesa, a forma-mercadoria
do produto de trabalho é a sua forma económica celular".


Karl Marx, O Capital, Livro Primeiro.



Ei Hiroshi...quem disse que o empresariado - da velha economia de mercado - vê com bons olhos a economia solidária?

A primeira concentra, quer o lucro, emprega - mas suga e explora o trabalhador - ignora a divisão do lucro e acumula sem divisas ou limites o capital e depois - quando robusto - emprega-o na especulação e muitas das vezes, isso é preferido, pois dá mais lucro que a produção.

A Segunda - Solidária, embrionário em sua proposta e efetivação, mas não em sua origem teórica fundadora, faz o contraponto ao capitalismo, redefine os papéis administrativos, divide o poder, socializa o lucro e reemprega o capital na produção, tornando a economia nacional, fortalecida e dinâmica e faz a divisão de renda algo mais táctil.


Como seu leitor do blog, admiro que este continue tratando dos fatos que realmente são graves em nosso Estado - como vire e mexe é feito ao analisar, denunciar e faz isso bem feito! - mas supor que há em toda relação entre Estado e Iniciativa Privada um elo de corrupção é exagero retórico. Se for assim, o que esperava da reunião, o amigo do teu amigo leitor ?

Estaria ele frustrado por não ouvir as palavras "convênio sem licitação", "contrato" e "cooperação empresarial", como de praxes sempre ocorre(u) ??

Acho que o que ele estranhou foi a ausência disso!

E por falar no Arroyo, este há tempos estuda e desenvolve a temática Econômia Solidária, tanto na acadêmia, quanto onde atua profissionalmente, seja no Estado como na sociedade civil organizada e considera-se Socialista.

Assim pensa As Falas!

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