Jair Bolsonaro disse que Brasil vai dar asilo a quem quiser ficar. |
Via Portal R7
O presidente eleito disse que o médico cubano que desejar ficar no Brasil, receberá asilo político
Ao anunciar que estava largando o programa Mais Médicos, o Ministério da Saúde Pública de Cuba pode ter imaginado que estaria dando um golpe fulminante no próximo governo brasileiro. Afinal, de uma hora para outra, sem previsão, 8.332 profissionais cubanos serão obrigados a deixar mais de 24 milhões de brasileiros sem assistência médica. Só, em São Paulo, são 8,5 milhões.
Desses limões enviados por Cuba, no entanto, Jair Bolsonaro pode ter encontrado a receita para uma suculenta limonada.
"Temos que dar o asilo às pessoas que queiram. Não podemos continuar ameaçando como foram ameaçadas no governo passado. Se eu for presidente (sic), o cubano que quiser pedir asilo aqui, vai ter", disse o sucessor de Michel Temer.
Em português claro: ao propor acolhimento institucional ao profissional que deseja ficar, Bolsonaro pode ter aberto uma fenda de proporções oceânicas na política cubana.
Uma conta importante: o Brasil gasta, por mês, R$ 95.984.640,00 com os cubanos. Dessa grana, R$ 70.988.640,00 ficam para o governo do presidente Miguel Díaz-Canel. Ou seja, mais de R$ 850 milhões anuais.
Além de perder essa dinheirama, os herdeiros de Fidel Castro ainda correm o risco de passar pelo constrangimento de terem muitos médicos abandonando as regalias e encantos do regime socialista.
De qualquer modo, Cuba pode retaliar, impondo restrições à saída dos familiares. Mas, aí, criaria uma monumental crise humanitária. Resumo dessa rumba: Bolsonaro pode ter dado uma rasteira em Cuba.
Nenhum comentário:
Postar um comentário