No Barão de Itararé.
Na tarde desta segunda-feia, 22/08, em Belém, aconteceu o primeiro
encontro para fundar o núcleo paraense do Centro de Estudos da Mídia
Alternativa Barão de Itararé. O Centro irá somar-se a outras entidades e
movimentos sociais que lutam pela democratização da comunicação,
visando conquistar maior pluralidade e diversidade informativa e
cultural no país.
Entre outros objetivos, ele concentrará as suas atividades em cinco
eixos centrais: Contribuir na ampliação da militância na luta pela
democratização da comunicação; Fortalecer os fóruns existentes e
incentivar novos espaços de atuação; Reforçar as mídias alternativas,
comunitárias e públicas; Investir na formação dos novos comunicadores.
Aprofundar os estudos sobre o papel da mídia na atualidade.
Na
ocasião estava presente Sônia Corrêa, gaúcha, representando a direção
nacional do Barão de Itararé, que falou da concentração da mídia no
Brasil nas mãos de poucas famílias no país, com poder econômico,
ideológico e com a manipulação de informações, forjando comportamentos.
Dizendo que, em contraponto a isso, os avanços tecnológicos acabam
abrindo brechas para um afrontamento ao modelo midiático padrão, embora
tenham pesos completamente diferentes, mas vão fazendo aberturas que
começam a incomodar.
Para Sônia, surgem questionamentos sociais a essa mídia que detém os
monopólios e as concessões de comunicação através da produção midiática
que tornou-se muito intensa por ser acessível e prática com novas
ferramentas tecnológicas e que a implantação de um núcleo de práticas
estimuladas pelo Centro podem fortalecer os eixos centrais.
A luta pela democratização da comunicação passou a ser encarada como
um esforço que deve ser permanente, como uma atitude a ser despertada
nos cidadãos, estimulada na sociedade.
Sônia Corrêa diz que é preciso reforçar a ideia de que o Brasil
precisa de uma nova Lei da Mídia, pois o país não pode continuar refém
dos monopólios que, além de manipular informações, ainda provocam
alienação e invisibilidade do povo brasileiro. É por isso que a
regionalização da produção é um dos eixos centrais do Projeto de Lei de iniciativa popular da Mídia Democrática, lançado pela campanha "Para Expressar a Liberdade", uma iniciativa do FNDC.
Nesta terça-feira, 23, 15h, na sede da OAB.Pa, terá o lançamento do
Fórum Paraense pela Democratização da Comunicação e participarão Orlando
Guilhon pelo FNDC, Sônia Corrêa, pelo Barão de Itararé, OAB/PA, CUT,
CTB, Portal Vermelho, Sindicato dos Jornalistas, PPL, PCdoB, PT e Psol e
Revista PZZ.
O comitê estadual do FNDC - Fórum Nacional pela Democratização da
Comunicação regionaliza a organização vital da luta para que se
democratize a comunicação no país, no Pará. A regionalização da
programação da rádio e TV, além do incentivo à produção independente,
sempre esteve na pauta do movimento pela democratização da comunicação.
Carlos Pará é editor da Revista PZZ.
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