domingo, abril 20, 2008

O Inevitável - Parte II

A gestão/estilo Hélder não agrada a tod@s @s militantes petistas de Ananindeua - e poderia (?!) Lá o partido e suas tendências são fragmentados - como deve-se ser ou não (!?).

Aí mora a questionável transparência do processo: Quais serão as condições deste apoio e quais os espaços que serão "negociados" dentro do governo municipal? A militância estará à par do teor dos acordos?

Seja qual for a posição do partido, esta terá que ser disputada, argüida de propósitos, revelada na sua essência: Fração do poder municipal, apoio à base partidária para fortalecimento do partido - já que só que se fortalece são as lideranças e principalmente, mudança na relação com o PMDB, haja visto que o bob-filho em determinadas questões/situações é mais centralizador e egocêntrico que o bob-pai.

A Composição da engenharia política nacional visualiza as metrópoles prioritárias para os dois partidos - PT/PMDB e por conseqüência, pré-estabelecem os desdobramentos das eleições municipais para acúmulo de forças nas disputa estaduais e nacional de 2010.

Estratégia Estadual

Ana quer obviamente a reeleição. Paulo Rocha e outros do PT, junto com Jader, o Senado. Para tão poucas vagas e diversos pretensiosos é preciso negociar, ajustar, ceder, avançar e recuar. Portanto, ainda teremos muitos balões de ensaio e balanços no metiê desta valsa eleitoral.

A militância petista ainda não digeriu tanto poder ao antigo algoz, assim rotulado por quem hoje "acerta" e mantém a aliança que configura o PT como partido de Poder. Mesmo assim, acumula-se no interior das tendências, cada vez mais o sentimento de que agora não precisa-se do aliado para continuar e manter-se no palácio. É prudente então pensar que mesmo sendo executivo, o partido não é hegemônico no parlamento e deve acertar com a base aliada, cada vez mais enfraquecida, os passos a serem dados. Lula freia vez ou outra as exigências do partido e apodera os caciques do PMDB, tais como Sarney, Jader, Quércia, entre outros para justamente manter o equilíbrio que o torna mantenedor de apoios.

Não é de hoje que PT e PMDB se conversam para definir estratégias comuns, tanto no Estado como no País. Exemplo disso foi em 2001/2002 quando o campo majoritário que naquele momento era majoritário mesmo, tanto no diretório estadual, quanto no nacional e sua esmagadora maioria lhe permitia dar os rumos que entendesse ao PT, caso seguisse à risca a doutrina do centralismo democrático.

Pois bem, acontece que naquela altura, com a militância empolgada com a administração petista em diversas cidades e na capital do Estado, visualizou-se a 1ª chance real de tomar o poder pelas vias democráticas e aí entrou em campo a Democracia Socialista - de Ana Júlia & Cia - dispostos à frear a aventura pró-direita que inclinava-se para a aliança com Jader para consolidar Maria do Carmo - PT/Santarém - como a 1ª governadora do Pará. Conseguiram! Não por maioria, mas por pressão, ameaças e outros recursos retóricos de que a história do partido e blá, blá, blá e tais...

Com a saída de Charles Alcântara da Casa Civil, modela-se um novo perfil para a gestão do governo e a arquitetura das eleições no interior altera-se. Como a vitória e demonstração de força do campo majoritário que preside o PT no Estado e agora na capital, não poderia deixar de concorrer ao pedaço do queijo, deveria?

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