Por Diógenes Brandão
É o lucro dos verdadeiros capitalistas mostrando a força que tem sobre certos governantes e a inoperância e submissão de certos parlamentares.
Há cinco dias atrás, o Sindicato dos Bancários do Pará, enviou uma carta ao governador Helder Barbalho, solicitando que este decretasse o fechamento das agências bancárias, ou pelo menos a limitação do número de funcionários e serviços, tal como determinou o fechamento de escolas bares, restaurantes e eventos em outros estabelecimentos, m como casas de shows, igrejas e demais espaços que haja aglomeração de pessoas.
No caso dos estabelecimentos comerciais, muitos deles administrados por pequenos empresários, amargam prejuízos por terem sido obrigados a fechar ou restringir o atendimento ao público. Até ai tudo bem. Estes espaços se lotados como geralmente ficam, toranam-se, inexoravelmente, uma ameaça de transformaar-se em um foco de contágio gravíssimo e massivo.
No entanto, com as agências bancárias, Helder até agora resiste em não mexer com o lucro, que lá os rentistas controlam.
No caso dos estabelecimentos comerciais, muitos deles administrados por pequenos empresários, amargam prejuízos por terem sido obrigados a fechar ou restringir o atendimento ao público. Até ai tudo bem. Estes espaços se lotados como geralmente ficam, toranam-se, inexoravelmente, uma ameaça de transformaar-se em um foco de contágio gravíssimo e massivo.
No entanto, com as agências bancárias, Helder até agora resiste em não mexer com o lucro, que lá os rentistas controlam.
O pedido foi protocolado no dia 19, até agora segue até hoje, 24, ignorado e o governador nada faz reduzir o número de funcionários, muito menos a quantidade e atendimento, nas agências bancárias do Pará
É o lucro dos verdadeiros capitalistas mostrando a força que tem sobre certos governantes e a inoperância e submissão de certos parlamentares.
Leia a carta que o Sindicato dos Bancários clama que Helder Barbalho interfira nesse que pode estar sendo um grande centro de contaminação da COVID-19, a pandemia que ainda vai dar o que falar e pode ceifar a vida de muitos paraenses.
Sobretudo no Pará, onde temos um agravante: as medidas do governador só levam mais gente pra dentro das agências bancárias, pois antecipar pagamento de milhares de servidores e liberar linha de crédito no Banpará, só mostra que Helder abre mão de algumas medidas preventivas para atender o sistema financeiro.
Cabe lembrar que estados como Santa Catarina e DF já decidiram pelo fechamento.
O que tá faltando para aqui ser feito o mesmo?
Leia a matéria com o apelo ao governador Helder Barbalho:
Carta Aberta ao Governador Helder Barbalho
Caro Governador,
Saudamos suas iniciativas de combate à propagação da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) no estado do Pará e lamentamos a negligência do Governo Federal em relação a este tema.
Acreditamos que as medidas aqui adotadas de fechamento de escolas, bares, restaurantes e shoppings são muito importantes, mas de nada adiantarão se as agências bancárias continuarem abertas irrestritamente ao atendimento ao público, constituindo-se em pólo catalisador de transmissão do vírus.
Temos nos empenhado junto aos bancos, nacional e localmente, no sentido de preservar a saúde e a vida de seus empregados, clientes e usuários. Algumas ações de redução de risco foram tomadas, é verdade, mas são insuficientes. Nossa categoria está exposta ao risco de contaminação, assim como seus parentes, seus vizinhos e o público que é atendido diariamente. A partir dos fechamentos dos estabelecimentos comerciais, a população se dirigiu às agências para resolver problemas que nem sempre são urgentes.
Os governadores dos estados de Santa Catarina e Distrito Federal já publicaram decretos proibindo atendimento nas unidades bancárias, afastando o risco de aglomeração nestes ambientes, providência que solicitamos a Vossa Excelência através de ofício no dia 19 de março. Vimos hoje o anúncio de fechamento de diversos estabelecimentos comerciais, mas, surpreendentemente, nenhuma medida sobre os bancos. Pelo contrário, lança-se um microcrédito e anuncia-se a antecipação do pagamento da folha do estado, o que amplia o fluxo nas agências do Banpará. Temos, inclusive, tentado negociar com a direção do Banpará sobre a necessidade de um calendário que dilua o atendimento presencial dos quase duzentos mil servidores estaduais, mas não fomos atendidos pela empresa.
