Viemos de um tempo recente
Tempo de indignação e coca-cola
Barricadas eram feitas
Em plena metrópole amazônica
Uma Paris juvenil sem revolução
O tom era de reivindicações
Assumimos o poder e fomos gestores
Sentimos o desafio da administração pública
Negociamos com empresários
Barramos greves
Mas voltamos à incentivá-las
Carregamos os ideais socialistas
quando o a ordem era neo-liberar
Nossa geração foi mais light
As armas eram outras
Mas conhecemos a nossa história
A luta de classe foi nosso vetor
Lemos Marx, Proudhon, Mayakovsky e deles
devergíamos nos bares
como se deles incorporados estivéssemos
Nosso tempo nos consumiu
Mas de forma prazerosa
Angustia era saber da fome
mesmo não sentindo-a
No entanto, em nenhum desse momentos
Nunca ou quase nunca
titubeamos perante a luta
Seja ela com quem fosse
e é isso que nos faz marcar a vida
E sermos para sempre lembrados
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