Via Bancários-PA.
A categoria bancária sente na pele diariamente o que são as péssimas condições de trabalho nas agências bancárias. O descaso dos bancos é ainda maior no interior do Pará e como a ‘boa vontade’ das instituições financeiras demora a acontecer o Sindicato tem buscado outros aliados para aumentar a cobrança por tais melhorias aguardadas há anos por muitos bancários estado afora.
Na última sexta-feira (4) o Sindicato foi até à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Pará e apresentou várias denúncias ao novo superintendente, Miriquinho Batista.
“Focamos principalmente as agências bancárias no interior do Pará, em que há um descompasso ainda maior entre a demanda de atendimento e o número de empregados, além de algumas agências com estrutura físicas totalmente deterioradas. Realidade essa que vimos na maioria das unidades que visitamos durante nossas Caravanas Bancárias”, destaca a presidenta do Sindicato, Rosalina Amorim.
Outro problema apresentado durante a reunião foi sobre a extrapolação da jornada de trabalho, consequência da escassez de bancário x demanda, e as constantes fraudes nos registros da jornada.
“Esses dois graves fatores influenciam e prejudicam e muito a saúde do trabalhador, não é a toa que esses são a segunda maior causa de afastamento de bancários para tratamento de doenças relacionadas ao trabalho que atendemos no Sindicato”, afirma a dirigente sindical, Tatiana Oliveira.
O Sindicato também protocolou quatro denúncias sobre condições de trabalho nas agências bancárias e ainda irá encaminhar à SRTE vários outros ofícios relatando outros graves problemas que a categoria enfrenta no estado.
O órgão se comprometeu em mediar as reuniões com os bancos denunciados pelo Sindicato para que as instituições firmem compromissos com prazos a serem cumpridos até a solução dos problemas relatados. Segundo a Secretaria Regional caso não se chegue a um acordo nessas reuniões ou os prazos não sejam realizados, a SRTE irá realizar fiscalizações in loco sob pena de multas e outras punições.
Seguro-defeso – O período de pagamento do seguro-defeso aos pescados também foi pautado no encontro. O Sindicato pediu à Superintendência que convoque a entidade e a Caixa, com participação da SRTE, para uma reunião que possa discutir o planejamento nas liberações do benefício.
“Não queremos mais que cenas que presenciamos em Cametá se repitam lá e em outras agências da Caixa, por questões de segurança dos bancários e beneficiários e principalmente em respeito à jornada da categoria que deve ser de no máximo seis horas por dia. As horas extras são exceção e quando ocorrem devem ser devidamente registradas e pagas”, ressalta o diretor do Sindicato, Heider Alberto.
Mais combate à precarização – Outro compromisso firmado durante a reunião em uma sugestão apresentada pela Superintendência foi a criação de um Conselho Estadual que reúna além da SRTE, representantes de sindicatos, centrais sindicais e empresariado para que juntos possam discutir e propor medidas de combate à precarização do trabalho. A intenção é criar o Conselho até o final do mês e depois de constituído seja estabelecido um espaço de diálogo permanente entre os membros.
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