Governador, o Sindicato dos Bancários do Pará, em nome de quase dez mil famílias de bancários e milhares de trabalhadores terceirizados e contratados indiretos das instituições financeiras, pede que seja decretado o não-atendimento regular nas agências bancárias.
Por favor, não assista nossos locais de trabalho se transformarem em centros de proliferação dessa doença nefasta no estado do Pará! A concentração de pessoas em busca de atendimento nas agências bancárias é incompatível com os esforços desse governo na luta contra a disseminação do coronavírus.
Decrete, em caráter de urgência, a suspensão do atendimento nas agências bancárias, resguardando somente o essencial, como a compensação bancária, numerário nas máquinas de autoatendimento e atendimento excepcional a quem não tenha cartão eletrônico. É uma medida necessária para obter sucesso no combate ao coronavírus em nossa tão amada terra.
Temos a certeza que este momento difícil será superado, mas com ações firmes e a união de toda a sociedade.
Contamos com a sua sensibilidade e clareza à justiça de nosso pedido.
Belém, Pará, 20 de março de 2020.
Carta Aberta ao Governador Helder Barbalho
Caro Governador,
Saudamos suas iniciativas de combate à propagação da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) no estado do Pará e lamentamos a negligência do Governo Federal em relação a este tema.
Acreditamos que as medidas aqui adotadas de fechamento de escolas, bares, restaurantes e shoppings são muito importantes, mas de nada adiantarão se as agências bancárias continuarem abertas irrestritamente ao atendimento ao público, constituindo-se em pólo catalisador de transmissão do vírus.
Temos nos empenhado junto aos bancos, nacional e localmente, no sentido de preservar a saúde e a vida de seus empregados, clientes e usuários. Algumas ações de redução de risco foram tomadas, é verdade, mas são insuficientes. Nossa categoria está exposta ao risco de contaminação, assim como seus parentes, seus vizinhos e o público que é atendido diariamente. A partir dos fechamentos dos estabelecimentos comerciais, a população se dirigiu às agências para resolver problemas que nem sempre são urgentes.
Os governadores dos estados de Santa Catarina e Distrito Federal já publicaram decretos proibindo atendimento nas unidades bancárias, afastando o risco de aglomeração nestes ambientes, providência que solicitamos a Vossa Excelência através de ofício no dia 19 de março. Vimos hoje o anúncio de fechamento de diversos estabelecimentos comerciais, mas, surpreendentemente, nenhuma medida sobre os bancos. Pelo contrário, lança-se um microcrédito e anuncia-se a antecipação do pagamento da folha do estado, o que amplia o fluxo nas agências do Banpará. Temos, inclusive, tentado negociar com a direção do Banpará sobre a necessidade de um calendário que dilua o atendimento presencial dos quase duzentos mil servidores estaduais, mas não fomos atendidos pela empresa.
Governador, o Sindicato dos Bancários do Pará, em nome de quase dez mil famílias de bancários e milhares de trabalhadores terceirizados e contratados indiretos das instituições financeiras, pede que seja decretado o não-atendimento regular nas agências bancárias.
Por favor, não assista nossos locais de trabalho se transformarem em centros de proliferação dessa doença nefasta no estado do Pará! A concentração de pessoas em busca de atendimento nas agências bancárias é incompatível com os esforços desse governo na luta contra a disseminação do coronavírus.
Decrete, em caráter de urgência, a suspensão do atendimento nas agências bancárias, resguardando somente o essencial, como a compensação bancária, numerário nas máquinas de autoatendimento e atendimento excepcional a quem não tenha cartão eletrônico. É uma medida necessária para obter sucesso no combate ao coronavírus em nossa tão amada terra.
Temos a certeza que este momento difícil será superado, mas com ações firmes e a união de toda a sociedade.
Contamos com a sua sensibilidade e clareza à justiça de nosso pedido.
Belém, Pará, 20 de março de 2020.
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