Na propaganda institucional é uma coisa, porém, a história é outra.
Via SINTEPP
Nós que somos servidores públicos da educação, desde o acesso aos nossos locais de trabalho somos obrigados a conviver com o descaso do poder público em relação à educação brasileira, seja na infraestrutura das escolas, no quadro de pessoal, no investimento da qualificação profissional e até mesmo nos gastos com responsabilidade social dos recursos destinados a manutenção da educação básica.
Ao retornarmos às aulas no segundo semestre, nos deparamos com mais uma novidade em algumas das escolas da rede estadual: FAROFA DE OVO E ÁGUA SERVIDAS NA MERENDA ESCOLAR.
Não precisamos ser nenhum expert em nutrição para sabermos que a alimentação escolar oferecida está longe de ser uma alimentação de qualidade e menos ainda quando se pensa no desenvolvimento de boas práticas alimentares no cotidiano dos alunos.
A indignação não é pura e simplesmente por conta da farofa de ovo, mas pela mentira deslavada do governo Helder Barbalho quando em horário nobre veicula uma propaganda farsante que não reflete a realidade da escola, onde aparecem alguns alunos em uma escola bem equipada, comendo uma alimentação escolar dos sonhos de qualquer aluno da rede pública estadual.
A repulsa ao descaramento do governo Helder fica maior quando verificamos que o governo estadual recebeu de fevereiro a agosto deste ano um montante de quase 7 milhões de reais do FNDE (sem contabilizar a contrapartida do governo) para a aquisição da merenda escolar.
Se faz necessário um posicionamento do governo Helder Barbalho no sentido de esclarecer se a farofa de ovo está fazendo parte do cardápio da alimentação escolar, qual a sua contribuição nutricional, de que forma uma alimentação de baixa qualidade vai favorecer a permanência dos estudantes nas escolas e consequentemente se vai subsidiar a melhoria do desempenho escolar da rede estadual?
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