quinta-feira, dezembro 03, 2009

O que ele Disse...



G1: Hoje, o sr. admite que errou no caso do painel do Senado, em 2001. Nesse intervalo de seis anos, depois de renunciar, o sr. voltou, em 2004, como o deputado federal proporcionalmente mais votado do país e em 2006 foi eleito no 1º turno para governar o Distrito Federal. Gostaria que o sr. rememorasse esse episódio do painel do Senado e falasse sobre a experiência de ter atingido o fundo do poço. 

José Roberto Arruda – Em termos pessoais, é uma experiência muito dura. Em termos políticos, acaba sendo uma experiência rica. Porque político, no Brasil, nunca erra. Nunca vi um político dizer que errou. O caboclo sai da cadeia e diz que não tem nada com aquilo. Então, eu acho que... eu tenho vergonha na cara. Eu não deveria ter olhado a lista. Eu teria mil atenuantes: dizer que muito mais gente viu, dizer que era para um objetivo nobre de o painel não ser modificado, eu poderia falar coisas. Mas o que interessa é que eu errei, que eu não deveria ter olhado. Reconheci o erro e paguei um preço muito alto por isso. Vivi os dois lados: ao sair da glória para o fundo do poço, você reconhece quem são seus verdadeiros amigos, quais são os verdadeiros valores da vida. E quando você renasce, como foi o meu caso, você renasce refeito, uma outra pessoa, com outros valores, com outras idéias, com muito mais experiência, com muito mais humildade. 

Arruda, em entrevista realizada em Junho de 2007 pelo portal G1.



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