segunda-feira, abril 13, 2015

Ex-juiz que perseguia petistas é condenado a 17 anos por corrupção



Rocha Mattos já tinha sido sentenciado a 12 anos de prisão por venda de decisões, pela Operação Anaconda, primeira grande operação de combate à corrupção da Polícia Federal, no governo Lula, que completará 12 anos.

A operação foi desencadeada pela Polícia Federal em outubro de 2003, depois de um ano e meio de investigações sobre um esquema de corrupção ativa e passiva, formação de quadrilha, prevaricação, facilitação de contrabando, lavagem de dinheiro, além de intermediação e tráfico de influência na emissão de sentenças favoráveis por juízes a contrabandistas, doleiros e empresários investigados por crimes tributários e outros tipos de delitos.

Rocha Mattos acusava o PT pela morte do ex-prefeito petista Celso Daniel e vivia sendo elogiado e com destaque na imprensa, por ser responsável pelas investigações, que segundo a polícia, nada teve a ver com qualquer fato político ligado ao Partido dos Trabalhadores. Até hoje a oposição usa as frases do juiz para atacar o PT.

Fique agora com a matéria que fala da sentença que o levará novamente para a prisão, mas não diz que ele foi peça fundamental de uma farsa montada para incriminar o PT e desgastar o primeiro governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.


Ex-juiz Rocha Mattos é condenado por lavagem de dinheiro, no Portal G1 (Globo)

O ex-juiz federal João Carlos da Rocha Mattos foi condenado a 17 anos de prisão pelos crimes de lavagem de dinheiro e evasão de divisas. De acordo com o Ministério Público Federal (MPF) em São Paulo, entre as irregularidades responsáveis pela sentença está a movimentação de milhões de dólares sem origem declarada em uma conta na Suíça. Ele poderá recorrer em liberdade.

Rocha Mattos foi preso pela Polícia Federal durante a Operação Anaconda, em 2003. Acusado de fazer parte de um esquema de venda de sentenças, ele foi condenado a 12 anos de prisão e ficou quase oito anos na cadeia. Em abril de 2011, foi libertado e passou a cumprir prisão domiciliar. Ele já estava em regime semiaberto, que é quando o preso sai durante o dia para trabalhar e volta apenas para dormir.

Procurado, o advogado do ex-juiz, Daniel Martins Silvestri, disse que ele e Rocha Mattos não foram “oficialmente intimados acerca desta gravíssima notícia”. Ele acrescentou que só poderá analisar o que fará quando tiver acesso à sentença.

De acordo com o MPF, os recursos não declarados foram identificados em três ocasiões distintas. Em 2003, os investigadores encontraram US$ 550,5 mil na casa da ex-mulher dele, Norma Regina Emílio, e o equivalente a R$ 790 mil em contas no Brasil e no exterior, uma delas cedida por um amigo.

Depois, após quebra do sigilo bancário da ex-mulher, foi descoberto um depósito de R$ 116 mil de uma companhia que tinha relações com um empresário absolvido em 2000 pelo então juiz em um processo por crimes contra o sistema financeiro.

O inquérito também revelou movimentações que totalizam mais de US$ 12 milhões em uma conta no banco suíço BNP Paribas, vinculada ao ex-juiz e a sua ex-mulher. As remessas de dinheiro foram feitas sem conhecimento nem autorização da Receita Federal. Diante da falta de comprovação sobre a origem dos recursos, o juiz federal Paulo Bueno de Azevedo, autor da sentença, destacou existirem provas de que os réus cometeram a lavagem ao enviarem as quantias para o exterior.

Além da pena de prisão, Rocha Mattos foi condenado ao pagamento de multa equivalente a 303 salários mínimos. A a ex-mulher e um irmão dela também foram condenados. O ex-cunhado de Rocha Mattos foi sentenciado pela prática de evasão de divisas e teve a pena de prisão de três anos e seis meses substituída por prestação de serviços e pagamento de R$ 10 mil a uma instituição social indicada pela Justiça. Ele também deverá pagar multa no valor de 60 salários.

A ex-mulher foi sentenciada a 15 anos e dois meses de prisão e a pagar 257 salários de multa. Ela e o ex-juiz deverão cumprir pena em regime inicial fechado, mas poderão recorrer em liberdade.

O procurador da República Rodrigo de Grandis, responsável pela ação, já recorreu para que a pena dos réus seja aumentada.

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