A manchete da versão on line de um dos maiores jornais da região norte, indica a verdadeira face do ataque de indígenas contra um representante do Estado brasileiro: A retaliação pelos séculos de descaso, humilhação e extinção de seus pares.
Indícios de negligência foram as causas do ataque ao engenheiro em Altamira. Ou seja o jornal errou acertando.
As Falas aproveita e concorda com a fala a advogada da Mary Cohen sobre o pano de fundo da questão.
Longe de querer defender o ato, que sob todos os aspectos é condenável e merece ser apurado, o que aliás já está sendo feito pela Polícia Federal, não podemos deixar de enfrentar o debate e as questões que estão por trás da teimosia do governo federal em querer construir, a qualquer custo, uma usina hidrelétrica de mais de 7 bilhões num rio que os técnicos do MPF já constataram, só terá capacidade de gerar a energia propalada pelo governo, em três ou quatro meses no ano, enquanto que a devastação da região e do povo que nela habita será para sempre.
Os estudos do impacto ambiental, por autorização judicial, serão feitos por empresas contratadas pelas empreiteiras que realizarão a obra, o que significa dizer que se colocará a raposa para tomar conta do galinheiro. Qual a credibilidade desses estudos?
E o resultado a ser obtido? Se os custos tão altos prevêem o fornecimento de energia para o ano todo, significa que estamos jogando dinheiro (nosso dinheiro, por sinal) fora, pois o rio Xingu só tem capacidade para gerar a energia desejava em três ou quatro meses no ano? Será então mais um elefante branco no meio da Amazônia, e daqui a vinte anos talvez tenhamos notícia do que realmente aconteceu nos bastidores envolvendo tão vultosa quantia...
O governo precisa debater essas questões com o povo da Amazônia e nós, paraenses, precisamos ser firmes na exigência de respostas convincentes.
Mary Cohen, presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB.
Indícios de negligência foram as causas do ataque ao engenheiro em Altamira. Ou seja o jornal errou acertando.
As Falas aproveita e concorda com a fala a advogada da Mary Cohen sobre o pano de fundo da questão.
Longe de querer defender o ato, que sob todos os aspectos é condenável e merece ser apurado, o que aliás já está sendo feito pela Polícia Federal, não podemos deixar de enfrentar o debate e as questões que estão por trás da teimosia do governo federal em querer construir, a qualquer custo, uma usina hidrelétrica de mais de 7 bilhões num rio que os técnicos do MPF já constataram, só terá capacidade de gerar a energia propalada pelo governo, em três ou quatro meses no ano, enquanto que a devastação da região e do povo que nela habita será para sempre.
Os estudos do impacto ambiental, por autorização judicial, serão feitos por empresas contratadas pelas empreiteiras que realizarão a obra, o que significa dizer que se colocará a raposa para tomar conta do galinheiro. Qual a credibilidade desses estudos?
E o resultado a ser obtido? Se os custos tão altos prevêem o fornecimento de energia para o ano todo, significa que estamos jogando dinheiro (nosso dinheiro, por sinal) fora, pois o rio Xingu só tem capacidade para gerar a energia desejava em três ou quatro meses no ano? Será então mais um elefante branco no meio da Amazônia, e daqui a vinte anos talvez tenhamos notícia do que realmente aconteceu nos bastidores envolvendo tão vultosa quantia...
O governo precisa debater essas questões com o povo da Amazônia e nós, paraenses, precisamos ser firmes na exigência de respostas convincentes.
Mary Cohen, presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB.
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