Ricardo Teixeira faz pressão e ameaça sedes da Copa-2014
No primeiro evento oficial do comitê organizador da Copa do Mundo de 2014 após a escolha das 12 cidades-sedes, o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, pressionou os representantes dos municípios no Mundial. O dirigente deixou claro que quem não respeitar o calendário será excluído da Copa.
"A escolha não foi feita pela beleza das cidades. Quem não cumprir os prazos será substituído", disse o cartola.
O discurso tem tom de cobrança diferente do anúncio das sedes do Mundial, em Nassau (Bahamas).
Na ocasião, Teixeira nem quis comentar a possibilidade de trocar sedes. "Não falo sobre hipótese."
A primeira tarefa das sedes será apresentar o projeto de viabilidade financeira até 31 de agosto. Várias cidades ainda não apresentaram esses dados, pois a Fifa não exigira até agora.
A maioria dos comitês locais terá de se apressar. Membros da própria confederação admitem que parte dos projetos ainda estava em fase inicial. E dados de consultoria internacional mostravam que quase nenhuma das cidades tinha o estudo de viabilidade do estádio pronto até a semana passada.
Para justificar a sua ameaça, Teixeira citou o exemplo de Maceió, que perdeu o prazo para entrega dos documentos da candidatura e não teve o seu nome enviado pela CBF à Fifa.
Pouco antes de elevar o tom, Teixeira disse que pretendia manter todas as cidades. Ontem, representantes de três cidades (Manaus, Fortaleza e Brasília) se reuniram com os integrantes do comitê organizador. Quarta-feira, São Paulo, cujo projeto foi criticado pela Fifa, apresenta sua proposta.
Depois de mostrarem a viabilidade de seus projetos, as sedes do Mundial têm até o final do ano para assinar os contratos para as reformas dos estádios. Até 25 de fevereiro, as obras já têm que começar e seu prazo para terminar é o final de 2012.
O governo federal também ensaia pressão sobre as 12 cidades. O ministro do Esporte, Orlando Silva Jr., vai exigir até setembro "a matriz de responsabilidade", que estabelece a origem das verbas para as obras. Quer evitar que a União cubra gastos, como no Pan-2007.
Sérgio Rangel
Folha de S.Paulo, no Rio de Janeiro.
Para quem é paraense, o domingo que anunciou a trágica notícia de que Belém estaria fora da rota dos jogos da Copa de 2014, alimentou inúmeras postagens pelos blogs e jornais da vida. Correntes de emails pregaram boicote ao consumo da Coca-cola, outros pegaram carona e responsabilizaram Ana Júlia e Duciomar Costa.
Juca Kifury lançou mais lenha na fogueira afirmando que as cartas estavam lançadas antes do anúncio e outros jornalista e críticos passaram a discutir os motivos de Manaus ter "vencido" Belém, tendo esta última melhores condições do que a primeira para recepcionar um evento do porte de uma copa do mundo de futebol.
Aqui também meti minha colher, mas sustenta-se ainda no ar uma pergunta que quase todos os atores inesplicavelmente se esquivam de esclarecer: E se alguma das 12 cidades sedes não apresentar o tal estudo de viabilidade do estádio, o qual faz parte do calendário de obrigaçõs qiue a FIFA exige dos comitês das cidades que concorrem ao pleito.
Belém era até o dia 31 de Maio a única cidade que havia apresentado o documento que demostrava de onde e como se obteria os recursos e como seriam aplicados para que o nosso querido Mangueirão pudesse ficar prontinho para sediar a copa e manter-se como o melhor e maior palco de futebol da região norte do país.
Alguém poderia responder se ainda temos chances?
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