Breve história
O ano de 2001 era um dos piores da economia e da política brasileira. FHC era então, o presidente do Brasil que junto com seu ministro da economia, Pedro Malan, eram hóspedes freqüentes dos hotéis próximos ao FMI nos EUA.
O PMDB (pra variar) contemplado com cargos em ministérios e outros pararicos, protegia e apoiava FHC com seus deputados e senadores no parlamento e suas relações com a alta cúpula do judiciário tupiniquim, contando por exemplo com fidelidade ao projeto que levou FHC à reeleição e na privatização da Companhia Vale do Rio Doce, vendida por 3,3 bilhões de dólares e hoje avaliada em mais de 196 bilhões de dólares, tornando-a a maior privatização já feita na América Latina.
Voltando à cena brasiliense, o nada ingênuo e ex-tucano José Arruda já aprontava as suas pelo congresso nacional, onde era senador pelo PSDB, quando envolveu-se em uma maracutaia dentro da própria ratoeira. Lá, pressionado pelas evidências, o então líder do governo FHC, admitiu ter tido acesso ao resultado de uma votação secreta, onde a ex-Senadora do PT, Heloísa Helena ficou em destaque por ter "supostamente" votatado pela absorvição de um outro congressista, este envolvido em mais um dos milhares de escândalos de nossa jovem democracia.
O caso ficou conhecido nacionalmente como a fraude do placar eletrônico e os PIG (Partido da Imprensa Golpista) o afã de proteger Fernando Henrique Cardoso e os demais cardeiais do PSDB e PFL, limitou-se à especular sobre um suposto caso amoroso entre a radical petista, Heloísa Helena - hoje PSOL - e o senador Luiz Estevão (PMDB), que até hoje está livre da cadeia, mesmo que mantida a condenação a 8 anos de reclusão pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), por evasão de divisas e manutenção de conta bancária no exterior.
A história consta nos anais do congresso, assim:
Usando da palavra para uma comunicação inadiável, a Senadora Heloísa Helena repudia comentário feito pelo Senador Antonio Carlos Magalhães, em encontro com Procuradores da República em Brasília, a respeito do voto da Senadora na votação secreta da cassação do Senador Luiz Estevão, em 28.6.2000, noticiado em matéria intitulada “A Metralhadora de Antonio Carlos”, publicada na revista “IstoÉ”, edição antecipada para esse dia.
O Presidente do Senado, Senador Jader Barbalho, tendo em vista a notícia veiculada na imprensa sobre possível violação do Painel Eletrônico de Votação do Plenário da Casa na sessão de 28.6.2000, determina à Secretaria-Geral da Mesa que mande lacrar a porta que dá acesso à Sala de Controle do Painel Eletrônico de Votação do Plenário da Casa.
Jader como vimos, fora o presidente do Congresso naquela época e depois de uma queda de braço com o coronel baiano Antônio Carlos Magalhães (ex-PFL) – principal aliado do governo FHC (falecido e que Deus não o tenha!) - sai da presidência do Senado sob forte bombardeio. Ambos rasgam o verbo e deixam à mostra às todos as entranhas da mais profunda corrupção tanto de um quanto do outro através de seus veículos de comunicação. Ao cair, Jáder é preso pela PF e até hoje não pensa em abrir mão de sua imuidade parlamentar, mesmo que no Pará seja apontado como um dos preferidos ao cargo de governador, pois sabe do sangue no dente que acumula-se de uma fila homérica de adversários que coleciona tanto no plano político quanto empresarial, sem falar é claro do judiciário que ainda preça por alguma memória e compromisso ético.
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