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quarta-feira, agosto 21, 2019

Quem acredita que o governo do Rio comemorou a preservação de 37 vidas?



No Espaço Aberto

O governador Wilson Witzel pode passar o resto da vida dizendo que, em vez de comemorar a morte do sequestrador de um ônibus, na manhã desta terça-feira (20), na ponte Rio-Niterói, comemorou a preservação de 37 vidas. 

Pois eu devo passar os próximos 350 anos achando que não. 

Acho que ele, em verdade, comemorou a morte do sequestrador, e não o fato de que os 37 reféns que estavam no ônibus saíram sãos e salvos.

Essas imagens aí, do governador do Rio, são ridículas. 

São horríveis.

São tenebrosas. 

São ridículas, horríveis e tenebrosas porque espera-se de um governante moderação, comedimento, racionalidade, sensatez e contenção de ânimos, sobretudo e principalmente em momentos extremos, como os que se viram durante as três horas em que o sequestrador manteve os passageiros reféns dentro do ônibus. 

Estávamos diante de uma iminente tragédia, que ocorreria caso o homem, por exemplo, tocasse fogo no ônibus? 

Sem dúvida que sim. 

A polícia, tecnicamente, desincumbiu-se a contento de sua missão, acertando os tiros apenas no sequestrador? 

Sim. 

Desincumbiu-se. 

Devemos todos, de fato, festejar o fato de que todos os passageiros no interior do ônibus tiveram sua integridade física absolutamente preservada? 

Mas é evidente que sim. 

A ação dos snipers foi decisiva para salvar essas 37 vidas? 

É claro que sim. 

Mas a atitude extrema (neutralizar, ou seja, matar o sequestrador), adotada naquele momento, era a recomendável? 

Ninguém sabe. 

Já haviam sido esgotadas todas, absolutamente todas as alternativas para que o homem se entregasse? 

Não sei. 

Ninguém sabe ainda. 

Nem Wilson Witzel, esse que diz ter comemorado a preservação de 37 vidas. 

Mas eu acho mesmo é que comemorou a morte do sequestrador.

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