Por Diógenes Brandão
A matéria DEMISSÃO EM MASSA, publicada pela Roma News, revelou um provável esquema de contratação de funcionários apontados por apadrinhados políticos do governador Helder Barbalho.
Segundo denúncia que chegou ao blog nesta tarde de terça-feira, 10, centenas de servidores temporários, que acreditaram, se inscreveram e participaram do processo seletivo iniciado em Agosto, para preencherem as vagas ofertadas pelo hospital Abelardo Santos, foram admitidos em Setembro e agora estão sendo demitidos em massa, sem nenhuma explicação cabível.
O motivo, segundo a fonte, um médico concursado do estado - que por motivos óbvios pediu para não ser identificado - é a troca destes servidores selecionados via Processo Seletivo Simplificado - o que por sí só, já é uma aberração, pois descarta o concurso público e precariza a contratação - por indicações políticas de deputados e até figurões do judiciário paraense.
O motivo, segundo a fonte, um médico concursado do estado - que por motivos óbvios pediu para não ser identificado - é a troca destes servidores selecionados via Processo Seletivo Simplificado - o que por sí só, já é uma aberração, pois descarta o concurso público e precariza a contratação - por indicações políticas de deputados e até figurões do judiciário paraense.
Se confirmada a veracidade do caso, a gravidade deste tipo de contrato deve ser investigada e punida pelos órgãos competentes, como o Ministério Público.
O blog está em campo apurando a denúncia e investigando as novas contratações que substituem os funcionários que já estavam se adaptando ao trabalho no hospital Abelardo Santos, inaugurado duas vezes em menos de um ano e que até hoje possui dois andares desativados e sem uso.
Leia a matéria Demissão em Massa, do portal Roma News:
Uma funcionária do Hospital Abelardo Santos, em Icoaraci, afirmou que 270 servidores foram demitidos da unidade de saúde na última semana. A técnica em enfermagem não quis se idenficar e disse que diariamente 20 ou 30 pessoas eram demitidas.
Em entrevista ao portal Roma News, a funcionária afirmou que não houve sequer aviso prévio. "Fui demitida no final da tarde desta segunda-feira, 9. Eles não avisaram nada.
Eu e um enfermeiros fomos ao departamento de Recursos Humanos (RH) para assinar o contracheque e fomos informados que o nosso período de experiência de três meses havia terminado e que estávamos demitidos", desabafou a servidora que exerce a profissão há mais de 30 anos.
Todos os funcionários desligados trabalhavam no hospital desde a inauguração, no dia 19 de setembro, e estavam no período de experiência, que dura três meses.
"Ninguém deu satisfação pra gente. Todos nós estávamos com a Carteira de Trabalho assinada. Desde a semana passada cerca de 20 pessoas eram demitidas todos os dias. E hoje chegou a minha vez", disse.
Os servidores demitidos foram contratados em um Processo Seletivo Simplificado, organizado pela Associação da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Pacaembu, uma Organização de Serviço em Saúde (OSS). "Fizemos todo o processo pela Santa Casa de Pacaembu. Desde a entrega dos documentos e currículos até a prova psicotécnica", disse Francilda Silva, 40, outra funcionária que também foi demitida do Abelardo Santos.
Recém-formada em enfermagem, Francilda foi desligada na última sexta-feira, 6, no início do expediente e ainda foi obrigada a trabalhar o plantão inteiro.
"Fui demitida na sexta-feira de noite. Me chamaram no RH para ser demitida e ainda fizeram a gente cumprir todo o nosso plantão de 12 horas. Nós trabalhamos para não desfalcar a população que precisa do hospital, mas todo mundo estava muito abalado. Minha pressão subiu e tive que ser encaminhada para a urgência. Meu psicológico está abalado, não consigo sair de casa. Larguei um outro emprego no interior para assumir esse", lamentou.
Com a demissão em massa, alguns funcionários tiveram que ser remanejados para o hospital continuar funcionando normalmente. "O único enfermeiro da clínica cirúrgica foi demitido e outros foram trocados de setor pra garantir o funcionamento", afirmou Francilda.
"Me sinto discriminada. Ninguém foi avisado de nada. Foi uma falta de respeito não só comigo, mas com vários outros profissionais. Muita gente boa foi demitida", disse a técnica em enfermagem que não quis se identificar.
"Estamos tentando falar com o sindicato dos enfermeiros para tentar refazer essa decisão e conseguir o emprego de volta. Muita gente só tinha esse emprego e todos nós estamos sem saber o que fazer", confessou Francilda.
A reportagem do portal Roma News entrou em contato com a Secretaria de Saúde Pública do Pará (Sespa) pedindo um posicionamento sobre o caso. Até a publicação desta matéria, a nossa solicitação não foi respondida. Portanto, este texto está sujeito a alterações.
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