quarta-feira, dezembro 22, 2010

O lobby fracassado e a nova Ministra da Cultura


Nem bem terminavámos de comemorar a vitória de Dilma e os atuais gestores do MINC, começaram um forte e intenso trabalho extra-oficial fazendo circular nas redes sociais e emails em diversos grupos de debates na área cultural, o Movimento intitulado "Fica Juca", numa clara intensão de pressionar a nova presidenta a manter o atual Ministro Juca Ferreira à frente do Ministério da Cultura.

Até mesmo Gilberto Gil (ex-ministro da Cultura) chegou a declarar apoio à idéia, afirmando: "O Juca é um belo ministro. Foi meu secretário executivo, estabeleceu comigo uma série de linhas de ação novas no Ministério da Cultura, fortaleceu a pasta e faz um belo trabalho. Tem todos os requisitos para se manter na equipe”

Gil, Juca e a equipe que há oito anos desenvolveram uma nova cara para a política cultural do país,  já deviam saber que mesmo com toda a positividade na gestão do Ministério da Cultura no governo Lula, havia uma flagilidade colocada, o que deve ter justificado a ofensiva campanha de manutenção da pasta, através  de um lobby desproporcional e inconveniente como chegaram a declarar em off alguns petistas da área cultural . Para quem está seguro de ter cumprido seu papel, o Juca exagerou, me declarou um dirigente petista ligado à Setorial de Cultura do PT. Um silêncio revelador era "falado" em todas minhas tentativas em indagar vários quadros do partido sobre o tal "movimento", inclusive a atual Secretária Nacional de Cultura do PT, Morgana Eliene, do PT-RJ.

O silêncio me ajudavam a qualificar minhas dúvidas sobre a permanência de Juca  que para mim estava mesmo em cheque e as listas de apoio ao "Fica Juca" crescendo e nada de anúncio, tava claro que outro nome estava sendo pensado.


Juca e o PV.

Juca Ferreira, logo  após o anúncio de que o PV lançaria Marina Silva como candidata à presidência, tratou de licenciar-se do PV da Bahia, onde é filiado para dar total apoio à Dilma durante a campanha.

Segundo o vice-presidente nacional do PV, Alfredo Sirkis, a volta de Juca Ferreira ao PV é tida como problemática. 

"O Juca deveria ter entregado o cargo no momento que decidimos lançar a candidatura de Marina. Ele não é mais um problema do PV”, disse Sirkis ainda em Novembro.

Abaixo, trago a postagem no blog da Secretaria de Cultura do PT-RJ, que destaca a vida profissional e política da nova Ministra da Cultura, Ana de Hollanda.




Do Blog da Secretaria de Cultura do PT/RJ.

Ana de Hollanda - filha de Maria Amélia e Sérgio Buarque de Hollanda - irmã de Chico, Miucha e Cristina. Nasceu em São Paulo em 12/08/1948, é cantora, compositora e gestora cultural reconhecida no país por sua atuação em diversos órgãos públicos, entre estes a Funarte e o MIS (Museu da Imagem e do Som), no Rio de Janeiro.

Como gestora na área pública, esteve a frente do Setor de Música e de vários projetos nacionais e internacionais no Centro Cultural São Paulo, da Secretaria de Cultura da capital paulista, nos anos 80.

Foi secretária de cultura de Osasco/SP entre 1986 e 1988. Em âmbito nacional, foi diretora da Funarte entre 2003 e 2007, tendo sido responsável pelas políticas e atividades da área no Ministério da Cultura. Foi nesta função que reativou o consagrado Projeto Pixinguinha, levando-o a todos os estados e regiões do país. Também conduziu o Projeto Orquestras, o Projeto de Circulação de Música de Concerto, o projeto Concertos Didáticos, o Programa Nacional de Bandas, o projeto Painéis de Bandas de Música, o Pauta Funarte de Música Brasileira e a XV e XVI Bienais de Música Brasileira Contemporânea, no Rio.

Também na Funarte coordenou o processo de criação da Câmara Setorial de Música e apoiou diversos festivais, feiras, encontros e mostras de música em todas as regiões brasileiras e organizou a caravana do Projeto Pixinguinha para o Ano do Brasil na França, em 2006.

Desde 2007, é vice-Presidente do Museu da Imagem e do Som, da Secretaria de Cultura do Estado do Rio de Janeiro.

Carreira artística

Ana de Hollanda também seguiu a carreira artística, que corre nas veias da família. Como cantora e compositora profissional, ela tem quatro discos e interpretações em diversas obras coletivas, além de várias obras suas gravadas por outras cantoras.

Entre 2001 e 2003, a partir de sua ideia original, trabalhou na produção executiva e na pesquisa do documentário “RAÍZES DO BRASIL – Uma Cinebiografia de Sérgio Buarque de Hollanda”.
 

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