Degeneração - (do quinta emenda)
A família Sefer chega à terceira geração de canalhices públicas e privadas.
Começou com o pai, um medíocre quarto zagueiro do Olaria, guindado a diretor da antiga FCAP e, depois, a superintendente da SUDAM, pelas mãos de Jarbas Passarinho.
Uma vez Passarinho desafiou Lúcio Flávio Pinto a apontar algum corrupto na sua entourage. Lúcio não titubeou e apontou Sefer. Passarinho calou o bico, constrangido. Tempos depois Lúcio e Elias Sefer se encontraram e o truculento superintendente interpelou Lúcio, quase indo às vias de fato com ele.
Em 1989, durante a Constituinte Estadual, o então deputado estadual Ronaldo Passarinho dizia que Jarbas - e ele próprio, Ronaldo - se arrependera de ter apadrinhado Elias.
Como quem sai aos seus não degenera, o filho deputado estadual é um aperfeiçoamento - da degradação - do pai. Muito mais bem sucedido, aliás. Os negócios da família melhoraram muito depois do fim do jarbismo.
A democracia fez bem para a família Sefer.
Agora, é o neto, filho do deputado, que já se inicia nas safadezas. Privadas, por enquanto.
O grande problema para a família Sefer é que o mau passo do deputado põe em risco os negócios milionários em que ele se meteu e se deu bem, em uma área sensível e essencial, que é a saúde pública. Por isso o desespero que toma conta da família.
Isso explica a ameaça telefônica do patriarca e um gesto recente de outro membro da família. Ana Amélia Sefer de Figueiredo, que já foi Secretária de Estado no governo Jatene- de Justiça, imagine - pediu uma audiência para a Irmã Henriqueta. Obteve. Constrangida e cheia de dedos - ou pelo menos parecendo constrangida - disse à Irmã que a família tinha todo o interesse em investigar e descobrir quem tinha feito a ameaça usando o telefone do patriarca. A Irmã, com a admirável firmeza dos crentes e dos missionários disse-lhe o que ela precisava ouvir: que está interessada na justiça e que não vai se intimidar.
Dia após dia, desmonta o castelo de corrupção, truculência e perversões sexuais da família Sefer.
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