Por Diógenes Brandão
A cada dia que passa, aumenta o número de mensagens que circulam com denúncias envolvendo nomes de policiais paraenses, com mandatos parlamentares, supostamente envolvidos com organizações criminosas: As chamadas milícias.
Há tempos que dois vereadores de Belém e um deputado federal são citados em inúmeras mensagens nas redes sociais, mas que se intensificam a partir de cada nova chacina, como a que ocorreu no último domingo, 19, quando 11 pessoas foram assassinadas com tiros a queima-roupa - a maioria na cabeça - em um bar no bairro do Guamá, em Belém do Pará. Até agora ninguém foi preso e apesar das inúmeras reuniões nos gabinetes do governo do Estado, não se tem informações sequer dos suspeitos da tragédia que mudou a vida de diversas famílias.
Diante do caos, já não se sabe o que é verdade ou mentira no meio de tantas mensagens, que seguem sendo espalhas, sem apuração e nenhum posicionamento dos órgãos de segurança estaduais e federais.
Para piorar, a imprensa paraense dá sinais de que se impôs uma auto-censura para não desagradar os novos governantes, que com suas verbas publicitárias, alimentam os veículos de imprensa tradicionais e alguns blogs, que por sua vez acabam mantendo certo alinhamento político e evitam desagradar quem está no poder e por isso, preferem não noticiar o verdadeiro clima de insegurança, a cada dia mais aterrorizante e ameaçador.
O Pará e o Brasil precisam de paz, transparência e governantes capazes de enfrentar as dificuldade sociais e ameaças de forças que agem na escuridão e na ilegalidade, sem titubear ou proteger este ou aquele aliado político, caso se comprove envolvimento com o crime, pois o que está em risco não é apenas a vida de policiais e criminosos, mas a segurança de todos os cidadãos e o respeito às instituições, coisas que há tempos não se tem.
Embora saibamos que a maioria dos policiais não concorda com a existência de criminosos entre os que usam a honram suas fardas, aquela minoria que suja a corporação, quase nunca são denunciados pelos que a respeitam.
Do outro lado, a queixa de prisões de policiais aumenta por parte de quem se elegeu com votos da categoria, que em uma falsa ideia de defesa, acabam servindo para justificar a impunidade e criticar a justiça militar, quando algum mal policial precisa ser retirado do meio do cesto, para não contaminar os demais.
Em meio a tudo isso, a morte de policiais e agentes de segurança nos fazem reviver um clima de guerra instalada, onde as armas destes profissionais acaba sendo o principal alvo dos criminosos, cada vez mais ousados e destemidos.
Já o governador Helder Barbalho, embora seja muito midiático e venha gastando uma fortuna com anúncios na imprensa, sobretudo no seu jornal e demais veículos de comunicação, dá sinais de que colhe o que plantou, quando prometeu resolver os problemas e que com sua baladeira mirava o governo que o antecedeu. Agora que virou vidraça, se esquiva das críticas que não consegue responder, revelando-se frágil e incapaz de atender as expectativas que criou na população, nestes 140 dias em que está no comando do Estado.
Pelo menos está tentando, ao contrário do salafrário do jatene que não estava nem aí.
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