A apuração de uma urna do processo eleitoral para escolha da nova direção do DCE da UFPA, acabou com pancadaria e três estudantes universitárias acabaram agredidas por um dirigente do PSOL - Partido Socialismo e Liberdade. Uma delas levou um soco no rosto e outras duas que ficaram machucadas, por conta de empurrões que levaram do agressor.
O caso foi registrado com ocorrência policial e todas já fizeram exame de corpo delito e o acusado pode ter a comissão de ética do partido, pelo qual saiu candidato a senador do Estado do Pará nas eleições de 2014.
Ao contrário do que muitos comentários que circulam nas redes sociais, o caso não se enquadram na lei Maria da Penha, haja vista, que não se trata de violência doméstica, tal como prevê a legislação brasileira.
Após o acontecido, o Levante Popular, organização estudantil que encabeça a chapa, da qual pertence a estudante vítima da agressão, emitiu uma nota de repúdio e denunciou que a prática violenta se equipara ao comportamento do partido durante todo o processo eleitoral e cobra que o PSOL se manifeste publicamente sobre o ocorrido e que as devidas providências sejam tomadas.
Até o fechamento desta postagem, nenhum dirigente do PSOL se manifestou sobre o ocorrido, nem mesmo de Edmilson Rodrigues, deputado federal do mesmo partido do agressor, que sempre se utiliza de suas redes sociais para repudiar casos de agressões a trabalhadores e violações contra setores populares da sociedade.
Fique com a nota publica no perfil do Facebook de Pedro Maia e voltamos logo em seguida.
Companheiras e companheiros, eu, Pedro Maia, sou militante social e político a mais de 20 anos. Ao longo a minha vida militante, nunca me envolvi em casos de agressão, machismo, opressão seja qualquer que seja para com mulheres. Acredito e sempre acreditei na luta das mulheres como primordial para a luta de transformação da sociedade.
Estive na noite de ontem na apuração da eleição ao diretório central dos estudantes da ufpa para apoiar os companheiros da juventude. Durante a apuração, o grau de tensionamento estrapolou os limites políticos acabando por fim chegando a agressão física. Houve um tumulto, ao qual intervi e acabei recebendo um soco de um companheiro homem de outra organização. Ao reagir a essa agressão, tentei revidar no mesmo companheiro homem, o que infelizmente, acabei por agredir uma companheira mulher, de forma não intencional.
O fato de não ter sido intencional, não retira minha responsabilidade com o ocorrido. E a partir disso faço minha auto critica e peço desculpas publicas a companheira. Fico a disposição para quaisquer esclarecimentos e apoio a companheira.
Quando os mecanismos políticos de disputa se esvaziam no ambiente de violência e agressão física, todos temos responsabilidade sobre ele. E por isso, não me eximo da culpa para com o caso.
Por isso, reitero minhas desculpas a companheira e ao conjunto das mulheres que lutam cotidianamente contra as ações machistas que ocorrem na sociedade.
Na opinião deste blog, o "Pedrinho" tal como todos o conhecem é notoriamente um militante de esquerda, presente nas lutas sociais encampadas na capital do Estado do Pará. Com uma eloquência ácida, fez escola com o Babá, deputado petista reconhecido por sua contundência nos debates políticos da década de 80 e 90. Hoje ambos estão no PSOL e Pedrinho concorreu ao cargo de senador do Estado do Pará e defende com veemência as bandeiras do anti-machismo entre outras. No entanto, sua presença naquela apuração da eleição do DCE, por mais que legal, não se justifica, já que ele não é estudante, professor e nem funcionário da UFPA, na qual ocorreu a eleição.
A possibilidade do PSOL puni-lo é quase nula, mas o caso já repercute negativamente nas redes sociais e debates internos de vários partidos, principalmente de esquerda. A moça que o blog prefere não revelar ainda o nome, é ligada a SPDDH-PA - Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos no Pará e está muito abalada com tudo que aconteceu na madrugada desta quinta-feira.
A apuração das urnas restantes da eleição do DCE/UFPA continua nesta noite e espera-se que o bom senso dessa vez seja vitorioso.
Não sou do PSOL, uma eleição do movimento estudantil, não é uma eleição corporativa que deva ser assistida só por estudantes. Ela interessa a sociedade, em especial quando os concorentes tem uma visão politica que não se limita ao Campus. Logo é perfeitamente cabível que cidadãos e cidadãs que tenham visões politicas diferenciadas assistam a contagem dos votos. Assim como acontece nas eleições supervisionadas pela Justiça Eleitoral. Acho que os concorrente da chapa contraria ao militante do PSOL não poderiam impedir a sua presença. Não são democráticos? Acho que as desculpas devem ser aceitas. E uma autocritica conjunta deve ser feita. Viva a democracia.dos trabalhadores.......
ResponderExcluirUma vergonha ao PSOL, uma vergonha a toda a sociedade... Palavras escritas bonitinhas, enfeitada, com desculpas até o adilon em Parauapebas faz. Mas não quer fizer que deixou de estar errado.
ResponderExcluirPor isso que a melhor escolha é a chapa apartidária do certame. Chapa 3.
ResponderExcluirQuem disse que impediram dele participar? Mas , impediram de entrar na sala onde a comissão eleitoral estava analisando a urna, que a chama 6 dizia está fraudada.
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