Com a vitória, é praticamente certo que Ademir Andrade, até agora o presidente da Comissão Provisória do PSB no Estado, também será confirmado como o presidente da Executiva Regional do partido. Mas a definição dos nomes que vão compor a Executiva só ocorrerá na próxima terça-feira, às 18h, em local que a direção estadual da legenda ainda não definiu.
A eleição foi tensa do princípio ao fim, segundo apurou o Espaço Aberto ainda há pouco. Entre delegados municipais, militantes e filiados ao PSB havia cerca de 600 pessoas do lado de dentro e de fora do plenário da Câmara, onde se processou a votação. Bate-boca, acusações e até troca de empurrões entre os simpatizantes das três chapas tornaram o ambiente carregado em vários momentos.
No início da votação, Nelson Marzullo, um dos mais ácidos críticos de Ademir – a quem acusa de dirigir o partido como se fosse uma empresa e uma extensão de sua família e de seus interesses diretos –, anunciou que retirava da disputa sua chapa “Unidade Socialista” em favor da chapa “Miguel Arraes”, de Antônia Botelho, que contou com o apoio de Maria Aparecida Barros Cavalcante, recentemente exonerada da Secretaria de Estado de Administração. A exoneração fez parte da estratégia da governadora Ana Júlia para atrair de volta à base aliada o PSB, que chegou a romper com o governo do Estado no início de março passado, conforme anunciou da tribuna o deputado Cássio Andrade.
Mas nem a estratégia de Marzullo foi suficiente para evitar a vitória estrondosa de Ademir no Congresso Estadual. Uma vitória que, aliás, já vinha se prenunciando desde dezembro do ano passado, quando começaram os congressos de PSB em cerca de 130 dos 143 municípios do Pará. Desse total, chapas compostas por militantes que seguem a liderança de Ademir Andrade foram eleitas em nada menos do que cerca de 80 municípios.
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