| Flexa Ribeiro: "Mesmo se me filiar ao PSD, continuarei na oposição construtiva" (Moreira Mariz/Agência Senado) | 
No site da Veja
Sigla, que sai do papel após decisão do TSE, precisa agora de três senadores para formar bancada e conseguir vantagens administrativas. By Luciana Marques.
O senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) pode ser o terceiro senador a  integrar os quadros do PSD, ao lado de Kátia Abreu (TO) e Sérgio Petecão  (AC). O tucano conversou nos últimos dias com o prefeito de São Paulo,  Gilberto Kassab, sobre a provável filiação e deve tomar uma decisão até  segunda-feira. Ribeiro pretende disputar a prefeitura de Belém em 2012 –  o nome do deputado Zenaldo Coutinho (PSDB-PA) também é ventilado para  concorrer ao cargo.
  “Estou fazendo uma avaliação política do processo. Mesmo se me filiar  ao PSD, continuarei na oposição construtiva. O Kassab me garantiu que o  partido será independente, então votarei a favor dos projetos do governo  se forem de interesse da nação”, afirmou o senador ao site de VEJA. O  regimento do Senado exige o mínimo de três senadores para a formação de  uma bancada partidária – motivo pelo qual o PSD está cortejando alguns  senadores. Além de Flexa Ribeiro, a legenda espera convencer o senador  Jayme Campos (DEM-PA) a migrar para a nova sigla. O democrata, no  entanto, não sinalizou que vá migrar para o PSD até agora. 
Espaço - Se conseguir formar uma bancada, o PSD  garantirá mais espaço, não só político, mas físico no Senado. Ou seja,  vai pedir gabinetes extras para reuniões. O DEM, contudo, diz que não  vai ceder seu espaço ao novo partido, apesar da perda de parlamentares  ao PSD. “Não tem o que discutir. Não houve nenhuma eleição agora, então é  evidente que devemos manter o espaço”, afirmou o presidente do DEM, o  senador Agripino Maia (RN).  
  O senador Sérgio Petecão, um dos fundadores do PSD, criticou a postura  do Democratas: “Será que o DEM não vai se aquietar? Quem é o DEM para  dar ordens? Eles vão lutar pelo espaço deles e, nós, pelo nosso”. Além  do gabinete da liderança, a bancada tem outras vantagens  administrativas, como funcionários comissionados, cota de telefone e um  carro. Tudo custeado pelo erário.
DEM – Para evitar desgastes, o DEM decidiu não recorrer da decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que concedeu registro ao PSD na noite de terça-feira.  “Decisão de justiça é decisão de justiça. O assunto está encerrado”,  disse Agripino. O DEM foi o partido que mais saiu prejudicado com a  criação do PSD: pelo menos quinze políticos deixaram a legenda. Logo  após o julgamento do TSE, o partido anunciou que iria à Justiça.
  Na avaliação do cientista político da Universidade Federal do Rio de  Janeiro (UFRJ) Francisco Carlos Teixeira, a situação do Democratas tende  a piorar. “Todos aqueles que ficaram com medo de aderir ao PSD com medo  dele não dar certo agora vão correr, provocando uma sangria no DEM.  Acho lamentável a direita perder voz no cenário brasileiro. Temos visto a  direita se diluindo no adesismo ao governo”, avaliou. 
   Teixeira também criticou a postura do PSD, que depois de dizer que não é de direita, nem de esquerda, agora afirma ser de centro. “A  legenda não tem nenhuma identidade, é apenas um procedimento  eleitoreiro. O partido viabiliza a carreira política de quem não está à  vontade em seus partidos. É uma forma também de receber favores do  governo federal”, declarou. 
 
 
 
 
 
 
Nenhum comentário:
Postar um comentário