- Eu sei que o diretor-geral do Dnit, Luiz Antonio Pagot, tem aqui uma amizade muito forte. Se esta CPI for arquivada de novo, eu quero dizer que não acredito mais neste país. Eu quero dizer: Pagot, tu tens muita força, pode roubar. Rouba, Pagot, porque neste país todo mundo pode.
Essa forma aí em cima é o jeito acabraiado do senador Mário Couto (PSDB) representar o Pará no plenário do Congresso. Sempre dando murros no púlpito, teatralmente insinuando ser gente do bem. Quem não o conhece, termina comprando-o como se assim fosse mesmo.
Nem bem completaram quatro anos de mandato, já virou folclore no meio do Circo.
Há distâncias, sim, oceânicas, a separar estilos e personalidades dos nomes disponibilizados pelo PSDB à disputa da chapa para o governo do Estado.
De um lado, o jeito-cidadão de Jatene, educado, conciliador, articulado com sua biografia acadêmica.
Na outra ponta, o falso moralismo, o coronel dos campos e vendedor de ilusões mesquinhas do Tapiocouto.
Só que agora, e isso pesa, sim, estaremos todos de olho nele, contando às comunidades quem é essa figura perigosa e arcaica. Terrivelmente incompatível com os novos tempos.
O raso conteúdo de Mário Couto não o credencia a ser nem fiscal de esquina em Castelos dos Sonhos, terra que pariu o terrível “Rambo” das matas paroaras.
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